Roupas de academia plus size: conheça marcas fitness pra ficar gata até suando

De uma vez por todas: ser plus size NÃO é sinônimo de sedentarismo! Já passou da hora da indústria de vestuário entender que a mulher plus size é tão plural quanto qualquer outra e pode SIM querer fazer exercícios com roupas de academia plus size confortáveis e cheias de estilo!

Então, se você, assim como eu, é uma gorda-fitness anota essa listinha de marcas legais que pensam no conforto da mulher gorda enquanto ela está fazendo academia, esportes ou quaisquer outras atividades físicas.

Eu coloquei as marcas que eu conheço, tenho peças e uso no dia a dia pra fazer academia e pilates, e eu conto minha experiência, pra você saber!

 

Roupas de academia plus size: conheça marcas jovens pra ficar gata até suando

 

♥ Wonder Size

Com tecidos deliciosos e de alta qualidade, a Wonder Size ultrapassou o limite de “vender roupas” e criou verdadeiros movimentos contra o sedentarismo, de inclusão da gorda no esporte e de amor próprio. A marca tem 2 projetos muito legais: o Wonder Day e o #DesafioAmorPróprio.

Wonder Day acontece 1 dia por mês, em que a marca organiza um aulão de alguma atividade específica (já foi Crossfit e até dança com a Thais Carla). É fechado para o público gordo, então garante um ambiente seguro para quem quer iniciar uma atividade mas tem vergonha.

Já o #DesafioAmorPróprio é uma série de atividades que você pratica no dia a dia e não têm a ver com suar a camisa, mas sim criar um relacionamento mais saudável consigo mesma na frente do espelho. O movimento é traduzido em uma pulseira que serve de lembrete pra você não esquecer de trabalhar seu músculo mais importante: o cérebro.

Experiência pessoal: tenho a calça legging Joana D’Arc, um top, uma camiseta, um moletinho e um corta vento da marca. Todos são de tecidos extremamente confortáveis, que não pegam bolinha depois da lavagem e garantem 100% dos movimentos até pra quem tem bunda, coxas grandes e costas largas. DELÍCIA!

Numeração: do tamanho 44 ao 66 (dependendo da peça)

Site: www.wondersize.com.br

Siga: @wondersizebr

 

 

♥ Feminina Plus Size

Se você acha que é impossível juntar glamour e moda fitness plus size, a Feminina Plus Size te prova que isso é perfeitamente possível! Ouso dizer até que as peças dela são muito mais incríveis que as feitas pras magrinhas por outras marcas.

Com a mistura de tecidos elaborados, com brilho, e tecidos cheios de elastano para garantir o movimento livre, a Feminina faz top plus size, calças e camisetas que dá vontade de ir direto da academia para o shopping ou até pra balada!

Meu top favorito é da Feminina Plus, porque ele é uma peça confortável e incrivelmente linda, que não dá nem pra dizer que é específica pra academia.

Experiência pessoal: quando fui comprar pela primeira vez na marca, perguntei TANTAS vezes se era mesmo pra academia que a dona ficou até meio nervosa. Porque eu realmente não estava acreditando que aquelas obras de arte da moda serviam pra fazer exercícios. “Sim, Ju, você pode sair com elas também, mas originalmente são peças de fitness plus size!”, foi a resposta dela. Eu tenho 2 calças e 2 tops que uso assim que saem da máquina de lavar.

Tamanho: do 44 ao 62 (dependendo do produto)

Site: www.femininaplussize.com.br

Siga: @femininaplussize

 

 

♥ La Curvy

A marca é nova no mercado e traz opções modernas pra quem quer fazer atividades físicas de um jeito mais fashion e confortável. Tops strappy, short saia com corte a laser, tecidos brilhantes, transparências e tudo com uma pegada bem esportiva sem deixar a desejar na beleza.

Experiência pessoal: tenho 3 peças, 1 short-saia, 1 camiseta e 1 top. Os tecidos são incríveis, não ficam transparentes na bunda e o top é muito bonito mesmo, com a parte de trás cruzada em rosa e a parte da frente preta com um tule. Muito sexy!

Tamanhos: do 44 ao 54 (dependendo do produto)

Site: www.lacurvy.com.br

Siga: @la.curvy

 

♥ Déia Fitness

A Déia Fitness foi uma das primeiras marcas a fazer roupas de academia plus size com tamanhos decentes e tecidos que comportassem nossas bundas sem ficar transparentes. Lá você encontra as peças básicas pra poder malhar com conforto. Tem legging, top, camisetas larguinhas e até macacão plus size de academia.

Experiência pessoal: tenho várias peças da Déia Fitness e o conforto é incrível. Os tecidos são bem consistentes e tenho uma calça de cós alto que não enrola, deixa a barriga bem segura e não precisa ficar puxando pra cima conforme eu faço exercícios.

Tamanhos: do 42 ao 60 (dependendo do modelo)

Site: www.deiafitness.com.br

Siga: @deiafitness

 

 

♥ Reizz

ATENÇÃO: a Reizz não é uma marca fitness, é uma marca de streetstyle. Mas como a Reizz faz shorts e blusas em malha mais grossa, parecido com um moletom, os conjuntos são verdadeiros itens fashion para fazer a exibida na academia.

Experiência pessoal: depois que eu operei o joelho, como estava pegando leve na academia, eu sempre usava os shortinhos e as regatas da Reizz, pra fazer a fashion dos halteres hua hua hua. Além do mais, como eu tinha que usar short pra fisioterapia, porque o fisio usava laser no meu joelho, eu acabava indo mais arrumadinha com as peças da Reizz.

Tamanhos: do 36 ao 58 (dependendo da peça)

Site: www.reizz.com.br

Siga: @reizz_reizz

 

 

Bom, gatona, essas são as lojas das peças que eu uso, mas quero saber se você tem mais indicações! Deixa aqui nos comentários, pra gente conhecer também

 

HUA HUA

BJÓN

 

Andressa Urach: até onde as mulheres vão atrás dos padrões?

O Brasil que acompanha a vida dos famosos está dividido: metade preocupado com o estado da Andressa Urach – a vice Miss Bumbum – e outra metade crucificando a menina por ter aplicado o tal do hidrogel nas coxas – procedimento que agora levou a “modelo” ao estado grave na UTI. Só se fala disso no universo das celebridades. Mas ninguém está apontando a verdadeira discussão: até onde a mulher é levada para atender certos padrões?! Até onde ela vai – e tem o caminho livre para isso – para agradar os outros, chamar atenção para si, ser vista?! 

Há 5 anos Andressa Urach fez um procedimento de preenchimento nas coxas, para que elas ficassem mais grossas, claramente indo contra a formação natural de seu corpo, que apesar de toda a musculação, não ficou com coxas ultramusculosas. Aí não contente com o resultado máximo da academia, ela resolveu se submeter a um processo cirúrgico, invasivo e perigoso, com uma substância que é permitida apenas para pequenas correções (em até 2 ml) e não para “preencher” grandes áreas como glúteos, coxas e seios. Mas e aí, de quem é a culpa? É do médico sem ética. É minha. É sua. É da Urach. É de todas as mulheres e de todos os homens que ficam babando nesses corpos claramente antinaturais, conquistados a base de muitas cirurgias e muitas dietas malucas. A culpa é de todo mundo que é conivente com ditadura estética de corpos perfeitamente esculpidos custe o que custar.

Achei difícil achar uma imagem em que ela não estivesse hiper sexualizada. Até onde as mulheres irão para se tornarem apenas um símbolo sexual? Vale a pena?

O que aconteceu com Andressa Urach poderia ter acontecido com você

Sim, em escala menor o que aconteceu com essa moça acontece todos os dias nas casas de milhares de pessoas. Mulheres se submetendo a situações ridículas para entrar nos padrões, se encaixar em uma “turma”, aparecer. Meninas parando de comer, vomitando, fazendo mais exercícios que os seus corpos aguentam, prejudicando o seu crescimento na adolescência atrás da dieta da moda e mais um monte de outras situações que não só podem destruir a autoestima delas para o resto de suas vidas, como também pode prejudicar a saúde de forma irreversível.

O perigo existe a partir do momento em que se perde a noção do que é real e possível e se passa para o nível da fantasia em busca de um ideal surreal. A pessoa que não é brecada e aconselhada nesse caminho (como Andressa não foi por seus parentes, nem pelos médicos irresponsáveis que fizeram o procedimento com hidrogel) perde a noção de racionalidade e passa a viver emocionalmente seus desejos estéticos, em busca sempre de um ideal além do que já existe. Essa pessoa sai da realidade, então tudo que aqui já existe não é e nunca será o suficiente, em um ciclo eterno de modificações até que algo mais grave aconteça – como ir parar na UTI ou até ficar tão plastificada a ponto de ser irreconhecível.

Alguém precisa intervir por essas pessoas. É preciso reeducar as mulheres, fazer com que elas tenham mais racionalidade sobre os seus atos, mais responsabilidade em cima de suas decisões e, por favor, fazer com que elas reflitam sobre tudo que influencia os seus corpos. Nós somos e sempre fomos condicionadas a tratar o nosso corpo como se ele fosse um objeto que as pessoas têm que admirar, gostar, desejar e nossa responsabilidade mínima é fazer com que ele esteja sempre nos trinques. Sempre fomos condicionadas a permitir que o nosso corpo fosse objeto de avaliação. Mas o que queremos para a próxima geração de mulheres? Queremos ver nossas filhas deitadas em uma cama de UTI ou chorando em frente ao espelho? Queremos que nossas filhas tenham vergonha de serem o que são? Queremos que elas percam mais tempo cuidando do que tem por fora do que alimentando o que tem por dentro (que é muito mais rico e cheio de possibilidades)? Eu não quero ver minha filha rodeada de futilidades, crianças que só pensam em seus corpos, que não conseguem se concentrar no aprendizado porque falta açúcar no sangue… Eu não quero ver minha filha crescendo com meninas que querem ser “gostosas” para “arranjar um bom marido”. Ao contrário. Eu quero uma próxima geração de mulheres que tenham suas próprias conquistas, que ganhem seu próprio dinheiro, tenham poder sobre seus corpos e que, se casarem, que o façam porque encontraram um parceiro(a) que vale ter do lado para o que der e vier, um amigo que dá apoio suporte e compartilha os seus medos e desejos e que, acima de tudo, não cobre dela ser nada além do que ela é e como ela é.

 

Parece impossível agora? Pois é… Mas se a gente começa a luta e espalha isso aos 4 cantos, as coisas começam a mudar. Eu ouço relatos de meninas que passaram a pensar diferente sobre seus corpos depois de começarem a ler o blog. Perderam encanações, melhoraram autoestima, voltaram a sorrir em frente ao espelho. Então, essa luta é minha, é sua e de todas as mulheres, porque queremos uma geração de mulheres evoluídas e não de escravas dos padrões vigentes (sejam eles quais forem).

 

Enfim, falei muito nesse texto, mas acho que é uma discussão muito válida e que deveríamos espalhar para que todas as mulheres lessem e refletissem sobre o que as motiva de verdade quando elas olham e odeiam seus corpos. Eu espero que você esteja nessa luta comigo e vamo que vamo 😉

 

 

Por hoje é isso e desejo, de verdade, melhoras a Andressa Urach que é apenas uma borboleta presa no furacão desordenado de cobranças e padrões que vivemos hoje.

 

BJÓN

 

 

Sair da versão mobile