Beleza GG: novo reality show fala sobre a vida de modelo plus size no canal E!

Olá queridas, nesse fim de semana rolou mais uma edição do Pop Plus e no sábado à tarde teve a apresentação do primeiro episódio do Beleza GG, um reality show do Canal E!, que traz Mayara Russi, Fluvia Lacerda e Denise Gimenez mostrando como é o dia a dia das modelos plus size.

Entre os dramas familiares e participações especiais em alguns episódios (SPOILER: tem participação minha, gente!!!) uma coisa a série deixa bem clara: o mercado de modelo plus size é tão cheio de padrões e cobranças quanto o mercado de modelos tradicionais, mas tem MUUUUUITA coisa legal também.

POR QUE O BELEZA GG É IMPORTANTE PRA GENTE?

Não sei se já contei aqui, mas o que me deu forças pra montar meu blog e dar as caras nele (lá em 2008) foi descobrir a existência da Fluvia Lacerda. Mesmo morando fora, descobri que ela era brasileira, era gorda e fazia MUITO sucesso.

Foi a PRIMEIRA vez na vida que eu percebi que existiam outras mulheres com o corpo parecido com o meu e que essas mulheres eram muito lindas também. A partir daí não só comecei a enxergar a possibilidade de ser uma mulher realmente bonita, como passei a produzir conteúdo pra que muitas mulheres também enxergassem isso.

E olha como o cenário mudou desde 2008, nãoRepresentatividade importa, sim. E é importante que a mulher gorda seja retratada de todas as formas, porque afinal existem as mulheres gordas que passam a vida tentando emagrecer e também existem as mulheres que são bem sucedidas sendo gordas – e as vezes essas duas personalidades se misturam na mesma mulher, assim como acontece com as meninas magras também, nem tudo é branco no preto.

A grande questão é que o reality Beleza GG se propõe a retratar a mulher gorda como uma mulher NORMAL, o que a gente realmente é, só que raramente somos retratadas dessa forma. O programa se dispõe a dar um novo olhar sobre a vida de uma mulher gorda em uma carreira plus size. Acima disso o programa dá o lugar de protagonismo pra 3 mulheres gordas e garante o espaço para que ELAS contem suas histórias de suas próprias perspectivas – e não da perspectiva médica ou da perspectiva esteriotipada.

Um programa que dá destaque a 3 mulheres plus size, em um canal de entretenimento, que tem glamour e programas bem produzidos, que quer mostrar a mulher gorda como uma mulher capaz e acima de tudo como uma mulher NORMAL, com dramas e sucessos, é apenas INCRÍVEL! 

 

 

A data de estréia do Beleza GG é dia 03 de outubro, quarta-feira, quem vai assistir levanta a mão \o \o \o Enquanto a gente não senta no sofá com a pipoca na mão, assista os vídeos teaser do Beleza GG aqui abaixo… Obs: tá liberadíssima pra ficar BA-BAN-DO nessas deusas!!! 

 

Você acha que vai gostar mais da doçura da Mayara, do Glamour da Fluvia ou das caras e bocas (bem desbocadas) da Denise?!? ♥

 

Bom, gatonas, eu estou SUPER ansiosa e assim como toda primeira vez é possível que aconteçam alguns deslizes ou que a série não retrate completamente nosso universo (afinal como retratar uma coisa tão incrível em apenas alguns episódios né?!). Mas acho que vale muito nosso carinho e olhar de acolhimento pro Beleza GG. 

O que vocês acham?

Me contem TUDO aqui nos comentários 😉

 

HUA HUA

BJÓN

#EMBRACE: documentário passa a mensagem “ame seu corpo”

 

Esses dias li um comentário que revirou o meu estômago. Em uma galeria de fotos de um desfile plus size de um site grande, o primeiro comentário era de uma menina que dizia: “ridículo. Não encontro outra palavra para descrever a hipocrisia da situação. Essas mulheres que supostamente, se aceitam gordinhas, se amam como são, estão mentindo! Querem morrer quando vêem uma mulher magra e linda passar em sua frente e dariam um rim por um corpo magro e bonito. É triste tentarem nos vender a idéia de que ser gordo é bonito, é bom. Essas mulheres devem sofrer pacas para amarrar um sapato, abotoar uma calça. Gente, se aceitar é muito diferente de mentir“. (Só tive vontade de responder na hora: não, sua ignorante, eu sou plus size e nunca sofri para amarrar o sapato e também não sofro para abotoar minhas calças 50 que me fazem mais feliz que a tamanho 36, beijos. Mas tive preguiça…)

Esse não é o primeiro comentário que ouço do tipo e até eu já fui até atacada com esse tipo de julgamento (de acharem que meu amor era hipocrisia). A verdade, querida leitora, é que, como você pode ver pelo comentário acima e outros semelhantes, se você não gosta do seu corpo, você não é a única. A real é que uma pessoa que faz um comentário desses, na verdade está falando do próprio corpo. E pouco importa se ela é magra ou gorda, importa só que claramente essa pessoa não consegue aceitar que alguém ame o que vê no espelho, pelo simples motivo que ela mesma não consegue – daí a crença na impossibilidade de tal situação. Sinto pena e acho recalque…

Mas, como a vida é justa, aconteceu que, EXATAMENTE no mesmo dia, uma leitora me apresentou essa pessoa incrííííível….

O antes e depois do avesso: Taryn teve mais de 3 milhões de likes nessa foto

Então, não vamos transformar o caso todo em um exemplo infeliz, vamos trazer a discussão para o lado positivo. A verdade é que não importa como é a sua imagem na frente do espelho e, sim, o que você tem dentro da cabeça. A prova disso é a Taryn Brumfitt (a moça da foto acima), uma fotógrafa que odiava com todas as forças o seu corpo plus size e que, um dia, resolveu mudá-lo. Começou a emagrecer, fazer academia, entrou até para concursos de beleza … E nada, absolutamente nada, mudou! Ela continuou odiando o seu corpo magro, da mesma forma que odiava o gordo.

Certo dia ela estava em uma praia e uma completa desconhecida levantou ao seu lado e gritou: “Oh! Olha lá! Tem uma outra mulher com só um peito, igual a mim!”. Quando Taryn olhou as duas mulheres haviam perdido um peito e elas estavam lá felizonas na praia, amando seus corpos. E foi aí que ela se deu conta de que as mulheres são sempre levadas a acreditar que elas não são bonitas o suficiente, são levadas a acreditar que têm que ter mais peito, menos celulite, menos gordura, mais bunda, mais cabelo, menos estrias, etc. As mulheres sempre são instigadas a ficarem infelizes consigo mesmas – e propagam esse tipo de pensamento, como visto no inicio do post o comentário desagradável.

Pensando nisso ela resolveu criar um movimento chamado The Body Image Movement e entrevistou mais de 100 mulheres pedindo para que elas descrevessem seus corpos em uma só palavra. O resultado? Triste. A maioria escolheu uma palavra pejorativa.

Para mudar a mentalidade das pessoas e mostrar que SIM VOCÊ PODE SER FELIZ COMO VOCÊ É, ENTÃO AME SEU CORPO ela resolveu fazer um documentário chamado #EMBRACE. A fotógrafa fez um teaser onde mostra um pouco das entrevistas, de sua vida e de suas inspirações, assista:

 

 

Eu achei emocionante, primeiro porque eu passei pela mesma situação (já fiquei magra e continuei odiando meu corpo, só fui me amar depois de gorda) e segundo porque me dói o coração ver pessoas lindas e perfeitas, achando seus corpos “nojentos”, “imperfeitos” e outras coisas absurdas que apareceram no vídeo. Mas a verdade é que a maioria das pessoas acha seu corpo feio e eu pergunto, por quê?!?! Meninas magras, gordas, altas, baixas e tantas outras acham que são imperfeitas, acham que têm muito para melhorar, mas nunca se dão conta que o ideal não existe e que elas já são lindas. 

Existem meninas como a pessoa que fez o comentário do início do post, pessoas que não acreditam que é possível amar seu corpo do jeito que é. Mas, gente, é possível, sim! E se você é gorda e acha que se amaria mais se fosse magra, eu te digo uma coisa: você não vai se amar mais se emagrecer! Você pode se amar mais porque começou a se cuidar mais, começou a ter mais vaidade, começou a se sentir mais confiante, mas isso não tem NADA a ver com o peso que tem na sua balança. Se você se prestar mais atenção às suas qualidades do que aos seus defeitos, vai começar a se amar do jeitinho que é (magra ou gorda). Enquanto se ficar aí, esperando emagrecer para se achar bonita, só vai ficar cada vez mais infeliz.

Por isso acho importante falar e compartilhar esse tipo de projeto, esse tipo de vídeo e esse tipo de post, porque É NOSSA OBRIGAÇÃO ajudar todas as nossas amigas a se enxergarem como elas são: lindas e perfeitas. E não importa o que digam…

 

Como eu posso ajudar?

Se você gostou da ideia do documentário, a Taryn está arrecadando doações nesse site aqui para conseguir finalizar as gravações e edições do seu projeto. Se não puder doar uma quantia, já ajuda muito compartilhando a ideia para amigas e pessoas que se interessam pelo assunto!

 

Por hoje é isso meninas, o texto ficou enooorme mas acho o assunto super sério e muito válido. O que você achou? Me conta tudo aí nos comentários e vamos lá pro meu facebook conversar mais

 

HUA HUA

BJÓN

 

“A perfect 14”: documentário plus size fala sobre a ditadura da magreza e a vida das modelos plus size

Estrelado pelas modelos Elly Mayday, Laura Wells e Kerosene Deluxe, o documentário plus size chamado “A perfect 14” (referência ao tamanho 14, plus size), explora o universo das moda plus e as mulheres incríveis que lutam todos os dias para remodelar os padrões de beleza vigentes.

As três meninas contam cada uma a sua história, como foram cobradas para ter um corpo “padrão” e como isso afetou a vida de cada uma. E nem tudo ficou fácil depois que elas se aceitaram. A Elly Mayday, por exemplo, quando estava prestes a assinar um contrato com uma mega agência de NY (ela é do Canadá), descobriu que tinha um câncer raro de ovário e teve que lidar com o tratamento que a fazia variar o peso e perder o cabelo – além de adiar todos os planos de carreira, é claro. Já a Kerosene Deluxe é o tipo de mulher arretada que a gente ama. Sua infância traumatizante a estimulou a ser uma porta-voz contra o bullying e contra a gordofobia. Detalhe: ela é uma lenda plus size, já saiu em milhares de capas de revistas e campanhas, com o plus de ser toda tatuada (too cool to be cool, beijos).

Além das histórias pessoais, o filme ainda coloca em pauta a controvérsia do termo “plus size”, que segrega as mulheres, e a duvidosa falta de diversidade nas revistas e campanhas.

O documentário plus size foi idealizado e produzido pelos diretores canadenses James Early O’Brien e Giovanna Morales Vargas. Assista o trailer abaixo, em inglês:

 

O que me deixou com mais vontade ainda de assistir esse filme foi uma das frases finais, da qual eu compartilho o mesmo pensamento: “é importante amar seu corpo porque você tem que viver nele. Ele deveria ser seu mundo, deveria ser seu templo, deveria ser amado e respeitado… E vestido de forma adequada!”. O que dizer?? Puro amor!

Como você pode ajudar essa causa

Os produtores do vídeo estão fazendo uma arrecadação para levantar fundos para a pós-produção do documentário plus size. Para isso, eles criaram a possibilidade de doações através do IndieGoGo. Qualquer pessoa pode doar. Compartilhar a ideia também é uma forma de ajudar, já que se você não puder doar dinheiro, pode ajudar a informação chegar a quem possa. Site para doação: https://www.indiegogo.com/projects/a-perfect-14

 

Para finalizar o post com orgulho plus size, apenas essa foto ÓTIMA!

 

 

Curtiu o post? Então ajuda a espalhar esse projeto e vamos fazer barulho!!!!

 

HUÁ HUÁ

BJÓN

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