Preta Gil photoshopada para a campanha da C&A

Sempre que alguma marca grande lança uma linha plus size, alguma coisa dá errado. O motivo é fácil de adivinhar.  É porque nós não queremos nada que esteja abaixo do que merecemos. Simples. Infelizmente algumas marcas não acham assim tão fácil fazer roupa de gorda para gordas que não querem ser magras. Ou talvez as consumidoras até queiram, mas conseguem ver que estão acima do peso e querem ficar na moda do jeito que estiverem. Mas, então, se a campanha é para plus size, por que raios a marca pesa a mão no photoshop na tentativa de emagrecer a modelo, que eles estão pagando justamente por não ser magra?!?!?! OI?

Foi o que aconteceu com a nossa querida Preta Gil photoshopada, abaixo:

Hoje a C&A liberou as fotos da campanha Special for You com a Branca Preta Gil (até quando, meu Deus?!) e, pela milésima vez, insistiram em tacar tanto Photoshop nela que, além de entrar para a numeração “comum”, Preta Gil photoshopada virou branca. Pergunto de novo, até quando!? Sim, a gente quer ver a roupa com caimento perfeito na campanha e, sim, queremos admirar tanto aquela modelo a ponto de desejar a roupa que ela está usando (regras da publicidade, acontece). Mas será possível que em plena campanha de moda plus size, sejamos obrigadas a querer desejar não ter nenhuma gordurinha fora do lugar, uma cinturinha de pilão e ossinhos da saboneteira saltados?!? Eu quero uma roupa para o meu corpo REAL, para as minhas curvas nos lugares “errados” e eu não quero ossos saltando (eles estão muito bem cobertos por uma camada de gordura, obrigada!).

Eu sempre bato na tecla que as fotos de campanhas e editoriais sempre são Photoshopadas, em qualquer lugar que seja, e isso não é necessariamente ruim, porque você consegue ver a roupa melhor, as cores ficam vivas, a revista/catálogo fica mais gostoso de ver, etc. Também sempre digo que plus size é qualquer mulher que vista de 46 para cima, não importa se ela aparente suas gorduras ou não. Agora, todo mundo conhece a Preta. A gente sabe que ela é uma plus size muito bem servida e que ela é maravilhosa assim. Ela é talentosa e sexy com o peso e as curvas, as coxas grossas, os ombros largos e tudo que ela tem a mais. Então, por favor meus queridos, não nos chamem de idiotas! 

Grata!

 

Polêmica: apresentadora respondeu ao vivo carta de leitor que a chamava de gorda

Olá queridas, uma leitora me mandou um vídeo sobre uma apresentadora ótima e achei a história de muita utilidade pública. A Jennifer Livingston é âncora de um programa matinal americano e está acima do peso. Em outubro do ano passado, ela recebeu uma carta de um leitor que dizia, entre outras coisas, “Com certezavocê não se considera um exemplo para os jovens, principalmente para as garotas“, se referindo ao fato de ela ser gorda. Acostumada a esse tipo de comentário, Jennifer ia deixar passar “mais uma”, mas seu marido (outro apresentador da mesma rede de televisão) postou a infeliz carta no Facebook, o que gerou um imenso número de comentários positivos e de apoio.

Comovida e encorajada com a reação de seus colegas, a apresentadora respondeu ao vivo uma lição bem dada e maravilhosa sobre bullying e como é importante termos mais consciência do que falamos. Veja o vídeo:

http://youtu.be/HqXrY3UHpM4

 

Depois da resposta, Kenneth Krause (o cara que mandou a carta) pediu desculpas e disse que ele mesmo passou a vida inteira lutando contra a balança. “Eu não estou em posição de fazer bullying com ela, ela é uma grande personalidade da mídia e eu sou só um trabalhador. Se a Jennifer ficou ofendida, então eu sinceramente peço desculpas, essa era a última coisa que eu queria fazer”, ele disse à ABC News. Às vezes, ele poderia estar até falando de saúde, mas será mesmo que algumas coisas precisam ser ditas? Na minha opinião, como Kenneth nunca se aceitou gordo, para ele é intolerável que alguém fique bem estando acima do peso (assim como para as pessoas que dizem “duvido que alguém se aceite de verdade”, só porque elas não conseguem se aceitar). É o que eu sempre digo, as pessoas jogam as frustrações delas em cima das outras…

 

Uma frase, em especial, que a Jennifer respondeu ao vivo me marcou muito e acho que devemos levar para a vida: “Eu sou muito mais que um número na balança”. E é mesmo, minha querida, todas nós somos. Mas precisamos parar de achar que, quando uma pessoa nos agride com palavras, nós é que estamos erradas. Quando alguém nos chama de gorda ou acha que somos piores só porque estamos acima do peso, o problema não está em nós, e sim na pessoa que falou!

E você, o que achou da resposta?

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Por hoje é isso e vamos lá para o meu Facebook conversar mais.

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HUA HUA

BJÓN

Abercrombie e a polêmica plus size

Olá queridas, vocês já devem estar familiarizadas com a infeliz polêmica sobre o Mike Jeffries, presidente da Abercrombie, certo? Bom se você não está, é o seguinte: Robin Lewis, co-autor do livro The New Rules of Retail (As Novas Regras do Varejo, em tradução livre), contou ao site Business Insider que o presidente da Abercrombie se nega a produzir tamanhos grandes e é uma escolha que ele deixa claro: “Ele não quer pessoas ‘grandes’ comprando em sua loja, ele quer pessoas bonitas e magras”, disse Lewis. No livro ele ainda explica que Jeffries quer passar a imagem de que a marca só é usada por pessoas ‘gostosas’, populares e com boa aparência.

Bom, meu querido Mike Jeffries (#soquenão), as pessoas populares na escola não eram as mais cool. Aliás, normalmente quem usa Abercrombie (e estou generalizando mesmo) é um bando de gente que não tem a menor personalidade ou noção de moda e usa somente porque os coleguinhas estão usando (porque nem bonitas as roupas são). E também, vamo lá, colocar uma roupa pra dizer “eu sou legal” é muita insegurança, não!?!? Dito isso, vamos nos revoltar um pouquinho com a polêmica…

Escolher a numeração que sua loja vai ter, pode ser uma estratégia de negócio. De repente, seu público é mesmo as mais magrinhas e aquelas roupas GG ficam encalhadas no seu estoque, dando prejuízo. O.K. Entendo você não produzir. Agora partir do princípio que as pessoas acima do peso não são legais, não são populares, não podem se vestir bem e outros tipos de julgamento que algumas pessoas (cegas) ainda fazem,beira o absurdo. Logo hoje, que vivemos uma época tão rica para as plus sizes. Logo hoje, que temos Fluvia Lacerda, dando um tapa na cara da sociedade com seu corpão,  Stéphanie Zwicky dando um show de moda em cima de saltos Chanel, Adele estraçalhando com mil e um prêmios… Sabe? Isso só mostra como o presidente e a marca comandada por ele estão defasadosFicaram para trás, atrasados. E, pior de tudo, burros. Porque o público plus é um mercado imenso a ser explorado, coisa que as próprias concorrentes da Abercrombie – como H&M, American Eagle, GAP, Banana Republic, Old Navy, entre outras – já perceberam e já passaram a produzir roupas do GG para cima.

Legal mesmo, meu filho, é aceitar as diferenças entre as pessoasNão é ser magra, é ser você mesma. Fico triste de ver a dificuldade das pessoas em acharem que só a aparência te torna legal. Você pode ser a Barbie, mas se for insuportável, não há grupo que te queira. Ou melhor, pode até ter… O grupo das pessoas que usam Abercrombie.

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Por hoje é isso. Mas conta aí a sua opinião, o que você achou da declaração?

HUÁ HUÁ

BJÓN

Propaganda da Marisa e a polêmica

Olá queridas, me pediram para comentar a propaganda da Marisa que gerou a maior polêmica. Está todo mundo dizendo que a propaganda defende a anorexia, que deixa implícito que a mulher precisa ser magra para entrar nas roupas e que tem de viver a base de alface. Se você não viu o comercial ainda, dá uma olhadinha, mas sem levar em conta o que a galera anda dizendo por aí. Forme sua própria opinião sobre:

http://www.youtube.com/watch?v=3iKNi8CSIEk

Pois bem, quando todo mundo começou a falar desse vídeo pensei “ai, que absurdo“, mas quando assisti só consegui pensar que esse bafafá todo foi meio exagerado. A mulher não é anoréxica, ela come, mas dá a entender que se alimenta de forma saudável (ela cita alimentos super nutritivos) e deixa de comer algumas bobagens que nos fazem mais felizes (como batata frita, nhami!). Concordo que, como gordinha, essa ideia de que “eu preciso estar magra para estar bem” é bem irritante, mas é um pouco de hipocrisia e até meio extremo achar que TODA mulher deve se conformar com o corpo que tem e não pode querer emagrecer. Querer inverter algum padrão não adianta, porque pode até ser diferente, mas continua sendo um padrão.

A maioria das mulheres gostaria de emagrecer e a muitas têm sim um “Projeto Verão” para vestir o biquíni no Ano-Novo (seja ele de reduzir a celulite ou de entrar na calça 42). Estou mentindo? Eu não disse que todas têm, eu mesma não tenho, mas minhas amigas se matam na academia para comer um x-burguer na sexta feira, deixam de curtir a balada porque querem correr no sábado de manhã, traçam um plano desde janeiro até dezembro para entrarem na roupa do ano-novo e, às vezes, ficam uma semana inteira sem comer carboidratos porque têm um encontro no sábado com o maior gatinho.

Vamos levar em conta que é uma propaganda e, como tudo nessa vida, ela não vai agradar 100% das pessoas. Para pessoas como eu ou, talvez, como você, que estão felizes com o corpo que têm e não ligam do short ser 46 e as calças apertarem um pouquinho, essas propagandas passam batido (por isso fiquei até meio zonza com o bafafá em torno dela).

Acho que o que as pessoas quiseram criticar quando falaram que a propaganda “era um grito a favor da anorexia” (aff ¬¬) é que elas realmente estão irritadas com esse padrão de corpo magro. Ponto.

Ok, a gente já sabe… A gente, aqui do Entre Topetes, se irrita com isso há mais de 2 anos, mas não é UMA propaganda que representa isso tudo. Isso está implícito em TODAS as propagandas, reparem. É a alma da publicidade. Poderia citar um monte, de todas as lojas e produtos. Algumas reduzem a mulher a um ser puramente consumista, outras a colocam como interesseira e, para mim as piores, colocam a mulher como se ela fosse obrigada a estar feliz 100% do tempo, como fazem as propagandas de absorvente (quem está feliz quando está menstruada, meu Deus?!!?). As propagandas de desodorante masculino, então, nem vou falar nada…

 

Aí eu lembro de uma VERDADEIRA polêmica, que rolou lá nos Estates e que por aqui quase não se falou a respeito. Em 2010, a propaganda da marca Plus Size Lane Bryant foi banida da televisão com a desculpa de que mostrava muito o corpo da mulher… OI? Você já viu a propaganda das Angels da Victoria’s Secret? Exato, foi a resposta do representante da marca, mas não quiseram nem saber e tiraram a propaganda do ar do mesmo jeito… Agora sim, olhe você a propaganda (linda, diga-se de passagem) e tire suas próprias conclusões:

http://www.youtube.com/watch?v=JyCuITBD6dk

E aí, você querida leitora, de olhos abertos e mente aguçada: qual dessas duas histórias merece uma verdadeira revolta?

minha opinião verdadeira, é que uma polêmica sempre é boa para termos a chance de expor que NÃO QUEREMOS MAIS UM PADRÃO DE MULHER nessa vida. Que queremos ter nossas curvas (magras ou gordas), que queremos SER ÚNICAS. Então, pra mim esses alvoroços são sempre
válidos, mas acho meio injusto colocar o nome de uma marca como se ela fosse o capeta.

Lembrando que essa é minha opinião. E acho que devemos olhar tudo com olhos críticos, não só uma coisa ou outra só porque está todo mundo falando sobre isso. 

Mas eu super respeito opiniões contrárias e quero muito ouvir a sua! Me conta o que achou da propaganda aí nos comentários e vamos lá no meu Facebook conversar mais!

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HUA HUA

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BJÓN

 

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