Prepara as tamancas pra bater perna e rebolar gostoso até o chão no fim de semana do dia 16 de junho! Economiza aí no presente de dia dos namorados, guarde suas economias, porque no meio em de junho aqui em São Paulo tem o Pop Plus e no mesmo fim de semana a Festa Toda Grandona, da Casa Volume.
Se você não conhece nenhum dos dois já passou da hora de conhecer esses 2 ambientes com propostas diferentes mas a MÉLIÓR coisa em comum: ambos são super acolhedores para pessoas gordas, que buscam amizades – e quem sabe um novo amor, né non?
O Pop Plus é um evento veterano de moda e é a maior feira de moda DO MUNDO, contando com até 70 marcas especializadas em roupas para pessoas que vestem acima do 46. A entrada é grátis e o evento dura 2 dias, 16 e 17 de junho, das 11hs às 20hs.
Já a Toda Grandona é uma fexxxta, estilo balada, montada pelos cariocas maravilhosos Alexandra Gurgel, Bernardo Boechat e Caio Cal – ou como se chamam: Casa Volume. A festa acontece na noite do 16 de junho e você já pode sair direto do Pop Plus e ir pra lá (se você ainda tiver pique e pernas, né? hua hua). Começa às 23hs e a entrada custa entre R$ 15 e R$ 60.
Ainda um fim de semana antes, no dia 09 de junho, tem a primeira edição do Plus Party Bazar. Um evento idealizado por Fabiana Traven, da loja e do blog Plus For You, junto com a equipe do Villa Fonttina e que pretende reunir compras femininas e masculinas, palestras e workshops. Como ainda é a primeira edição e eu estarei viajando, me contem como foi depois!!! 😉
No final do mês, no último fim de semana, é hora de fazer um detox nesse corpinho e suar a camisa… LITERALMENTE! É a 3ª edição do Wonder Day, idealizado pela marca fitness plus size, a Wonder Size. Nessa edição o aulão, com entrada só para pessoas plus size, vai dar foco para o pole dance (sabe aquela dança super sensual em um bastão? É isso). Será dia 23 de junho, entre 13h e 15h, e a inscrição custa R$ 15.
ANOTA AÍ ENTÃO:
♥ AGENDA PLUS SIZE:em junho São Paulo pega FOGO! Se programe ♥
1º PLUS PARTY BAZAR
Quando > 09 de junho 2018 (sábado)
Horário > das 13h às 20h
Onde > Villa Fonttina Rua Cláudio Rossi, 592 – Vila Mariana
Não só as mulheres que caíram de amores pela tendência dos cabelos coloridos. Nas últimas temporadas muitos homens também apostaram em cores como azul, rosa, cinza, verde e mais para o seu visual. Quer investir também? Para isso, o processo é rápido e, depois da coloração alguns cuidados são necessários para que o look dure por mais tempo. Olha só as nossas dicas sobre o assunto e garanta madeixas supermoderninhas e descoladas!
Homem de cabelo colorido pode, sim! Saiba como apostar na tendência em seus fios
Para os homens é ainda mais fácil investir em tons como o azul, rosa e roxo para o cabelo, afinal, na maioria das vezes o público masculino prefere manter os fios curtinhos. Com isso, a descoloração é bem mais rápida, assim como a aplicação da tinta colorida. Outra vantagem é que como não possuem muito comprimento, essas madeixas não aparentam danos e ressecamento – problemas comuns depois da retirada de pigmentos e da coloração.
Se você anda com vontade de se jogar na tendência a hora é agora e, para isso, você pode tanto procurar um profissional de confiança como fazer o estilo em casa. Procure por canais no youtube com passo a passo ou sites especializados no assunto.
Depois de colorir o cabelo a manutenção deve ser feita com frequência
Diferentemente de tons como o preto e castanho, os coloridos não são encontrados naturalmente na natureza e, por isso são feitos de forma artificial (você pode chamar também de cor fantasia). Exatamente por esse motivo é mais comum que cores como o rosa e azul não se prendam tanto aos fios e possuam um desbotamento mais acentuado.
A dica é reaplicar a cor a cada 15 dias, no máximo. Esse retoque pode ser feito de maneira caseira, basta ter a tinta, aplicar no cabelo a aguardar o tempo de espera, seguindo de uma lavagem.
Existem cuidados que mantém o cabelo colorido por mais tempo?
Para que seus fios coloridos durem por mais tempo os homens podem, sim, apostar em cuidados especiais, como usar shampoos e condicionadores que sejam específicos para cabelos coloridos e com ação antioxidante.
Sempre que for passar o dia ao ar livre use um leave-in com proteção solar, uma vez que os raios de sol podem deixar o tom menos vibrante e bonito.
Empoderamento. Uma pesquisa feita pelo Instituto Bernardo Fala atesta que 93,87% dos textões de internet possuem essa palavra em algum lugar. Enquanto uns vários tentam buscar a formula mágica para o tal empoderamento, outros criticam a banalização do termo. Banalizado ou não, é relativamente simples entender o que é “empoderar-se“. É só atentarmos para o significado da palavra no dicionário:
Empoderamento (substantivo masculino): Ato ou efeito de dar ou adquirir poder.
Numa sociedade que constrói a ilusão de que seu valor está atrelado a como você aparenta, como você se veste, o que você consome e quem você conhece, que cria uma ambiente hostil para fazer você acreditar que você não é o suficiente e que você precisa se provar o tempo inteiro, o empoderamento nada mais é do que o processo de tentar trazer esse poder pessoal de volta. Aprender que sua vida vale por ela própria, não pelo o que acham dela. Mas, mesmo que tudo isso pareça ser muito óbvio, mudar nossa autopercepção não é tão simples quanto entender algo racionalmente. Depende também de compreender de forma emocional, profunda, o que acaba tornando a jornada um desafio.
Seguir fórmula mágica de empoderamento é que nem comprar roupa de tamanho único: não serve pra quase ninguém. Empoderar-se é um trabalho individual, que depende de revisitarmos nossa própria história. Mas, mesmo com todo esse caráter único, alguns momentos desse processo costumam ser parecidos para um grande número de pessoas.
Se eu pudesse dar uma dica de como começar, sem dúvida seria através da observação. Parar e investigar na sua rotina todas as formas, concretas ou sutis, que a sociedade retira ou nega seus direitos. Você vai começar a perceber que, mesmo que a forma seja diferente para cada uma das pessoas, grande parte dessas ações se baseiam em lógicas parecidas.
No caso das identidades sociais, você vai notar que uma forma muito eficaz que a sociedade tem de atacar um determinado grupo é criando estereótipos, uma lista fictícia de coisas negativas que todas as pessoas daquele grupo supostamente praticam. Por exemplo, dizer que pessoas negras tem tendência maior a roubar (e por isso são perseguidos pela polícia) ou que todo gay é promíscuo (e por isso não pode doar sangue) e diversos outros tipos de comportamentos que são atribuídos a grupos só pelo fato deles terem uma característica específica.
Na prática, isso causa não só um enfraquecimento daquele grupo como um todo, mas também um movimento de rejeição dessas identidades por parte das próprias pessoas que fazem parte delas. Quantos gays você conhece que falam por aí que “pode ser gay, mas não pode ser viado”?
E sabe que outra identidade cai nessa armadilha de falar contra si mesmo e muitas vezes nem percebe? Pessoas gordas.
Plus size, gordinha, cheinha, gordelícia, fofinha… são infinitos os termos usados para não falar diretamente sobre seu tamanho de alguém. Falar que alguém é “gordo” parece uma ofensa absurda, como se isso não estivesse só constatando o óbvio. Pior ainda quando todos esses termos, a primeira vista, parecem trazer um lado “positivo” para o ser gordo, o que parece ser ótimo. Mas é só a gente parar para pensar um momento e reconhecer aonde está a armadilha: se eu preciso de um termo pra suavizar o fato de eu ser gordo, eu estou afirmando que ser gordo é algo ruim.
Toda a delicadeza do outro em dizer que “você não é gorda, é plus size”, não é um elogio, mesmo que pareça muito. É a mesma coisa que dizer que uma pessoa negra “é só moreninha”, ou que fulano “é gay mas é macho”. Cada vez que a identidade real é substituída por algo que a suavize ou a “corrija”, aquela pessoa só está reforçando a ideia de que aquela identidade é negativa.
Aqui, voltamos para o empoderamento. Se empoderar-se é “retormar o poder”, não sentir que seu valor está atrelado a opinião do outro, não há retomada maior do seu poder pessoal que ter orgulho de sua própria identidade. Nua e crua, sem rodeios, sem correções e sem amenizações. É entender que dizer “sim, eu sou gorda” só está falando do tamanho do seu corpo e nada mais. Afinal, ser gordo, ser negro, ser LGBT, é somente uma característica que não diz NADA além do que a própria característica.
Ser gordo não te torna automaticamente preguiçoso, doente, feio ou nada daquilo que é normalmente associado a pessoas gordas. Ao contrário, ser gordo e não ser nada daquilo que acham que você é, é a forma mais contundente de mostrar que esses estereótipos não tem qualquer fundamento. E isso não é só para provar para os outros, mas para mandar uma mensagem para você mesmo. Afinal, como você vai começar a aceitar seu corpo gordo se você não tem nem coragem de dizer essa palavra em voz alta ou se identificar com ela?
Enquanto você fugir da palavra gorda ou aceitar que ela seja suavizada, vai continuar, mesmo que inconscientemente, achando ser gordo algo digno de vergonha ou de ser escondido.
E ai, não se engane, não há empoderamento que resista.
Nenhuma decisão é óbvia. Nenhuma. Decidir algo é como colapsar todas as oportunidades, possibilidades, variações em um só veredito. É abrir mão de toda uma infinidade de trajetos para caminhar de uma única forma. Claro que, como humanos, precisamos fazer isso diariamente. Ainda não desenvolvemos a habilidade de estar em mais de um lugar ao mesmo tempo nem nos desdobrarmos em versões diferentes de nós mesmos. Mas então, se nenhuma decisão é óbvia, por que algumas delas nos parecem tão claras e evidentes, como se elas já estivessem decididas antes mesmo da gente sequer pensar sobre aquilo? A resposta é simples: porque elas realmente já estavam decididas.
Não se assuste. Não estou aqui tentando te levar para uma área matrix-harebô da internet, nem dizer que seu destino já está traçado sem você saber. Se existe alguém que toma decisões por você, esse alguém é um ser muito menos cósmico, muito mais de carne e osso, como eu ou você.
Compre isso, coma aquilo, seja assim, pareça assado, não faça aquele, tenha esse. Do alto de nossa ilusão individualista, costumamos achar que somos seres inteligentes e independentes. Pessoas de pensamento forte, que nunca nos deixaríamos ser influenciados por toda a enorme onda de obrigações implícitas e “sugestões amigáveis” que nos rondam. A verdade, queridx leitorx, é que nem a pessoa mais inteligente do mundo está imune a algo que não só nos domina, mas também é reforçada por nós mesmos: a cultura em que vivemos.
Não se engane, você é um produto do lugar que você nasceu, da família que você conviveu, dos programas que viu, dos livros que leu. Aquele episódio descompromissado da sua série favorita não era só uma forma boba de te manter entretido, mas também um ação de reforço dessa cultura. Não porque é uma forma maligna e conspiratória para não te fazer perceber nada além daquilo (mesmo que algumas vezes, pareça exatamente isso), mas porque a cultura se constrói sobre ela mesma, e está sempre se autoreferenciando.
Pensa só: tudo que você é hoje, é resultado de toda a sua história. Todos os seus sentimentos, seus desejos, seus pensamentos, tudo, é parte e foi formado pelas suas experiências. E se toda essa história se passou dentro de uma única forma de ver o mundo, é muito provável que você só conheça essa maneira de viver, e vai encontrar na sua vida diversos argumentos para reforçar essa forma como “certa”.
A chave é tentar perceber que nossa história nem sempre (quase nunca) é algo natural e expontâneo. Toda a cultura a qual você foi exposto a vida inteira, foi moldada a partir de determinados pensamentos, padrões, crenças, as quais você, mesmo que não se identifique internamente, entende que são normais. Essa condição humana, de se formar a partir da cultura, é ruim? Não! Isso tudo seria maravilhoso se a gente fosse exposto a pensamentos, pessoas e histórias diversas, mostrando a riqueza da vida humana. Só que eu sei e você sabe que não é bem assim.
Ver os mesmos padrões e as mesmas formas de viver o tempo todo retratado em tudo quanto é lugar, uma hora nos leva a acreditar que aquela é a única forma de viver. E como já nascemos imersos nessa cultura, muitas vezes é impossível perceber que tem algo fora dela. Sabe aquela história de que o peixinho nunca reconhece o aquário em que ele está preso, e pra ele, aquele aquário é o oceano?
“Ah, Bernardo. Mas eu posso estar dentro da minha cultura mas buscar conhecer coisas fora dela né. Não é só porque as pessoas a minha volta pensam de uma forma que eu vou pensar também”.
Não estou dizendo que você não tem seus pensamentos próprios. Mas a cultura nos forma até nas questões mais sutis. Para provar isso, vamos fazer um exercício que encontrei um dia na internet e que acredito ser ideal para usarmos nesse momento.
“Pai e filho sofrem um acidente terrível de carro. Alguém chama a ambulância, mas o pai não resiste e morre no local. O filho é socorrido e levado ao hospital às pressas. Ao chegar no hospital, a pessoa mais competente do centro cirúrgico vê o menino e diz: ‘Não posso operar esse menino! Ele é meu filho!’.”
Isso quer dizer que na verdade a criança era filha da um casal gay? Ou não era o mesmo pai que estava no acidente e no hospital? Lendo rápido, essa história parece não fazer sentido algum!
Aqui entra a formação sutil da cultura. Nosso cérebro é tão acostumado a pensar de uma determinada forma, que muitas pessoas demoram a perceber que a “pessoa mais competente do centro cirúrgico” era a mãe do menino. Afinal, não é muito comum colocarmos mulheres na posição de “pessoas competentes” no imaginário popular. E logo você, que entende conscientemente que mulheres são seres tão capazes quanto homens, acabou caindo nessa armadilha do seu cérebro. O nome disso é cultura. Percebe agora como nem você está imune?
Se depois de tanta discussão de gênero e da sociedade ainda estar debatendo o papel da mulher, ainda não conseguimos desligar totalmente a área de nosso cérebro que correlaciona “posições de destaque” com figuras masculinas, imagina outras áreas que tomamos como normais e que pouco se debatem hoje em dia, como por exemplo, o nosso corpo.
Vivemos em uma sociedade gordofóbica. Uma sociedade que ama o corpo magro, acima de tudo. Que diz que todas as pessoas precisam ser magras, independente se esse não seja seu biotipo, ou se você precisa fazer uma dieta absurda para alcançá-la. Não interessa o que você vai fazer, contanto que você emagreça.
Querer emagrecer é uma vontade tão comum que parece inata. Todo mundo quer sempre perder um quilinho ou dois. Ninguém está satisfeito. Qualquer oportunidade que aparece, qualquer tratamento novo, ganha rapidamente uma fila infinita de seguidores. Não estamos preocupados com saúde (mesmo que esse seja um argumento que usamos para tentar validar essa vontade), estamos preocupados em ser aquilo que a sociedade nos diz que é certo. Fazemos tudo tão no automático que nunca nem paramos um segundo para pensar: “opa, pera aí, por que eu tenho que emagrecer?”, “Por que só pessoas magras são consideradas bonitas?” ou pior, “Por que eu me olho no espelho e me acho horrível?”.
Não paramos pra pensar porque emagrecer é uma daquelas decisões óbvias. Daquelas que não paramos pra decidir. Que já foram decididas por nós. Devemos ser nós mesmos, contanto que sejamos todos com corpo magro.
Podemos ficar parágrafos e mais parágrafos debatendo sobre a relação equivocada entre ser magro e ser saudável, sobre padrão de beleza, sobre a infelicidade ser necessidade básica para o consumo… mas depois de todas essas palavras, me contento em trazer a pergunta que prometi no título desse texto. Então, da próxima vez que você encontrar uma decisão dessas que parecem óbvias, como emagrecer, por exemplo, encontre um lugar tranquilo, respire fundo e se faça a seguinte pergunta:
“O que eu quero quando eu quero isso?”
Desculpe queridx leitorx. Agora que você sabe qual é a pergunta, talvez tenha notado que eu te enganei um pouco. Essa pergunta, sem dúvida, não vem sozinha. É como entrar no buraco da Alice e perceber tudo aquilo que está escondido atrás das decisões rápidas que tomamos. Essa é uma pergunta que convida mais a uma reflexão do que a uma resposta rápida, e pode sim, te levar a cada vez mais perguntas.
No entanto, não se assuste. Pode ser que uma pergunta dessas te salve de um processo que é muito comum quando escolhemos decisões óbvias: entrar em um ciclo de busca de alguma coisa que te sacie, sem nunca encontrar nada.