Blogueira: uma pessoa tão comum quanto qualquer outra

Esses dias eu li um artigo que começava dizendo que os blogueiros estavam extintos. Fiquei furiosa. Continuei lendo e percebi que, de fato, a ~blogosfera~ evoluiu em um sentido diferente e até oposto ao original. Fato. Existe toda uma glamurização do que é ser blogueira hoje em dia. O que antes era “de pessoa real para pessoas reais” agora temos it-girls invejadas e ser blogueira virou um lifestyle. Os blogueiros pararam de contar suas vidas, seus dramas, suas peripécias e, assim, também pararam de compartilhar suas soluções astutas para ajudar seus leitores no dia a dia. Tudo ficou muito pensado, muito programado, muito montado. Como se a vida tivesse um roteiro. Queria eu que a vida tivesse mesmo, assim poderíamos saber o que viria depois e jã estaríamos com o babyliss em dia e o batom devidamente retocado. Mas não é assim… Pois vejam, minha decepção foi perceber que eu estava rumando a esse fim também, com a única exceção que eu não tenho uma vida glamurosa e não posso me dar ao luxo de ter. Não vou desmerecer o trabalho que realizamos aqui todos os dias, sei que ajudo muitas meninas que passaram por dramas parecidos aos meus e, sim, é sempre bom ter uma referência na hora de se vestir. Mas, sabe, meu objetivo sempre foi e sempre será compartilhar dicas que facilitaram a minha vida e podem facilitar a de outras pessoas também. Recebo diversas perguntas sobre mim e noto que as pessoas não me conhecem – algumas até têm medo de mim – e não sabem o que se passa na minha vida. E aí você está se perguntando “por que ela está falando tudo isso?”… Eu vou responder logo abaixo.

São 23h46 e acabei de chegar em casa do trabalho. Exausta, com um coque mal feito no topo da cabeça, delineador borrado e morta de fome. Não tenho uma marmita bonita para fotografar. Tem o “arroz, feijão e carne moída” que sobrou da janta dos meus pais e é isso que vou comer. Não, eu não moro sozinha. Não moro em um “chateau” com o meu “namorido” e não decorei minha casa nas lojas mais caras da cidade. Aqui foi tudo orçado, rabiscado em desenhos mal feitos por nós e ordenado a um marceneiro, porque era a opção mais em conta. Não tenho uma penteadeira – embora seja um desejo – para ficar escovando meus longos cabelos cuidadosamente tratados em salões caríssimos que frequento semanalmente. Eu até vou a um salão caríssimo, mas uma vez a cada 6 meses – que é o que meu tempo e meu dinheiro permitem.

Não estou me fazendo de coitada, nem julgando a vida maravilhosa que algumas blogueiras têm a sorte de viver. Apenas dizendo: aqui existe uma blogueira das antigas. Eu trabalho 9 horas ou mais por dia, pego trânsito, tomo chuva, não tenho tempo de ir ao banheiro na hora que tenho vontade, almoço no PF do trabalho e janto comida requentada. Eu tomo carcada de chefe, ouço desaforos de colegas de trabalho e quando chego em casa a minha maior vontade é colocar um pijama que consiste em uma calça larga e uma regata velha e deitar na cama para ler um livro. Sim, um livro de preferência com uma história fácil na qual a protagonista seja uma pessoa comum com a qual eu me identifique e que, assim, eu torça por ela e me emocione com o decorrer da história… Mais ou menos o que eu sentia quando acompanhava alguns blogs antigamente. OPS! Chegamos ao meu ponto…

Estou inaugurando essa seção hoje, uma segunda-feira qualquer, na vida de uma pessoa qualquer. Aqui, vou fazer o que os blogueiros antigos faziam: vou contar meu dia a dia. Essa não é uma seção para alavancar a audiência do blog, ou para bombar nas redes sociais, nem mesmo para ganhar seguidores. Essa é uma seção para você, se quiser, me conhecer mais, para você saber que a vida de uma blogueira (salve algumas exceções) tem menos glamour do que parece e que eu, Ju Romano, não me reduzo a roupas bacanas e make e cabelos impecáveis. Aqui é uma seção-diário onde vou contar mais do meu dia a dia e espero divertir vocês. Aqui você vai descobrir que eu não sou modelo, não sou dona de agência, não sou fotógrafa e não sou herdeira.

Mas relaxa! As atividades do blog não vão parar, eu gosto do que faço! Eu gosto de colocar uma roupa bacana para ir trabalhar e, de fato, me monto todas as manhãs com makes e cabelos diferentes. Eu vou continuar postando os looks do dia e as dicas que me ajudaram e ajudaram a tantas outras. Mas teremos os dois e, no final do dia, quando eu chegar cheia de histórias – mais comuns do que elas parecem nas redes sociais – vou compartilhar por aqui.

Veja você que hoje mesmo meu dia não foi nada glamouroso e o ponto alto da minha tarde foi quando eu tive que debruçar sobre uma geladeira de sorvetes para alcançar um ChicaBom que estava no fundo da caixa. Quando estava lá, com o bundão para o alto e pernas balançando para me equilibrar, veio uma moça me oferecer ajuda e eu fiquei MEGA sem graça de aceitar, então voltei a ficar em pé e, como se tivesse tido um ideia brilhante, sorri e puxei com delicadeza a caixa do sorvete para cima e peguei o último sorvete. A moça olhou para mim e disse: “nada como ser autossuficiente, não é mesmo?”. Pequenos momentos como esse dizem muito sobre nós… Mas isso fica para um próximo post.

Hoje só quero inaugurar a seção e dizer que, se você quiser, pode me acompanhar no dia a dia ou se não quiser pode apenas ficar com os bons posts de sempre. Teremos os dois, teremos tudo. Porque eu acho importante que você possa se inspirar na hora de usar peça X, mas também acho legal que você saiba que eu a fotografei 1 ou mais dias antes daquela postagem, em uma manhã que eu estava de TPM e que fui acordada mais de 10 vezes pela soneca do despertador. Eu acho legal sinceridade em um universo onde tudo é programável.

 

Enfim, essa é uma seção que não aparecerá nos destaques do blog. Ficará ali, no menu, para você clicar quando estiver em casa, de pijama e sem um bom livro para ler, mas querendo acompanhar a vida de uma personagem qualquer.

 

Enfim, espero que a gente se encontre mais vezes por aqui…

 

HUA HUA

BJÓN

Gorda de peplum branco, sim!

 

Cansei… É, cansei. Cansei de ouvir que gorda de peplum não fica bom. Que peplum aumenta o quadril. Que peplum é só pra magra que quer aumentar o quadril – e olhe lá! Cansei porque já provei por A + B que gorda de peplum fica boa, sim… Boa, não. ÓTIMA! Eu provei, minha irmã provou, minhas amigas provaram. E em todas o peplum ficou ótimo, modelou o corpo, deixou a cintura marcada e as proporções bem definidas. Ajudou a equilibrar o ombro e os quadris, disfarçou os pneuzinhos laterais, fez até com que as pernas aparentassem mais finas. Afinal, quem disse que não ficava bom? Cansei dessa história de que só porque a roupa é bonita, só porque tem uma modelagem mais ousada, não pode ficar bom na gorda.

É fato que eu acho um crime, um verdadeiro assassinato da expressão pessoal, dizer que “não deve usar [complete com qualquer peça] porque não fica bom no seu tipo de corpo”, mas a verdade é que realmente acredito no poder do peplum, acho que ele cai bem em TODO tipo de corpo! (pausa para a cara de choque)

Antes que você pergunte, infelizmente o post de hoje é só uma inspiração e um incentivo, porque as peças não são daqui 🙁 Eu trouxe da viagem, mas estou cruzando os dedos para que você encontre um peplum para chamar de seu por aqui. E vamos ao look…

 

Gorda de peplum, sim, minha senhora!

 

Deixa eu aproveitar e contar da minha recente descoberta do amor: esse batom nude liiiindo!!!! Confesso que durante a viagem entrei na loja da M.A.C com os nomes das cores que eu queria decorados. Cheguei na vendedora e já soltei 4 nomes complicados de batons que estavam na minha lista de desejo há décadas. Porém, quando eu falei ‘Taupe’ a cara da vendedora se contorceu inteira e ela fez O BICO (sabe aquele mesmo bico de quando você entra em uma loja de numeração comum e pergunta se tem 48?!? Então…). O bico dela não era porque não tinha, na verdade ela sacou que eu estou da cor de um palmito e que o Taupe não ia rolar… Foi quando ela me sugeriu a melhor descoberta desse ano pra mim: o Velvet Teddy. Não sei se dá pra ver pelas fotos, mas ele é um batom nude, com fundo rosado, que fica a coisa mais linda. Eu fiquei absolutamente apaixonada e to recomendando até pro padeiro.

Outra alegria dessa viagem é que descobri que a Levi’s tem calças que comportam minha bunda 50!!! \o/ Essa que eu estou usando na foto é de lá, um modelo skinny, com cintura alta e muito elastano, tamanho 32 (que, pasmem, pelas tabelas que vi na internet é o equivalente ao tamanho 42 aqui e eu visto 50… Vai entender! Só sei que entrou…). E fui olhar no site brasileiro e eles também têm o tamanho 32 aqui (têm até o 34 na verdade). Resta saber se as proporções são as mesmas de lá! Quando descobrir eu conto.

 

SERVIÇO:

Blusa > Fashion to Figure

Calça > Levi’s

Sapato > Generalli Shoes

Bolsa > Betsey Johnson 

Anel, pulseiras e óculos > 25 de março

Batom > Velvet Teddy, da M.A.C

 

Bom gatonas, falei mais que não sei o que hoje… É isso. Se empolgou em usar o modelo? O que você acha de gorda de peplum? Me conta tudo aí nos comentários e vamos lá pro meu facebook ou no meu Instagram @ju_romano conversar mais!!!

 

HUA HUA

BJÓN

A gorda e a magra: será que a gorda pode usar as mesmas roupas que as magras?

“A gorda e a magra” é uma seção que criei na página do blog no Facebook para provar que a gorda pode usar tudo que uma magra usa e que todas podem usar tudo com o corpo que tiverem!!! Essa não é uma seção comparativa (então não precisa dizer quem ficou mais bonita, muito menos ofender uma das duas), é só para provar que você pode, sim, usar o que você quiser, sendo magra demais, gorda demais, baixa demais, alta demais e toda e qualquer outra encanação que você tiver. Saiba que se você tem vontade de usar uma peça, pode procurar que uma hora você acha uma que fique boa em você!

Então fique aí com o meu projeto e te convido a responder nos comentários: a gorda pode usar as mesmas roupas que as magras?

Alguns looks eu já postei por aqui, como o da saia origami, da camiseta com estampa tropical ou o da calça estampada. Outras peças estão espalhadas pelo blog mas qualquer coisa deixem aí nos comentários com as dúvidas.

Todas as fotos foram tiradas com os meus amigos do trabalho, que são muito queridos e se voluntariaram para fazer as fotos, então peguem leve! hua hua hua Ah! E vale dizer que nenhuma das fotos foi combinada, todas aconteceram ao acaso.

 

Projeto “A GORDA E A MAGRA” com a tag #agordaeamagra

Algumas leitoras sugeriram e eu achei legal para levar para frente esse tipo de incentivo e mostrar pra todas as mulheres do mundo que dá para usar o que quiser, com o corpo que você tiver. Então, pensei de a gente se unir e fazer o projeto #agordaeamagra no Instagram, no Facebook, no Twitter, no Google + e onde mais a gente conseguir. É só postar sua foto usando a mesma roupa que uma pessoa mais gorda ou mais magra que você nas redes sociais e colocar a tag #agordaeamagra. Ah! Você também pode pegar e fazer uma montagem com alguma inspiração, tipo você é magrinha e fez um look igual ao meu?! É só colocar sua foto do lado da minha e subir! Da mesma forma que eu fiz com o Paulo Gustavo aí abaixo…

Aí eu vou reunindo e publicando aqui, para ficar um grande mural de inspirações para todos os corpos, o que vocês acham?! Participe e ajude milhares de amigas, parentes, vizinhas, filhas e etc a se sentirem melhores com seus corpos!!!

 

Por hoje é isso gatonas, curtiram a série? Me contem mais aí nos comentários!

 

HUÁ HUÁ

BJÓN

 

Você sabe como andar na moda gastando pouco? Faça o teste cego!

Olá queridas, sabe quando você olha um look e pensa “caraca, essas peças devem custar os olhos da cara!”?!? Pois é, nem sempre elas são – e a gente bem sabe que dá para montar um look mega fashionista sem gastar uma fortuna. Basta uma peça chave como um blazer, uma camisa ou um belo jeans que caia bem e… PLIM! A mágica está feita.

E foi pensando nisso que a Marisa criou o Teste Cego. Uma brincadeira muito legal que prova que a marca da roupa não importa muito no resultado final do visual. Eu me diverti muito fazendo o Teste Cego (chutei mega alto!). É um desfile interativo onde as fashionistas (no caso eu e você) que estiverem assistindo têm que acertar o valor dos looks que estão nas 30 modelos. Eles podem ser de qualquer marca e de qualquer valor, das mais caras às mais baratas. É a chance de colocar nossos conhecimentos sobre moda em jogo (literalmente!).

Quanto você daria para esses looks acima?

Ficou curiosa? O Teste Cego “Achados Jeans” é a apresentação da coleção Jeans da Marisa, com calças focadas mais no estilo casual e que permitem inúmeras combinações com blazer, camisas, coletes, etc.  E, claro, funciona para provar que você pode se vestir bem sem ter que vender um rim para isso. O Teste Cego já está rolando e eu te desafio: você sabe quanto custam os looks? Faça o teste no link www.testecegomarisa.com.br/desfile.

E pra se divertir um pouquinho mais com os absurdos que a gente vê na moda, dá um play no vídeo do primeiro Teste Cego que foi feito:

Curtiu? Então, me conta aí nos comentários se você acertou o preço das peças ou se passou longe de adivinhar o Teste Cego.

 

HUA HUA

BJÓN

 


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Só a saúde da gorda incomoda

 

Lembro como se fosse ontem, cheguei em casa e minha mãe me esperava com uma cara desgostosa. “Filha, tenho más notícias…”. Era o dia que ela tinha ido buscar meus exames no laboratório. A taxa de triglicérides estava 150 pontos acima do limite aceitável e eu teria que mudar radicalmente minha alimentação. Foi um choque, já que desde que nasci meus exames são perfeitos. Chorei. Não me lembro de ter chorado de tristeza nos últimos 10 anos – a última vez que chorei assim foi na porta da geladeira, aos 15, quando tive distúrbios alimentares.

Antes que você pense “é claro que é doente, ela é gorda”, saiba que o nível alto de triglicérides não é exclusividade da gorda. É um problema de quem come muito carboidrato. A pessoa pode ser super magra, mas comer muito macarrão, arroz, batata, etc e ser pega pelo triglicéride.

A médica explicou: “você terá que cortar os doces, massas e trocar tudo pela versão integral. Adicione grãos, folhas e legumes na sua dieta e evite todas as frituras, macarrão e sobremesas”. Pensei: deus não dá asas às cobras. Logo eu, que não me importo em engordar, tenho que tirar todas as gostosuras da minha alimentação? E meu corpo? Eu gosto dele como ele é, não o quero mais magro!

Mas, para mim, se tem uma coisa mais importante que qualquer outra, é a saúde. Dito e feito. Troquei tudo no meu prato: coloquei muita alface, muitos legumes, cortei a fritura.  Arroz? Só o integral. Refrigerantes, só a versão light ou água.

 

Isso foi em setembro do ano passado. Em outubro repeti os exames: PERFEITOS! Em um mês, com muita força de vontade, consegui abaixar para níveis normais os meus triglicérides. Todas as taxas (glicose, colesterol, etc) também estavam onde deveriam estar. Fiquei feliz e nunca mais voltei a comer como antes.

Isso já faz 5 meses e eu não emagreci nem 1 quilo. Não digo isso como um mérito ou demérito, mas me deixa nervosa quando ouço que gorda não se alimenta bem ou que gorda não é saudável. Ou, pior, que só é gorda porque não tem força de vontade para comer direito. E ainda aquela velha desculpa: quero emagrecer só uns 10 quilinhos por causa da saúde. Eu entendo que as pessoas precisem de uma desculpa para justificar sua vontade de ser magra, mas não me venha com esse discurso montado e que deixa subentendido que a gorda é doente (a não ser que de fato emagrecer seja uma recomendação do médico, aí sim faz sentido!)

Sim, eu como muito, eu como bem e eu não me esforço para emagrecer. Mas é porque eu quero. Eu não me preocupo em ser magra e não vejo como emagrecer acrescentaria na minha vida, uma vez que eu já estou com todos os exames saudáveis e com o corpo que eu tenho.

Estou cansada do velho discurso hipócrita de que o problema de ser gorda é a saúde. Porque só a saúde da gorda incomoda, quando a saúde é da magra, até quando é ruim, é boa.

Beijos de uma gorda, com exames perfeitos e uma alimentação regrada.

 

HUÁ HUÁ

BJÓN

Como amarrar o lenço na cabeça

Olá queridas, o post de hoje é o básico do básico: como amarrar o lenço na cabeça. Depois do último post, algumas leitoras vieram me perguntar como eu fazia o nó do lenço ou se eu uso lenços já retangulares, etc. Aí achei bacana fazer um post bem fotográfico sobre isso. Olha só:

Estique o lenço quadrado em uma superfície plana

Dobre o lenço na metade e ele vai formar um triângulo

Dobre a pontinha para dentro

Vá dobrando até a base

Ele vai formar uma faixa, segure com uma mão em cada ponta

Passe por trás da cabeça e coloque o centro do lenço “apoiado” na nuca

Cruze as duas pontas na frente

Dê um laço

Cruze novamente as duas pontas na frente da cabeça, mas dessa vez não dê o laço.

10º

Pegue as pontinhas e coloque-as para dentro das laterais do próprio lenço. 

 

Você pode finalizar com alguns grampinhos, colocando sempre de cima para baixo, para o lenço não ir escorregando para o topo da cabeça. Eu não costumo colocar, mas se quiser deixar mais seguro, coloque um atras da cabeça e um de cada lado. 

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É isso, fácil né? Se tiver alguma dúvida, deixa aí nos comentários e vamos lá para o meu Facebook conversar mais!

 

HUA HUA

BJÓN

 

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