Gostosas, lindas e sexies: 10 bons motivos para assistir

Gostosas, lindas e sexies: se você já imaginou a Casa das Coelhinhas da Playboy essa já é a prova número 1 de que você PRECISA assistir esse filme. Porque se você imaginou mulheres padrão nesses papéis, você precisa desconstruir essa relação inconsciente e ver 4 personagens plus size sendo incrivelmente gostosas, lindas e sexies. Com estréia marcada para o dia 20 de abril (sim, semana que vem!) a comédia nacional – com um toque de Sex and The City – traz para a cena a história de 4 mulheres cosmopolitas estreladas por Mariana Xavier, Cacau Protásio, Lyv Ziese e Carolinie Figueiredo.

O filme retrata com humor a vida de 4 mulheres normais, com todos os dramas que isso envolve, inclusive o fato de serem vistas pela sociedade como gordas. No entanto uma coisa fica clara: a vida de nenhuma delas gira em torno do peso. Pelo contrário: todas são bem sucedidas em alguns pontos e sofrem em outros, como todas as mulheres NORMAIS – que é o que somos, né non?!

Antes de começar essa lista quero dizer que gostei muito do filme e da coragem de todos os envolvidos em trazer esse tema para as telas de cinema. Ouvi algumas críticas ao sair da pré-estréia (que rolou ontem aqui em SP) mas antes que você critique esse filme, acho que vale se perguntar e responder sinceramente: você faria as mesmas críticas se esse filme fosse estrelado por 4 atrizes magras? Se esse fosse como QUALQUER outro filme com atrizes dentro do padrão, você se atentaria aos mesmos pontos? Pense nisso antes de esbravejar críticas a esteriótipos, etc.

Então vamos a essa lista do amor:

 

Gostosas, lindas e sexies: 10 bons motivos para assistir

 

1 Todas as personagens principais são plus size

São 4 mulheres lindas, empoderadas e que têm papel principal no cinema brasileiro. QUANDO isso já aconteceu na história da humanidade? NUNCA! Ou seja, é inovador pra caraleos e merece que você gaste as suas estalecas no ingresso do cinema.

2. A vida delas não gira em torno de regimes e calorias

Embora a comida seja um tema recorrente no filme, não existe essa pressão de magreza, não tem aquela nóia de querer ser magra. A Bia até briga muito com a sua geladeira, mas acaba ganhando sempre e o verdadeiro drama da personagem é amoroso e não corporal!

3. NÃO pinta a vida plus size como as mil e uma maravilhas

O filme tem muita “piada de gordo” vinda de outras pessoas, o que a gente sabe que não é politicamente correto, mas que na vida real acontece E MUITO. Ou seja, em momento algum a vida delas é pintada como mil e uma maravilhas, porque a gente sabe que socialmente a vida de uma gorda não é fácil… Seria mais fácil ignorar todas os abusos que uma gorda sofre no dia a dia e fazer um filme só com o lado bom, mas Gostosas, Lindas e Sexies mostra bem o que acontece com muitas de nós, que faz com que a gente se sinta diminuída. (a parte boa é que as personagens sempre se saem melhor 😉 )

4. O figurino de Gostosas, lindas e sexies é FODA!

Desculpa o uso de um palavrão, mas não tem palavra que descreva melhor a maravilhosidade que são as peças usadas pelas 4 personagens. Juro… É uma coisa de ficar babando! Eu queria TUDO e estava muito melhor que muito figurino de filme tradicional por aí… MENÇÃO HONROSA à figurinista Nicole Nativa, que mandou muito bem sem preconceitos na produção dos looks das personagens (me imaginem ajoelhada no chão fazendo reverência)

5. O filme mostra que mulher gosta de sexo e NÃO tem problema nenhum nisso

Assim como a série Sex and The City esse filme coloca mulheres bem resolvidas com suas vontades e desejos sexuais. Porque não tem problema nenhum em gostar de sexo com o manequim que você tiver. BÔNUS: elas usam a palavra piroca (que pessoalmente sou muito fã hua hua hua)

Foto: Aline Arruda

6. Uma das personagens é gorda e negra e MUITO BEM SUCEDIDA

Sim, minha gente… Na maioria das novelas e filmes a gorda normalmente fica com o papel da amiga encalhada/engraçadona/toda cagada e a negra fica normalmente com o papel secundário ou de periferia pobre. Aqui Ivone (Cacau Protásio) é dona de uma cadeia de salões em expansão e realmente muito rica… Então vamos parar de preconceitos, ok?

7. Uma das personagens é plus size e tem um marido gatíssimo que a ama

Ah, lá! Acredita que gorda também merece amor? Que não precisa aceitar migalhas? Sinta a ironia no ar dessas perguntas, por favor. A personagem Bia (a jornalista/blogueira) mora junto com ninguém menos que André Bankoff – e não contente ainda atrai olhares de outro gato durante a trama… Pra ninguém ficar falando que se você é gorda nunca vai arranjar ninguém… Vai, sim senhora, e não precisa aceitar nada menos do que o que você merece/deseja!

8. Tem personagem gorda que não tá desesperada pra ser amada e aceita

Marilu (a Mari Xavier) é uma tarada muito bem resolvida e que só quer aproveitar a vida sem drama. Sim, meu povo, acredite se quiser mas nem toda gorda quer um namorado(a), nem toda gorda é carente e nem toda gorda precisa de outra pessoa pra se sentir amada e aceita. As vezes a gente só quer mesmo dar uma sarradinha, viu?!

9. Tem gorda que faz exercício e também gosta de comer

Me identifiquei muito com a Tânia (Lyv Ziese) que luta, faz aulas de dança e depois sai pra comer e tomar um milk shake (e diga-se de passagem, SPOILER ALERT: é xavecada enquanto come). Não é porque você é gorda que não pode se exercitar. Não é porque você é gorda que precisa ficar se matando em dietas.

10.  Gostosas, lindas e sexies tem humor, tem sexo, tem homi pelado, tem drama, tem bebedeira, tem surpresa no final…

Eu não sei você, mas esses itens estão na minha lista de pré-requisitos para assistir um filme hua hua hua hua

 

ASSISTA O TRAILER

 

RESSALVAS

O filme deixa bem clara uma rivalidade entre MAGRA X GORDA que eu não sou muito fã. A gente sabe que existe, mas não é legal… A gente NÃO tá em guerra com mulheres magras e nem todas estão em guerra com as gordas, então num próximo episódio ou filme vale levar isso mais em consideração. Também tiveram umas escorregadas na falta de feminismo e sororidade – que são bem possíveis na vida real e a gente sabe que também existem – mas vale ficar alerta para não incentivar a ideia errada numa próxima.

Bom, de qualquer jeito eu fiquei muito orgulhosa do resultado com essas atrizes que merecem destaque, achei divertidíssimo e muito empoderador para mulheres plus size.

 

ENVOLVIDOS

Elenco > Cacau Protásio, Lyv Ziese, Mariana Xavier, Carolinie Figueiredo, Marcos Pasquim, André Bankoff, Juliana Alves, Eliane Giardini

Roteirista > Vinícius Marquez​

Produtor > Marcelo Braga

Produtor Executivo > Marcelo Braga

Diretor de fotografia > Marcelo Brasil

Montador > Ricardo Carvalho

Diretora de Arte > Denise Dourado

Produtor de Elenco > Vivian Golombek

Produção > Santa Rita Filmes

Co-produção > PARAMOUNT PICTURES

Distribuidor brasileiro (Lançamento) > PARIS FILMES

 

 

O filme Gostosas, Lindas e Sexies estréia dia 20 de abril nos melhores cinemas do Brasil!

 

É isso, me contem se vocês querem assistir Gostosas, lindas e Sexies também e se ficaram tão empolgadas quanto eu!!!

 

 

HUA HUA

BJÓN

Gordas na passarela da LAB e representatividade na SPFW

EMOÇÃO é a palavra que eu tenho para definir essa edição da São Paulo Fashion Week, que trouxe gordas na passarela, na LAB, e um desfile só com modelos transexuais, no Ronaldo Fraga – que, bonitinho, também chorou emocionado ao final do desfile. Essa edição foi histórica!

A modelo Bia Gremion desfilando pela LAB | Foto: FFW

Quando eu comecei a falar, timidamente, de moda (lá em 2008) sendo uma blogueira gorda é claro que nos meus sonhos mais otimistas eu imaginava gordas em tudo quanto é lugar. E sempre que me perguntavam onde eu esperava chegar com esse trabalho eu falava em tom de brincadeira, mas com fundinho de verdade, que eu ficaria feliz quando visse gordas na passarela do SPFW, que é o principal evento de moda do Brasil.

A cantora Ellen Oléria desfilando pela LAB | Foto: FFW

Não porque a gente precise da “aprovação” de ninguém, mas porque ver o que ainda é “diferente” como as trans e gordas na passarela e em lugares de visibilidade quer dizer INCLUSÃO e, além da REPRESENTATIVIDADE, faz com que cada vez mais a sociedade acostume seu olhar para essas pessoas – e quem sabe parem de olhar como “diferentes”. Também quer dizer que a moda começou a abrir os olhos para essa parcela tão grande de mulheres, que sempre foram ignoradas. Significa um passinho a mais em direção à quebra de padrões que aprisionam as mulheres, que geram essa ansiedade louca pela magreza e pela perfeição dentro de moldes. Acostumar o olhar a diferentes corpos faz com que a nossa relação com as nossas diferenças seja mais bem vista e mais bem aceita por nós mesmas em frente ao espelho. Ter um exemplo bem sucedido com quem possamos nos identificar de várias formas faz com que acreditemos no nosso potencial – seja físico, na carreira, nas relações afetivas, etc.

Olha, só sei que fiquei feliz e sempre vou ficar orgulhosa de ver cada vez mais gordas tomando o espaço que sempre foi “proibido” para nós, porque a gente faz parte da sociedade e também precisamos de representação em todos os aspectos. Só sei que vai ficar feio pra todas as outras marcas que continuam insistindo em ignorar a diversidade. Vai feder pro lado dos preconceituosos. E tem que ser assim: a gente tem que exigir o espaço e não parar de lutar enquanto ainda fizerem a gente se sentir excluída seja onde for. 

O modelo Akeen dos Santos desfilando pela LAB | Foto: FFW

SOBRE O DESFILE DA LAB

Pra quem não conhece, a LAB é uma marca de streetstyle, do Emicida e do Evandro Fióti. Ela começou em 2009, como um coletivo batizado de Na Humilde Crew, e hoje virou a Laboratório Fantasma que vende nos shows e na própria loja virtual.

Entrevistei o Fióti durante esse SPFW e ele disse que os tamanhos grandes partiram de uma demanda do próprio público da marca.Quando lançamos tínhamos tamanhos grandes, aí as vendas caíram e paramos de produzir, mas há uns 2 anos voltaram a pedir por números maiores e voltamos com a grade até o 5X“, disse o sócio. Também perguntei de onde tinha saído a ideia de desfilar com modelos plus size e se ele tinha noção que, em seu primeiro desfile na SPFW, ele já estava mudando a história da moda no Brasil, ele respondeu na lata: “foi natural colocar modelos plus size para desfilar, não foi uma coisa pensada como estratégia. Eu acho que a gente tem que trazer roupas para todos os tipos de corpos. Não faz sentido você querer dialogar com esse publico que já existe, o nosso no caso, e as pessoas não se sentirem representadas pela marca, não se sentirem representadas dentro da passarela, né?!

A coleção desfilada se chama Yasuke, voltada para o streetstyle ela teve duas influências: o Japão, com o grafismo, a geometria, o contraste do preto e do branco e o minimalismo das aplicações, e a África, com as estampas estilizadas a partir da padronagem dos tecidos tradicionais de Angola, a Samakaka.

Eu que amo geometria e P&B nem sei o que dizer, apenas que AMEI! Sem dúvida foi um desfile incrível… Começou com o Emicida cantando, logo a platéia foi à loucura quando entrou a Ellen Oléria, cantora e a primeira plus size, depois de novo quando entrou a Bia Gremion exibindo seu tamanho 60. Ainda tinha um modelo BAFO e lindo com a pele bicolor por conta do vitiligo, além de muitos cabelos crespos e cacheados naturalmente maravilhosos. Teve até Seu Jorge. Pra fechar tudo, o Emicida ainda cantou ao vivo durante o desfile todo e ao final saiu com todos os modelos e o público para um show de encerramento nos corredores da SPFW. Em 10 anos cobrindo a SPFW esse desfile sem sombra de dúvida foi o melhor momento de todos! Dá pra ver os vídeos no meu instagram @ju_romano 😉

Se você ficou curiosa, vou deixar o site da LAB aqui, mas já aviso, não se empolgue tanto nas compras, porque os números grandes ainda não chegaram… Eu acabei de mandar um e-mail perguntando sobre a tabela de medidas e questionando sobre os tamanhos plus size, quando responderem eu atualizo o post 😉 Se quiser já ir olhando, o site é www.laboratoriofantasma.com

 

Para encerrar esse post com mais questionamentos, quero te convidar para assistir a matéria que eu e o Lucas fizemos no SPFW. Há um ano a gente lançou a teoria que a moda odiava as gordas e nessa edição fomos lá para conversar e ver as reações dos fashionistas quando o tema vem à tona. Aperta o play e se inscreve no nosso canal >> https://www.youtube.com/channel/agordaeogay 

 

Bom, tiveram gordas na passarela e dá pra ver que muita coisa já mudou, mas MUITO ainda precisa mudar ainda, né?!?! Enquanto isso a gente vai comemorando as vitórias e lutando por cada vez mais espaço 😉 

 

 

HUA HUA

BJÓN

 

 

Férias na China e Myanmar | Diário da Ju

Eu tinha prometido a mim mesma: essa não é a hora. Tantas coisas aconteceram no último ano. Apartamento, fim de namoro, reviravolta na carreira, descoberta de mim mesma… Li na Susan Miller: “esse será o ano em que você vai redescobrir sua espiritualidade”. Não é do meu costume, mas ignorei a voz da astróloga mor pelo menos uma vez. Não teria dinheiro nem tempo para gastar em coisas que não fossem absolutamente necessárias, palpáveis e tangíveis.

Mas aí começou o ano turbulento, para mim e para todos os outros mortais que conheço. Minha irmã e melhor amiga tem um dom: ela te faz esquecer. Não como as bruxas da Disney, mais como uma fada encantada mesmo. Ela chega com um sorrisinho, com uma malícia infantil, com a beleza estonteante e uma superficialidade inocente. Ela te faz esquecer de qualquer problema, dúvida ou conflito apenas com a sua empolgação natural para viver.

“Vamos fazer uma viagem para o Caribe? Um resort, com tudo incluso, 10 dias de sol e vida boa?” – ela disse

Assim, como se nada mais importasse, como se a gente pudesse esquecer tudo da vida e se dar ao luxo de viver uma vida milionária sem pensar duas vezes. Nem consegui internalizar o que aquilo significava, só por estar hipnotizada com seus olhos verdes escuros brilhantes me encarando.

“Vamos!” 

Respondi surpresa com empolgação, obviamente sem pensar em como pagaria pelas férias. Antes que eu pudesse repensar, o furacão Marina entrou em ação. Comecei a ser bombardeada por e-mails de cotação, opções de resort, passeios incríveis pelas dunas de não sei aonde. Entrei no jogo. Aceitei a derrota e descobri que o desfalque bancário nem seria tão grande… Aparentemente as agencias de turismo estão implorando para que você seja trouxa e gaste seu dinheiro em ano de crise.

Ela ficou em silêncio durante uns dias… Opa! Isso nunca é bom. Minha irmã é o tipo de pessoa que parece ter enfiado o dedo na tomada de manhã e passa o dia inteiro eletrizada, como se estivesse tentando botar pra fora todos aqueles 220V recebidos. Um dia ela quebrou o silêncio misterioso e me ligou:

“Temos um problema. Aninha quer se demitir e ir embora, é a última chance que tenho de ir encontrá-la por lá…” – ela disse em tom de pesar…

Aninha é a amiga mais antiga da minha irmã, que acabou ficando minha amiga também por motivos de: passamos a vida toda juntas. Só tem um detalhe: Aninha se mudou para China há 5 anos a trabalho. P-A-R-A-A-C-H-I-N-A. Pelo menos ela fala fluentemente o  mandarim. Então em uma mistura de ímpeto protetor pela minha irmã e um surto de curiosidade geminiana eu disse:

“Esquece o Caribe… VAMOS PARA A CHINA!!!!!!”

Era nossa última chance de conhecer a China com a Aninha, com alguém que fala mandarim, com a nossa amiga de infância. Era a última chance que teríamos de passar um perrengue louco, comer o pão que o chinês amassou e mesmo assim dar risadas. Eu bem devia ter imaginado que seria A morte mais cruel para a Mari passar 10 dias deitada, quietinha, tomando sol no Caribe, enquanto ela bem poderia me fazer caminhar 40km por dia em lugares muito mais exóticos.  E assim, Furacão Marina entrou em ação pela segunda vez no ano.

O bom da Mari é que a mesma magia que te convence a fazer coisas absurdas, também é a magia com que ela faz planilhas, controle de gastos e roteiros minuciosamente calculados.  Esses dias ela me ligou:

“Eu to desesperada (é normal, ela sempre está). Dessa vez eu só tenho um mês pra fazer nosso roteiro…”

Bom, tivemos um mês pra calcular as cidades que visitaríamos dentro de um valor aceitável. Chegamos a um roteiro de 20 dias + ida e volta – ao total dá uns 22 dias. A princípio íamos para a China, Tailândia, Myanmar e Laos, mas é preciso um visto cada vez que a gente entra na China e ficaria super complicado o roteiro, com vistos e tudo, e além das chances de alguma coisa dar errado crescerem e muito. Então no final vamos para China e Myanmar, em um roteiro mais enxuto, porém cheio de paisagens lindas e muitas comidas exóticas.

No final das contas, virou uma viagem cheia de templos e lugares que inspiram a espiritualidade. E tive que lembrar de Susan Miller: talvez, com tudo que aconteceu comigo no último ano uma viagem com a internet parcialmente bloqueada e muitos lugares religiosos e inspiradores seja mesmo o que eu preciso, mesmo que não tenha sido o planejado… A vida é assim, te leva pra onde você tem que ir, sem que você perceba, mesmo que você não tenha nem sequer imaginado um dia seguir por aquele caminho.

Por enquanto meu roteiro da China-Myanmar está assim:

 

Mas considerando o furacão Marina, tudo ainda pode mudar 😉 

 

Bom, vale dizer que o roteiro foi todo montado e calculado pela Mari, com ajuda da Aninha e com uns pitacos meus (porque pra mim, qualquer lugar tá bom huahuahua). A gente não pegou agência de turismo nenhuma, e foi tudo na raça pesquisando e mandando e-mails em inglês/mandarim pros hotéis e hostels.

Para entrar e sair da China, precisamos de um visto, que tiramos aqui no consulado Chinês e eu vou buscar na quarta-feira. Nosso visto é de 2 a 6 entradas, porque depois do Myanmar a gente volta pra Xangai. Para tirar o visto, como vamos passar os dias da China com a Aninha, precisamos de uma carta dela dizendo que ia nos receber (sim, é a maior complicação), então não sei como deve ser feito quem vai apenas para hotéis.

Mas por enquanto é isso, eu to super empolgada e quero já fazer vários posts pra publicar quando voltar!!! E um antes, com o que eu vou levar na mala… Claro, porque eu também estou MEGA nervosa, já a viagem pode ser o maior perrengue e já que no trânsito interno entre cidades só podemos carregar uma malinha de 15 kg (alô, onde eu vou colocar todas as roupas e makes?!) e vamos passar MUITO tempo com a mala nas costas, mas né?! Ninguém disse que seria fácil ir para o outro lado do mundo, conhecer e experimentar uma cultura completamente diferente da nossa. Tenho mesmo que aceitar Susan Miller no meu coração e elevar meu espírito… Meu espírito aventureiro!!!! huahuahua

 

E é isso… Por enquanto… Vocês têm alguma indicação? Alguma curiosidade? Já foram pra China ou para o Myanmar?

Me contem TUDO!

 

HUA HUA

BJÓN

Dúvida da leitora: “Engordei e meu namoro terminou” | Como lidar?

Olá queridas, sempre recebo muitas dúvidas por e-mail e ultimamente uma delas em especial tem chamado minha atenção. A forma como é dita varia muito, mas basicamente se resume a “engordei e meu namoro terminou, como lidar?”. Só digo uma coisa: PARE DE CULPAR A GORDURA PELO FIM DO SEU NAMORO! 

Bom, já deixo claro que eu não sou psicóloga, mas já passei por situações de término de namoro por insegurança com o corpo e também já passei por mudanças no corpo sem terminar namoro. Então, talvez consiga ajudar, dar uma luz, uma ideia ou só compartilhar um ombro amigo…

Vamos lá, existe é claro a chance do relacionamento ter acabado depois que você engordou porque a outra pessoa é uma fútil que só se importa com um corpo no padrão para exibir por aí, mas se for esse o caso, amiga, acredite: você está melhor sozinha! Ninguém merece ter uma relação limitada com um(a) idiota fútil que só pensa em estética e aparências.

Já se a relação começou a se deteriorar quando você começou a se sentir mal com o próprio corpo e foi mudando as atitudes em relação ao outro por insegurança, mal humor, falta de autoestima… Aí é outra história! A verdade é que seu namoro não terminou porque você engordou, ele terminou porque você não teve maturidade/autoestima/maleabilidade/capacidade de adaptação entre outras características que você poderia ter tido, para se adaptar ao novo corpo e à sua nova realidade. Sua vida poderia ter mudado em diversos outros aspectos, por exemplo você poderia ter perdido o emprego, descoberto uma doença, poderia ter quebrado uma perna, sei lá, mas você engordou e isso pareceu o maior infortúnio que poderia ter acontecido na sua vida… Mas não é! O problema é que estamos tão acostumadas a ter um velho preconceito em cima das gordas que engordar parece pior que qualquer outra coisa – e realmente nos parece um motivo para que o nosso(a) parceiro(a) não tenha mais NENHUM interesse em nós. Esse tipo de pensamento nos foi (e ainda é) ensinado das formas mais sutis e sem que a gente perceba já estamos querendo “perder 2 quilinhos para arrasar no verão” ou “ficar como a Gisele Bundchen numa lingerie para enlouquecer nosso homem”. E aí, sem nos darmos conta, é como se o fato de sermos/estarmos gordas anulasse QUALQUER outra qualidade nossa e tudo que sustentasse nosso relacionamento estivesse sediado sobre o nosso corpo. E isso é TOTALMENTE errado em vários níveis!!!

♥ 5 motivos porque você NÃO deve culpar a gordura pelo fim do namoro

É se diminuir MUITO achar que a única coisa que você tem "de bom" é sua aparência e que é por causa dela que uma pessoa deve ou não te amar. Você não se resume a uma imagem no Instagram!
 É ser muito preconceituosa achar que a outra pessoa não vai gostar de você porque você é/está gorda. A outra pessoa pode MUITO BEM preferir gordas às magras e isso não é tão incomum quanto você imagina. E aí é tipo de preconceito que mais te prejudica: o de você com você mesma!
3º A outra pessoa pode realmente não ligar MESMO para o fato de você ter engordado. Dê um crédito ao seu parceiro e um voto de confiança de que ele diz a verdade quando fala que "ama você assim, do jeitinho que você é" 
4º Mesmo que você ache que o seu corpo de antes era mais bonito, suas outras qualidades e características continuam igual apesar das mudanças corporais. Não deixe que a sua aparência transforme sua personalidade! Trabalhe sua personalidade independente da aparência - uma coisa não depende da outra.
5º Se apesar dos motivos anteriores você ainda está se sentindo mal, faça alguma coisa para mudar! O que não dá é ficar reclamando sem parar e não fazer nada para mudar a situação. É fácil ó, você tem 2 opções: ou se mexe e muda ou se não quiser mudar aceite sua nova realidade. Quem gostar de você vai gostar de você do jeito que você é!!!

 

Bom, gravei um vídeo pra contar de um caso que aconteceu comigo. Na época eu era mais magra do que eu sou hoje, mas ainda assim tinha o corpo fora dos padrões e me sentia mal por isso o que me levou a ser uma companheira reclamona e nada agradável de se estar junto. Aperta o play para ver a história:

Meu namoro terminou porque eu era… Aperta o play! ♥

 

Depois de muito tempo e muita análise, relembrando essa história eu finalmente entendi o que as pessoas queriam dizer quando falavam que a aparência pouco importa, o que importa é o que a gente tem por dentro. O negócio é realmente não deixar que o nosso descontentamento com o que a gente vê por fora estrague o que a gente tem por dentro e também né, meu povo, é pegar mais leve com nós mesmas e perceber que todo mundo é único e perfeito. 

 

Enfim, espero que o vídeo tenha feito você rir/refletir e me conta se você já passou por isso, se algum namoro terminou por conta de aparências e como fez pra sair dessa!!! Ah! E se você ainda não for inscrita, se inscreve lá no meu canal no Youtube >>> www.youtube.com/juromano

 

 

Por hoje é isso

 

HUA HUA

BJÓN

Super heroína plus size: conheça a Faith “Zephyr” Herbert, da Valiant

Olá queridas, semana passada um assunto bombou na gringa e me chamou atenção: a criação da primeira super heroína plus size, a Faith Herbert, com codinome Zephyr. Lançada dia 29 de setembro pela Valiant e disponível à partir de janeiro de 2016, a edição limitada contará com 4 episódios da “carreira solo” de uma das personagens queridinhas da editora desde sua aparição em “Harbinger Renegades”, de 2011.

A história da nossa super heroína plus size poderia até ser comparada com a de outros super heróis bem conhecidos: jornalista de dia, salvadora à noite, com poder de voar… Mas ela é muito mais legal! Nerd de carteirinha, fã de sci-fi, com poderes psíquicos e formas físicas MUITO diferentes do que estamos acostumados a ver nos heróis e heroínas, Faith não faz o tipo sedutora-por-natureza-com-corpão-malhado. Pelo contrário, ela se aproxima em diversos aspectos da maioria das mulheres – e isso não faz ela ser menos incrível. Esse aspecto mais “real” da vida é uma das fortes características da personagem no quadrinho, que escolheu ser heroína após crescer rodeada de super heróis, mas que também preza a vida normal, a carreira de jornalista e a vida sem super poderes durante a maior parte do dia. (E fala sério, ela tem o cabelo platinado, é gorda e jornalista… Não queria contar gente, mas foi inspirada em mim…. HUA HUA HUA Brinks!!! )

Claro que a história de real não tem muito… Nossa super heroína plus size descobre uma conspiração alienígena e tem que salvar a Terra com seus super poderes. ¬¬ Enfim, fiquem com a Faith “Zephyr”  Herbert:

 

Super heroína plus size: conheça a Faith “Zephyr” Herbert ♥

 


Depois de tudo isso, você conseguiu imaginar a diferença que essa super heroína plus size pode fazer na vida de adolescentes que têm a autoestima massacrada, seja pelos gostos mais “nerds”, seja pela forma física ou apenas por não terem famílias “tradicionais”?

Como uma adolescente que se sentiu pressionada a mudar tudo na sua personalidade porque parecia “errado” pros outros, posso afirmar com propriedade que EU realmente adoraria ter tido um referencial como a Faith na adolescência. Poderia ter sido muito mais fácil encarar meu corpo curvilíneo e meu gosto por mangás se tivéssemos referenciais legais de super heróis assim também, mas infelizmente o gordo e/ou o nerd eram só os vilões desequlibrados na minha época… Ou seja, inconscientemente eu achava que se eu não mudasse meus gostos e minhas formas físicas eu estaria fadada ao fracasso. Triste, né?!

Você pode achar que é só mais uma heroína ou que é só mais um personagem, mas começar a mudar os referenciais de corpo é um grande passo para diminuir – e muito! – os problemas que os jovens têm com autoestima e que acompanham eles até a vida adulta e podem reverberar em uma série de outros distúrbios. Ou seja, uma coisa tão inocente como uma super heroína plus size pode, SIM, salvar uma vida 😉

 

Confesso que nem li ainda mas a Faith já me inspirou a ser uma pessoa melhor hua hua hua ♥ O que você achou da novidade? Ficou inspirada? Me conta TUDO aí nos comentários!!!

 

HUA HUA

BJÓN

Fazer dieta sofrida OU ficar com o corpo com dobras e estrias | Dúvida das leitoras

Olá queridas, recebo muitos e-mails de diversas leitoras lindas e alguns com dúvidas realmente comuns a muitas mulheres. Então pensei em criar uma seção “Dúvidas das leitoras” com algumas dessas questões, sem identificar a leitora que mandou recado nem expor de forma alguma sua identidade e história, mas pegando só a dúvida central e colocando o meu ponto de vista com a minha resposta, porque acho que pode ser um ponto de partida legal para ajudar outras mulheres que também passam por isso, não é? Então, se quiser mandar sua dúvida entre em Fale com a Ju nesse link aqui e escreva o que você tem passado!

Vamos à primeira Dúvida da leitora, que é “fazer dieta ou ficar com o corpo novo”

Foto Jade Beall 

” Eu tinha 25kg a menos e usava tamanho 42, hoje uso tamanho 50. É muito difícil me aceitar, porque não me sinto feliz em fazer dietas, mas também não sou feliz com o meu corpo de hoje – tenho muitas estrias ainda vermelhas, muita flacidez e braços maiores do que as roupas que eu tenho permitem. E por falar em roupas, é super caro ser gorda, não tenho dinheiro pra bancar certas roupas e acabo usando sempre as mesmas…”

 

Querida, você não faz ideia de como eu te entendo e de como esse drama é constante na vida de tantas mulheres! Não tenho uma fórmula mágica pra dizer como encontrar sua autoestima e sua autoconfiança, mas acho que o primeiro passo é ser bem realista e “colocar numa balança” para ver o que você REALMENTE prefere, mas sabendo que não é preto no branco – infelizmente nada na vida é fácil assim.

Primeiro, se você quiser ter o seu corpo de antes você não precisa sacrificar as suas comidas gostosas. Você pode apenas reduzir gradativamente e ir emagrecendo aos poucos. Não precisa fazer regimes sofridos ou dietas mirabolantes, basta uma reeducação com saúde física e mental, se essa for realmente sua vontade e o que vai te deixar feliz – independentemente do que os outros te digam ou pensem a seu respeito, o que vale é a sua verdadeira vontade. 

se você rejeita a ideia de qualquer dieta ou reeducação alimentar e quiser continuar comendo como você come hoje, tudo bem também! Essa é uma escolha sua, sobre a sua vida! E não é porque você escolheu ficar com as medidas que você está, que você precisa ter o corpo com estrias, flacidez e braço grande. Se essas características são as que te incomodam no corpo grande, você pode mudar apenas essas para reforçar sua autoconfiança e autoestima. Você pode começar a fazer exercícios e passar cremes para reduzir as estrias e celulites, por exemplo.

Não precisa levar tudo para o extremo, sabe? Não é porque você engordou que precisa abrir mão de todas as características que você admira em um corpo que você gosta, você pode continuar se cuidando e se amando, sim! O poder sobre o seu corpo está nas suas mãos, as escolhas são suas. E, também, as vezes a gente acha que só pode ter autoconfiança se a gente amar TUDO no nosso corpo, mas não é assim. Você pode se achar bonita mas não gostar das suas estrias e querer mudá-las e tudo bem, sabe?!

Eu acho que você só não pode deixar de acreditar que você é bonita por conta de uns risquinhos vermelhos que talvez ninguém mais enxergue, entende?

[blockquote author=”” pull=”normal”]É uma questão de achar um equilíbrio entre o limite do que você não quer para o seu corpo com o que você não está disposta a fazer – e esse é um limite que só você pode escolher.[/blockquote]

A questão das roupas, tudo que você precisa é de referência! Se você tiver referência do que você gosta, das combinações que gostaria de copiar, basta você ir numa loja de roupas baratas ou em liquidações e procurar peças parecidas. Não precisa comprar em loja cara para ter estilo!

Enfim, o melhor conselho é: dê um passo de cada vez. Se você não gosta da flacidez, comece fazendo um exercício, já se não quer ficar com estrias marcadas, passe um creme todo dia e assim vai. Não precisa ficar neurótica ou super encanada ♥

E se realmente resolver que você não quer fazer dieta, nem exercício e nem passar creme, pense que essas escolhas têm consequências e que o corpo que você tiver é resultado das suas escolhas, é resultado de quem você é – E NÃO TEM PROBLEMA NENHUM EM SER E DESEJAR COISAS DIFERENTES DAS OUTRAS MULHERES! Portanto, se você acredita que suas escolhas nunca vão mudar, comece a admirar seu corpo como se fosse uma obra prima única criada apenas por você.

Enfim, espero mesmo que você consiga sair desse conflito e perceba que não importa se você veste 42 ou 50, você pode ser bonita, charmosa, fashion e confiante e O QUE MAIS VOCÊ QUISER com QUALQUER aparência. Eu sei que não é fácil acostumar-se às mudanças, mas acredite: ficar se comparando com uma você do passado não vai te levar a lugar algum, sem contar que o tempo passa e o corpo muda e mesmo que você emagreça nunca voltará a ter o mesmo corpo de antes. Então o melhor que você tem a fazer é trabalhar com a você de agora e deixar o passado onde ele pertence: na memória apenas! 

 

 

Enfim, gatonas, essa foi a nossa primeira dúvida da leitora respondida, mas eu gostaria MUITO que vocês participassem e mandassem seus conflitos, dúvidas, preocupações, dramas e até dúvidas mais básicas como combinação e etc. O link para mandar seu recado é esse https://juromano.com/contato-ju-romano

 

 

Por enquanto é isso,vocês já passaram por essa situação? Me contem TUDO aí nos comentários e vamos abrir esse círculo de experiências!

 

HUA HUA

BJÓN

Modelos plus size negras em ensaio para FWPS Verão 2016

Já temos a data da 12ª edição do Fashion Weekend Plus Size ou FWPS Verão 2016: será dia 25 de julho, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. Para divulgar o evento e celebrar a diversidade, a organizadora Renata Poskus Vaz reuniu um time de 5 modelos plus size negras mais que maravilhosas. “Percebemos que vencemos uma primeira batalha, que era a de incluir nosso evento de tamanhos maiores no calendário da moda. Agora temos que quebrar outros paradigmas, como o da etnia. As minhas leitoras Plus Size negras me pediam isso, que queriam se sentir mais representadas”, conta Renata.

Acho digno um ensaio para enaltecer toda essa beleza, já que nosso país tem mais da metade (53%) de pessoas que se consideram negras. O cenário atual do mercado, no entanto, infelizmente ainda é preconceituoso e as marcas não apostam tanto assim nas modelos plus size negras“Ainda vejo preconceito velado, além de grifes que nunca colocaram negras em suas campanhas, vejo as exigências de características ‘europeias’ para as negras – como nariz mais ‘fino’ ou cabelos alisados ou o ‘embranquecimento’ pelo Photoshop. Acredito que temos muita diversidade no Brasil e cabe também a nós nos impormos para conquistar esse mercado que não pode ser restrito a apenas um estereótipo”, afirma Silvia Neves, uma das maiores modelos plus size do Brasil e estrela deste ensaio.

O tema escolhido para as fotos desse ano foi o Moulage, técnica na qual tecidos são amarrados ao corpo como se fossem vestidos, para dar a impressão de leveza, beleza e feminilidade, com a alegria e a energia das cores do verão. E mais de 1 mês antes do evento, já tem 10 marcas confirmadas! Confira tudo a seguir:

♥ Conheça as 5 modelos plus size negras do FWPS verão 2016 ♥

 

 

 

♥ Silvia Neves ♥

→ Profissão: modelo Plus Size e cantora lírica

→ Idade: 41 anos

→ Altura: 1,75m

Silvia Neves é a top model mais requisita do Fashion Weekend Plus Size, atuando desde a sua primeira edição. “Comecei minha carreira no ano de 2009, após participar do projeto “Dia de Modelo” promovido pela jornalista Renata Poskus, autora do Blog Mulherão e idealizadora do FWPS. Sempre quis ser modelo, mas nunca passei pela barreira da fita métrica ou das medidas exatas exigidas nas agências para uma modelo fashion. Ao ver a entrevista de uma famosa modelo Plus Size em um programa de TV comecei a procurar mais sobre o segmento Plus, cheguei até o projeto da Renata e não parei mais”, afirma.

 

♥ Dayana Toledo ♥

→ Profissão: estudante de engenharia

→ Idade:  24 anos

→ Altura: 1,72m 

A estudante de engenharia civil de Sorocaba-SP candidatou-se ao casting do FWPS em 2013, incentivada por sua irmã caçula. “Eu não acreditava que poderia ser modelo, especialmente pelo fato de ser mais curvilínea em um cenário onde apenas conhecia modelos fashion, bem magrinhas”, afirma Dayana, que desfila há quatro edições no Fashion Weekend Plus Size. Seu grande sonho sempre foi estrelar a foto de divulgação do evento, que é distribuída à imprensa e que estampa um painel com mais de 5 metros de largura na entrada do evento. “Achei que isso só aconteceria em um futuro distante. Enganei-me, mas foi um engano bom”, comemora.

 

♥ Rita Carreira ♥

→ Profissão: modelo Plus Size

→ Idade: 21 anos

→ Altura: 1,80m 

Rita Carreira tinha apenas 16 anos quando foi descoberta por Renata Poskus nos bastidores do Fashion Weekend Plus Size. “Trabalhei como assistente de produção na 1ª edição do desfile. Renata me perguntou se eu gostaria de ser modelo Plus Size. Eu nunca tinha imaginado, mas participei da 2ª edição e nunca mais parei”, relembra a modelo. Rita é uma das poucas modelos Plus Size que vive exclusivamente da profissão. Embora seja uma das mais requisitadas do FWPS, percebe que ainda existe certo receio dos contratantes em colocar uma modelo Plus Size negra representando sua marca em catálogos. “Desde que entrei para o mercado, sabia que iria passar por isso, mas não foi o fim da luta para mim. Segui, trabalhei e conquistei o meu espaço. Espero que daqui para a frente vejamos mais modelos plus size negras surgindo e trabalhando”, diz Rita, que é a garota propaganda da marca de lingeries Vislumbre, que integra o line-up do Fashion Weekend Plus Size e fez uma coleção inspirada na diva Donna Summer.


>>> Leia também: Agências de modelo plus size: tire todas suas dúvidas


 

♥ Rosana Barros ♥

→ Profissão: agente penitenciária

→ Idade: 33 anos

→ Altura: 1,77m 

Foi assistindo um desfile Plus Size em um programa de TV, que a agente penitenciária Rosana Barros viu que era possível transformar em realidade o seu sonho de menina de se tornar modelo. “Ver aquelas mulheres plus size, lindíssimas, repletas de autoestima, me chamou muita atenção”. Ela se inscreveu no concurso de Miss São Paulo Plus Size, conquistando o segundo lugar. No júri estava Renata Poskus, diretora do Fashion Weekend Plus Size, que prontamente a convidou para integrar o time de modelos do evento. Ela integrará pela primeira vez do FWPS.

 

♥ Thamires Faria ♥

→ Profissão: Executiva de Contas

→ Idade: 22 anos

→ Altura: 1,73m 

Em 2014, a paulistana Thamires estava muito triste, com a autoestima em baixa, tentando emagrecer de todas as formas, sem sucesso. Foi quando um amigo a avisou sobre o casting do FWPS, despertando novos sonhos. Ela foi uma das três modelos aprovadas, entre mais de 300 candidatas. “Por um momento, quase desisti, mas me arrumei e fui à seleção. Fiz um book fotográfico produzido pela Renata Poskus. Adorei a experiência, me senti linda e viva novamente e foi assim que resolvi que queria ser modelo Plus Size”, afirma. Esta é a segunda participação da modelo no desfile, desta vez como um dos destaques da 12ª edição. “Além da importância profissional, integrar a foto de divulgação do FWPS é uma forma de reforçar a minha raça. Escuto diversas vezes que eu não sou negra e isso me frusta, pois no meu corpo corre sangue de escravos e eu tenho muito orgulho disso”.


>>> Leia também: FWPS veja todos os desfiles de inverno das marcas plus size


 

Ficha técnica Editorial Fashion Weekend Plus Size Verão 2016:

Fotos: Adriana Libini

Produção: Carol Santos

Beleza: Tati de Souza

Acessórios: Luxe Mode&Acessories

Direção: Renata Poskus

 

♥ FWPS Verão 2016 ♥

 

Data: 25/07/2015

Onde: Centro de Convenções Frei Caneca (Shopping Frei Caneca) – Rua Frei Caneca, 569 – Consolação – São Paulo – SP

Marcas confirmadas

  • Arthur Caliman
  • Attribute Jeans
  • ChicaBolacha
  • Dama de Seda Lingerie
  • Ênfase
  • Luxe Mode&Accessories
  • Marialícia
  • Marguerite/Posthaus
  • Vislumbre Moda íntima
  • Xica Vaidosa

 Mais informações: www.fwps.com.br

 

 

Bom gatonas, por enquanto é isso, assim que tiver mais notícias conto por aqui. Por enquanto, já dá para ir se programando, não é? E compartilha com as amigas, que sabe não rola uma carona ou uma caravana hua hua hua. Nos vemos lá! ♥

 

 

HUA HUA

BJÓN

Confissões de uma mulher normal

Eu já fui obcecada por peso. Já fui tão obcecada que sentia meu estômago se desdobrando de fome dentro da minha barriga, abria a porta da geladeira e a única coisa que conseguia fazer era chorar. Não, nem um Polenguinho. Nenhum alimento era pouco o suficiente para o tanto que eu precisava emagrecer. Eu usava 36 – hoje visto 50. Não sei bem ao certo onde eu queria chegar. Só sabia que não era ali, era mais. Eu queria ser mais magra. Achava que a numeração das calças estava errada, que não era possível ser gorda daquele jeito e já vestir 36. Sim, eram as calças que estavam erradas, porque eu me via no espelho muito gorda. Pra piorar eu não ia ao banheiro. Eu não comia quase nada, mas queria que o pouco que comia saísse logo. Uma amiga recomendou um remedinho natural, “vende na farmácia sem prescrição, você toma e dentro de 6 horas vai ao banheiro”. Eu tomava um a cada 6 horas. Quando o remedinho começou a ter efeito rebote, achei melhor começar a vomitar. Contava 10 grãos de arroz, tomava um litro de água e saía da mesa com a desculpa que precisava ir fazer xixi. E vomitava.

Eu vomitava e chorava – de fome, de tristeza, de solidão. É muito solitário viver a prisão do seu corpo. É muito triste não conseguir pensar em mais nada além de emagrecer.

 

 

Fiquei encarcerada durante mais ou menos 1 ano. Foi o tempo que tomei o Roacutan, remédio para espinhas que tem a pior bula de efeitos colaterais de todos, entre eles distúrbios alimentares, depressão, desejo suicida. E eu tive todos os efeitos colaterais. Depois que parei o remédio, minha vida foi voltando ao normal. Mas claro, o desejo de ser magra está cravado na gente desde criança, o remédio potencializou, mas parar com ele não fez desaparecer toda a pressão que eu sofria para ter o corpo perfeito. Eu achava que não era perfeita. Eu achava que precisava ser…

Foi só 4 anos e 20 sessões de terapia depois que eu consegui tocar nesse assunto (e ainda hoje, 10 anos depois, quando falo meu olho se enche de lágrimas). Foi muita dor. Dor não é só o que a gente sente quando corta o dedo ou quando opera a vesícula. A pior dor que a gente sente é da tortura mental, que te mata por dentro.

Dona Vera, minha terapeuta, com suas sobrancelhas arqueadas, me perguntava:

– “quem liga para como é o seu corpo? Se é gordo ou magro?”

– “os outros”

– “mas quem são os outros?”

– “todas as outras pessoas!”

– “e como essas pessoas influenciam no curso que leva a sua vida?”

–  ………

– “então por que você se importa tanto com o que elas acham de você?”

– ……….

– “já parou para pensar, que você está deixando sua vida ser levada pela opinião de pessoas que não influenciam em nada nela? Já pensou que você está anulando sua personalidade para isso?”

 

Dona Vera me deu um estalo que eu estava precisando. Eu precisava desse “clic” para conseguir analisar de fora como tinha sido horrível aquilo pelo que eu passei. Como eu tinha maltratado o meu corpo, a minha mente e a minha vida em busca de aprovação. E era isso mesmo que eu queria: aprovação. Eu queria que minha mãe não achasse defeitos em mim, que os meninos do colégio quisessem me namorar, me exibir, eu queria ser irretocável. Eu queria negar tudo que fizesse de mim quem eu era, para simplesmente virar um objeto de exposição. Mal sabia eu que só fica em exposição o que já está morto.

Eu costumo dizer que foi a faculdade que me fez enxergar a beleza que cada pessoa tem, cada uma a seu modo. Mas acho que quem realmente me fez enxergar isso foi eu mesma. Uma vez que eu entendi que cada pessoa é única e o que torna uma pessoa o que ela é seu conjunto de qualidades e defeitos, passei a admirar cada pessoa como um quebra-cabeça. Todas as peças são necessárias para montar um lindo quadro no final. E não dá para simplesmente tirar umas pecinhas de um quebra-cabeça só porque ele tem 500 peças – da mesma forma que não dá para tirar uns quilinhos só porque alguém tem de sobra.

As pessoas são diferentes e isso é bom. Cada pessoa gosta de uma coisa e isso é muito bom. Eu aprendi a descobrir do que eu realmente gostava. Descobri quem era a Juliana, o que ela tinha prazer em comer, em beber, em conversar, em ouvir, em usar, em escrever… Eu conheci uma pessoa incrível: eu mesma. E passei a amar tudo que essa pessoa fazia, passei a apreciar cada momento com ela e a dar valor aos pequenos prazeres que ela me proporcionava. E nunca mais quis brigar com ela. Só cuidar, com carinho, para que ela durasse muitos anos.

Hoje falo de boca cheia que sou uma gorda saudável e prefiro assim. Acho engraçado alguém falar “impossível alguém não querer emagrecer”. Eu já fui magra e já fui gorda. Escolhi ser assim. Eu não quero emagrecer, estou assim por opção, obrigada. Eu nunca mais quis ser diferente do que eu sou. Sim, eu quero que amanhã eu sempre seja uma versão melhorada de hoje, mas que para isso eu não tenha que sacrificar as minhas horas de alegria e nem o meu prazer de viver. Que para isso, eu não tenha que derramar lágrimas toda vez que me vejo no espelho. Eu sou assim, gordinha, com a mente muito mais rápida que o metabolismo.

Eu já disse e levo isso como mantra na minha vida: a minha aparência é tão pouco e tão pequena perto da mulher incrível que eu posso ser. Pra quê perder a vida tentando transformar a minha aprência, enquanto eu posso crescer de tantas outras formas? Enquanto o que está por dentro pode ser tão mais lindo e gerar muito mais frutos do que o que vem por fora?

O tempo passa, a gente envelhece, os padrões mudam, as pessoas vão e vêm. A única coisa que você consegue salvar é o que você cultivou de dentro para fora.

 

Confesso que já fui obcecada por peso e isso não me levou a lugar algum. Hoje sou apaixonada pela vida e vou para onde quiser (e isso inclui a academia, se me der vontade).

 

 

Obs: demorei mais de 4 anos para compartilhar essa história no blog, mas senti que era a hora de fazer o “Confissões de uma mulher normal” depois de um comentário infeliz de um rapaz que dizia “quero ajudar as meninas a se livrarem do martírio que é ser gordinha”. Eu digo que martírio é viver em função do seu corpo, gordo, magro, alto baixo, musculoso ou raquítico. Martírio é viver em função de futilidades. Ser quem você é não é um peso, é uma libertação!

 

 Obs 2: antes que alguém fale alguma coisa, eu cuido do meu corpo, da minha alimentação e do meu bem-estar. Só não deixo que isso tome conta da minha vida e de todas as minhas experiências!

 

 

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