A única pergunta que você precisa se fazer antes de querer mudar seu corpo | Bernardo Fala

Nenhuma decisão é óbvia. Nenhuma. Decidir algo é como colapsar todas as oportunidades, possibilidades, variações em um só veredito. É abrir mão de toda uma infinidade de trajetos para caminhar de uma única forma. Claro que, como humanos, precisamos fazer isso diariamente. Ainda não desenvolvemos a habilidade de estar em mais de um lugar ao mesmo tempo nem nos desdobrarmos em versões diferentes de nós mesmos. Mas então, se nenhuma decisão é óbvia, por que algumas delas nos parecem tão claras e evidentes, como se elas já estivessem decididas antes mesmo da gente sequer pensar sobre aquilo? A resposta é simples: porque elas realmente já estavam decididas.

Não se assuste. Não estou aqui tentando te levar para uma área matrix-harebô da internet, nem dizer que seu destino já está traçado sem você saber. Se existe alguém que toma decisões por você, esse alguém é um ser muito menos cósmico, muito mais de carne e osso, como eu ou você.

Compre isso, coma aquilo, seja assim, pareça assado, não faça aquele, tenha esse. Do alto de nossa ilusão individualista, costumamos achar que somos seres inteligentes e independentes. Pessoas de pensamento forte, que nunca nos deixaríamos ser influenciados por toda a enorme onda de obrigações implícitas e “sugestões amigáveis” que nos rondam. A verdade, queridx leitorx, é que nem a pessoa mais inteligente do mundo está imune a algo que não só nos domina, mas também é reforçada por nós mesmos: a cultura em que vivemos.

Não se engane, você é um produto do lugar que você nasceu, da família que você conviveu, dos programas que viu, dos livros que leu. Aquele episódio descompromissado da sua série favorita não era só uma forma boba de te manter entretido, mas também um ação de reforço dessa cultura. Não porque é uma forma maligna e conspiratória para não te fazer perceber nada além daquilo (mesmo que algumas vezes, pareça exatamente isso), mas porque a cultura se constrói sobre ela mesma, e está sempre se autoreferenciando.

Pensa só: tudo que você é hoje, é resultado de toda a sua história. Todos os seus sentimentos, seus desejos, seus pensamentos, tudo, é parte e foi formado pelas suas experiências. E se toda essa história se passou dentro de uma única forma de ver o mundo, é muito provável que você só conheça essa maneira de viver, e vai encontrar na sua vida diversos argumentos para reforçar essa forma como “certa”.

A chave é tentar perceber que nossa história nem sempre (quase nunca) é algo natural e expontâneo. Toda a cultura a qual você foi exposto a vida inteira, foi moldada a partir de determinados pensamentos, padrões, crenças, as quais você, mesmo que não se identifique internamente, entende que são normais. Essa condição humana, de se formar a partir da cultura, é ruim? Não! Isso tudo seria maravilhoso se a gente fosse exposto a pensamentos, pessoas e histórias diversas, mostrando a riqueza da vida humana. Só que eu sei e você sabe que não é bem assim.

Ver os mesmos padrões e as mesmas formas de viver o tempo todo retratado em tudo quanto é lugar, uma hora nos leva a acreditar que aquela é a única forma de viver. E como já nascemos imersos nessa cultura, muitas vezes é impossível perceber que tem algo fora dela. Sabe aquela história de que o peixinho nunca reconhece o aquário em que ele está preso, e pra ele, aquele aquário é o oceano?

“Ah, Bernardo. Mas eu posso estar dentro da minha cultura mas buscar conhecer coisas fora dela né. Não é só porque as pessoas a minha volta pensam de uma forma que eu vou pensar também”.

Não estou dizendo que você não tem seus pensamentos próprios. Mas a cultura nos forma até nas questões mais sutis. Para provar isso, vamos fazer um exercício que encontrei um dia na internet e que acredito ser ideal para usarmos nesse momento.

“Pai e filho sofrem um acidente terrível de carro. Alguém chama a ambulância, mas o pai não resiste e morre no local. O filho é socorrido e levado ao hospital às pressas. Ao chegar no hospital, a pessoa mais competente do centro cirúrgico vê o menino e diz: ‘Não posso operar esse menino! Ele é meu filho!’.”

Isso quer dizer que na verdade a criança era filha da um casal gay? Ou não era o mesmo pai que estava no acidente e no hospital? Lendo rápido, essa história parece não fazer sentido algum!

Aqui entra a formação sutil da cultura. Nosso cérebro é tão acostumado a pensar de uma determinada forma, que muitas pessoas demoram a perceber que a “pessoa mais competente do centro cirúrgico” era a mãe do menino. Afinal, não é muito comum colocarmos mulheres na posição de “pessoas competentes” no imaginário popular. E logo você, que entende conscientemente que mulheres são seres tão capazes quanto homens, acabou caindo nessa armadilha do seu cérebro. O nome disso é cultura. Percebe agora como nem você está imune?

Se depois de tanta discussão de gênero e da sociedade ainda estar debatendo o papel da mulher, ainda não conseguimos desligar totalmente a área de nosso cérebro que correlaciona “posições de destaque” com figuras masculinas, imagina outras áreas que tomamos como normais e que pouco se debatem hoje em dia, como por exemplo, o nosso corpo.

Vivemos em uma sociedade gordofóbica. Uma sociedade que ama o corpo magro, acima de tudo. Que diz que todas as pessoas precisam ser magras, independente se esse não seja seu biotipo, ou se você precisa fazer uma dieta absurda para alcançá-la. Não interessa o que você vai fazer, contanto que você emagreça.

Querer emagrecer é uma vontade tão comum que parece inata. Todo mundo quer sempre perder um quilinho ou dois. Ninguém está satisfeito. Qualquer oportunidade que aparece, qualquer tratamento novo, ganha rapidamente uma fila infinita de seguidores. Não estamos preocupados com saúde (mesmo que esse seja um argumento que usamos para tentar validar essa vontade), estamos preocupados em ser aquilo que a sociedade nos diz que é certo. Fazemos tudo tão no automático que nunca nem paramos um segundo para pensar: “opa, pera aí, por que eu tenho que emagrecer?”, “Por que só pessoas magras são consideradas bonitas?” ou pior, “Por que eu me olho no espelho e me acho horrível?”.

Não paramos pra pensar porque emagrecer é uma daquelas decisões óbvias. Daquelas que não paramos pra decidir. Que já foram decididas por nós. Devemos ser nós mesmos, contanto que sejamos todos com corpo magro.

Podemos ficar parágrafos e mais parágrafos debatendo sobre a relação equivocada entre ser magro e ser saudável, sobre padrão de beleza, sobre a infelicidade ser necessidade básica para o consumo… mas depois de todas essas palavras, me contento em trazer a pergunta que prometi no título desse texto. Então, da próxima vez que você encontrar uma decisão dessas que parecem óbvias, como emagrecer, por exemplo, encontre um lugar tranquilo, respire fundo e se faça a seguinte pergunta:

“O que eu quero quando eu quero isso?”

Desculpe queridx leitorx. Agora que você sabe qual é a pergunta, talvez tenha notado que eu te enganei um pouco. Essa pergunta, sem dúvida, não vem sozinha. É como entrar no buraco da Alice e perceber tudo aquilo que está escondido atrás das decisões rápidas que tomamos. Essa é uma pergunta que convida mais a uma reflexão do que a uma resposta rápida, e pode sim, te levar a cada vez mais perguntas.

No entanto, não se assuste. Pode ser que uma pergunta dessas te salve de um processo que é muito comum quando escolhemos decisões óbvias: entrar em um ciclo de busca de alguma coisa que te sacie, sem nunca encontrar nada.

As escolhas sobre seu corpo são SÓ suas – e de ninguém mais!

  • Não estou bebendo, Ju… 
  • Eita, miga, por que não? 
  • Porque estou com uma cintura que eu gosto e quero mantê-la
  • Ahhh sério que você vai falar isso pra mim? 
  • Não me julgue… Eu sou assim, aceite. Eu to muito bem tomando suco, não sinto falta de cerveja.

Esse foi um dos diálogos que tive com uma das minhas melhores amigas e logo em seguida percebi que estava tendo uma atitude que mais condeno na minha vida: querendo tomar conta de um corpo que não é meu. Que direito tenho eu de dizer como deve ou não outra pessoa se divertir? Que direito tenho eu, baseada nos MEUS gostos pessoais, dizer o que faz ou não outra pessoa feliz? 

Infelizmente esse é o tipo de atitude que presencio muito no meu dia a dia. Fora e dentro do meio plus size, inclusive. As pessoas de fora julgam o que a gente come, como a gente vive e a nossa saúde, da mesma forma que a gente de dentro, julga as pessoas de fora pelos regimes que elas fazem e o que deixam de fazer com seus corpos.

A verdade é que acima de tudo, a gente tem que parar de achar que o que a gente leva como verdade para a NOSSA vida deva ser a verdade para a vida do outro. Eu não sou feliz fazendo regime restritivo. Eu não ligo para o formato da minha cintura e eu jamais deixaria a cervejinha de lado por isso. Mas isso é o que ME faz feliz. Para a minha amiga, a cervejinha não é tão importante. Não é algo que faz diferença na vida dela. Não é um sacrifício deixar a cerveja de lado e ela não deixou para chegar a um corpo ideal. No entanto, ela gosta do jeito que está e quer se manter assim – e isso não é um sacrifício para ela.

É como eu levo a minha vida? Não. Mas é como ela se sente mais feliz, então bom para ela. Eu, como amiga, fico feliz que ela não esteja sacrificando uma coisa importante para ela, fico feliz que ela não esteja em busca de um tipo de corpo “perfeito” e fico feliz também que ela esteja buscando um equilíbrio em sua vida para o que a faz feliz. Isso se chama respeito.

Se fosse o contrário eu não gostaria de ouvir dela que eu tenho que parar de beber ou de comer ou de fazer atividades que me deixam feliz porque ela gosta da minha cintura. E ela nunca fez isso. Isso se chama respeito também.

Vejo todo dia as pessoas que defendem que a gente tem que fazer nossas próprias escolhas julgarem as escolhas alheias – e vida me perdoe, mas fiz isso hoje com a minha amiga também. Quer dizer então que, porque eu escolhi aceitar meu corpo como ele é e amá-lo como ele é, eu não posso querer mantê-lo assim ou mudá-lo quando eu bem entender? Achei que o direito de escolha era meu, não?! 

Quer dizer que porque a minha amiga resolveu deixar de lado uma coisa para manter o corpo que ela tem, ela não ama o corpo dela e está em busca de um padrão? Não! Não é todo mundo que faz regime, que emagrece, que muda o corpo, que está tentando se encaixar em um padrão. As vezes, as pessoas só estão buscando o que é melhor para elas mesmas. E não interessa a ninguém os motivos, nem a mim nem a você, só a ela mesma. E se não faz diferença no NOSSO corpo ou na NOSSA vida, por que RAIOS a gente acha que tem direito de opinar?!?!

A discussão é bem complexa e eu acho problemático demais uma pessoa deixar de fazer coisas que gosta em prol de um corpo ideal, é disso que falo desde sempre aqui no blog, mas também temos que tomar cuidado para não radicalizar e pender para o outro lado. Não podemos defender que a mulher tem que se libertar das amarras dos padrões, querendo impor a ela a amarra do “você NÃO pode mudar se quiser”. Todos os extremos são problemáticos.

Qual a solução então? EU não tenho uma solução, não sou dona da verdade. Mas acredito que a informação liberta as pessoas. Dê liberdade para a mulher ser o que ELA quiser, mostre para ela que os padrões não a levarão ao sucesso, que o corpo “perfeito” não existe e não faz diferença o tamanho do corpo dela, se ela tiver amor próprio e autoestima. Uma vez que essas mulheres souberem que a felicidade não está atrelada ao formato de seus corpos, elas poderão escolher COMO é o melhor para SI, como é a melhor versão de si mesmas.

EU hoje acho que meu corpo, tamanho 50, tem o melhor formato para mim. Mas se minha amiga acha que o melhor formato de corpo dela é vestindo 38, quem sou eu para julgar a decisão dela?

Mulher, saiba que você é linda. No tamanho que você for. Saiba também que as decisões sobre o SEU corpo só devem dizer respeito a VOCÊ. Saiba que você não tem que agradar ninguém. Você não tem que se justificar. Você não tem que se desculpar. Você é dona de si e seu corpo é só seu.

E a partir disso tente não julgar as escolhas dos outros, nem as minhas, nem as da minha amiga, porque do nosso corpo só quem sabe somos nós.  😉

 

Como eu disse acima, não sou dona da verdade, essa foi só uma reflexão que tive hoje e quis compartilhar, mas adoraria ouvir a opinião de vocês também. Então me contem aqui embaixo como vocês se sentem sobre isso também!!!

 

HUA HUA

BJÓN

 

 

 

 

 

Dúvida da leitora: “Engordei e meu namoro terminou” | Como lidar?

Olá queridas, sempre recebo muitas dúvidas por e-mail e ultimamente uma delas em especial tem chamado minha atenção. A forma como é dita varia muito, mas basicamente se resume a “engordei e meu namoro terminou, como lidar?”. Só digo uma coisa: PARE DE CULPAR A GORDURA PELO FIM DO SEU NAMORO! 

Bom, já deixo claro que eu não sou psicóloga, mas já passei por situações de término de namoro por insegurança com o corpo e também já passei por mudanças no corpo sem terminar namoro. Então, talvez consiga ajudar, dar uma luz, uma ideia ou só compartilhar um ombro amigo…

Vamos lá, existe é claro a chance do relacionamento ter acabado depois que você engordou porque a outra pessoa é uma fútil que só se importa com um corpo no padrão para exibir por aí, mas se for esse o caso, amiga, acredite: você está melhor sozinha! Ninguém merece ter uma relação limitada com um(a) idiota fútil que só pensa em estética e aparências.

Já se a relação começou a se deteriorar quando você começou a se sentir mal com o próprio corpo e foi mudando as atitudes em relação ao outro por insegurança, mal humor, falta de autoestima… Aí é outra história! A verdade é que seu namoro não terminou porque você engordou, ele terminou porque você não teve maturidade/autoestima/maleabilidade/capacidade de adaptação entre outras características que você poderia ter tido, para se adaptar ao novo corpo e à sua nova realidade. Sua vida poderia ter mudado em diversos outros aspectos, por exemplo você poderia ter perdido o emprego, descoberto uma doença, poderia ter quebrado uma perna, sei lá, mas você engordou e isso pareceu o maior infortúnio que poderia ter acontecido na sua vida… Mas não é! O problema é que estamos tão acostumadas a ter um velho preconceito em cima das gordas que engordar parece pior que qualquer outra coisa – e realmente nos parece um motivo para que o nosso(a) parceiro(a) não tenha mais NENHUM interesse em nós. Esse tipo de pensamento nos foi (e ainda é) ensinado das formas mais sutis e sem que a gente perceba já estamos querendo “perder 2 quilinhos para arrasar no verão” ou “ficar como a Gisele Bundchen numa lingerie para enlouquecer nosso homem”. E aí, sem nos darmos conta, é como se o fato de sermos/estarmos gordas anulasse QUALQUER outra qualidade nossa e tudo que sustentasse nosso relacionamento estivesse sediado sobre o nosso corpo. E isso é TOTALMENTE errado em vários níveis!!!

♥ 5 motivos porque você NÃO deve culpar a gordura pelo fim do namoro

É se diminuir MUITO achar que a única coisa que você tem "de bom" é sua aparência e que é por causa dela que uma pessoa deve ou não te amar. Você não se resume a uma imagem no Instagram!
 É ser muito preconceituosa achar que a outra pessoa não vai gostar de você porque você é/está gorda. A outra pessoa pode MUITO BEM preferir gordas às magras e isso não é tão incomum quanto você imagina. E aí é tipo de preconceito que mais te prejudica: o de você com você mesma!
3º A outra pessoa pode realmente não ligar MESMO para o fato de você ter engordado. Dê um crédito ao seu parceiro e um voto de confiança de que ele diz a verdade quando fala que "ama você assim, do jeitinho que você é" 
4º Mesmo que você ache que o seu corpo de antes era mais bonito, suas outras qualidades e características continuam igual apesar das mudanças corporais. Não deixe que a sua aparência transforme sua personalidade! Trabalhe sua personalidade independente da aparência - uma coisa não depende da outra.
5º Se apesar dos motivos anteriores você ainda está se sentindo mal, faça alguma coisa para mudar! O que não dá é ficar reclamando sem parar e não fazer nada para mudar a situação. É fácil ó, você tem 2 opções: ou se mexe e muda ou se não quiser mudar aceite sua nova realidade. Quem gostar de você vai gostar de você do jeito que você é!!!

 

Bom, gravei um vídeo pra contar de um caso que aconteceu comigo. Na época eu era mais magra do que eu sou hoje, mas ainda assim tinha o corpo fora dos padrões e me sentia mal por isso o que me levou a ser uma companheira reclamona e nada agradável de se estar junto. Aperta o play para ver a história:

Meu namoro terminou porque eu era… Aperta o play! ♥

 

Depois de muito tempo e muita análise, relembrando essa história eu finalmente entendi o que as pessoas queriam dizer quando falavam que a aparência pouco importa, o que importa é o que a gente tem por dentro. O negócio é realmente não deixar que o nosso descontentamento com o que a gente vê por fora estrague o que a gente tem por dentro e também né, meu povo, é pegar mais leve com nós mesmas e perceber que todo mundo é único e perfeito. 

 

Enfim, espero que o vídeo tenha feito você rir/refletir e me conta se você já passou por isso, se algum namoro terminou por conta de aparências e como fez pra sair dessa!!! Ah! E se você ainda não for inscrita, se inscreve lá no meu canal no Youtube >>> www.youtube.com/juromano

 

 

Por hoje é isso

 

HUA HUA

BJÓN

Project Harpoon: como é doentio querer impor seu padrão sobre os outros

Essa semana eu fui bombardeada de matérias sobre uma coisa – que chamam de projeto – chamada Project Harpoon e logo virou Operation Harpoon. Basicamente o ser por trás dessa “operação” suuuuper revolucionária (sinta a ironia) quer mostrar que ser magro é bonito, indo contra o padrão estético gordo – e para isso transformando gordas que superaram seus traumas e hoje se acham bonitas em… Bem, MAGRAS. OIIII??????

Segundo a pessoa que faz:

“Essa é uma página dedicada a mostrar os dois lados da beleza moderna. No atual momento da sociedade, surgiu uma nova tendência “pró-obesidade” e “aceitação da gordura” que pavimentaram o caminho para muitas pessoas renunciarem os exercícios e os cuidados pessoais com a saúde em geral. Essa página apenas tem o objetivo de mostrar que ser magro é OK! E que ter vergonha de ser magro não é OK 🙂 “

Mas gente! Essa pessoa vive no mesmo mundo que eu? Pera um pouco, acho que dormi e acordei em outro planeta…. Só pode ser!

Primeiro de tudo, onde começa a ignorância: o movimento de aceitação não é a mesma coisa que pró-obesidade.

Segundo: se aceitar só faz cada um gostar mais do seu corpo e cuidar dele COMO JULGAR NECESSÁRIO (decisão que só cabe a cada um mesmo, afinal ninguém é dono do corpo de ninguém!).

Terceiro: fazer ou não exercícios não faz com que as pessoas fiquem magérrimas. Eu por exemplo vou pra academia todo dia e continuo no tamanho 50, obrigada, mas não são todas as pessoas magras que vão à academia e você não vê nenhum movimento modificando o corpo delas… E nem tem que ter! Afinal o corpo é delas e de mais ninguém.

Quarto: criar um corpo COMPLETAMENTE irreal baseado em modificações do Photoshop só ajuda a reafirmar um esteriótipo inalcançável e impossível, que não ajuda a mulher a cuidar de sua saúde (como afirma o projeto). Pelo contrário! Só massacra a autoestima feminina e contribui para a infelicidade com o corpo, que leva a mulher a ficar descuidada e se esconder com VERGONHA de ir à academia, ao parque ou a qualquer outro lugar. Ou seja, em vez de ajudar e incentivar a mulher, esse projeto só consegue ACABAR com qualquer propósito que ela tenha.

POR FIM, tenho que comentar sobre a última parte da descrição, que pra mim mostra o quanto ignorante, sem percepção e rasa é essa criadora do Project Harpoon. Até ontem, quando eu fui dormir, nós éramos bombardeadas de imagens de mulheres magras e photoshopadas, nos dizendo 24/7 que se a mulher não se encaixar nesse corpo sua vida jamais poderá ser completa e ela jamais poderá ser feliz, ter um relacionamento, ser bem sucedida ou sequer respeitada. E não o contrário…

Até ontem, o movimento de aceitação (não, não é um projeto e nem uma operação, é um movimento de seres humanos que olham na mesma direção, mesmo) não era dividido entre gordas e magras, pelo contrário, o movimento de aceitação é A FAVOR DE GORDAS E MAGRAS E QUALQUER OUTRO TIPO DE CORPO. É a favor da mulher e de que ela se sinta bem em seu corpo como ele é. Que ela se sinta dona de suas próprias decisões e decida por si só o que fazer com o SEU corpo. E isso significa que sendo ultragorda ou hipermagra ela tem o DIREITO de ir na academia sem vergonha (ou não ir também) e saiba que SUAS decisões afetam apenas o SEU corpo. E que o futuro do SEU corpo, será uma consequência de SUAS decisões. Mas que ela não precisa ser magra, gorda, bolada ou o que seja para isso.

Por que o movimento de aceitação é representado por mulheres com gorduras, então? Umas mais, outras menos, mas essas mulheres foram EXCLUÍDAS da sociedade por muito tempo. Por que essas mulheres NUNCA foram aceitas. O fato delas serem gordas, no entanto, não exclui as magras… Dizer para aceitar seu corpo é diferente de dizer que todo mundo tem que engordar! 

Meus caros do Project Harpoon ou Operation Harpoon, cresçam e percebam que o movimento de aceitação corporal pouco tem a ver com a aparência do corpo em si, e muito tem a ver com a LIBERDADE.

E se eles realmente estivessem preocupados com a saúde de alguém, teriam feito um tumblr sobre esportes, academia, alimentação saudável… E não um de imagens photoshopadas tentando provar que ser magro é ser mais bonito, porque afinal a gente nem vê e revê essa afirmação em tudo que aparece na nossa frente, não é mesmo?!? Que original… (sinta, de novo, a ironia).

Sem contar que, spoiler: vai rolar denúncia de preconceito, não é toda gorda que é doente e nem toda magra que é saudável. Assim como tem gordas doentes e magras saudáveis, óbvio, e por isso não dá pra colocar todo mundo fisicamente parecido em uma caixinha.  E tem gorda que vai, SIM, pra academia!   

 

Bom, agora minha impressão pessoal é que esse tumblr e projeto é feito por uma criança/inicio de adolescência que aprendeu a mexer no Photoshop e na internet cedo demais pra perceber que suas ações têm consequências e cedo demais para poder estudar, ler e refletir com clareza sobre as questões que quer colocar. Acho, inclusive, que essa pessoa fez esse tumblr por ter questões pessoais com o seu próprio corpo e não saber lidar com elas.

Aí que eu digo que é muito doentio querer impor o seu padrão sobre os outros. É achar que você é melhor que alguém. Por quê? Por acaso você nasceu de um ovo de ouro e foi abençoada pelos 7 céus? Só porque você acha mais bonito ser magro (e isso é ok, é só uma questão de opinião) não quer dizer que quem é gordo é feio ou que todo mundo tenha que se encaixar na sua opinião e muito menos que você tem o direito de ofender quem é diferente de você. Só porque você é/gosta/quer/está tentando ser magra não quer dizer que o mundo todo deva querer também, entende?! Achar que sua opinião deve prevalecer sobre a de qualquer outra pessoa é muito doentio e isso sim é uma ideia que deve ser rebatida, não com Photoshop mas com clareza e informação.

Por fim, eu realmente acho que em todas as imagens a foto original é tão bonita quanto a photoshopada seria se fosse de verdade. Porque eu aprendi a ver beleza no que é real, palpável, existente e não ficar criando expectativas a respeito do corpo dos outros. Existem diferentes tipos de corpos e eles não têm que ser iguais. Existem corpos gordos bonitos e existem corpos magros bonitos. Inclusive, tenho certeza que se as mulheres representadas naquelas fotos emagrecessem de verdade, pouco se pareceriam com a imagem photoshopada, mas continuariam bonitas.

Ou seja, que tal a gente ignorar a existência desse projeto e continuar lutando ao lado das pessoas que têm o mesmo objetivo e a mesma visão de corpo que a gente? Que tal a gente continuar lutando para a INCLUSÃO e não pelo padrão? Que tal continuarmos lutando para que TODO TIPO DE BELEZA seja reconhecido (magro, gordo, bolado…) e seja aceito sem preconceitos?!

 

Enfim, fica aqui minha opinião sobre o tal do Harpoon Project / Operation Harpoon, e a Marixxx do Tamanho P, a Paulinha Bastos do Grandes Mulheres e a Mari do Moda Plus Size Brasil também deram suas opiniões a respeito, vou deixar os links abaixo. Vale a leitura!

Maris, do Tamanho P >  http://bit.ly/1U8iRly 

Paulinha, do Grandes Mulheres > http://bit.ly/1I5gZ69

Mari, do Moda Plus Size Brasil > http://bit.ly/1U0ZUXp

 

Agora, qual a de vocês? Me contem TUDO nos comentários e vamos crescer esse diálogo!!! Ah! Vamos evitar as ofensas se der, ok? hehhehe

 

Por hoje é isso

HUA HUA

BJÓN

 

Fazer dieta sofrida OU ficar com o corpo com dobras e estrias | Dúvida das leitoras

Olá queridas, recebo muitos e-mails de diversas leitoras lindas e alguns com dúvidas realmente comuns a muitas mulheres. Então pensei em criar uma seção “Dúvidas das leitoras” com algumas dessas questões, sem identificar a leitora que mandou recado nem expor de forma alguma sua identidade e história, mas pegando só a dúvida central e colocando o meu ponto de vista com a minha resposta, porque acho que pode ser um ponto de partida legal para ajudar outras mulheres que também passam por isso, não é? Então, se quiser mandar sua dúvida entre em Fale com a Ju nesse link aqui e escreva o que você tem passado!

Vamos à primeira Dúvida da leitora, que é “fazer dieta ou ficar com o corpo novo”

Foto Jade Beall 

” Eu tinha 25kg a menos e usava tamanho 42, hoje uso tamanho 50. É muito difícil me aceitar, porque não me sinto feliz em fazer dietas, mas também não sou feliz com o meu corpo de hoje – tenho muitas estrias ainda vermelhas, muita flacidez e braços maiores do que as roupas que eu tenho permitem. E por falar em roupas, é super caro ser gorda, não tenho dinheiro pra bancar certas roupas e acabo usando sempre as mesmas…”

 

Querida, você não faz ideia de como eu te entendo e de como esse drama é constante na vida de tantas mulheres! Não tenho uma fórmula mágica pra dizer como encontrar sua autoestima e sua autoconfiança, mas acho que o primeiro passo é ser bem realista e “colocar numa balança” para ver o que você REALMENTE prefere, mas sabendo que não é preto no branco – infelizmente nada na vida é fácil assim.

Primeiro, se você quiser ter o seu corpo de antes você não precisa sacrificar as suas comidas gostosas. Você pode apenas reduzir gradativamente e ir emagrecendo aos poucos. Não precisa fazer regimes sofridos ou dietas mirabolantes, basta uma reeducação com saúde física e mental, se essa for realmente sua vontade e o que vai te deixar feliz – independentemente do que os outros te digam ou pensem a seu respeito, o que vale é a sua verdadeira vontade. 

se você rejeita a ideia de qualquer dieta ou reeducação alimentar e quiser continuar comendo como você come hoje, tudo bem também! Essa é uma escolha sua, sobre a sua vida! E não é porque você escolheu ficar com as medidas que você está, que você precisa ter o corpo com estrias, flacidez e braço grande. Se essas características são as que te incomodam no corpo grande, você pode mudar apenas essas para reforçar sua autoconfiança e autoestima. Você pode começar a fazer exercícios e passar cremes para reduzir as estrias e celulites, por exemplo.

Não precisa levar tudo para o extremo, sabe? Não é porque você engordou que precisa abrir mão de todas as características que você admira em um corpo que você gosta, você pode continuar se cuidando e se amando, sim! O poder sobre o seu corpo está nas suas mãos, as escolhas são suas. E, também, as vezes a gente acha que só pode ter autoconfiança se a gente amar TUDO no nosso corpo, mas não é assim. Você pode se achar bonita mas não gostar das suas estrias e querer mudá-las e tudo bem, sabe?!

Eu acho que você só não pode deixar de acreditar que você é bonita por conta de uns risquinhos vermelhos que talvez ninguém mais enxergue, entende?

[blockquote author=”” pull=”normal”]É uma questão de achar um equilíbrio entre o limite do que você não quer para o seu corpo com o que você não está disposta a fazer – e esse é um limite que só você pode escolher.[/blockquote]

A questão das roupas, tudo que você precisa é de referência! Se você tiver referência do que você gosta, das combinações que gostaria de copiar, basta você ir numa loja de roupas baratas ou em liquidações e procurar peças parecidas. Não precisa comprar em loja cara para ter estilo!

Enfim, o melhor conselho é: dê um passo de cada vez. Se você não gosta da flacidez, comece fazendo um exercício, já se não quer ficar com estrias marcadas, passe um creme todo dia e assim vai. Não precisa ficar neurótica ou super encanada ♥

E se realmente resolver que você não quer fazer dieta, nem exercício e nem passar creme, pense que essas escolhas têm consequências e que o corpo que você tiver é resultado das suas escolhas, é resultado de quem você é – E NÃO TEM PROBLEMA NENHUM EM SER E DESEJAR COISAS DIFERENTES DAS OUTRAS MULHERES! Portanto, se você acredita que suas escolhas nunca vão mudar, comece a admirar seu corpo como se fosse uma obra prima única criada apenas por você.

Enfim, espero mesmo que você consiga sair desse conflito e perceba que não importa se você veste 42 ou 50, você pode ser bonita, charmosa, fashion e confiante e O QUE MAIS VOCÊ QUISER com QUALQUER aparência. Eu sei que não é fácil acostumar-se às mudanças, mas acredite: ficar se comparando com uma você do passado não vai te levar a lugar algum, sem contar que o tempo passa e o corpo muda e mesmo que você emagreça nunca voltará a ter o mesmo corpo de antes. Então o melhor que você tem a fazer é trabalhar com a você de agora e deixar o passado onde ele pertence: na memória apenas! 

 

 

Enfim, gatonas, essa foi a nossa primeira dúvida da leitora respondida, mas eu gostaria MUITO que vocês participassem e mandassem seus conflitos, dúvidas, preocupações, dramas e até dúvidas mais básicas como combinação e etc. O link para mandar seu recado é esse https://juromano.com/contato-ju-romano

 

 

Por enquanto é isso,vocês já passaram por essa situação? Me contem TUDO aí nos comentários e vamos abrir esse círculo de experiências!

 

HUA HUA

BJÓN

#soumaiseu campanha plus size out/inv da Marisa

Olá queridas! A Marisa me convidou para participar mais uma vez da campanha plus size deles, que está apenas MARAVILHOSA. E não digo isso só porque minha carinha aparece lá, mas porque a ideia foi sensacional e tem mesmo a alma do que nós plus size sentimos com as roupas. Bom, vocês vão assistir no vídeo abaixo, mas basicamente é um “CHEGA DE ROUPA FEIA, por favor!” misturado com uma campanha linda pela autoestima e diversidade que Marisão está super se empenhando – estou orgulhosa! Porque uma coisa é fato: não importa como é o seu corpo, todo mundo tem o direito de se vestir e se expressar da maneira que quiser!

Ah! Sem contar que quem posou para o catálogo, não foi ninguém menos que nossa musa master, a linda diva Fluvia Lacerda (que está em TODAS as lojas com fotos maravilhosas! GATA).

Enfim, dá o play aí e ajude a compartilhar, porque nós temos mais é que apoiar cada vez mais a evolução plus size! 

 

E algumas fotos da campanha:

 

 

Bom, eu to sofrendo de amor por essa coleção desde o FWPS porque não sei se ela foi inspirada em mim, mas ELA É MUITO MINHA CARA O.O Então fica difícil não achar tudo lindo – o que é essa camiseta de pug?!?! E o vestido retrô?!?! Enfim gatonas, para saber mais veja o post no blog Vou de Marisa ou entre na loja virtual para ver as roupas.

 

Ah!!! E eu desafiei 3 blogueiras a falarem por que elas são tão maravilhosas e agora desafio você: faça um vídeo ou deixe aí nos comentários por que você usa a hashtag #soumaiseu e o que te faz tão incrível (tenho certeza que você vai ter MUITA coisa pra me dizer, hein?!).

 

Por hoje é isso, curtiram? Me contem TUDO!

 

HUA HUA

BJÓN

Ensaio de lingerie eleva a beleza natural das mulheres reais

 

A Vogue America fez um ensaio de lingerie com mulheres lindas, sexy e sem a neura do “corpo perfeito”, aí o que aconteceu? FICOU PERFEITO. Há quem diga que estas são modelos plus size, mas assim como a revista, eu só acho que elas sejam mulheres reais de diferentes tamanhos. A proposta não é que elas usem tamanhos grandes, a proposta é mostrar mulheres verdadeiras. Sem Photoshop, com gordurinhas. Sem pele perfeitamente lisa, com celulites. Não dá para não achar o corpo delas lindo, não dá para não achá-las sensuais, engraçadas, mulheres incríveis. E, sim, a barriga delas dobra quando elas sentam. O peito delas não é duro e empinado de silicone. A gordurinha lateral fica marcada na calcinha, o braço não é fino, não faz vão entre as pernas… E isso, minha gente, não é o anormal, o estranho, o diferente, isso é apenas o que acontece na frente do espelho da maioria das mulheres – gordas, magras, medianas. Enfim, achei o ensaio de lingerie lindo e com muita sensibilidade. Olha só:

 

Ensaio de lingerie com beleza natural

 

 

 

E o melhor, a revista gringa não rotulou as modelos como plus size... Nada disso! O ensaio é sobre o sutiã em todos os tamanhos, formatos e modelos. Será que é finalmente o fim dessa segmentação? Será que a gente pode apenas parar de dividir as mulheres entre gordas ou magras e finalmente começar a pensar a mulher como uma peça única? E a partir daí pensar a moda não para uma ou outra, mas para todas, seja de qual tamanho forem!

 

Achei rico esse ensaio e a prova de que você, com as suas gordurinhas, pode ser SIM muito sexy na sua lingerie! Porque você não é diferente dessas modelos nas fotos, você não é pior ou melhor que elas. Entre todos esses corpos tão diferentes no ensaio, poderia estar o seu também. Então, me diz, por que você também não ficaria tão linda assim em uma lingerie?!?!?

 

Enfim, gatonas, só queria compartilhar. O que vocês acharam? Me contem TUDO nos comentários e vamos lá no meu Facebook ou no Instagram @ju_romano conversar mais

 

HUA HUA

BJÓN

Modelo photoshopada se revolta e causa na internet

A polêmica do dia é sobre a modelo Meaghan Kausman, uma australiana que foi convidada para posar para a Fella Swim, uma marca de biquínis. O problema é que quando ela viu o resultado da foto ficou assustada e revoltada: a modelo photoshopada e com a barriga e pernas bem mais finas que as suas reais – detalhe: ela já é magra!

Inconformada, compartilhou a foto do antes e depois com Photoshop em seu Instagram e deixou o recado: “esta manhã eu fiquei extremamente chocada ao ver que a Fella Swim tinha compartilhado uma versão photoshopada da foto original do Pip (fotógrafo especializado em fotos embaixo d’água) em sua página do Instagram. Meu corpo foi drasticamente modificado, afinando minha barriga e coxas em uma tentativa de me encaixar no ideal cultural de beleza. Acima é a versão da marca, abaixo é a versão real. Meu corpo é um tamanho 8, não é um tamanho 4. Esse é o meu corpo! Eu me recuso a ficar quieta e permitir que qualquer empresa ou pessoa perpetue a crença de que “mais fino é melhor”. Todas as mulheres são bonitas e têm diferentes formas e tamanhos! Esta indústria é louca!!!! Não está certo alterar o corpo da mulher para fazê-la parecer mais magra. NUNCA!

 

Veja a foto da modelo photoshopada:

 

 

O que Meaghan Kausman fez é digno de aplausos e motivo de orgulho, porque enquanto muitas mulheres escolhem justamente as fotos em que saem mais magras para publicar ou ficam bem felizes em saírem mais magras em um ensaio, esta modelo – que vive do corpo, vejam – se levantou contra uma marca que admirava e botou a boca no trombone contra essa indústria louca, que sobrevive por fazer as mulheres acreditarem que não são bonitas o suficiente para serem felizes.

Nós bem sabemos que é uma prática comum no mercado fazer o que a marca de biquínis fez e photoshopar todo o corpo das modelos até que elas se tornem irreconhecíveis até para elas mesmas. Porque não basta ser magra, ser modelo… Tem que ser impossível, irreal. Mas o que aconteceria se TODAS as modelos que são drasticamente modificadas resolvessem se rebelar?

O que aconteceria se todas as mulheres resolvessem se revoltar (como nós fazemos as vezes por aqui)?  Será que se as mulheres parassem, pensassem e realmente desejassem, assim como essa modelo, ver seus corpos reais estampados nas fotos, será que as marcas continuariam a fazer esse absurdo?

Se a maioria das mulheres não estivesse tão cega nessa inércia maluca dos padrões de beleza e realmente acreditasse que elas podem ser felizes com o corpo que têm, aí marcas como a Fella Swim só atrairiam publicidade negativa (lembram da Abercrombie?). Mas enquanto as pessoas ainda escolherem “aquela foto em que meu braço saiu mais fino” e deixarem de lado aquela “foto ótima mas que eu saí com papo” de lado, as marcas vão, sim, se aproveitar dessa inércia para montar em cima e ganhar dinheiro por conta das inseguranças da mulher que sempre teve sua autoestima, naturalidade e beleza massacrada pelos padrões.

Por isso meninas, é o meu grito aqui, o da Meghan na austrália e o de tantas outras mulheres ao redor do mundo: AME-SE! Ame seu corpo como ele é, ame suas curvas, aceite as suas diferenças e a dos outros, aceite que nós somos únicas e cada uma com as suas particularidades. Mudar é bom, sim, quando você deseja, mas desde que isso parta de dentro e não da exigência de um mercado ou da cobrança alheia. 

Bom, acho que falei demais, mas me contem aí, o que vocês acharam desse caso? Fariam o mesmo?

 

Por hoje é isso

 

HUA HUA

BJÓN

 

5 mitos da moda plus size e como quebrar as regras

Olá queridas, essa semana eu gravei um vídeo ótimo sobre 5 mitos da moda plus size com a Bruna Bauer, editora de moda do MdeMulher (onde eu trabalho) e achei que ficou TÃO legal e com referências tão boas que vale muito apertar o play! (E também pra gente se conhecer melhor >.<)

A Modaterapia é tipo uma série como a minha Simples Assim (já falei dela várias vezes por aqui), mas em vez de ser de beleza é de moda (dã com esse nome, só podia ser…) e eu e Bru achamos legal ter um capítulo quebrando essas regras bobas de “gorda não pode isso”, “gorda não pode aquilo”. Então, pegamos os cinco maiores tabus da moda plus size: top cropped, estampa grande, listras horizontais, calça skinny e saia longa para, de uma vez por todas, fazer um programa de moda plus size onde TUDO é permitido – até o que teoricamente é proibido.

Vale o play:

Curtiu? Então, vem cá se inscrever no canal do MdeMulher no Youtube que eu estou SEMPRE por lá com vídeos novos.

 

E fala a verdade: não seria bom se todos os programas de moda levassem uma pessoa a favor das gordas? Hua hua hua. A verdade minha gente, falando sério agora, é que a gente pode usar o que quiser. A peça pode até não emagrecer, não afinar, não alonga e o que for, mas o mais importante é que você esteja se amando dentro daquela roupa. Que aquele pedaço de pano, lhe faça feliz, não importa o que o Fulano ou Sicrano vão achar. O importante mesmo é você se olhar no espelho e gostar do que vê! O resto… Bom, é só resto.

 

E por hoje é isso, mas espero que vocês tenham gostado do capítulo e compartilhem com as amigas (cruzem os dedos para que dê certo e a gente filme mais!!!)

 

HUÁ HUÁ

BJÓN

A gorda e a magra: será que a gorda pode usar as mesmas roupas que as magras?

“A gorda e a magra” é uma seção que criei na página do blog no Facebook para provar que a gorda pode usar tudo que uma magra usa e que todas podem usar tudo com o corpo que tiverem!!! Essa não é uma seção comparativa (então não precisa dizer quem ficou mais bonita, muito menos ofender uma das duas), é só para provar que você pode, sim, usar o que você quiser, sendo magra demais, gorda demais, baixa demais, alta demais e toda e qualquer outra encanação que você tiver. Saiba que se você tem vontade de usar uma peça, pode procurar que uma hora você acha uma que fique boa em você!

Então fique aí com o meu projeto e te convido a responder nos comentários: a gorda pode usar as mesmas roupas que as magras?

Alguns looks eu já postei por aqui, como o da saia origami, da camiseta com estampa tropical ou o da calça estampada. Outras peças estão espalhadas pelo blog mas qualquer coisa deixem aí nos comentários com as dúvidas.

Todas as fotos foram tiradas com os meus amigos do trabalho, que são muito queridos e se voluntariaram para fazer as fotos, então peguem leve! hua hua hua Ah! E vale dizer que nenhuma das fotos foi combinada, todas aconteceram ao acaso.

 

Projeto “A GORDA E A MAGRA” com a tag #agordaeamagra

Algumas leitoras sugeriram e eu achei legal para levar para frente esse tipo de incentivo e mostrar pra todas as mulheres do mundo que dá para usar o que quiser, com o corpo que você tiver. Então, pensei de a gente se unir e fazer o projeto #agordaeamagra no Instagram, no Facebook, no Twitter, no Google + e onde mais a gente conseguir. É só postar sua foto usando a mesma roupa que uma pessoa mais gorda ou mais magra que você nas redes sociais e colocar a tag #agordaeamagra. Ah! Você também pode pegar e fazer uma montagem com alguma inspiração, tipo você é magrinha e fez um look igual ao meu?! É só colocar sua foto do lado da minha e subir! Da mesma forma que eu fiz com o Paulo Gustavo aí abaixo…

Aí eu vou reunindo e publicando aqui, para ficar um grande mural de inspirações para todos os corpos, o que vocês acham?! Participe e ajude milhares de amigas, parentes, vizinhas, filhas e etc a se sentirem melhores com seus corpos!!!

 

Por hoje é isso gatonas, curtiram a série? Me contem mais aí nos comentários!

 

HUÁ HUÁ

BJÓN

 

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