Como pensando em morrer eu aprendi a viver… | #SetembroAmarelo

Olá queridas! O tema de hoje é um pouco sensível (talvez mais para mim do que para você) mas senti a necessidade de contar um pedacinho da minha vida, para que você entendesse melhor como vim parar aqui, com essa vontade imensa de viver e ser feliz.

A gente fala muito pouco sobre a morte. Sobre querer morrer ou sobre morrer de fato. E eu passei muito tempo da minha adolescência querendo morrer… Na verdade, eu queria mesmo era que minha existência fosse apagada, que as pessoas nem sequer lembrassem que um dia eu nasci. Eu achava um desperdício de amor, de dinheiro, de preocupação e de tempo que os meus pais tinham comigo. Eu não valia a pena (enganada, mas achava).

Claro que esse sentimento, causado pela baixa autoestima no meu caso, foi resolvido aos 19 anos, durante a terapia e hoje quando eu penso em quantas vidas a minha vida já ajudou a melhorar percebo como eu estava errada na adolescência. TODA VIDA IMPORTA!

Tá vendo que toda vida vale a pena? A gente só tem uma vida e hoje eu agradeço tanto pela minha, que resolvi compartilhar isso com você pra você ver como a vida é realmente cheia de surpresas e como buscar ajuda pode, de fato, melhorar muito as nossas angústias.

Apesar da dor na época, eu aprendi lições valiosas com a superação. A primeira delas é que a gente fala muito pouco MESMO de forma realista sobre a morte, mas não deveria porque a morte faz parte da vida e inevitavelmente ela VAI acontecer em algum momento.

A segunda é que esse momento pode ser QUALQUER momento entre hoje e daqui uns 60 anos. Não tenho como prever nem como nem quando eu vou morrer.

A terceira é que seja lá quando chegar o meu momento, eu não quero estar deitada na cama de um hospital pensando em tudo que eu poderia ter feito e não fiz. Um pouco fúnebre? Talvez. Porém verdade. E é aí que mora o grande segredo da minha existência feliz e cheia de liberdade.

Sempre que me bate uma insegurança, um medo ou vergonha de fazer alguma coisa, por menor e mais banal que seja essa coisa, como por exemplo ir de biquíni à praia ou praticar pilates, eu penso: se eu não for hoje, será que terei outra oportunidade? Será que algum dia eu vou me sentir confortável o suficiente para fazer isso e, se eu me sentir, será que eu ainda vou ter saúde e disposição? Será que eu ainda tenho muito tempo pra experimentar tudo que a vida tem a oferecer? Será que se eu deixar essa oportunidade passar, um dia a verei de novo?

 

 

Então coloco tudo numa balança mental. De um lado os olhares de reprovação, os comentários maldosos, os possíveis momentos de constrangimento. Do outro me imagino deitada no leito de um hospital, pensando por que eu perdi tanto tempo deixando de fazer coisas que tinha vontade por causa de pessoas que com certeza não estariam lá ao meu lado.

Preciso dizer qual lado da balança pesa mais?

Eu não quero chegar ao fim da minha vida (seja lá quando for) e perceber que eu deixei de fazer o que tinha vontade por medo do que eu poderia ouvir ou do que as pessoas achariam.

E foi assim, que pensando sobre morrer eu aprendi a viver melhor, mais livre e mais cheia de experiências positivas.

Honestamente? Recomendo muito que você coloque sua vida em perspectiva e pense se você quer perder sua vida ou viver sua vida até o dia da sua morte. Nem tudo que está vivo, realmente vive. Você quer que sua existência seja uma série de anos em que você só foi respirando e viu a vida passar? Ou você quer chegar um dia, olhar pra trás e pensar: “caraca, eu realmente vivi!

Eu quero chegar um dia e olhar pra trás sem me arrepender do que eu poderia ter feito e não fiz. Se eu tiver que me arrepender, que seja do que eu ousei fazer.

Você acha mesmo que eu vou lembrar das minhas gordurinhas marcando no biquíni ou da praia linda, com sol queimando a minha pele e as risadas que eu dei com a onda me levando? Você acha que eu vou lembrar do medo do aparelho não me aguentar ou da sensação deliciosa que me dava depois de conseguir fazer um movimento difícil no pilates? Você acha que eu vou lembrar dos olhares de reprovação de estranhos pras roupas que eu usava ou vou lembrar de como eu me vestia cheia de estilo e personalidade e deixava todo mundo em choque?

E tomara que quando eu estiver de fato no leito de morte (espero que seja só daqui 80 anos \o/) eu possa olhar pra trás, dar um sorriso e fechar os olhos em paz sabendo que não tinha mais nada nessa vida para mim.

Esse post foi um desabafo e também uma abertura pra gente debater mais sobre a vida, sobre como enxergamos nossa existência e também pra mostrar pra você que não é porque hoje você está mal, que você vai ter que ficar mal pra sempre.

Inclusive, setembro é o mês do #SetembroAmarelo, uma campanha de conscientização a respeito do suicídio. Se você se sente angustiada, com uma tristeza profunda, com vontade de morrer, saiba que você não está sozinha. Se você sempre tem esse tipo de pensamento, procure ajuda, ligue no CVV – Centro de Valorização da Vida – pelo número 188 que tem sempre alguém para te ouvir e te ajudar a aliviar seu momento de dor. Você também pode procura uma terapia, que pode aliviar bastante essa sensação. E saiba que existe saída, sim! Não tem problema nenhum procurar ajuda, muitas pessoas que hoje são bem resolvidas, já passaram por situações de angústia profunda e foram buscar ajuda.

Eu já quis muito morrer e hoje eu só quero viver muito! Então força mulher,  se ergue e aproveita o dia, porque a gente só tem o dia de hoje uma vez 😉

Ah! E eu fiz um vídeo sobre esse post, também, no meu canal do Youtube, se você quiser ver, tá aí. Se inscreve lá no canal pra ficar por dentro dos últimos vídeos https://www.youtube.com/juromano

 

HUA HUA

BJÓN

 

 

 

 

 

Mariana Xavier abre o jogo sobre preconceito | Tia Ju entrevista

Olá queridas! A última vez que fui ao RJ tive a chance de conversar muuuito com a Mariana Xavier, atriz que tá em cartaz com o filme Gostosas, Lindas e Sexies AND na novela das 21hs A Força do Querer (onde interpreta uma aspirante a modelo plus size).

Mariana Xavier abriu o jogo comigo e contou sobre como é ser atriz e ter um corpo plus size, os preconceitos, as lições, como foi gravar um filme sendo uma tarada bem resolvida… No vídeo a gente fala bastante coisa, principalmente que você não precisa de aprovação de ninguém para ter o corpo que você QUISER! E que SIM, dá pra você seguir a carreira que tiver vontade, independentemente do peso. Ah! E também que você vai tomar 1, 2, 3 ou 10 NÃOS, mas não é para desistir…

Enfim, falamos um pouquinho de tudo, então aperte o play e assista no vídeo a seguir:

 

♥ Mariana Xavier abre o jogo sobre preconceito | Tia Ju entrevista 

 

 

Eu também gravei um vídeo para o canal da Mari, o Mundo Gordelícia, vou deixar links logo abaixo, mas antes dá uma olhadinha no vídeo delícia:

 

 

INSCREVA-SE NOS NOSSOS CANAIS

Ju Romano >>> https://www.youtube.com/juromano

Mundo Gordelícia, por Mari Xavier >>> https://www.youtube.com/mundogordelicia

 

Bom, gatonas, espero que vocês tenham curtido os vídeos. Como eu disse, acho que a Mari Xavier é uma baita representante do movimento plus na televisão e nos cinemas ao lado de outras maravilhosas como Cacau Protásio, Fabiana Karla e outras lindas, por isso fico muito honrada em poder ajudar a divulgar o trabalho delas e espalhar aos 4 cantos que a mulher plus size pode SIM ser bem sucedida em QUALQUER área da vida e qualquer carreira!!! YOU GO, GIRL!!! \o \o \o

 

E vocês? Já assistiram o filme ou leram o livro? Me contem TUDO aqui nos comentários e compartilhem esses vídeos do amor pra todas as mulheres plus se sentirem abraçadas. 😉

 

 

HUA HUA

BJÓN

 

Gostosas, lindas e sexies: 10 bons motivos para assistir

Gostosas, lindas e sexies: se você já imaginou a Casa das Coelhinhas da Playboy essa já é a prova número 1 de que você PRECISA assistir esse filme. Porque se você imaginou mulheres padrão nesses papéis, você precisa desconstruir essa relação inconsciente e ver 4 personagens plus size sendo incrivelmente gostosas, lindas e sexies. Com estréia marcada para o dia 20 de abril (sim, semana que vem!) a comédia nacional – com um toque de Sex and The City – traz para a cena a história de 4 mulheres cosmopolitas estreladas por Mariana Xavier, Cacau Protásio, Lyv Ziese e Carolinie Figueiredo.

O filme retrata com humor a vida de 4 mulheres normais, com todos os dramas que isso envolve, inclusive o fato de serem vistas pela sociedade como gordas. No entanto uma coisa fica clara: a vida de nenhuma delas gira em torno do peso. Pelo contrário: todas são bem sucedidas em alguns pontos e sofrem em outros, como todas as mulheres NORMAIS – que é o que somos, né non?!

Antes de começar essa lista quero dizer que gostei muito do filme e da coragem de todos os envolvidos em trazer esse tema para as telas de cinema. Ouvi algumas críticas ao sair da pré-estréia (que rolou ontem aqui em SP) mas antes que você critique esse filme, acho que vale se perguntar e responder sinceramente: você faria as mesmas críticas se esse filme fosse estrelado por 4 atrizes magras? Se esse fosse como QUALQUER outro filme com atrizes dentro do padrão, você se atentaria aos mesmos pontos? Pense nisso antes de esbravejar críticas a esteriótipos, etc.

Então vamos a essa lista do amor:

 

Gostosas, lindas e sexies: 10 bons motivos para assistir

 

1 Todas as personagens principais são plus size

São 4 mulheres lindas, empoderadas e que têm papel principal no cinema brasileiro. QUANDO isso já aconteceu na história da humanidade? NUNCA! Ou seja, é inovador pra caraleos e merece que você gaste as suas estalecas no ingresso do cinema.

2. A vida delas não gira em torno de regimes e calorias

Embora a comida seja um tema recorrente no filme, não existe essa pressão de magreza, não tem aquela nóia de querer ser magra. A Bia até briga muito com a sua geladeira, mas acaba ganhando sempre e o verdadeiro drama da personagem é amoroso e não corporal!

3. NÃO pinta a vida plus size como as mil e uma maravilhas

O filme tem muita “piada de gordo” vinda de outras pessoas, o que a gente sabe que não é politicamente correto, mas que na vida real acontece E MUITO. Ou seja, em momento algum a vida delas é pintada como mil e uma maravilhas, porque a gente sabe que socialmente a vida de uma gorda não é fácil… Seria mais fácil ignorar todas os abusos que uma gorda sofre no dia a dia e fazer um filme só com o lado bom, mas Gostosas, Lindas e Sexies mostra bem o que acontece com muitas de nós, que faz com que a gente se sinta diminuída. (a parte boa é que as personagens sempre se saem melhor 😉 )

4. O figurino de Gostosas, lindas e sexies é FODA!

Desculpa o uso de um palavrão, mas não tem palavra que descreva melhor a maravilhosidade que são as peças usadas pelas 4 personagens. Juro… É uma coisa de ficar babando! Eu queria TUDO e estava muito melhor que muito figurino de filme tradicional por aí… MENÇÃO HONROSA à figurinista Nicole Nativa, que mandou muito bem sem preconceitos na produção dos looks das personagens (me imaginem ajoelhada no chão fazendo reverência)

5. O filme mostra que mulher gosta de sexo e NÃO tem problema nenhum nisso

Assim como a série Sex and The City esse filme coloca mulheres bem resolvidas com suas vontades e desejos sexuais. Porque não tem problema nenhum em gostar de sexo com o manequim que você tiver. BÔNUS: elas usam a palavra piroca (que pessoalmente sou muito fã hua hua hua)

Foto: Aline Arruda

6. Uma das personagens é gorda e negra e MUITO BEM SUCEDIDA

Sim, minha gente… Na maioria das novelas e filmes a gorda normalmente fica com o papel da amiga encalhada/engraçadona/toda cagada e a negra fica normalmente com o papel secundário ou de periferia pobre. Aqui Ivone (Cacau Protásio) é dona de uma cadeia de salões em expansão e realmente muito rica… Então vamos parar de preconceitos, ok?

7. Uma das personagens é plus size e tem um marido gatíssimo que a ama

Ah, lá! Acredita que gorda também merece amor? Que não precisa aceitar migalhas? Sinta a ironia no ar dessas perguntas, por favor. A personagem Bia (a jornalista/blogueira) mora junto com ninguém menos que André Bankoff – e não contente ainda atrai olhares de outro gato durante a trama… Pra ninguém ficar falando que se você é gorda nunca vai arranjar ninguém… Vai, sim senhora, e não precisa aceitar nada menos do que o que você merece/deseja!

8. Tem personagem gorda que não tá desesperada pra ser amada e aceita

Marilu (a Mari Xavier) é uma tarada muito bem resolvida e que só quer aproveitar a vida sem drama. Sim, meu povo, acredite se quiser mas nem toda gorda quer um namorado(a), nem toda gorda é carente e nem toda gorda precisa de outra pessoa pra se sentir amada e aceita. As vezes a gente só quer mesmo dar uma sarradinha, viu?!

9. Tem gorda que faz exercício e também gosta de comer

Me identifiquei muito com a Tânia (Lyv Ziese) que luta, faz aulas de dança e depois sai pra comer e tomar um milk shake (e diga-se de passagem, SPOILER ALERT: é xavecada enquanto come). Não é porque você é gorda que não pode se exercitar. Não é porque você é gorda que precisa ficar se matando em dietas.

10.  Gostosas, lindas e sexies tem humor, tem sexo, tem homi pelado, tem drama, tem bebedeira, tem surpresa no final…

Eu não sei você, mas esses itens estão na minha lista de pré-requisitos para assistir um filme hua hua hua hua

 

ASSISTA O TRAILER

 

RESSALVAS

O filme deixa bem clara uma rivalidade entre MAGRA X GORDA que eu não sou muito fã. A gente sabe que existe, mas não é legal… A gente NÃO tá em guerra com mulheres magras e nem todas estão em guerra com as gordas, então num próximo episódio ou filme vale levar isso mais em consideração. Também tiveram umas escorregadas na falta de feminismo e sororidade – que são bem possíveis na vida real e a gente sabe que também existem – mas vale ficar alerta para não incentivar a ideia errada numa próxima.

Bom, de qualquer jeito eu fiquei muito orgulhosa do resultado com essas atrizes que merecem destaque, achei divertidíssimo e muito empoderador para mulheres plus size.

 

ENVOLVIDOS

Elenco > Cacau Protásio, Lyv Ziese, Mariana Xavier, Carolinie Figueiredo, Marcos Pasquim, André Bankoff, Juliana Alves, Eliane Giardini

Roteirista > Vinícius Marquez​

Produtor > Marcelo Braga

Produtor Executivo > Marcelo Braga

Diretor de fotografia > Marcelo Brasil

Montador > Ricardo Carvalho

Diretora de Arte > Denise Dourado

Produtor de Elenco > Vivian Golombek

Produção > Santa Rita Filmes

Co-produção > PARAMOUNT PICTURES

Distribuidor brasileiro (Lançamento) > PARIS FILMES

 

 

O filme Gostosas, Lindas e Sexies estréia dia 20 de abril nos melhores cinemas do Brasil!

 

É isso, me contem se vocês querem assistir Gostosas, lindas e Sexies também e se ficaram tão empolgadas quanto eu!!!

 

 

HUA HUA

BJÓN

14 perguntas que as gordas não se fazem – mas podem mudar sua vida!

Olá queridas, hoje eu resolvi falar sobre algumas perguntas que eu comecei a me fazer há alguns anos sobre o meu corpo e minha personalidade e que não só fizeram eu me aceitar como eu realmente sou, como também ajudaram a levantar minha autoestima. Acho realmente que pensar sobre elas pode trazer um pouco mais de luz pra sua vida e te deixar mais calma quando alguém quiser se meter na sua vida… Sendo bem sincera, fez com que eu tacasse um foda-se (com o perdão da expressão) em vários momentos da minha vida para pessoas que tentaram me colocar pra baixo!

Pra começar, você tem que imaginar como se sua vida estivesse começando AGORA e nenhuma das decisões que você tomou anteriormente vão importar no futuro. A partir daí, sem pensar no que os outros pensariam de você, o que os outros julgariam, ou o que achariam das suas escolhas, pensando REALMENTE só no que você tem vontade – e sendo sincera consigo mesma – pense sobre essas perguntas:


 

14 perguntas que quem sofre por ser gorda deveria se fazer ♥

1. Por que você se incomoda tanto com o que os outros pensam de você?

De verdade, o que os outros pensam de você é problema deles e não seu. Assim como o que você pensa de uma pessoa não tem poder para mudá-la, o que as pessoas pensam de você também não deveria te incomodar. Afinal, cada pessoa é um universo e tem sua própria criação, conceitos, estilo de vida, ideais, etc. Assim como você também deve ter e seguir os seus!

2. Que diferença REAL faz na sua vida se um desconhecido te acha feia ou gorda ou estranha ou qualquer coisa?

Pensa comigo: se você usar uma regata, com o braço gordo de fora e ele ficar balançando enquanto você está no ônibus, que diferença faz na sua vida o que o homem à sua direita acha disso? Você precisa dele? Você vai vê-lo novamente algum dia na sua vida? Então de que importa se ele acha seu braço gordo ou se ele sequer reparou no seu braço? De um jeito ou de outro, você NUNCA vai saber o que ele realmente achou de você e isso realmente nunca vai fazer diferença no caminha que sua vida leva. Esse pensamento vale para tudo, basicamente.

3. Se importar com os seus parentes te chamando de gorda, faz com que você emagreça da noite para o dia?

Seu tio te fala que você precisa emagrecer para ser saudável, sua mãe diz que você não vai ser ninguém se continuar gorda, seu irmão fala que você não vai arranjar namorado… E você acredita neles e se afunda cada vez mais na tristeza sem conseguir fazer nada por isso. Veja, não importa o que eles falem, não vai fazer você emagrecer da noite para o dia e essa nem sequer precisa ser sua vontade! De novo, se eles têm uma questão com o seu peso, o problema é deles e não seu. Você só vai arranjar namorado se você quiser, vai ser o que você quiser e pode ser saudável com o corpo que tiver se essa for sua vontade! Isso não depende do corpo que você tem, vide o tanto de gorda bem sucedida, saudável e feliz que nós conhecemos.


>>> Leia também: 13 coisas que ninguém fala para uma adolescente gorda


 

4. Por que você acha que a sua aparência é mais importante do que o que as suas ações, opiniões ou realizações?

Acreditar que sua carreira, sua inteligência e sua boa vontade têm alguma relação com o seu peso é pura ignorância – sua ou de qualquer pessoa que pense assim. Se você realmente quiser e se esforçar para seguir uma carreira, você vai fazer isso pesando 54 ou 104 quilos. Esses dias conversando com um professor da minha academia falamos sobre uma das melhores professoras de dança da rede, que é super gordinha – tipo eu, mais ou menos – e que arrasa nas aulas e, inclusive, dá treinamento. Ou seja, o peso não tem NADA a ver com o quão boa você pode ser no que você realmente quiser fazer e também não quer dizer que você será pior nisso do que as pessoas mais magras.

5. Não é futilidade e até preconceito achar que a aparência define qualquer outro aspecto de uma vida?

É um pensamento simplista reduzir todos os aspectos da sua vida, apenas à aparência. Você não é pior do que ninguém porque você é gorda. Ser gorda é apenas uma característica do seu corpo, não é um defeito e não indica NADA além do tamanho das suas calças.

6. Você quer ser preconceituosa e tomar os outros apenas pela aparência?

O pior preconceito contra o gordo é o que ele tem consigo mesmo. Se você achar que outras pessoas gordas são piores ou menos merecedoras apenas porque são gordas e, consequentemente, como você é gorda também se encaixa nisso, aí você está sendo preconceituosa e isso não tem nada a ver com os outros ou com a sociedade. Lembre-se: para que haja qualquer mudança, ela deve começar por você!

7. Você precisa de pessoas preconceituosas e/ou fúteis na sua vida?

Se você realmente não julga os outros apenas pelas aparências, mas algumas pessoas à sua volta agem assim com você e isso te abala e te coloca pra baixo, de verdade, você não precisa dessas pessoas na sua vida. Se elas forem parentes próximos, se esforce para ignorá-las ou dê um corte logo que elas começarem a tentar te diminuir. Tenha certeza de que são elas as erradas e não você! A aparência não significa nada – caso significasse, brigadeiro com aquela cor de cocô não seria tão gostoso, não é?!? hua hua hua

8. Como se esconder embaixo de roupas largas e escuras pode melhorar a sua aparência?

Quando você quer ficar invisível, se apagar, se anular, você realmente consegue isso. Se você tenta esconder seu corpo achando que ele é feio, as pessoas podem acreditar em você e também começarem a te achar feia. Porém o contrário também é válido: se você começar a achar o seu corpo bonito e começar a enaltecer as partes que você gosta mais, as pessoas também podem acreditar em você! Usar roupas largas e escuras só te deixa mais para baixo e pior. Procure o que você acha bonito no tamanho que você tiver, aí se você resolver emagrecer você vai comprando peças novas ou ajustando as antigas. Se você quer esconder as gordurinhas, você pode usar roupas bonitas para isso também, viu? Mas meu conselho real é que você aproveite tudo de bom do seu corpo com o corpo que você estiver – é sempre o caminho mais feliz!

9. Por que você acha que um tipo de corpo X é mais bonito do que o seu?

Eu sei que desde que nascemos fomos bombardeadas com corpos magros e altos nas revistas, televisão, etc. Mas onde está a referência dizendo que só esse tipo de corpo é bonito? Se você fizer uma pesquisa com algumas pessoas que você conhece, vai ver que cada uma tem um ideal de beleza e que cada uma acha um tipo de corpo bonito ou não. Eu e minha irmã, por exemplo, tivemos exatamente a MESMA criação e temos ideias de beleza completamente opostos tanto para mulher, quanto para homem. Reflita!

10. Por que você acha que você está errada e outras pessoas estão certas?

Se você se acha maravilhosa assim como é e toda sua família acha que você tem que emagrecer, por que você acha que eles estão certos e você errada? Se você odeia academia e não quer ir, mas todo mundo acha legal e faz, por que você acha que você está errada e os outros estão certos? Veja, cada pessoa em sã consciência faz o que acha melhor para si e faz o que quer para a sua vida e isso é que é o certo -só!

11. Por que você não toma as rédeas da sua própria vida e toma as próprias decisões sobre o seu corpo e a sua saúde?

De novo, só você mesma pode saber o que você quer da sua vida! Pense sozinha, reflita e aja sendo responsável pelas próprias consequências. Se você quer levar uma vida sedentária, comendo junk food todo dia mesmo que isso prejudique sua saúde, essa é uma decisão sua. Se você quiser levar uma vida saudável com alimentação equilibrada e exercícios regulares, essa também é uma decisão sua. São decisões SUAS e de ninguém mais.

12. Por que você acha que as pessoas têm direito de opinar sobre o que é seu?

Já que as suas decisões sobre o seu corpo são suas e de ninguém mais, por que você acha que seu tio tem direito de opinar? Você por acaso fica perguntando pra aquela prima magra se ela tem feito seus exames de glicose? Então, o que dá o direito a ela de perguntar sobre os seus? NADA! Não deixe que as pessoas achem que podem se intrometer na sua vida só porque você é gorda! Ninguém tem esse direito.

13. Como você gostaria de se vestir? Por que você não se veste assim?

Você quer usar aquela peça linda, mas sempre ouviu que gorda não pode porque a peça dá a impressão de aumentar… Eu te pergunto: E DAÍ? Você pode sim escolher o que quer vestir, independentemente do que os outros vão achar. O gosto é seu, o armário é seu, o dinheiro é seu e você pode SIM usar o que quiser – e pode ficar muito linda com a peça! 

14. Como você se imagina sua vida daqui a 20 anos, independentemente da aparência?

Gorda, magra, malhada, não interessa. Como você imagina sua carreira, sua vida amorosa, sua casa, seus amigos, etc, dentro de 20 anos? O que você se imagina vestindo? Então, independentemente do número que você vê na balança, comece HOJE os projetos para ter TUDO o que você imaginou. Se você começar a se concentrar em outras realizações para além do seu corpo, você vai ver que o que menos vai importar depois é se você está magra ou gorda. 

 


 

Bom, gatonas, é claro que eu precisei de boas sessões com a minha terapeuta para começar a fazer esses questionamentos, mas achei que era legal compartilhar, porque as vezes eu acho que a gente só precisa de um CLIC pra começar a pensar e agir diferente e que isso pode mudar muito nossa vida para melhor.

Enfim, espero que tenha feito você refletir, mas eu gostaria MUITO de saber qual é o seu maior drama com o corpo e com o peso, então se não tiver vergonha, deixa aí nos comentários para a gente trocar experiências e tudo mais.

Por hora, é isso.

 

HUA HUA

BJÓN

Blogueira: uma pessoa tão comum quanto qualquer outra

Esses dias eu li um artigo que começava dizendo que os blogueiros estavam extintos. Fiquei furiosa. Continuei lendo e percebi que, de fato, a ~blogosfera~ evoluiu em um sentido diferente e até oposto ao original. Fato. Existe toda uma glamurização do que é ser blogueira hoje em dia. O que antes era “de pessoa real para pessoas reais” agora temos it-girls invejadas e ser blogueira virou um lifestyle. Os blogueiros pararam de contar suas vidas, seus dramas, suas peripécias e, assim, também pararam de compartilhar suas soluções astutas para ajudar seus leitores no dia a dia. Tudo ficou muito pensado, muito programado, muito montado. Como se a vida tivesse um roteiro. Queria eu que a vida tivesse mesmo, assim poderíamos saber o que viria depois e jã estaríamos com o babyliss em dia e o batom devidamente retocado. Mas não é assim… Pois vejam, minha decepção foi perceber que eu estava rumando a esse fim também, com a única exceção que eu não tenho uma vida glamurosa e não posso me dar ao luxo de ter. Não vou desmerecer o trabalho que realizamos aqui todos os dias, sei que ajudo muitas meninas que passaram por dramas parecidos aos meus e, sim, é sempre bom ter uma referência na hora de se vestir. Mas, sabe, meu objetivo sempre foi e sempre será compartilhar dicas que facilitaram a minha vida e podem facilitar a de outras pessoas também. Recebo diversas perguntas sobre mim e noto que as pessoas não me conhecem – algumas até têm medo de mim – e não sabem o que se passa na minha vida. E aí você está se perguntando “por que ela está falando tudo isso?”… Eu vou responder logo abaixo.

São 23h46 e acabei de chegar em casa do trabalho. Exausta, com um coque mal feito no topo da cabeça, delineador borrado e morta de fome. Não tenho uma marmita bonita para fotografar. Tem o “arroz, feijão e carne moída” que sobrou da janta dos meus pais e é isso que vou comer. Não, eu não moro sozinha. Não moro em um “chateau” com o meu “namorido” e não decorei minha casa nas lojas mais caras da cidade. Aqui foi tudo orçado, rabiscado em desenhos mal feitos por nós e ordenado a um marceneiro, porque era a opção mais em conta. Não tenho uma penteadeira – embora seja um desejo – para ficar escovando meus longos cabelos cuidadosamente tratados em salões caríssimos que frequento semanalmente. Eu até vou a um salão caríssimo, mas uma vez a cada 6 meses – que é o que meu tempo e meu dinheiro permitem.

Não estou me fazendo de coitada, nem julgando a vida maravilhosa que algumas blogueiras têm a sorte de viver. Apenas dizendo: aqui existe uma blogueira das antigas. Eu trabalho 9 horas ou mais por dia, pego trânsito, tomo chuva, não tenho tempo de ir ao banheiro na hora que tenho vontade, almoço no PF do trabalho e janto comida requentada. Eu tomo carcada de chefe, ouço desaforos de colegas de trabalho e quando chego em casa a minha maior vontade é colocar um pijama que consiste em uma calça larga e uma regata velha e deitar na cama para ler um livro. Sim, um livro de preferência com uma história fácil na qual a protagonista seja uma pessoa comum com a qual eu me identifique e que, assim, eu torça por ela e me emocione com o decorrer da história… Mais ou menos o que eu sentia quando acompanhava alguns blogs antigamente. OPS! Chegamos ao meu ponto…

Estou inaugurando essa seção hoje, uma segunda-feira qualquer, na vida de uma pessoa qualquer. Aqui, vou fazer o que os blogueiros antigos faziam: vou contar meu dia a dia. Essa não é uma seção para alavancar a audiência do blog, ou para bombar nas redes sociais, nem mesmo para ganhar seguidores. Essa é uma seção para você, se quiser, me conhecer mais, para você saber que a vida de uma blogueira (salve algumas exceções) tem menos glamour do que parece e que eu, Ju Romano, não me reduzo a roupas bacanas e make e cabelos impecáveis. Aqui é uma seção-diário onde vou contar mais do meu dia a dia e espero divertir vocês. Aqui você vai descobrir que eu não sou modelo, não sou dona de agência, não sou fotógrafa e não sou herdeira.

Mas relaxa! As atividades do blog não vão parar, eu gosto do que faço! Eu gosto de colocar uma roupa bacana para ir trabalhar e, de fato, me monto todas as manhãs com makes e cabelos diferentes. Eu vou continuar postando os looks do dia e as dicas que me ajudaram e ajudaram a tantas outras. Mas teremos os dois e, no final do dia, quando eu chegar cheia de histórias – mais comuns do que elas parecem nas redes sociais – vou compartilhar por aqui.

Veja você que hoje mesmo meu dia não foi nada glamouroso e o ponto alto da minha tarde foi quando eu tive que debruçar sobre uma geladeira de sorvetes para alcançar um ChicaBom que estava no fundo da caixa. Quando estava lá, com o bundão para o alto e pernas balançando para me equilibrar, veio uma moça me oferecer ajuda e eu fiquei MEGA sem graça de aceitar, então voltei a ficar em pé e, como se tivesse tido um ideia brilhante, sorri e puxei com delicadeza a caixa do sorvete para cima e peguei o último sorvete. A moça olhou para mim e disse: “nada como ser autossuficiente, não é mesmo?”. Pequenos momentos como esse dizem muito sobre nós… Mas isso fica para um próximo post.

Hoje só quero inaugurar a seção e dizer que, se você quiser, pode me acompanhar no dia a dia ou se não quiser pode apenas ficar com os bons posts de sempre. Teremos os dois, teremos tudo. Porque eu acho importante que você possa se inspirar na hora de usar peça X, mas também acho legal que você saiba que eu a fotografei 1 ou mais dias antes daquela postagem, em uma manhã que eu estava de TPM e que fui acordada mais de 10 vezes pela soneca do despertador. Eu acho legal sinceridade em um universo onde tudo é programável.

 

Enfim, essa é uma seção que não aparecerá nos destaques do blog. Ficará ali, no menu, para você clicar quando estiver em casa, de pijama e sem um bom livro para ler, mas querendo acompanhar a vida de uma personagem qualquer.

 

Enfim, espero que a gente se encontre mais vezes por aqui…

 

HUA HUA

BJÓN

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