Só a saúde da gorda incomoda

 

Lembro como se fosse ontem, cheguei em casa e minha mãe me esperava com uma cara desgostosa. “Filha, tenho más notícias…”. Era o dia que ela tinha ido buscar meus exames no laboratório. A taxa de triglicérides estava 150 pontos acima do limite aceitável e eu teria que mudar radicalmente minha alimentação. Foi um choque, já que desde que nasci meus exames são perfeitos. Chorei. Não me lembro de ter chorado de tristeza nos últimos 10 anos – a última vez que chorei assim foi na porta da geladeira, aos 15, quando tive distúrbios alimentares.

Antes que você pense “é claro que é doente, ela é gorda”, saiba que o nível alto de triglicérides não é exclusividade da gorda. É um problema de quem come muito carboidrato. A pessoa pode ser super magra, mas comer muito macarrão, arroz, batata, etc e ser pega pelo triglicéride.

A médica explicou: “você terá que cortar os doces, massas e trocar tudo pela versão integral. Adicione grãos, folhas e legumes na sua dieta e evite todas as frituras, macarrão e sobremesas”. Pensei: deus não dá asas às cobras. Logo eu, que não me importo em engordar, tenho que tirar todas as gostosuras da minha alimentação? E meu corpo? Eu gosto dele como ele é, não o quero mais magro!

Mas, para mim, se tem uma coisa mais importante que qualquer outra, é a saúde. Dito e feito. Troquei tudo no meu prato: coloquei muita alface, muitos legumes, cortei a fritura.  Arroz? Só o integral. Refrigerantes, só a versão light ou água.

 

Isso foi em setembro do ano passado. Em outubro repeti os exames: PERFEITOS! Em um mês, com muita força de vontade, consegui abaixar para níveis normais os meus triglicérides. Todas as taxas (glicose, colesterol, etc) também estavam onde deveriam estar. Fiquei feliz e nunca mais voltei a comer como antes.

Isso já faz 5 meses e eu não emagreci nem 1 quilo. Não digo isso como um mérito ou demérito, mas me deixa nervosa quando ouço que gorda não se alimenta bem ou que gorda não é saudável. Ou, pior, que só é gorda porque não tem força de vontade para comer direito. E ainda aquela velha desculpa: quero emagrecer só uns 10 quilinhos por causa da saúde. Eu entendo que as pessoas precisem de uma desculpa para justificar sua vontade de ser magra, mas não me venha com esse discurso montado e que deixa subentendido que a gorda é doente (a não ser que de fato emagrecer seja uma recomendação do médico, aí sim faz sentido!)

Sim, eu como muito, eu como bem e eu não me esforço para emagrecer. Mas é porque eu quero. Eu não me preocupo em ser magra e não vejo como emagrecer acrescentaria na minha vida, uma vez que eu já estou com todos os exames saudáveis e com o corpo que eu tenho.

Estou cansada do velho discurso hipócrita de que o problema de ser gorda é a saúde. Porque só a saúde da gorda incomoda, quando a saúde é da magra, até quando é ruim, é boa.

Beijos de uma gorda, com exames perfeitos e uma alimentação regrada.

 

HUÁ HUÁ

BJÓN

10 maneiras de evitar e diminuir o inchaço das pernas e pés

Sempre que eu ando muito, fico muito tempo trabalhando sentada ou na fase pré-menstrual, meus pés ficam inchados. Aliás eu sempre ouço milhares de reclamações das amigas sobre esse desconforto. Perguntei para o angiologista e cirurgião vascular, Dr.  Eduardo Fávero, as melhores maneiras de evitar o inchaço.

A primeira coisa que o Dr. Eduardo me disse, é que o problema pode ter vários outros motivos. “Disfunções no coração, figado e rins, problemas localizados nas pernas, como as varizes, ou até mesmo problemas nos vasos linfáticos podem causar edema nas pernas”, diz. Ou seja, é sempre bom procurar um médico caso o inchaço seja recorrente.

No entanto, alguns hábitos podem ajudar e muito – desinchar pode emagrecer até 3 kg!

Para descobrir se você está inchada, faça o teste: aperte o osso da canela com o dedo indicador. Normalmente a pele volta imediatamente, não fica nem marcado. Já se você estiver inchada, fica uma depressão que demora para voltar. Você também pode desconfiar de inchaço, se ao tirar as meias sua perna fica marcada, como a minha na foto acima.

10 maneiras de evitar e diminuir o inchaço das pernas e pés

1. Evitar longos períodos de inatividade das pernas

Ficar muito tempo sentada, ou em pé sem caminhar, dificulta o bombeamento do sangue das pernas de volta para o coração, comprometendo toda a circulação da área e causando o inchaço. Se você trabalha sentada o dia inteiro, levante a cada 30 minutos ou 1 hora para buscar água, ir ao banheiro, dar uma volta no andar, etc.

2. Diminua o consumo de sal

Quanto mais sal tiver no seu sangue, mais  água seu corpo vai reter. E vale lembrar que os alimentos diet, como os refrigerantes, têm alto teor de sódio. Ou seja, nos dias que estiver inchada, prefira tomar água e chá.

3. Evitar exposição excessiva a ambientes muito quentes

No calor o corpo precisa esfriar, então acontece uma dilatação dos pequenos vasos da pele e extravasamento de líquido para os tecidos – que os deixa inchados.

4. Meias de compressão, sim, calça apertada não

“A compressão das pernas ajuda a evitar o inchaço, porém, o ideal  é uma compressão adequada e homogênea, o que não acontece com um jeans, por exemplo”, diz Dr. Eduardo. Em caso de necessidade de compressão o adequado seria uma meia de compressão, mas sempre peça a indicação do seu médico.

5. Evitar os saltos  muito altos e também as sandálias rasteiras

Um salto de aproximadamente 3 cm  favorece o movimento do pé ao caminhar, que ajuda no bombeamento do sangue de volta das pernas para o coração. “Mas não quer dizer que os demais saltos necessariamente serão prejudiciais”, tranquiliza Dr. Eduardo.

6. Deixar o pé da cama levemente elevado

Colocar um toco de madeira nos pés da cama ajuda o retorno de sangue durante a noite e o resultado são pernas desinchadas pela manhã. Se quiser uma solução mais provisória, antes de dormir deixe as pernas elevadas por 30 minutos ou mais.

7. Tomar água ao menor sinal de sede

Sobre aquela história de que beber mil litros de água ajuda, Dr. Eduardo discorda. “Não sou adepto da filosofia de que devamos nos encher de água desnecessariamente ou de que haja um volume determinado como ideal”, diz. A água é importante, sim, mas deve ser consumida ao primeiro sinal de sede ou ao se notar uma urina muito concentrada de coloração amarela escura.

8. Drenagem linfática quando necessária

A drenagem linfática pode resolver o problema momentaneamente, mas não tem uma frequência ideal que todas nós devamos seguir. A quantidade de sessões e o tempo delas devem ser analisados de acordo com a retenção de cada uma. Se você retém muito líquido, a frequência deve ser maior, porém vale dar uma olhadinha para os outros fatores e ver se você está fazendo tudo direitinho e, principalmente, consultar um médico para ver a origem do problema de retenção.

9. Fazer qualquer atividade que promova contração e relaxamento da panturrilha

“Atividades como  caminhada, pedalada, natação, ou subir escadas ajudam a evitar o acúmulo de  líquidos”, ensina Dr. Eduardo. E a melhor parte é que você não precisa mudar muito a sua rotina, é só trocar o elevador uma ou duas vezes por dia e ir andando até a padaria ao invés de pegar o carro.

10. Aumente o consumo de frutas e verduras

São alimentos naturais que possuem pouco sódio e muitas vitaminas. Ou seja, você vai consumir toda a energia que precisa, sem prejudicar as perninhas.

 

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HUA HUA

BJÓN

 

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