OMG! Depois da última campanha de inverno bafônica, é a vez de ficarmos babando com a Justine LeGault para a Elegance Plus Size ♥ Pra quem não conhece, a Justine foi a primeira capa plus size da Elle Quebec e faz ensaios incríveis, como a campanha ImNoAngel e a PlusIsEqual, sendo considerada uma das modelos plus size mais famosas do mundo. Já a Elegance é uma marca nacional e, na minha opinião, a marca mais profissional e evoluída quando falamos de moda plus size brasileira.
Foi no Teatro Municipal de São Paulo, pouco antes das fotos para a próxima campanha da Elegance, que tive alguns minutinhos a sós com a Justine para poder fazer algumas perguntinhas. Simpática, cheia de energia e muito (muito, muito, muito…) linda, ela me recebeu vestida com um look de cropped e saia lápis preto de veludo, já da coleção inverno 2017 da Elegance.
Bom, com a palavra, Justine LeGault…
♥ Ju entrevista: Justine LeGault para a Elegance ♥
Você já tinha vindo ao brasil? Como foi receber o convite de uma marca Brasileira?
Eu ainda não visitei muito por aqui, mas até agora já amei as brasileiras! Eu fiquei super animada, pensei “Uhuuul, o Brasiiiiil!”. Eu nunca nem sequer tinha vindo para a América do Sul – normalmente eu viajo muito pela Europa.
O que você achou da campanha da Elegance e das peças?
A gente ainda vai fotografar, mas eu AMEI o drama da coleção! Minhas favoritas são as peças em veludo, que tem sido meus queridinhos ultimamente, como esse vestido que eu estou usando, e as mangas oversized, meio anos 60.
Você ja se sentiu envergonhada ou sofreu preconceito durante algum trabalho, por ser plus size?
Envergonhada é uma palavra muito forte, mas eu já senti preconceito algumas vezes por parte dos fotógrafos, eles é quem tinham que ficar com vergonha (risos). Por exemplo, uma vez estava fazendo um ensaio com 2 modelos e a outra era do tamanho tradicional e pude notar que o fotógrafo ficava mais empolgado por ela… Aí eu pensei: ok, quando é minha chance de te mostrar? Mas isso é uma coisa minha, eu encaro isso como um desafio, mesmo. Quando fui fotografar o jogo virou e eu ganhei o respeito dele. É algo que acontece com muita frequência. Mas de fato, todo o meu respeito teve que ser conquistado com mais esforço do que as modelos tradicionais, porque ainda tem pessoas com a cabeça muito fechada nesse meio.
E como você vê o futuro da moda plus size?
Eu acho que não vai ser sobre tamanhos, vai ser mais sobre aceitação e personalidade da modelo, independentemente do seu tamanho. Por exemplo, minha amiga Sakina, também modelo, ela tem um cabelão cacheado e vermelho, sardas, diastema, tudo que é TÃO cool e diferente, que fazem ela única, e em 2016 é tudo sobre isso. Eu AMO e acho que esse é o futuro da moda, no geral.
Existe um forte movimento que acredita que as modelos plus size menores (tamanho 46/48) só ajudam a reafirmar um padrão corporal magro. Qual sua opinião em relação a isso?
Eu não concordo com isso, porque não é sobre o seu tamanho, mas sim sobre a mensagem que você passa. Minha melhor amiga é provavelmente a menor pessoa que você vai ver, ela é muito magrinha, e ela me diz que eu a ajudo a se aceitar, apesar de sermos totalmente diferentes. Não acho que tenha um “tamanho ideal” pra nada, acho que todo mundo tem seu espaço. Eu não estou lá pra defender um tipo de pessoa, estou lá pra defender diversidade e igualdade mais do que um tamanho.
Você se chama de guerreira do amor próprio, como você acha que contribui de fato nessa guerra?
Acho que meu trabalho fala por si só, as imagens que eu produzo, o jeito como eu me coloco para transmitir essas mensagens de amor próprio. Eu não sou o tipo de pessoa que vai levantar uma bandeira sobre como as coisas devem ou não serem feitas, mas eu vou fazendo meu trabalho e ganhando visibilidade de forma sutil, e aos poucos eu vou conseguindo abrir a mente das pessoas.
E para as meninas que desejam se tornar modelos plus size, você tem alguma dica?
Sabe, são muitas viagens, muitos eventos sociais, muita paciência, eu acho que tem muita mulher que quer ser modelo mas não entende a indústria 100%. Além disso, você tem que se sentir muito confortável e bem com o seu corpo, tem que saber suas melhores posições e caras e bocas. Modelar exige muita adaptabilidade, você tem que se adaptar ao personagem, se adaptar à roupa, você tem que dar um jeito, é como um quebra-cabeça cheio de peças que você tem que montar. Embora você possa ter uma equipe, você tem que ser a melhor e saber melhor que eles. Para as novas modelos é bom sempre estar aberta para aprender tudo.
Finalizamos a entrevista falando sobre goiabinhas, o doce mesmo, já que ela me recebeu com um prato de biscoitos na frente e me contou que era a primeira vez que provava o doce de goiaba, mas que já estava apaixonada por ele… Ah, esse Brasil, né?! hua hua hua
A temporada de inverno 2017 da Elegance Plus Size tirou inspiração no drama e intensidade da ópera. Com referências ao período barroco, a coleção traz cores intensas, shapes vitorianos, amarrações de golas, fendas e modelagens envelopadas, com destaque para decotes no colo e costas, valorizando a sensualidade e elegância da mulher de manequim 42 ao 56. Podemos esperar estampas exclusivas, muito veludo, aplicações em metais, bordados manuais e pedrarias.
O ensaio contou com styling de Patrícia Kuratti, beleza por Carla Biriba e foi clicado pelas lentes do fotógrafo Márcio Rodrigues.
Bom, estou ansiosíssima por essa coleção! Eu já sei que a Elegance Plus Size arrasa muito na produção das peças, na pesquisa de tendências e nas campanhas, agora nos resta esperar. Eu quero MUITO ver essas peças de veludo que já estão fazendo meu coração bater mais forte!
Curtiram a entrevista? Me contem aqui nos comentários o que vocês acham da Justine LeGault para a Elegance!
HUA HUA
BJÓN