12 coisas gordofóbicas que comprovam como é fod* ser gorda

Olá queridas, antes de escrever o meu roteiro da China e do Myanmar (de onde acabei de voltar) resolvi escrever esse post com algumas coisas que ainda provam que a gente infelizmente tem que viver em uma sociedade gordofóbica pra caramba, porque passei por algumas situações nessa viagem que me fizeram lembrar – e muito! – como é FODA ser gorda em um mundo pensado pra magros.

Vou dar só um exemplo, mas aconteceram em vários momentos e acontece todos os dias com todas as gordas do mundo. Meu exemplo rolou no começo da viagem, logo no primeiro avião. Sempre ouvi dizer que a Emirates é a melhor companhia aérea e blá blá blá. O que eu estava esperando disso? Uma classe econômica com um assento confortável, espaçoso e decente para um vôo que ia durar 14 (CATORZE) horas. Pois bem, sentei e claramente meu quadril era maior que o espaço entre os dois braços da poltrona. O que a Ju de anos atrás faria? Ficaria extremamente envergonhada e sentindo-se culpada por não me encaixar na cadeira MINÚSCULA (sério, gente, não tinha nem 70cm de assento aquela merda). Mas hoje eu tenho outra visão, acho que as empresas têm obrigação de serem inclusivas, então a vergonha não é minha, é deles. Bom, vi que um comissário de bordo que falava português estava perto e falei para a minha irmã em alto e bom tom: “Bom, eu não vou usar cinto, porque eu apenas não caibo nessa cadeira…”. O comissário super simpático, solícito e discreto, prontamente achou um outro assento duplo que estava vago e perguntou delicadamente se minha irmã não gostaria de se mudar para lá para que ambas ficássemos confortáveis durante o vôo.

OK, o problema foi resolvido, mas fiquei pensando em outras pessoas grandes que não têm autoconfiança ainda e realmente se sentem envergonhadas a ponto de ficarem quietas e desconfortáveis durante 14 horas de vôo. Aí além de chegarem ao destino toda quebradas, ainda chegam sentindo-se inferiores por conta de uma porcaria de um assento minúsculo que não é confortável nem pra quem é magro.

Bom, desabafo feito, montei uma lista de coisas que ainda representam nossa sociedade gordofóbica e estão no meu livro negro de “KIRIDINHAS, APENAS MELHOREM!”

 

  1. Cadeira de avião

O problema: como descrito acima, são feitas para adultos com corpo de criança e quase deixam o sangue circular na sua perna.

A solução: poltronas maiores em todo o avião ou em algumas fileiras específicas, JURO que não é tão difícil. Esses dias peguei uma ponte aérea Rio-SP e as 7 primeiras fileiras eram de poltronas que apelidei carinhosamente de “cadeira de gordo”, já que eram mais largas e com espaço maior de perna. Se não me engano não tinha que pagar extra, era só escolher as cadeiras da frente no check-in.

 

Um sonho: entrar nas cabines maiores, sem olhares de reprovação…

2. Cabine de banheiro público

O problema: ou você abre a porta, ou você entra. E quando você entra, não consegue fechar a porta… Porque a cabine é tão mal feita que a porta quase encosta no vaso sanitário.

Sério, tem coisa mais irritante do que estar apertada pra fazer xixi e ter que entrar e sair da cabine umas 3 vezes até descobrir uma posição que você consiga se espremer contra a parede com sua bolsa e o casaco e ainda assim consiga fechar a porta, sem ter que subir em cima da privada? Não, não tem.

A solução: fazer cabines mais compridas, pelo menos. Como solução imediata, bastaria deixar a cabine específica para deficientes (que também deveria ter em todos os banheiros, aliás) sem o adesivo. Já que elas são mais espaçosas, as gordas poderiam usar numa boa, sem receberem olhares de reprovação como se estivessem fazendo alguma coisa errada. Ou, como é na Ásia, em vez da privada tradicional, poderia ser a privadinha no chão, que apesar de parecer horrível, achei muito mais higiênica na questão “não corre risco de encostar” hahaha.

3. Catraca de ônibus

O problema: é humilhante AND dolorido ter que se espremer pra conseguir passar entre aquele espaço pequeno, com gente te pressionando e ainda fazendo cara feia porque você está demorando pra passar. Vale dizer que a catraca não é pequena só pra quem é gorda, a catraca é apertada pra QUALQUER pessoa que seja um pouquinho maior.

BÔNUS: tudo ainda fica pior se você estiver voltando do trabalho no frio, com sacolas e casacos.

A solução: catracas mais largas, óbvio! Eu sei que todo mínimo espaço está sendo aproveitado para colocar bancos, mas já que nunca os bancos são suficientes para toda a galera que pega ônibus, então não custava nada tirar um – aquele que divide o corredor com a catraca – para aumentar a largura do espaço de entrada.

4. Assento de metrô com divisória

O problema: nádegas doloridas e com uma marca ao chegar em casa, porque você não coube em apenas um espaço pré-dividido e teve que ocupar um assento e meio, ficando com a divisória bem no meio da sua nádega esquerda.

Não sei nem quem foi o infeliz que achou interessante pré dividir um banco, talvez imaginando que isso daria alguma noção de espaço pessoal no transporte público, mas a questão é que além de não servir pra nada, ainda humilha pessoas maiores.

A solução: que tal fazerem bancos sem divisórias? Um banco liso não mata ninguém, dessa forma as pessoas podem se encaixar nos espaços que precisarem.

5. Provador de loja

O problema: mal cabe você pelada lá dentro, imagine sua bolsa, suas compras anteriores, você abrindo os braços, tirando e colocando calças… E quando tem cortinas, sua bunda fica empurrando elas para fora…

Não sei se é porque além de ser gorda, sou claustrofóbica, mas provadores de lojas já me dão um desespero só de saber que eu vou ficar enclausurada em um cubículo cujas laterais quase encostam nos meus braços.

A solução: provedores com cabines maiores, se não forem todas, pelo menos algumas – e que não sejam apenas para deficientes físicos. Minha solução imediata é ficar com a porta do provador aberta pra não ter falta de ar, mas isso não resolve as laterais pequenas do provador, só me ajuda a não ter uma crise claustrofóbica mesmo.

 

6. Espelhos que emagrecem no provador

O problema: isso prova que nossa sociedade é tão gordofóbica, que precisa te passar sua imagem mais magra para que você se sinta mais tentada a comprar uma roupa. O pior? Algumas pessoas ainda gostam.

A solução: nem espelhos que engordem, nem espelhos que emagreçam… Apenas espelhos que reflitam a realidade, pode ser?

7. Cadeiras com braço

O problema: raramente os braços têm um bom espaço entre si, de forma que é só ter um quadril um pouco mais largo que as cadeiras com braços já ficam meio apertadas.

A solução: assentos mais largos, com braços mais distantes ou braços mais altos, sem fechar na lateral da perna – sabe aqueles vazados embaixo?! Não é preciso que TODAS as cadeiras do mercado sejam assim, mas que pelo menos existam opções pra quem é gorda e quer conforto, né!?!? Até a indústria de móveis é um tanto gordofóbica, minha gente… Num tá fácil!

8. Marcas plus size que só fazem até o 50

O problema: se até uma marca especializada em roupas pra gordas acha que existe um “limite aceitável” pra ser gorda, me diz como se sente a mulher que quer se vestir bem e está acima desse limite?!

A solução: fia, se você se propõe a fazer roupa pra gorda, faça direito com uma grade abrangente… Caso contrário tire o plus size do nome da marca e fique quietinha com a numeração pequena.

 

9. O próprio título plus size

O problema: quando a gente fala que alguma coisa é plus size a gente está segmentando aquilo, ou seja, está dizendo que aquele segmento não faz parte da maioria, não é o “comum” nem o “normal”. Quando a gente fala que uma marca é plus size, a gente está dizendo que a mulher gorda não faz parte da moda “tradicional” e, portanto, precisa de um segmento só seu.

A solução: que as marcas aumentem a grade no geral e que tanto a numeração 36, quanto a 60 sejam parte da numeração “normal”, mas que não precise de um nome para isso.

10. Sapatos para pés finos/pequenos

O problema: SÓ tem sapato para pé fino ou no máximo um mediano. Aparentemente a indústria de calçados ignora com fervor a existência de mulheres com pés grandes, largos e/ou altos.

A solução: aumentar a numeração é o básico, já que mulheres altas têm pés grandes normalmente, independentemente de serem gordas ou magras. Agora quanto aos pés largos e/ou altos, custava fazer alguns modelos de botas e sapatos maiores?! Custava fazer umas tiras de sandália com elástico? Custava fazer uns solados mais largos?!? Umas pernas de botas para batatas largas?! A gente até acha algumas, mas com MUITA procura, quase uma caça eu diria…

 

11. Cadeiras que aguentam só até 100 kg

O problema: a maioria das cadeiras no mercado de design só aguenta até 100kg, depois disso as pernas começam a ceder, as juntas ficam moles, o encosto vai se separando do assento e existe um grande risco de acidente. Agora me diz, como faz?! conheço homens grandes que não são gordos e pesam mais que isso (são bem musculosos inclusive). Ou seja, as cadeiras são uma porcaria em questão de qualidade de material, mas se a gorda quebra a culpa e a vergonha são dela?!

A solução: industria de móveis, apenas melhore! As cadeiras não têm que aguentar o mínimo, elas têm que ser bens duráveis, que suportem com segurança qualquer tipo de pessoa. De nada adianta fabricar cadeiras bonitas se elas não servem pra metade da população. Materiais melhores com design desejável, please!

 

12. Corredores e portas de aptos pequenos

O problema: a população está cada vez mais gorda e os apartamentos novos cada vez menores, mas mesmo os que não são menores também apresentam um detalhe bizarro: as portas novas são menores que as antigas. Enquanto uma porta tinha em média 80cm de largura, as novas no interno do apartamento têm 70cm. Pode ser que elas tenham diminuído com o objetivo de aumentar o espaço interno de uso, mas a verdade é que as pessoas gordas foram absolutamente ignoradas nesses casos.

A solução: apenas voltem com portas maiores e, arquitetos e engenheiros, prestem atenção para ver se seu projeto é acessível. Porque sinceramente, se eu que visto 50 não paro de bater os braços nas maçanetas, imagine uma gorda maior ou uma cadeirante tentando passar por essas portas?!

 

Bom, esse é um daqueles posts que a gente faz quando está revoltada por ter passado por uma situação indesejada, mas a verdade é que a gente passa por vários momentos gordofóbicos no nosso dia e sem perceber acaba se sentindo inferiorizada ou humilhada. Por isso a gente não pode parar de lutar por locais públicos mais acessíveis e tem que manter a cabeça bem levantada quando passar por qualquer uma dessas situações. Não se sintam mal se acontecer alguma coisa dessas com vocês, vocês não estão sozinhas!

 

Bom, tem mais alguma situação que não coloquei aqui que você passa? Me conta nos comentários!!!

 

 

HUA HUA

BJÓN

5 truques de como fazer delineador gatinho

Uhul! Saiu mais um vídeo de maquiagem da minha série Simples Assim e nesse eu ensino o passo a passo de como fazer delineador gatinho!

Pra quem sempre me pergunta como eu faço, no vídeo dá pra ver e dou algumas dicas em vídeo e abaixo. Dá o play aí e fique atenta às dicas:

5 TRUQUES DE COMO FAZER DELINEADOR GATINHO

1. Pálpebra esticada

Sei que todo mundo fala que não é pra puxar a pálpebra, porque quando você solta o traço está todo torto, mas tenho que discordar. Cada caso é um caso. No meu olho por exemplo, tem umas ruguinhas (sim, apesar de eu parecer super djóvem hua hua hua) então eu tenho que puxar sim, para deixar a pálpebra esticada. Mas veja, não é puxar até o canto do olho chegar no cabelo, é só esticar, de leve.

2. Traços curtos

No caso desse dêli do vídeo eu comecei pelo gatinho (sim, é possível!), para mostrar que é muito mais fácil fazer qualquer traço aos poucos. Comece pelo gatinho ou pelo traço longo rente aos cílios e depois vá completando. Ou faça pontinhos e depois vá ligando… Imagine que seu olho é um quadro e você está brincando de desenhá-lo.

3. Delineador certo

Teste todos os tipos de delineador e pelo menos 3 tipos de pincel antes de dizer que não consegue fazer delineador. Essa história de “ah tenho um e tentei horrores mas isso não é pra mim”, me parece preguiça e conformismo. Se você quer fazer delineador, ache um tipo para você. Meu favorito é em creme (esse que eu uso no vídeo é da Kryolan, mas tenho um da Contém 1g e outro da M.A.C), acho que o traço fica mais preto que os outros. Mas tem um da Sephora ou da NYX que é super preciso na hora da aplicação e é ótimo também.

4. O pincel para você

Como eu disse acima, você tem que testar pelo menos 3 tipos de pincel para ver qual se encaixa melhor pra você. Isso mesmo, não existe uma regra geral do tipo “pincel X é melhor”. Porque vai muito de acordo com o formato de olho. O chanfrado por exemplo, no meu olho é MEGA difícil, porque tenho olho arredondado e ele só faz linhas retas por causa do formato de corte das cerdas. A mistura de 2 pincéis também pode funcionar, por exemplo: usar um fininho para fazer o traço rente aos cílios e o chanfrado para fazer o gatinho. Meu favorito e o que eu uso no vídeo é o Eyeliner E05, da Sigma.

5. Treino, treino, treino…

Eu faço delineador desde os 13 anos. Comecei com o lápis, que era mais fácil de manusear e se borrasse parecia um esfumado proposital. Depois parti para os líquidos (na minha época não existiam os em gel ou creme e não tinha tudo isso de opção). Fui tentando e corrigindo com cotonete e faço isso até hoje, só que com o tempo você já sabe qual traço funciona e só tem que arrumar pequenos detalhes. É tudo questão de prática!

 

CUIDADO COM A SABOTAGEM!

Algumas coisas podem impedir que o seu delineador fique perfeito, são elas:

Pincel sujo > Quando tem uma quantidade considerável de delineador seco no seu pincel, ele não consegue mais fazer os traços bonitos porque, claro, tem um monte de partículas velhas e novas se misturando e acaba zoando até a textura e cor do seu traço.

Pálpebra oleosa > Sua pálpebra é muito oleosa e acaba transferindo o delineador para a pálpebra, resultando em dois traços ridicularizados no fim do dia? É muito simples de resolver: use um primer para sombras e um delineador à prova d’água. Me conta depois o resultado 😉

Produto velho ou acabando > essa não precisava nem explicar né? Os delineadores têm, em média, uma duração de 2 anos antes de vencer, mas o que acontece é que geralmente eles secam antes. Se você for tentar usá-los quase secos, não vai ficar bom não!

Achar que os dois lados são iguais > Amiga, você vai ficar velha na frente do espelho se ficar tentando deixar os dois lados do delineador iguais. Não dá porque seus olhos são um diferente do outro. Outra coisa que vale ressaltar, é que o mesmo traço pode ficar diferente no meu olho e no seu, isso porque o resultado varia de acordo com o formato do olho.

 

Bom gatonas, era um passo a passo de como fazer delineador gatinho mas acabou virando o dossiê do delineador né?! Hua hua hua. Achei legal fazer esse post, já que todo mundo sempre pergunta como eu faço o traço do meu delineador e, na verdade, não tem muito segredo não! hua hua hua

 

Por hoje é isso, curtiram? Então assina o canal do Simples Assim no Youtube e deixa sua opinião aí nos comentários!

 

HUÁ HUÁ

BJÓN

 

 

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