Empreendedora, Flávia Durante se destaca no mercado plus size. Conheça a história da fundadora do bazar PopPlus

Quem não gosta de se inspirar com histórias de sucesso? E quando vem de uma mulher gorda a gente faz o que? Bate palmas lentas de orgulho, né não? Conversamos com a DJ, jornalista e empresária Flávia Durante, que comanda o maior bazar plus size do Brasil, o PopPlus, em São Paulo. Na entrevista ela conta como começou no mercado plus size, fala das dificuldades que teve enquanto gorda, sobre moda e dá dicas para quem, assim como ela, quer empreender. Se liga só!

Como você começou no mercado plus size? Foi uma motivação pessoal?

Eu comecei trabalhando com isso em final de 2012. Sabe aquela coisa de jornalista para ganhar um dinheiro extra no fim de ano? Eu juntei 500 reais e comprei tudo em biquíni da fábrica de onde eu costumava comprar no Guarujá, já que eu sou da Baixada Santista. Só que eu não tinha muito tempo de ficar vendendo, indo de porta em porta.

Aí eu tive a ideia de fazer um bazar para ajudar a vender as peças e juntar outras marcas que eu já consumia na época, com a moda plus size mais moderna e mais alternativa que estava começando a aparecer na época. Foi uma motivação profissional e pessoal também!

Qual a diferença que você vê do mercado plus size de quando você começou para os dias de hoje?

Eu comecei a engordar depois de adulta, quando mudei para São Paulo, depois de uns 20 e poucos anos. Antigamente eu tinha três opções de compra, né. Na seção masculina, de grávidas ou roupinha de senhora em lojas de departamento. Sendo que eu era jovem. Era muito ruim, pois isso me limitava totalmente. Eu vejo hoje fotos minhas antigas e me sinto mais velha do que hoje, que tenho 40. Embora ainda precise melhorar muito, está bem melhor do que era há 10/15 anos.

O que o PopPlus representa na sua vida e na das pessoas que vão?

Uma mudança que eu nunca imaginei na vida. Eu sou jornalista de formação, sempre trabalhei com internet, assessoria de imprensa, música, noite, comportamento… Nunca tinha trabalhado com moda, até rejeitava, justamente porque achava um assunto chato e não me sentia representada.

Foi a partir de 2009 que eu comecei a me interessar, quando uma ex-chefe minha me convidou para ser editora de lifestyle do portal Vírgula. Aí falei pra ela ˜tem certeza? Eu não entendo nada˜. E ela disse que queria justamente alguém que passasse uma linguagem da moda popular para o jovem.

Comecei a chamar as blogueiras plus que estavam começando a surgir no Brasil para fazer reuniões de pauta, trocava ideia etc. Foi aí que tomei conhecimento de moda e pude entendê-la de forma mais séria, que vai além do vestir uma roupa.

Sendo assim, fico muito feliz que o PopPlus ajuda a mudar a vida das pessoas para melhor. E não só dos clientes que vão, mas também de pessoas que descobrem como se expressar, como também dos empreendedores que participam. Tem marca que está praticamente há 5 anos comigo, como a Chica Bolacha, e crescemos juntas. Meu lema é “nunca diga nunca”. Eu rejeitava moda e hoje vivo disso totalmente feliz.

Você contribuiu para a mudança de muitas marcas; como se sente a respeito disso e o que você acha que fez para que isso ocorresse?

Eu fui uma das peças desse motor. As blogueiras começaram a surgir em 2008/2009, a Flúvia Lacerda, os eventos de moda plus size… O meu papel foi trazer essa linguagem mais jovem para a moda plus size, misturar com festa, mostrar que ela precisa ser diversa, que não é só senhora ou só sexy, que tem a fashionista, a hipster, esportista…

O que eu fiz foi trazer diversidade para a moda plus size e mostrar que ele não acaba no 48 ou 50. Faço questão que as marcas atendam, no mínimo, até 54 ou 56 e, se for 60 ou mais, melhor ainda. Se a marca não atende no mínimo 54 eu nem olho, nem passa no filtro. O papel do PopPlus foi mostrar a representatividade das gordas maiores, quebrando o padrão do próprio plus size, que acabou se criando infelizmente.

Para você, qual é o maior desafio em ser gorda?

Atualmente é não ser vista como aquela coisa exótica, engraçadinha, fofinha, muito menos como uma pessoa que faz corpo mole. Eu e várias mulheres estamos mostrando que temos muito mais para mostrar para o universo profissionalmente, artisticamente etc. Mas o maior desafio é quebrar esse estigma, que traz preconceito. Nenhuma marca quer aliar seu nome a gente que é “doente”, “preguiçosa”.

O maior desafio é mostrar que não é nada disso, que a gente é ativa, saudável, consome e tem muito a servir a sociedade e ao Brasil, trazendo benefícios e gerando empregos. Olha quanta renda a gente gera no PopPlus! Isso não pode ser ignorado, ainda mais em tempos de crise.

Você que também é DJ sentia problemas com a falta de roupas para balada? Como se sente agora?

Exatamente um dos motivos que me fez criar o PopPlus foi essa falta de opções de roupa para balada. Anos atrás não era essa coisa descolada que temos hoje em dia, com blusa de tule, calça destroyed… Hoje temos muita opção perto do que era antes. Ainda são coisas mais artesanais e não tão acessíveis para a população em geral, sendo difícil de achar, poucas peças, mais caras… Mas já conseguimos encontrar muitas marcas legais. Eu brinco que a Oh, querida! e o Clube da Meia-calça são a alegria da clubber gorda hahahah!

Quais seus planos para o futuro como empreendedora?

Vejo que tem muita gente talentosa, mas às vezes falta mão e verba para melhorar. Então agora estou fazendo esse trabalho de fomentar o trabalho plus size nacional oferecendo workshops, consultorias, cursos etc. Minha ideia agora é isso e, depois, oferecer outros cursos também, como marketing, merchandising, visual. Tudo que possa melhorar o mercado e o trabalho de todo mundo.

Qual a dica que você dá para quem está começando no mercado plus size? 

É ter comprometimento com o que você vai fazer e levar muito a sério. Saber que é um trabalho duro. Eu mesma já faço o PopPlus há 5 anos e estou me dedicando exclusivamente há apenas um ano, e mesmo assim não consigo viver só disso. Faço meus freelas de jornalista e DJ para pagar minhas contas, mas eu vislumbrei isso e vou continuar aperfeiçoando. Hoje em dia consigo delegar, tenho sócio, parceiros e funcionários porque sozinha não dá!

É importante saber também que não vai ganhar dinheiro de uma hora pra outra. Não é um oba-oba. Por isso é importante fazer planejamento de mercado, estudar, se estruturar.

>>>O bazar plus size PopPlus continua sendo 4 vezes por ano: março, junho, setembro e dezembro em São Paulo, com edições esporádicas e temáticas. Conheça: http://popplus.com.br

Mariana Xavier abre o jogo sobre preconceito | Tia Ju entrevista

Olá queridas! A última vez que fui ao RJ tive a chance de conversar muuuito com a Mariana Xavier, atriz que tá em cartaz com o filme Gostosas, Lindas e Sexies AND na novela das 21hs A Força do Querer (onde interpreta uma aspirante a modelo plus size).

Mariana Xavier abriu o jogo comigo e contou sobre como é ser atriz e ter um corpo plus size, os preconceitos, as lições, como foi gravar um filme sendo uma tarada bem resolvida… No vídeo a gente fala bastante coisa, principalmente que você não precisa de aprovação de ninguém para ter o corpo que você QUISER! E que SIM, dá pra você seguir a carreira que tiver vontade, independentemente do peso. Ah! E também que você vai tomar 1, 2, 3 ou 10 NÃOS, mas não é para desistir…

Enfim, falamos um pouquinho de tudo, então aperte o play e assista no vídeo a seguir:

 

♥ Mariana Xavier abre o jogo sobre preconceito | Tia Ju entrevista 

 

 

Eu também gravei um vídeo para o canal da Mari, o Mundo Gordelícia, vou deixar links logo abaixo, mas antes dá uma olhadinha no vídeo delícia:

 

 

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Ju Romano >>> https://www.youtube.com/juromano

Mundo Gordelícia, por Mari Xavier >>> https://www.youtube.com/mundogordelicia

 

Bom, gatonas, espero que vocês tenham curtido os vídeos. Como eu disse, acho que a Mari Xavier é uma baita representante do movimento plus na televisão e nos cinemas ao lado de outras maravilhosas como Cacau Protásio, Fabiana Karla e outras lindas, por isso fico muito honrada em poder ajudar a divulgar o trabalho delas e espalhar aos 4 cantos que a mulher plus size pode SIM ser bem sucedida em QUALQUER área da vida e qualquer carreira!!! YOU GO, GIRL!!! \o \o \o

 

E vocês? Já assistiram o filme ou leram o livro? Me contem TUDO aqui nos comentários e compartilhem esses vídeos do amor pra todas as mulheres plus se sentirem abraçadas. 😉

 

 

HUA HUA

BJÓN

 

14 perguntas que as gordas não se fazem – mas podem mudar sua vida!

Olá queridas, hoje eu resolvi falar sobre algumas perguntas que eu comecei a me fazer há alguns anos sobre o meu corpo e minha personalidade e que não só fizeram eu me aceitar como eu realmente sou, como também ajudaram a levantar minha autoestima. Acho realmente que pensar sobre elas pode trazer um pouco mais de luz pra sua vida e te deixar mais calma quando alguém quiser se meter na sua vida… Sendo bem sincera, fez com que eu tacasse um foda-se (com o perdão da expressão) em vários momentos da minha vida para pessoas que tentaram me colocar pra baixo!

Pra começar, você tem que imaginar como se sua vida estivesse começando AGORA e nenhuma das decisões que você tomou anteriormente vão importar no futuro. A partir daí, sem pensar no que os outros pensariam de você, o que os outros julgariam, ou o que achariam das suas escolhas, pensando REALMENTE só no que você tem vontade – e sendo sincera consigo mesma – pense sobre essas perguntas:


 

14 perguntas que quem sofre por ser gorda deveria se fazer ♥

1. Por que você se incomoda tanto com o que os outros pensam de você?

De verdade, o que os outros pensam de você é problema deles e não seu. Assim como o que você pensa de uma pessoa não tem poder para mudá-la, o que as pessoas pensam de você também não deveria te incomodar. Afinal, cada pessoa é um universo e tem sua própria criação, conceitos, estilo de vida, ideais, etc. Assim como você também deve ter e seguir os seus!

2. Que diferença REAL faz na sua vida se um desconhecido te acha feia ou gorda ou estranha ou qualquer coisa?

Pensa comigo: se você usar uma regata, com o braço gordo de fora e ele ficar balançando enquanto você está no ônibus, que diferença faz na sua vida o que o homem à sua direita acha disso? Você precisa dele? Você vai vê-lo novamente algum dia na sua vida? Então de que importa se ele acha seu braço gordo ou se ele sequer reparou no seu braço? De um jeito ou de outro, você NUNCA vai saber o que ele realmente achou de você e isso realmente nunca vai fazer diferença no caminha que sua vida leva. Esse pensamento vale para tudo, basicamente.

3. Se importar com os seus parentes te chamando de gorda, faz com que você emagreça da noite para o dia?

Seu tio te fala que você precisa emagrecer para ser saudável, sua mãe diz que você não vai ser ninguém se continuar gorda, seu irmão fala que você não vai arranjar namorado… E você acredita neles e se afunda cada vez mais na tristeza sem conseguir fazer nada por isso. Veja, não importa o que eles falem, não vai fazer você emagrecer da noite para o dia e essa nem sequer precisa ser sua vontade! De novo, se eles têm uma questão com o seu peso, o problema é deles e não seu. Você só vai arranjar namorado se você quiser, vai ser o que você quiser e pode ser saudável com o corpo que tiver se essa for sua vontade! Isso não depende do corpo que você tem, vide o tanto de gorda bem sucedida, saudável e feliz que nós conhecemos.


>>> Leia também: 13 coisas que ninguém fala para uma adolescente gorda


 

4. Por que você acha que a sua aparência é mais importante do que o que as suas ações, opiniões ou realizações?

Acreditar que sua carreira, sua inteligência e sua boa vontade têm alguma relação com o seu peso é pura ignorância – sua ou de qualquer pessoa que pense assim. Se você realmente quiser e se esforçar para seguir uma carreira, você vai fazer isso pesando 54 ou 104 quilos. Esses dias conversando com um professor da minha academia falamos sobre uma das melhores professoras de dança da rede, que é super gordinha – tipo eu, mais ou menos – e que arrasa nas aulas e, inclusive, dá treinamento. Ou seja, o peso não tem NADA a ver com o quão boa você pode ser no que você realmente quiser fazer e também não quer dizer que você será pior nisso do que as pessoas mais magras.

5. Não é futilidade e até preconceito achar que a aparência define qualquer outro aspecto de uma vida?

É um pensamento simplista reduzir todos os aspectos da sua vida, apenas à aparência. Você não é pior do que ninguém porque você é gorda. Ser gorda é apenas uma característica do seu corpo, não é um defeito e não indica NADA além do tamanho das suas calças.

6. Você quer ser preconceituosa e tomar os outros apenas pela aparência?

O pior preconceito contra o gordo é o que ele tem consigo mesmo. Se você achar que outras pessoas gordas são piores ou menos merecedoras apenas porque são gordas e, consequentemente, como você é gorda também se encaixa nisso, aí você está sendo preconceituosa e isso não tem nada a ver com os outros ou com a sociedade. Lembre-se: para que haja qualquer mudança, ela deve começar por você!

7. Você precisa de pessoas preconceituosas e/ou fúteis na sua vida?

Se você realmente não julga os outros apenas pelas aparências, mas algumas pessoas à sua volta agem assim com você e isso te abala e te coloca pra baixo, de verdade, você não precisa dessas pessoas na sua vida. Se elas forem parentes próximos, se esforce para ignorá-las ou dê um corte logo que elas começarem a tentar te diminuir. Tenha certeza de que são elas as erradas e não você! A aparência não significa nada – caso significasse, brigadeiro com aquela cor de cocô não seria tão gostoso, não é?!? hua hua hua

8. Como se esconder embaixo de roupas largas e escuras pode melhorar a sua aparência?

Quando você quer ficar invisível, se apagar, se anular, você realmente consegue isso. Se você tenta esconder seu corpo achando que ele é feio, as pessoas podem acreditar em você e também começarem a te achar feia. Porém o contrário também é válido: se você começar a achar o seu corpo bonito e começar a enaltecer as partes que você gosta mais, as pessoas também podem acreditar em você! Usar roupas largas e escuras só te deixa mais para baixo e pior. Procure o que você acha bonito no tamanho que você tiver, aí se você resolver emagrecer você vai comprando peças novas ou ajustando as antigas. Se você quer esconder as gordurinhas, você pode usar roupas bonitas para isso também, viu? Mas meu conselho real é que você aproveite tudo de bom do seu corpo com o corpo que você estiver – é sempre o caminho mais feliz!

9. Por que você acha que um tipo de corpo X é mais bonito do que o seu?

Eu sei que desde que nascemos fomos bombardeadas com corpos magros e altos nas revistas, televisão, etc. Mas onde está a referência dizendo que só esse tipo de corpo é bonito? Se você fizer uma pesquisa com algumas pessoas que você conhece, vai ver que cada uma tem um ideal de beleza e que cada uma acha um tipo de corpo bonito ou não. Eu e minha irmã, por exemplo, tivemos exatamente a MESMA criação e temos ideias de beleza completamente opostos tanto para mulher, quanto para homem. Reflita!

10. Por que você acha que você está errada e outras pessoas estão certas?

Se você se acha maravilhosa assim como é e toda sua família acha que você tem que emagrecer, por que você acha que eles estão certos e você errada? Se você odeia academia e não quer ir, mas todo mundo acha legal e faz, por que você acha que você está errada e os outros estão certos? Veja, cada pessoa em sã consciência faz o que acha melhor para si e faz o que quer para a sua vida e isso é que é o certo -só!

11. Por que você não toma as rédeas da sua própria vida e toma as próprias decisões sobre o seu corpo e a sua saúde?

De novo, só você mesma pode saber o que você quer da sua vida! Pense sozinha, reflita e aja sendo responsável pelas próprias consequências. Se você quer levar uma vida sedentária, comendo junk food todo dia mesmo que isso prejudique sua saúde, essa é uma decisão sua. Se você quiser levar uma vida saudável com alimentação equilibrada e exercícios regulares, essa também é uma decisão sua. São decisões SUAS e de ninguém mais.

12. Por que você acha que as pessoas têm direito de opinar sobre o que é seu?

Já que as suas decisões sobre o seu corpo são suas e de ninguém mais, por que você acha que seu tio tem direito de opinar? Você por acaso fica perguntando pra aquela prima magra se ela tem feito seus exames de glicose? Então, o que dá o direito a ela de perguntar sobre os seus? NADA! Não deixe que as pessoas achem que podem se intrometer na sua vida só porque você é gorda! Ninguém tem esse direito.

13. Como você gostaria de se vestir? Por que você não se veste assim?

Você quer usar aquela peça linda, mas sempre ouviu que gorda não pode porque a peça dá a impressão de aumentar… Eu te pergunto: E DAÍ? Você pode sim escolher o que quer vestir, independentemente do que os outros vão achar. O gosto é seu, o armário é seu, o dinheiro é seu e você pode SIM usar o que quiser – e pode ficar muito linda com a peça! 

14. Como você se imagina sua vida daqui a 20 anos, independentemente da aparência?

Gorda, magra, malhada, não interessa. Como você imagina sua carreira, sua vida amorosa, sua casa, seus amigos, etc, dentro de 20 anos? O que você se imagina vestindo? Então, independentemente do número que você vê na balança, comece HOJE os projetos para ter TUDO o que você imaginou. Se você começar a se concentrar em outras realizações para além do seu corpo, você vai ver que o que menos vai importar depois é se você está magra ou gorda. 

 


 

Bom, gatonas, é claro que eu precisei de boas sessões com a minha terapeuta para começar a fazer esses questionamentos, mas achei que era legal compartilhar, porque as vezes eu acho que a gente só precisa de um CLIC pra começar a pensar e agir diferente e que isso pode mudar muito nossa vida para melhor.

Enfim, espero que tenha feito você refletir, mas eu gostaria MUITO de saber qual é o seu maior drama com o corpo e com o peso, então se não tiver vergonha, deixa aí nos comentários para a gente trocar experiências e tudo mais.

Por hora, é isso.

 

HUA HUA

BJÓN

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