Enquanto aguardo na sala de espera de exames de rotina, leio que atletas treinados caem e têm seus corpos abandonados causando engarrafamento de cadáveres ao longo da subida do Monte Everest. Me vem à cabeça uma frase que eu ouço com mais frequência do que seria salubre: “se você continuar assim você vai morrer”.
Imagem de engarrafamento de escaladores no Monte Everest o que coloca em risco eminente suas vidas.
A severidade sempre foi maior com a minha morte eminente, do que com a das pessoas ao meu redor. A diferença? Sou gorda. É como se enquanto estivesse todo mundo lutando pela vida eterna, eu já tivesse desistido, com 20 anos, de querer lutar contra a única certeza da vida. Sim, estamos todos morrendo, dia após dia, invariavelmente, a cada ano que passa.
Por que o desespero e a urgência são tão desproporcionalmente maiores com o corpo gordo do que com um corpo magro qualquer?
Então traço o paralelo que me deixa pensativa: por que o desespero e a urgência são tão desproporcionalmente maiores com o corpo gordo do que com um corpo magro qualquer? Seja de quem vai escalar o Monte Everest, ou de quem, de hora em hora, sai pra fumar um cigarrinho, e até com quem malha, faz dieta, cuida da pele e aos fins de semana se entope de alucinógenos em uma festa qualquer.
Por que é mais incômoda a existência do meu corpo gordo, vivo e realizador, do que a existência de vários cadáveres magros por motivos imensamente mais esdrúxulos? Por que é mais execrável a minha morte do que a de um corpo magro que se coloca em risco, por livre e espontânea vontade, todos os dias? Todos nós escolhemos o nosso “continuar assim” dia após dia, baseados nas nossas vivências, conhecimentos, hábitos, genética, metabolismo, traumas e toda a complexidade que envolve uma vida.
Nessa ânsia de não morrer é que muita gente acaba perdendo a vida… As vezes deixando de vivenciar momentos e experiências incríveis bitolada em dietas e exercícios ou, pior, aberta em uma mesa de cirurgia. Os riscos que se corre buscando o ideal de magreza são iguais ou ainda maiores que os riscos que eu corro vivendo como uma gorda que se ama e se cuida e, ainda assim, nada impede que ambos tenhamos acidentes ou doenças fatais em qualquer época de nossas vidas.
Então pense aí: por que a vida de uma pessoa magra é sinônimo de saúde, mesmo que ela adoeça para manter a magreza, e a a vida de uma pessoa gorda é sinônimo de morte, mesmo que ela viva todos os dias da melhor maneira possível pra si? No fim, acostumadas à sua própria jaula as pessoas querem aprisionar quem ousa tentar ser livre.
Nessa ânsia de não morrer é que muita gente acaba perdendo a vida…
A mim só resta uma certeza: a frustração dos gordofóbicos quando, do alto de sua prepotência, eles descobrirem que a morte não é exclusividade de um corpo gordo. Então deixo um aviso a você, que supostamente se preocupa tanto com a minha saúde: se VOCÊ continuar assim, você também vai morrer.
Esses dias recebi um recado de uma seguidora que me contou que há anos sofreu um deboche seguido de descaso em um consultório médico e que aquilo a deixou tão abalada e diminuída, que ela passou os últimos anos sem frequentar consultório nenhum. Ela tem tanto medo de que a humilhação se repita, que até ao dentista ela evita ir.
A questão é: se essa paciente estivesse doente e tivesse recebido um atendimento acolhedor, ela poderia ter tratado a doença (e se tivesse realmente a ver com o peso, inclusive, com orientação correta poderia ter tomado providências). No entanto, com um tratamento hostil ela foi afastada de vez e levada a negligenciar sua saúde por medo de ser violentada emocionalmente, de novo.
Você consegue perceber como a gordofobia e falta de sensibilidade do profissional da saúde prejudicou MAIS a saúde dessa paciente do que de fato o corpo gordo?
Você consegue perceber como a gordofobia e falta de sensibilidade do profissional da saúde prejudicou MAIS a saúde dessa paciente do que de fato o corpo gordo?
Isso foi o caso de 1 seguidora, mas quantas já foram impedidas de fazer uma ressonância magnética por não caber na máquina ou não conseguiram medir sua pressão porque o posto de saúde não tinha uma braçadeira que abrangesse a circunferência de um braço gordo? Quantas já tiveram que fazer exames em clínicas veterinárias, porque as macas dos hospitais não aguentam mais de 90kg? Quantas cadeiras de rodas dentro dos hospitais são adequadas para um quadril largo? E cadeiras do consultório? Quantas já morreram ou tiveram consequências gravíssimas após cirurgias bariátricas? Quantas já ouviram que não poderiam engravidar porque são gordas, assim, sem mais explicações?
Você NÃO leu em nenhum momento desse texto que o profissional da saúde deve ignorar quaisquer sintomas relacionados ao peso ou fingir que não existem problemas de saúde relacionados ao excesso de gordura no corpo, né? Então, não se faça de desentendido(a).
O que estou falando aqui é que falta de empatia, sensibilidade, acolhimento e, principalmente, acessibilidade no ambiente da saúde é um dos fatores que levam o corpo gordo a adoecer. A inexistência de um tratamento respeitoso faz com que o corpo gordo seja repelido e excluído de ambientes de saúde. Da academia ao hospital, do dentista à ginecologista.
“Emagrece que resolve” parece ser a resposta padrão, mas o que os fiscais de saúde na internet não têm capacidade pra pensar é: se a preocupação é emagrecer pela saúde, também é necessário cuidar da saúde enquanto emagrece. O que, para uma pessoa gorda, não é tão acessível e as vezes sequer possível.
Um tanto quanto paradoxo: mandar o gordo cuidar da saúde sem proporcionar um ambiente saudável pro atendimento ao corpo gordo.
Um tanto quanto paradoxo: mandar o gordo cuidar da saúde sem proporcionar um ambiente saudável pro atendimento ao corpo gordo.
Então o interesse não é a saúde (ou não) do corpo gordo, o interesse real é em emagrecer o corpo gordo. Gordofobia = fobia, medo, do que é gordo. Um pensamento que leva, entre outras coisas, a distúrbios alimentares e à negligência e ao descaso com o corpo gordo em todos os aspectos.
Parece chover no molhado, depois de tantos anos falando e debatendo sobre gordofobia que tenha que escrever sobre isso no início de 2021. Mas a verdade é que não tem como ignorar todos os comentários relacionados à saúde quando qualquer corpo gordo é visto apenas vivendo.
Mais importante que a “conscientização sobre os perigos da obesidade” na vida de uma pessoa gorda, é a mesma conscientização de todas essas questões colocadas acima junto aos profissionais da saúde.
Eu não espero que meu corpo seja imortal, mas espero que ele tenha o merecido respeito quando eu buscar por ajuda de um profissional especializado. E que eu saia de lá mais saudável e não sem saúde mental.
Afinal, acredite, toda pessoa gorda sabe que é gorda e já está cansada de ler e ouvir sobre todos os perigos que seu corpo lhe oferece… No entanto continuamos a acordar todas as manhãs e viver mesmo assim.
Fica aqui a dica: se você é uma pessoa preocupada com a saúde do corpo gordo, compartilha esse post e suas preocupações em posts de clínicas e hospitais, com o mesmo afinco que você se prontifica a comentar “e a saúde?” em uma foto de um corpo gordo sendo feliz.
Oi, gente linda! É fato que o mercado de roupas plus size evoluiu demais nos últimos anos, porém algumas coisas específicas ainda são esquecidas e geram várias frustrações tanto no provador quanto na hora de vestir em frente ao espelho ou até mesmo depois de algum tempo de uso.
É o caso das calças jeans plus size, que apesar de ser uma peça clássica, ainda cai em grandes desgraças – e erros de iniciante.
1. Zíper mais resistente
Gente do céu, existe uma barriga atrás desse zíper louca pra pular pra fora… UMA BAR-RI-GA! Não, não somos musas fitness com barriga negativa, que nem precisam abrir a calça para colocar. Portanto, além de ser um zíper BEM resistente, que não vai abrir ou quebrar na terceira puxada, também tem que ter a costura do cadarço (aquela parte de tecido do zíper) bem costurada no jeans, para que a calça não descosture e tenha uma segunda abertura além da original, não é mesmo?
2. Passadores bem costurados
Quem não tem bunda e coxas grandes, talvez nunca tenha se dado conta disso, mas a maioria das calças jeans, por mais elastano que tenham, na primeira colocada não deslizam facilmente pelos quadris. Daí que a gente precisa de uma ajudinha do passador de cinto para puxar a calça pra cima… É certo? Não. É o ideal? Também não. Mas é a realidade. Façam calças com o passador de cinto com costura reforçada! Facilita muito a nossa vida de entra e sai nas calças e não danifica peças novinhas em folha no provador.
3. Elastano
Calça zero elastano deveria ser PROIBIDA no universo plus size! Essas calças no estilo Mom Jeans ou Boyfriend sem nenhuma elasticidade podem até funcionar em quem é magra, mas é uma verdadeira tortura pra quem é gorda e tem bunda, quadris e barriga. Isso porque por mais que a calça entre e feche, ela não só vai ficar apertando muito as nossas gorduras, como também vai impossibilitar a gente de se sentar confortavelmente. Até porque, não é só na barriga que temos gorduras, também temos nas pernas. Além do mais, quem fabrica calças sem nenhum elastano não pensa que as mulheres gordas acumulam gorduras em diferentes partes do corpo, dessa forma as calças plus size têm que se adaptar às nossas curvas para ficarem mais bonitas e usáveis.
Outra coisa dentro desse item é que também não é só porque é uma calça plus size que precisa ser 90% elastano, porque elastano acaba cedendo com o tempo e a calça que deveria ser justa acaba ficando larga.
Marcas aprendam a usar a elasticidade dos tecidos a seu e ao nosso favor.
4. Mais tecido na região da “pochete”
Se tem uma coisa que me irrita DEMAIS é calça jeans plus size, que só pegaram a modelagem dos tamanhos tradicionais e aumentaram nas laterais. Eu sei que as modelos plus size não tem barriga, mas estou falando de consumidoras comuns, que têm a famosa pochete. Façam calças que entrem em um corpo tamanho 50, fechem e tenham tecido suficiente para o zíper subir! O que mais me irrita é quando a calça entra numa boa, mas é feita pra quem tem barriga chapada e falta tecido bem na região da pochete, aí você fecha o botão, mas fica aquele losango de calcinha sem conseguir subir o zíper.
5. Reforço entre as coxas
Tchan tchan tchan! Como em sã consciência as marcas que fazem calças jeans não têm isso como prioridade?!? Isso nem é questão de gordofobia, é de burrice mesmo. As calças jeans rasgam no meio das pernas até de quem é magra, basta ralar uma coxa na outra – e esse coxa-encoxa acontece com quem pesa 50 ou 150kg.
Nas minhas calças favoritas, quando eu vejo que elas estão cedendo entre as pernas eu pego um pedaço de tecido e costuro por dentro, mas isso as vezes acaba piorando a situação porque aumenta a zona de atrito.
Veja, não tenho uma solução mágica para isso, mas não sou eu quem fabrico calças não é mesmo?
6. Cós mais alto na bunda
Pensem nas mulheres bundudas, se você faz um jeans que a parte da frente é do mesmo tamanho que a parte de trás, por mais barriga que a gente tenha… VAI FICAR COM O COFRINHO APARECENDO! E não é só isso, porque se fosse a gente cobria com a blusa ou sei lá, mas também é super desconfortável porque a calça fica caindo atrás e a gente tem que ficar puxando e quando você se dá conta mal consegue andar 10 metros sem ter que puxar as calças pra cima pelo passador de cinto – que claramente vai estar mal costurado…
Gente, claro que já temos muitas jeans boas no mercado, com cortes fashion, lavagens bonitas e modelagens pensadas para o corpo gordo, mas ainda assim é cada erro que a gente encontra no meio do caminho que dá vontade de TACAR FOGO no provador. Contei essas minhas frustrações também em vídeo, pra assistir apertem o play:
Me contem aqui o que vocês acham que precisa melhorar nas calças jeans também e vamos torcer pra cair na busca das marcas que fazem jeans plus size pra que elas leiam e mudem as suas peças né?
Oi, gente linda! Toda vez que entro no meu Instagram sou bombardeada por bundas nuas. Nada contra, amo a liberdade, conquistada a muita luta, que temos em poder exibir nossos corpos gordos como quisermos e acho que o corpo nu é político, sim, portanto militância. Corpo gordo e livre é a coisa mais linda de se ver.
Quando colocamos um corpo fora do padrão em um lugar comum, transformando a imagem de um corpo gordo como normal, como qualquer outro como tantos magros por aí, isso é de certa forma avançar na despatologização de um corpo gordo. O que é necessário e extremamente importante para que uma pessoa gorda consiga conviver harmoniosamente em sociedade, enfrentando menos preconceito.
Mas, então, por que esse bombardeio de bundas no meu feed me incomodou tanto?
É fato que bunda dá like. É só comparar a quantidade de curtidas em relação a outra foto da mesma criadora vestida. Então comecei a me questionar: será que em algum momento essa bunda política não acabou virando uma bunda caçadora de likes? Será que em certo momento, a criadora de conteúdo esqueceu-se do conteúdo em si e passou a postar apenas “o que funciona pra dar engajamento” (acredite, já ouvi isso várias vezes de colegas de profissão).
Até onde um corpo pelado, querendo likes, é de fato empoderador? Até onde ele pode ser opressor?
Um corpo gordo nu não me incomoda. SÓ ter corpo gordo nu, sim.
E veja, NÃO estou falando de criadoras de conteúdo que postam uma vez ou outra um fotão foda de nu militante acompanhado de um texto incrível e cheio de debates. Essas eu acho que são EXTREMAMENTE necessárias (inclusive tem aqui nesse post da Bia Gremion um exemplo fantástico de nu com conteúdo).
Estou falando daquelas que o feed é 90% foto pelada com legendas rasas e sem serviço algum. Você nem sabe do que a menina fala ao olhar o feed, porque só tem bunda e peito. Acho confuso… E talvez até um pouco prejudicial para quem vê, explico:
A gorda não precisa ficar pelada pra ser validada como bonita, como empoderada, como mulher digna de ser desejada, elogiada e bem resolvida.
SPOILER necessário: você não precisa ficar pelada pra ser empoderada ok?! No entanto, se você quiser, é incrível que você tenha liberdade para isso.
A ideia de que ser gorda e empoderada é sinônimo só de ficar postando fotos pelada talvez seja o que me incomoda – além claro de cairmos de novo na problemática da fetichização do corpo gordo.
Não me incomoda por ver corpos nus (inclusive, adoro), mas porque eu nunca vi o empoderamento, a autoestima e autoconfiança como algo que precisasse ser validado por um grande público, por uma quantidade específica de likes ou por comentários biscoiteros.
O empoderamento, autoestima e autoconfiança vão muito além do corpo físico e externo. Têm inclusive muito mais a ver com sentimentos e certezas internas, que não precisam de validação online. Ser bem resolvida não significa que você precise ficar pelada na internet.
O que me leva a pensar: será que as fotos peladas do Instagram querem de fato empoderar as seguidoras ou são só uma imensa egotrip, onde o que importa mesmo são os likes e os comentários validando seus corpos?
Será que ao falar de autoestima e aceitação usando apenas fotos nuas, elas não estão buscando fora, em comentários e curtidas, o que na verdade elas deveriam estar sentindo por dentro – e não estão?
Eu não sei a resposta, até porque duvido que alguma seja capaz de dizer a verdade e admitir caso seja uma questão de ego. Mas ainda assim, involuntariamente, comecei a revirar os olhos cada vez que vejo uma bunda nua a cada 2 fotos do meu feed. Para mim, cada vez mais tem passado de empoderamento a ranço. Eu continuo aguardando algum conteúdo que de fato acrescente alguma coisa na minha vida, porque de bunda pelada, já vejo a minha no espelho todo dia e não preciso ficar mostrando nas redes sociais para saber que ela é bem maravilhosa.
Além desses questionamentos, fico pensando: o que a bunda nua causa em uma seguidora que ainda não se aceita? Será que tantos corpos nus, o tempo inteiro, ajuda ela a se olhar com mais carinho no espelho ou só faz com que ela se sinta insuficiente e frustrada por não conseguir expor seu corpo com aquela “coragem”? Será que esse bombardeio liberta ou oprime ainda mais?
O que você acha? As bundas do feed te empoderam ou te fazem se sentir insuficiente?
Eu não consigo chegar a uma conclusão. Eu sou SEMPRE a favor da liberdade, a gente tem que postar o que quiser como quiser e segue quem quiser também. Mas achei o questionamento válido, pra gente pensar mesmo em como tem sido a produção de conteúdo no nosso meio, em como nós estamos interagindo nas redes e como essas imagens que chegam até nós realmente nos impactam.
Olá queridas, o calor está aí, é época de ver aquele desfile de corpos semi-nus nas ruas, nas praias e nas redes sociais. A grande questão é: como você vai lidar com isso? Não com o corpo alheio, claro, não cabe a ninguém julgar o corpo dos outros, digo como você vai lidar com o SEU corpo nesse verão?
Você tem 2 escolhas: se esconder ou não se esconder. Eu recomendo que se você nunca experimentou a segunda opção, se proponha um desafio e tome coragem no próximo verão. Ninguém é obrigada a nada, claro, e muito menos a ficar passando calor, se escondendo em roupas fechadas e quentes, porque não se encaixar nos “padrões”, porque não tem o braço assim ou assado ou porque não tem a barriga chapada das modelos de biquini.
A vida, meu amor, é uma só e você só vai ter o dia de hoje uma vez. E depois que ele passar, acabou. Não falo isso de forma fatalista, falo isso até de um jeito bem positivo, pensa comigo: o que pode acontecer se você botar o corpo pra jogo na praia ou o braço pra jogo numa regata? Alguém te criticar? Alguém te xingar? Pode sim, gente sem noção a gente sabe que existe aos montes. Mas esse dia vai passar e sua vida vai continuar, inclusive sua vida vai continuar seguindo, você se deixando abalar por um comentário negativo ou não.
Eu sei que nem sempre é fácil não se abalar, mas se você deixar que a opinião dos outros seja maior que sua vontade de vivenciar as situações, você vai acabar deixando a vida passar em branco.
E se por acaso ainda estiver te faltando força ou coragem, pensa que você, com o seu corpo, em um lugar como a praia ou a piscina pode ser um ponto de inspiração de quem esteja te vendo. Nem todo olhar é crítico. As vezes uma outra mulher que esteja se sentindo insegura, olhe pra você e encontre em você a força que ela precisava. Eu costumo chamar isso de Ciclo de Inspiração. Você pode ajudar outras pessoas e acabar fazendo um bem maior do que só para a sua vida. Não é incrível?
Pra te incentivar mais, vou dar um spoiler do PROJETO VERÃO que vai rolar no meu Instagram (me segue lá @ju_romano ). Mas só um pouquinho aqui, porque por lá vai ter muito mais
Bom, suas lindas, só quero deixar aqui meu incentivo pra que você se proponha um desafio esse ano: quando ficar com vergonha ou medo, vai e vê no que dá! ♥
Agora me conta aqui, você tem planos de tomar sol onde esse ano?
Olá queridas, quero contar uma super novidade e te falar sobre como ser mais você pode ajudar MUITO em todos os aspectos da sua vida.
Eu super acredito que quando nos apropriamos de nós mesmas, da nossa personalidade, do nosso corpo, das nossas qualidades e das nossas falhas, conseguimos avançar e evoluir muito melhor em todos os aspectos da nossa vida.
Na prática, na minha vida, isso quis dizer que a partir do momento em que eu percebi que não tinha NADA de errado com o meu corpo, com a minha personalidade e com os meus gostos, eu consegui me dedicar muito melhor a tudo que eu estava fazendo, sem achar que as outras pessoas estavam me julgando e nem me achar inferior ou incapaz por qualquer motivo que fosse.
A partir do momento que eu comecei a ser mais eu mesma e me preocupar menos com a opinião dos outros sobre mim, minha vida fluiu. E fluiu TÃO bem que hoje eu tô só o orgulho em pessoa!
Eu não estou conseguindo me conter de alegria… É com muito orgulho que venho perguntar: adivinha quem está na nova campanha de Maxton, da Embelleze?!? EUZINHA DA SILVA!!! SIM, gente, uma mulher gorda na LIGA MAXTON, em uma propaganda de uma empresa totalmente voltada para BELEZA. Isso é mais que um avanço é uma conquista imensa! Que orgulho que eu tenho de fazer parte do Time Embelleze que é tão rico em diversidades ♥
Olha gente, tem até bracinho gordo no banner em embelleze.com É MUITA EMOÇÃO ♥
A campanha está bem maravilhosa e diz muito sobre a personalidade das 5 criadoras de conteúdo escolhidas (eu, Evelyn Regly, Andressa Ganancin, Amanda Pontes e Alinne Prado).
Eu e a Dedessa Ganancin, por exemplo, falamos sobre autoestima, sobre descoberta de si mesma, sobre se revelar por inteira… Falamos sobre o que a gente compartilha todos os dias nas nossas redes sociais, com um toque BEM glamuroso claro, dá o play pra ver:
Tá bom Ju, mas COMO ser mais com Maxton? Vocês sabem de todo o meu histórico capilar, né, e que eu já mudei de cor de cabelo umas 30 vezes antes de chegar à tão amada Maxton 8.43 Ruiva + Provocante (se você não sabia, assista o vídeo abaixo pra ver a retrospectiva do meu cabelo).
A questão é que tudo que a gente usa por fora reflete quem a gente é por dentro. Tanto nas roupas, quanto na maquiagem e MUITO no cabelo. O cabelo pode dizer muito sobre você, pode dizer sobre suas raízes, sobre sua coragem, sobre sua espontaneidade, sobre o jeito que você encara a vida… Tudo isso é sua personalidade transbordando pra fora!
Como eu contei lá em cima, as vezes tudo que a gente precisa é se apropriar da nossa personalidade e incorporá-la de todas as formas possíveis. A minha forma é usando roupas legais, maquiagem característica e meu cabelo ruivo que tem tudo a ver com a minha personalidade: além de chamar ruiva + provocante (afinal, vim nessa vida pra provocar a sociedade né non?) a cor é prática de manter (fica LINDA desbotada também, o que ajuda na minha preguiça com o retoque) e tem acabamento profissional, o que me permite pintar no conforto da minha casa.
Bom, agora se você precisa de um grande resumo e quer saber COMO SER MAIS VOCÊ eu te digo de forma simples e direta: se orgulhe de quem você é e use TODAS as ferramentas possíveis pra colocar isso pra fora. Seja mudando a cor do cabelo ou fazendo aquela “loucura” que você nunca teve coragem… VAI, MULHER QUE A VIDA É TUA E O CORPO É SÓ TEU!!!
Me conta aqui se você já fez alguma mudança que fez com que você se sentisse muito mais você e como isso mudou na sua vida!!!
Ah! Todos os produtos da Embelleze estão à venda nas melhores perfumarias do Brasil e em embelleze.com no link https://goo.gl/BxBdr4
Olá queridas! O tema de hoje é um pouco sensível (talvez mais para mim do que para você) mas senti a necessidade de contar um pedacinho da minha vida, para que você entendesse melhor como vim parar aqui, com essa vontade imensa de viver e ser feliz.
A gente fala muito pouco sobre a morte. Sobre querer morrer ou sobre morrer de fato. E eu passei muito tempo da minha adolescência querendo morrer… Na verdade, eu queria mesmo era que minha existência fosse apagada, que as pessoas nem sequer lembrassem que um dia eu nasci. Eu achava um desperdício de amor, de dinheiro, de preocupação e de tempo que os meus pais tinham comigo. Eu não valia a pena (enganada, mas achava).
Claro que esse sentimento, causado pela baixa autoestima no meu caso, foi resolvido aos 19 anos, durante a terapia e hoje quando eu penso em quantas vidas a minha vida já ajudou a melhorar percebo como eu estava errada na adolescência. TODA VIDA IMPORTA!
Tá vendo que toda vida vale a pena? A gente só tem uma vida e hoje eu agradeço tanto pela minha, que resolvi compartilhar isso com você pra você ver como a vida é realmente cheia de surpresas e como buscar ajuda pode, de fato, melhorar muito as nossas angústias.
Apesar da dor na época, eu aprendi lições valiosas com a superação. A primeira delas é que a gente fala muito pouco MESMO de forma realista sobre a morte, mas não deveria porque a morte faz parte da vida e inevitavelmente ela VAI acontecer em algum momento.
A segunda é que esse momento pode ser QUALQUER momento entre hoje e daqui uns 60 anos. Não tenho como prever nem como nem quando eu vou morrer.
A terceira é que seja lá quando chegar o meu momento, eu não quero estar deitada na cama de um hospital pensando em tudo que eu poderia ter feito e não fiz. Um pouco fúnebre? Talvez. Porém verdade. E é aí que mora o grande segredo da minha existência feliz e cheia de liberdade.
Sempre que me bate uma insegurança, um medo ou vergonha de fazer alguma coisa, por menor e mais banal que seja essa coisa, como por exemplo ir de biquíni à praia ou praticar pilates, eu penso: se eu não for hoje, será que terei outra oportunidade? Será que algum dia eu vou me sentir confortável o suficiente para fazer isso e, se eu me sentir, será que eu ainda vou ter saúde e disposição? Será que eu ainda tenho muito tempo pra experimentar tudo que a vida tem a oferecer? Será que se eu deixar essa oportunidade passar, um dia a verei de novo?
Então coloco tudo numa balança mental. De um lado os olhares de reprovação, os comentários maldosos, os possíveis momentos de constrangimento. Do outro me imagino deitada no leito de um hospital, pensando por que eu perdi tanto tempo deixando de fazer coisas que tinha vontade por causa de pessoas que com certeza não estariam lá ao meu lado.
Preciso dizer qual lado da balança pesa mais?
Eu não quero chegar ao fim da minha vida (seja lá quando for) e perceber que eu deixei de fazer o que tinha vontade por medo do que eu poderia ouvir ou do que as pessoas achariam.
E foi assim, que pensando sobre morrer eu aprendi a viver melhor, mais livre e mais cheia de experiências positivas.
Honestamente? Recomendo muito que você coloque sua vida em perspectiva e pense se você quer perder sua vida ou viver sua vida até o dia da sua morte. Nem tudo que está vivo, realmente vive. Você quer que sua existência seja uma série de anos em que você só foi respirando e viu a vida passar? Ou você quer chegar um dia, olhar pra trás e pensar: “caraca, eu realmente vivi!”
Eu quero chegar um dia e olhar pra trás sem me arrepender do que eu poderia ter feito e não fiz. Se eu tiver que me arrepender, que seja do que eu ousei fazer.
Você acha mesmo que eu vou lembrar das minhas gordurinhas marcando no biquíni ou da praia linda, com sol queimando a minha pele e as risadas que eu dei com a onda me levando? Você acha que eu vou lembrar do medo do aparelho não me aguentar ou da sensação deliciosa que me dava depois de conseguir fazer um movimento difícil no pilates? Você acha que eu vou lembrar dos olhares de reprovação de estranhos pras roupas que eu usava ou vou lembrar de como eu me vestia cheia de estilo e personalidade e deixava todo mundo em choque?
E tomara que quando eu estiver de fato no leito de morte (espero que seja só daqui 80 anos \o/) eu possa olhar pra trás, dar um sorriso e fechar os olhos em paz sabendo que não tinha mais nada nessa vida para mim.
Esse post foi um desabafo e também uma abertura pra gente debater mais sobre a vida, sobre como enxergamos nossa existência e também pra mostrar pra você que não é porque hoje você está mal, que você vai ter que ficar mal pra sempre.
Inclusive, setembro é o mês do #SetembroAmarelo, uma campanha de conscientização a respeito do suicídio. Se você se sente angustiada, com uma tristeza profunda, com vontade de morrer, saiba que você não está sozinha. Se você sempre tem esse tipo de pensamento, procure ajuda, ligue no CVV – Centro de Valorização da Vida – pelo número 188 que tem sempre alguém para te ouvir e te ajudar a aliviar seu momento de dor. Você também pode procura uma terapia, que pode aliviar bastante essa sensação. E saiba que existe saída, sim! Não tem problema nenhum procurar ajuda, muitas pessoas que hoje são bem resolvidas, já passaram por situações de angústia profunda e foram buscar ajuda.
Eu já quis muito morrer e hoje eu só quero viver muito! Então força mulher, se ergue e aproveita o dia, porque a gente só tem o dia de hoje uma vez 😉
Ah! E eu fiz um vídeo sobre esse post, também, no meu canal do Youtube, se você quiser ver, tá aí. Se inscreve lá no canal pra ficar por dentro dos últimos vídeos https://www.youtube.com/juromano
Olá querida! No começo do mês chegamos à última etapa de uma ação muito incrível que fiz com o Santander sobre diversidade, mais especificamente para debater o papel da mulher nos cargos de liderança.
Eu já contei aqui os 10 pontos em comum, que concluímos na última conversa. Agora, pra fechar com chave de ouro, tive a oportunidade de ouvir umas palavras inspiradoras da Ana Botín, presidente do Banco Santander NO MUNDO!
O debate aconteceu no último dia 27, no auditório do Santander em São Paulo, e a mediadora do debate foi ninguém menos que Luiza Trajano, dona do Magazine Luiza e idealizadora do Grupo Mulheres do Brasil – que também faz um papel incrível na capacitação de mulheres e me inspira muito na questão de gestão de negócio próprio.
Não se cobrar perfeição, facilita a evolução na carreira
Antes de ouvir Ana Botín falando sobre o que ela, como mulher na liderança, faz para incentivar outras mulheres, já a achava uma mulher inspiradora demais.
Quantas mulheres você conhece que comandam homens ao redor do mundo? Quantas mulheres você conhece que dão a palavra final nas decisões de grandes instituições?
Mais que isso, das poucas mulheres que estão na liderança de grandes empresas (se não me engano, Ana citou que são meros 0,4%) quantas você conhece que não deixaram de lado a maternidade? Que não se masculinizaram? Quantas não perderam a sensibilidade e eliminaram qualquer vulnerabilidade?
Quando perguntaram para Ana durante a apresentação como ela tinha conseguido prosperar na carreira, sem deixar de lado outras questões pessoais, ela respondeu: “eu fiz o melhor que eu pude, com as possibilidades que eu tinha“. Sua resposta não poderia ser mais direta e, apesar de simples, muito inspiradora.
[blockquote author=”Ana Botín, presidente executiva do Grupo Santander” ]Eu fiz o melhor que eu pude, com as possibilidades que eu tinha[/blockquote]
Provavelmente por não se cobrar perfeição em tudo é que Ana conseguiu conciliar vida pessoal e profissional – ponto que levantamos também no debate Entre Vírgulas.
Atitudes pra incentivar a diversidade
Outro ponto que foi questionado no debate que aconteceu semana passada, foi sobre como a Ana via a diversidade dentro da empresa, sendo uma presidente mundial. “A diversidade é minha prioridade, não só no Brasil como no mundo. A diversidade é essencial para construir novos pontos de vista. Não é só a diversidade de gêneros e raças, mas a de escolaridade, por exemplo. Nem todos tivemos a chance de estudar nas mesmas faculdades, nem todas tivemos as mesmas oportunidades“, disse a presidente do Grupo Santander.
Quando questionada a respeito do que estava sendo feito efetivamente para melhorar o cenário da diversidade dentro da empresa, Ana Botín revelou seus próximos planos: “além de procurarmos profissionais fora da nossa zona de conforto, em lugares mais distantes e periféricos, também queremos dar uma melhor educação financeira às nossas mulheres“.
“Uma mulher puxa a outra”
Agora, escrevendo o texto, lembrei de um caso que a própria palestrante e presidente citou em sua apresentação e que mostra quanto é importante ter uma mulher com punho firme à frente das empresas.
Certa vez ao procurarem um profissional para um cargo de liderança no banco, a pessoa que mais se enquadrava era uma mulher que estava de licença maternidade há 2 meses. Um dos diretores, assim que viu essa informação, já desconsiderou a profissional para o cargo. No entanto, Ana Botín preferiu esperar a licença maternidade acabar, já que ela era de fato a mais competente para a posição.
Assim que acabou a licença, a profissional aceitou o novo cargo de liderança e aqueles meses não fizeram a menor diferença na sua carreira… Já o tal do diretor não durou mais nem 2 dias na empresa.
É como dizem né: seja uma mulher que levanta e apoia outras mulheres.
Bom, se eu já me sentia inspirada pela existência de uma mulher líder de banco, imagine quando descobri que essa mulher poderia ser eu ou você?!? Fiquei com “sangue nos olhos” de fazer acontecer todos os planos que tenho na cabeça… Nenhum deles, claro, tem a ver com dirigir uma empresa internacional. Mas é como dissemos no Entre Vírgulas: cada mulher tem sua própria fórmula de sucesso e felicidade e só cada uma pode dizer o que quer para si!
E você? Me conta: quais são seus maiores sonhos de liderança? Quem é a mulher inspiradora que te faz acreditar que tudo é possível?
Olá queridas! Na última quinta-feira, eu participei do Entre Vírgulas, uma roda de conversa pra debater temas relacionados à diversidade. O evento rola no auditório do banco Santander e é direcionado aos funcionários.
O primeiro do ano e no mês de março não poderia ser diferente: foi sobre as mulheres em cargos de liderança no mercado de trabalho.
Como o Entre Vírgulas é um encontro super relevante, mas ainda é um programa interno do grupo Santander, então achei muito bacana trazer pra vocês os pontos mais legais conversados.
Quero ouvir também a opinião de vocês, ok?
Pra conversar nessa roda foram convidadas eu e mais 4 mulheres incríveis:
Mônica Martelli > atriz e apresentadora – e quem comandou nosso bate papo
Regina Madalozzo – PhD em economia e professora do Insper
Vanessa Lobato – Vice-presidente de RH do Santander
Marília Rocca – Diretora geral da Tickets, já esteve à frente de empresas como a Totvs e a Mãe Terra
(além de mais de 200 funcionárias e funcionários na platéia e mais de 1.000 pessoas no app do Santander)
Todas nós com histórias absolutamente diferentes umas das outras, mas todas com histórias inspiradoras pra contar.
COMO PROMOVER A DIVERSIDADEE FAVORECER A POSIÇÃO DAS MULHERES NA LIDERANÇA?
A conversa ainda está no início, afinal toda mudança tem que começar de algum lugar. Porém alguns pontos são ESSENCIAIS pra se iniciar qualquer conversa rumo à evolução. Olha só:
1. TODOS têm que participar
Não basta encorajar as mulheres a serem o que são, falar pra elas que o ambiente de liderança também as pertence, se as pessoas em volta e seus subordinados não entenderem. O trabalho de RESPEITO acima de qualquer outro fator – seja de gênero, sexualidade, corpo, etc – deve ser feito com TODAS as pessoas.
2. Criar oportunidades e valorizar o trabalho feminino
Já ouviu a expressão “juntas somos mais fortes”?! Pois é a mais pura verdade. Criar oportunidades pras mulheres em entrevistas de emprego, valorizar o trabalho das colegas e apoiar e incentivar outras mulheres é essencial para que as mulheres cheguem ao topo.
A Marília contou que uma regra nas empresas que ela comanda é ter ao menos uma mulher em todas as entrevistas de cargos. A escolha final é sempre por meritocracia e resultados de forma justa, independentemente do gênero. As mulheres não têm vantagem, elas têm as mesmas chances que os homens. Ela acredita que com essa regra, semelhante a uma cota, as mulheres são menos “esquecidas” e cada vez mais normaliza a ideia de mulheres concorrendo com equidade.
3. Cobrar mais empatia
Não basta ter autoconfiança e se aceitar como é, para se desenvolver em um lugar é preciso que haja integração. Pra quem não sabe o significado da palavra empatia, é o seguinte: “capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente, de querer o que ela quer, de apreender do modo como ela apreende etc“. Ou seja, pra promover um ambiente sem hostilidade ao que é diferente dos padrões e propenso às pessoas se desenvolverem 100%, a empatia é o BÁSICO.
4. Cada pessoa tem sua própria fórmula
Não existe um jeito certo ou um errado de ser líder, de ser mulher, de ser mãe, de ter um corpo, etc. Cada pessoa desenvolve a própria fórmula da felicidade e cabe ao outro respeitar e entender que o que não atrapalha sua vida, não lhe diz respeito.
5. As fórmulas próprias de umas, inspiram outras
Acredite: sua história pode ser inspiradora pra outra mulher e vice-versa. É o que eu chamo de ciclo da inspiração. Não precisa ser famosa, ser digital influencer ou coisa do gênero. As vezes a maneira como você superou um obstáculo e como lidou com uma situação é exatamente o que outra mulher precisa ouvir pra ter uma luz em algum problema próprio.
Compartilhe! E também aprenda a ouvir sem julgamentos, afinal cada pessoa tem uma fórmula própria da felicidade.
6. Não substituir um padrão por outro
Aceitar, respeitar e conviver bem com quem é diferente não quer dizer que você precise se tornar o diferente também. Quando a gente fala de diversidade um cuidado grande a ser tomado é de não substituir um padrão por outro.
Então, o objetivo final é que você possa continuar sendo o que você é, enquanto o outro tenha a mesma liberdade pra ser como é sem ter que se encaixar em um único padrão – de beleza ou comportamental.
7. Aceitar a vulnerabilidade
Segundo a professora Regina Madalozzo, uma série de estudos aponta que as mulheres sentem que pra merecer um cargo maior elas têm que estar completamente preparadas e aptas àquilo, enquanto os homens com 60% de aptidão para o mesmo cargo já acreditam que merecem.
Não é um defeito dos homens, mas sim um problema em como as mulheres são criadas. Para se sentirem preparadas, seja pra vida amorosa/social ou para um passo a mais na carreira, a mulher é levada a acreditar que tem que corresponder 100% às expectativas alheias. Só assim ela poderia MERECER alguma coisa além do que já tem.
A gente precisa aceitar que tem vulnerabilidades e que isso não é uma coisa ruim. Essas vulnerabilidades também não indicam que não podemos crescer e evoluir. São pontos a serem trabalhados, claro, mas não precisamos ser 100% perfeitas em tudo que fazemos para sermos eficientes e evoluirmos.
8. Parar de gastar tempo útil em coisa inútil
Já parou pra pensar em quanto tempo do seu dia você perde tentando se encaixar em padrões? Quanto tempo você perde pensando o que as pessoas vão achar de você se você vestir isso ou comer aquilo? Não existe perfeição e não dá pra agradar a todos ao mesmo tempo. Então olha quanto tempo e energia perdidos na vida! Imagine pegar todo esse tempo e investir em coisas produtivas?
Se você já faz MIL coisas no seu dia, imagina o quanto aumentaria sua produtividade se parasse de tentar agradar às expectativas dos outros?!
Ou até mesmo usar esse tempo perdido pra fazer uma massagem, ler um livro, assistir uma série, dormir mais… 😉
9. Tenha mais coragem
Por fim, mas não encerrando o assunto, porque isso é só um começo… TENHA CORAGEM, MULHER! Não só de ser você mesma, mas de acreditar no seu potencial, de saber que você pode ser tão boa quanto qualquer outra pessoa. Coragem pra aceitar a diversidade e acreditar que seu gênero não tem que definir sua capacidade ou sua personalidade. Coragem pra apoiar outras mulheres no caminho e pra ser um ponto de força pra elas. Coragem pra não ficar calada frente à uma situação de machismo ou de preconceito.
Coragem pra sair do comodismo e lutar pela evolução e por situações mais favoráveis pra todo mundo!
10. Diversidade é algo bom!
É da diversidade que nasce a INOVAÇÃO. Só entre pessoas diferentes é que as ideias tomam novos rumos, novas visões, e delas surgem novas soluções.
O padrão todos fazem, para fazer diferente é preciso pensar diferente. Ou seja, para uma empresa que quer se destacar, em qualquer área, quanto maior a diversidade entre seus funcionários maior é a chance de sucesso.
Bom, minha gente, o encontro foi muito legal e eu saí de lá com outra visão ATÉ em relação a “maternidade X trabalho” baseada no relato da Marília Rocca. Ou seja: fato que se inspirar em mulheres na liderança faz a gente crescer na vida profissional e pessoal hehe.
Ah! Pra quem não sabe, a presidente mundial do banco Santander é uma mulher, a Ana Botin, e o banco conta com 60% de funcionárias mulheres, sendo 42% em cargos de liderança. Ou seja, é incrível ver as grandes instituições não só dispostas a discutir temas relevantes, como também empenhadas em colocar resoluções em prática, né?!
Agora me contem, quais atitudes vocês acham que pode favorecer a diversidade e o aumento das mulheres me cargos de liderança?
Olá queridas, em 2018 eu prometi pra mim mesma pegar mais leve. Fazia tempo que queria retomar aqui no blog uma coisa que deixei um pouco de lado em 2017: posts mais pessoais. Ano passado me concentrei muito em trazer conteúdo de qualidade pra vocês e deixei em segundo plano a minha vida pessoal, que compartilhei mais nos stories do Instagram (se você não me segue, é @ju_romano).
Mas a essência desse blog e o motivo pelo qual eu escrevo e produzo conteúdo para mulheres é pra mostrar que SIM você pode SER NORMAL e LEVAR UMA VIDA NORMAL tendo o corpo que tiver. E o que é uma vida normal? É uma vida com altos e baixos, com conquistas e derrotas, com entraves e superações. Não é um mar de rosas. Mas é mais que possível ser feliz, realizada e bem sucedida sem ter o seu corpo como o foco principal da sua vida. Minha vida é assim, mas como disse: não é um mar de rosas. Então quero aqui desabafar, compartilhar mesmo o que acontece real no dia a dia, descobertas, dramas, felicidades… Pretendo fazer mais isso em 2018, vem comigo?
MINHA CIRURGIA NO JOELHO
Vou começar contando do meu joelho. Dia 17 de Dezembro fui cobrir um show da Pablo Vittar na C&A da Augusta, o show era aberto ao público e pra chegar à loja tive que passar por uma multidão de gente. Eu tenho claustrofobia, me desespero e perco o ar no meio de multidões, começo a passar mal, sinto que o mundo vai acabar… É horrível. Quando cheguei à grade que estava na porta da loja já tinha ficado 20 minutos no meio da multidão com a sensação de morte.
Desesperada pra entrar logo, pulei a grade meio de qualquer jeito… Quando pisei no chão, torci o joelho. Foi uma mistura de “aterrissei de mal jeito” com “muito peso sobre um joelho só”. Na hora doeu minha alma. Mas aí a adrenalina bateu, parei de sentir tanta dor, curti o show e fiz o trabalho que tinha ido lá fazer. Horas depois, quando sentei pra almoçar percebi que não estava conseguindo desdobrar o joelho.
Fui ao ortopedista, fiz os exames e o resultado foi trágico: rompimento total do ligamento cruzado anterior, lesão grave no menisco e uma série de outras rupturas leves em outros músculos do joelho. Caso de cirurgia.
A notícia pareceu um soco na minha cara. Estava na casa do Junão (meu namorado) quando minha mãe me ligou. Não lembro a última vez que chorei com tanto desespero. Eu sempre fui atleta, sempre joguei bola e sempre tive lesões pelo corpo, mas nunca na minha vida eu fiz uma cirurgia.
Foi por causa do sobrepeso? Aposto que a patrulha gordofóbica está louca pra culpar a gordura, mas a verdade é que não dá muito bem pra culpar o peso – se esse fosse o caso, as bailarinas nunca romperiam os ligamentos. Não dá pra culpar o sobrepeso, mas a questão é que ser pesada não ajuda na recuperação de um joelho machucado. É preciso aliviar a tensão em cima de um membro em recuperação…
Aí começou o meu segundo desespero de 2018…
JU ROMANO DE REGIME?!
Se você conhece minha história, sabe que passei por uma série de distúrbios alimentares na adolescência e cheguei a ser super magra – vestir 38 para uma pessoa do meu porte físico é realmente pouco. Mas ao contrário da crença geral da população, ser magra só me deixou extremamente infeliz e mais complexada com o corpo. Não foi uma experiência boa nem bem sucedida.
Precisei de terapia e anos reconstruindo minha autoestima, pra superar o “tão sonhado” ser magra. Nesses últimos 10 anos fiz as pazes com a comida, com o meu corpo e não só aceitei as particularidades do meu corpo como finalmente enxerguei que a perfeição não tem uma forma específica.
Para mim, está tudo bem com o meu corpo, com a minha forma física, com as minhas gordurinhas. Sou feliz com as minhas roupas tamanho 50 já há 3 ou 4 anos, quando meu corpo estabilizou e eu parei de engordar ou emagrecer. Não tinha intenção nenhuma de mudar meu corpo, afinal sempre pude fazer tudo que eu quis perfeitamente bem com ele: jogava bola, namorava, saía pra dançar, usava as roupas que eu queria, etc.
Afinal, ser body positive não é amar o nosso corpo? Que jeito melhor de amá-lo se não cuidando dele? E veja, cuidar do corpo não quer dizer emagrecer, não caia nessa cilada. Cada corpo é único e precisa de cuidados específicos. Eu, Juliana, escolhi ser feliz e ter um corpo saudável. Estava tudo bem até torcer o joelho, agora não está mais. No meu caso, preciso melhorar o joelho e vou fazer o que tiver que ser feito.
E como disse acima, aliviar o peso sobre um membro em recuperação é essencial para a melhora efetiva. Não foi o ortopedista que me disse isso, pelo contrário inclusive, o médico nem sequer tocou no assunto do peso. Não me recriminou por pular grades e jogar bola sendo gorda. Mas tendo uma mãe médica a gente aprende algumas coisas sobre o funcionamento do corpo.
“Meu deus, Ju Romano de regime? Ela quer ficar magra?”, algumas seguidoras perguntaram incrédulas. Sim, essa semana tive que começar a controlar a alimentação e NÃO, ao contrário do que perguntaram, não é para ficar magra. Eu não tenho o menor desejo de voltar a usar 38, por mais chocante que isso possa parecer. O joelho machucado me deixou em um ciclo: se eu continuar com a mesma alimentação, sem fazer exercícios por causa do joelho, eu vou engordar, mas se eu engordar não recupero o joelho e se eu não recuperar o joelho vou continuar engordando sem poder fazer exercícios… Um ciclo eterno onde só eu sou prejudicada e ainda fico privada de fazer o que eu realmente gosto.
Não tem absolutamente NADA a ver com estética, entende? Para mim, racionalmente isso está claro, mas emocionalmente fazer regime, vem com uma dor imensa. Mal consigo explicar o tanto de memórias ruins que eu tenho em relação à privação de comida. Na adolescência, eu já fui de abrir a geladeira e chorar até me sentir culpada por ter comido UM nugget e vomitar até não poder mais. Se eu pudesse escolher, não faria regime, mas nesse momento, não é como se eu tivesse opção.
Como eu sou uma pessoa extremamente prática, não teve debate, nem tempo pra lamentar, assim que percebi que teria que operar o joelho e ficaria as 6 semanas seguintes usando muletas e tala, mais 6 meses em fisioterapia e 1 ano sem jogar bola, já comecei a analisar minha vida e ver o que teria que mudar. O primeiro passo é aliviar a tensão e o peso no joelho? Ok. Vou cuidar da alimentação e deixá-la mais regrada, mesmo que eu não emagreça, pelo menos não engordo mais.
Diferente de quando eu era adolescente, dessa vez o regime não está sendo dolorido emocionalmente. Claro que eu passo fome, estava acostumada a comer uma quantidade bem maior de comida, e quem disser que as comidas são deliciosas está mentindo. Não tem estrogonofe, nem macarrão com 4 queijos, muito menos sobremesas gostosas na minha dieta. Tive que abandonar a coca-cola. Nos fins de semana ainda como normalmente, porque eu não quero cair na cilada de ficar neurótica de novo. Os sábados e domingos servem pra me lembrar que eu posso levar uma vida normal, como todo mundo, e comer uns doces e massas sem culpa.
Aliás, acho que essa é a grande diferença: agora não tenho culpa. Fazer regime e cuidar da minha alimentação foi uma escolha minha, não estou tentando agradar a sociedade com o meu corpo, nem sequer sei se meu corpo vai mudar muito, pra ser sincera. Mas o fato de eu estar fazendo isso SÓ por mim e pelo meu joelho, tira total a pressão dos resultados de um regime.
Bom, pra finalizar, quero adiantar que eu não vou virar musa fitness nem blogueira fitness. Não está no meu escopo de habilidades ficar cagando regras de como você deve cuidar do seu próprio corpo, tampouco está na minha lista de desejos ter uma barriga tanquinho. Mas quero dizer que aqui tem uma mulher real, com problemas reais e também um ombro amigo.
Esse post foi mais um desabafo e uma explicação do que está acontecendo aqui, mas uma coisa eu garanto: passar por momentos difíceis sempre é mais gostoso quando é compartilhado.
Sei que muitas de vocês passam por situações parecidas e quando a gente olha a vida das pessoas pela internet tudo parece mil maravilhas, mas meu objetivo aqui não é criar uma vida “ideal” pra ser desejada, pelo contrário: é mostrar que uma vida normal tem as coisas incríveis e as coisas difíceis também e que tá tudo bem com a sua vida, TODO MUNDO PASSA PELO QUE VOCÊ PASSA.
Enfim, esse post não tem uma solução mágica, nem um grande desfecho. Minha cirurgia está marcada para próxima semana. Eu estou com medo, aflita e com fome. Mas vida que segue. Como otimista que sou, fico pensando que temos que passar por algumas coisas na vida pra aprender lições valiosas que não aprenderíamos sozinhas. Nesse momento não consigo ver o lado bom disso e só consigo ficar tensa com a recuperação depois da cirurgia, mas sei que no futuro vou olhar pra trás e entender que de alguma forma isso me fez crescer.
É isso, você já passou por alguma situação parecida? Está passando por um momento difícil também? Me conta aqui e vamos chorar as pitangas juntas heheh