Nova integrante do site: Alexandra Gurgel do Alexandrismos

Olá queridas! É com muito prazer e muito amor que quero apresentar pra vocês a nossa nova integrante aqui do site: Alexandra Gurgel – também conhecida como Alexandrismos. ♥

Se você não conhece a Xanda, ela é uma gorda linda, ativista body positive e que comanda o canal Alexandrismos no Youtube. Além, é claro, de ser uma jornalista dessas fodonas, que entende tudo de tudo e tá sempre traduzindo o melhor do universo em palavras que a gente entende – e memes que fazem a gente dar risada.

E QUE RISADAS, HEIN? Xanda tem as méliores histórias, que ela conta sempre com um jeitinho engraçado e com seu sotaque carioca.

A Xanda vai falar aqui no JUROMANO.COM sobre moda, beleza, comportamento, sexo, gordofobia, ativismo, vida, amores impossíveis e o que mais vocês quiserem e pedirem.

Mas calma, isso não quer dizer que eu não vou mais escrever, minha gente! Só quer dizer que pra trazer AINDA MAIS conteúdo e com mais frequência vamos ter mais mãos – e mãos de muita qualidade. Para que a gente sempre esteja por dentro de todos os assuntos que rodeiam nossa vida, né non?

Outra novidade boa é que Xanda, além de escrever matérias direcionadas a nós, mulheres fora dos padrões, ela também vai entrevistar e dar voz a outras profissionais gordas, fazendo com que mulheres de outras profissões fora do meio moda-beleza também tenham visibilidade e tenham seu trabalho valorizado e notado.  

Quem quiser participar, inclusive, e ajudar nas pautas, compartilhando conhecimento com outras mulheres incríveis, é só mandar e-mail para redacao@juromano.com, com nome, profissão, de onde é e o que mais você quiser compartilhar com a gente.

VAI SER SÓ AMOR!

Apresento a vocês, Alexandra Gurgel ♥ vamos espalhar amor!!!

 

HUÁ HUÁ

BJÓN

 

Festa Junina: onde comprei o vestido e como eu fiz o meu niver

Olá queridas, meu aniversário foi semana passada e comemorei esse fim de semana com uma festa junina no salão do prédio dos meus pais. Depois de postar várias fotos do arraial, algumas meninas perguntaram onde comprei meu vestido de festa junina, como montei a festa, onde contratei os comes e bebes, então resolvi reunir todas as respostas em um post só pra facilitar a vida e dar as dicas caso alguém precise.

Primeiro quero dizer que foi a PRIMEIRA festa que eu organizei na minha vida e que eu fiz TUDO em cima da hora… Em cima mesmo, com uma semana de antecedência. Então, claro, ficou uma festa bem REAL, com coisas bonitinhas e alguns problemas, como tudo na minha vida hua hua hua.

Vou separar por tópicos:

BUFFET E SALÃO DE FESTAS

Uma semana antes, na sexta-feira, resolvi fazer a festa, quando fui alugar o salão do meu prédio já estava reservado. Não desisti e pedi emprestado o salão do prédio dos meus pais, que é maior e muito mais caro. É literalmente o preço que se paga pelo atraso, mas fazer o que. Se você se organizar com antecedência tudo fica mais barato.

Depois fui procurar na internet buffets que fizessem comida temática e trouxessem decoração de barraquinhas de festa junina. Joguei no Google e achei uma empresa que fazia comidinhas, tinha as barraquinhas temáticas e ainda oferecia pacotes com monitores e brincadeiras como pescaria, derruba latas, argola AND TOURO MECÂNICO (que eu amo de paixão porque acho que anima muito uma festa). Chama Supimpa Eventos.

Fiz um orçamento com essa empresa uma festa para 50 pessoas, com 4 barraquinhas temáticas de comida (hot dog, hamburguinho, pizzinha e crepes doces e salgados) + algodão doce e bebidas não alcoólicas durante 5 horas de festa e o touro mecânico. Eu não sei se é a empresa melhor ou a mais barata, só sei que deu tudo certo no final: as meninas que estavam servindo eram super fofas e prestativas, as comidas estavam deliciosas e as barraquinhas ficaram lindinhas! \o/ Não me deram trabalho NENHUM pra montar ou desmontar as coisas – o touro mecânico, inclusive, nem vi ir embora.

A negociação foi um pouco difícil, porque eu comecei a conversar com o produtor na segunda-feira da semana que seria a festa e estava realmente em cima da hora. O contrato veio e tinha um erro, voltou, veio de novo, tive que imprimir, assinar e scannear pra mandar de volta. Nessa descobri um ótimo aplicativo pra scannear documentos com o celular. Fica a dica: o aplicativo chama CamScanner e é um salva vidas pra mandar documentos!

Tá aí a importância de contratar empresas que forneçam WhatsApp para que você possa conversar de forma mais rápida com os produtores. O produtor Rodrigo me atendeu bem e tirou todas minhas dúvidas por e-mail, mensagem e telefone.

No orçamento da Supimpa também tinham opções de decoração e doces, mas achei que estava muito caro (para o meu bolso, óbvio) e resolvi que a parte de doces e decoração eu mesma faria.

BEBIDAS

Refrigerantes, sucos, água e vinho quente encomendei com a Supimpa, no pacote das comidinhas. De alcoólicos tinham umas 280 garrafinhas de Budweiser (que é a patrocinadora oficial das minhas festas e da minha vida social hua hua) e eu pedi pros convidados levarem coisas pra fazermos drinks – porque, sim, sou dessas que pede bebida, fruta e leite condensado em vez de presente hua hua hua. Comprei também uns refrigerantes, além dos que estavam no pacote da Supimpa, mais pro final da festa mesmo, mas a galera tava mais interessada nos bons drinks hua hua.

DECORAÇÃO E DOCES

Na quinta-feira antes da festa (que por sinal era o dia do meu aniversário) fui até a região da 25 de março. Na Ladeira Porto Geral tem várias lojas de fantasia e festa, que oferecem os mais variados itens para dias temáticos. Eu já conheço bem por lá, sei que os preços não variam muito de uma loja para outra, então desci na loja Porto das Festas e Fantasias (Ladeira Porto Geral, 88) e comecei a escolher. Comprei bandeirinhas, balões de tecido, peixinhos e varas pra pescaria, argolas, etc – e também o meu vestido que conto abaixo.

Nenhum dos itens custou mais de R$ 25 – exceto o vestido, óbvio. O balão de tecido acho que foi R$ 12; um saco de bandeirinhas com 10 metros, R$ 3,40; um chapéu de palha grande e colorido, R$ 5,50, o pequeno R$ 3,50 (por aí). No final, como comprei muitas coisas a conta ultrapassou os R$ 150, mas para decorar uma festa achei mais que bom!

Além dos comes e refrigerantes, também quis montar uma mesa com doces. Então fui na Chocolândia, que é uma espécie de mercado com MUITOS doces em sacos grandes e também tem decoração temática para festinhas. Comprei vários docinhos, amendoins, feno para enfeitar a mesa, mais chapéus e potinhos temáticos. Ficou uma fofura!

Como o buffet só ficaria 5 horas e minhas festas costumam ser eternas, achei uma boa ideia ter doce pra galera segurar a bebedeira até de madrugada hehe

 

O VESTIDO DE FESTA JUNINA

Gente, sinto decepcioná-las mas o meu vestido de festa junina não é plus size – embora eu ainda vista tamanho 50. Comprei na mesma loja das decorações, que tem um segundo andar reservado para todos os tipos de fantasia. Eu fui só procurar pra ver se tinha algum que cabia em mim e acabei esbarrando em vestidos tamanho G que serviam tanto em mim quanto na minha irmã. O meu era tamanho M, inclusive, mas estava bem apertado e eu acabei rasgando ele no final da festa hua hua hua. O da minha irmã também era bem fofo, um tamanho G que cabia ate um número 52, se bobear. Comprei na mesma loja de decoração, a Loja Porto das Festas e Fantasias. Os vestidos lá eram bem carinhos: entre R$ 100 e R$ 200.


DE ONDE SÃO AS PEÇAS

Vestidos de festa junina > loja Porto das Festas e Fantasias (Ladeira Porto Geral, 88)

Botinha > comprei na Dafiti há muitos meses! Nem sei se tem mais


 

Enfim, a festa começou lá pelas 16hs e terminou umas 3h da manhã, esqueci de cantar parabéns, esqueci também de tirar fotos boas da decoração, torci meu joelho (de novo) tentando subir no touro, teve campeonato pra ver quem ficava mais tempo no touro, teve guerra de maria mole, teve muita dança, muita bebida, muita alegria e muito amor. Foi tudo tão maravilhoso que nem fiquei chateada de ter rasgado meu vestido hua hua hua

 

É isso… Se eu tivesse que recomendar, super recomendaria as lojas que fui e a empresa que contratei – que aliás, faz festa de vários temas, não só junina 😉

 

Bom gatonas, acho que esse é o resumão da minha festa junina de aniversário pra quem quiser se inspirar. Se tiverem alguma dúvida específica, me contem aqui nos comentários que eu tento ajudar, ok?!

 

HUA HUA

BJÓN

Confissões de um abuso psicológico #tambéméviolência

Talvez o mais difícil seja suportar a humilhação… Não sei se é a de acreditar que de fato o que você fez, usou ou falou foi errado ou a humilhação de estar impotente diante da pessoa amada proferindo atrocidades contra você. As suas palavras entalam na garganta, as lágrimas embaçam a visão. E você se encontra impotente, emaranhada em uma rede de argumentos que arrastam cada vez mais para baixo, para o fundo do poço, mas você está tão presa a ele que não vê saída.

É, nem toda violência deixa hematomas e ossos quebrados. 3 em cada 5 mulheres sofreram, sofrem ou sofrerão violência em um relacionamento afetivo no Brasil, eu não fugi a essa estatística.

Foi um namoro curto, menos de um ano, mas pergunte para qualquer amiga minha e saberá o furacão que ele foi em nossas vidas – na minha e na delas que pacientemente davam os ombros para que eu não desabasse. Noites em claro, brigas e gritaria, xingamentos, lágrimas pelos corredores da faculdade, pressão psicológica, chantagem… Hoje chamamos o ex de “o sociopata” e o apelido não é exagerado.

Ele invadiu meu computador, instalou um programa, roubou meus históricos de conversas, alterou frases no Photoshop, criou um e-mail falso fingindo ser uma menina e passou semanas me chantageando com histórias e conversas que nunca tinham acontecido.

Passei a desconfiar da minha própria sombra. Desconfiei das minhas amigas. Duvidei até das minhas próprias lembranças. Passava horas chorando de soluçar ao telefone, explicando – em vão – para ele que aquilo não passava de uma pessoa louca tentando terminar o nosso namoro. Não conseguia me concentrar nas aulas, esperando o momento em que um novo e-mail falso chegasse com informações alteradas que eu teria que explicar mais tarde. Passei semanas me explicando por algo que eu não tinha culpa, aos prantos, sem saber ao certo como sair daquela situação. Fiquei neurótica achando que tinha alguém no meu quarto, no meu banheiro, me seguindo na rua, me observando pela câmera do computador – que até hoje, 7 anos depois, ainda cubro a lente com um adesivo por medo de ter minha privacidade invadida novamente.

Demorei muito para conseguir sair da defensiva, aquilo me consumia inteira, durante semanas aqueles e-mails eram tudo o que eu conseguia pensar, nada mais. Resolvi contra-atacar e descobrir por fim quem era a pessoa por trás dos e-mails. Chamei um amigo que rastreou o IP até uma lan house ao lado da casa dele. Entrei no jogo, comecei a responder os e-mails pressionando cada vez mais até que um dia coincidiu de eu ligar na lan house e ele estar lá bem no momento em que chegou um e-mail da tal menina.

Quando fui confrontá-lo ouvi de tudo. “Você é louca? Por que eu faria isso? Se você desconfia de mim é porque você que está fazendo coisa errada. Você é ridícula! Mas já era de se esperar mesmo, se comporta como uma vagabunda quando tá na faculdade, sai com roupa curta, fica chamando atenção… Você não passa de uma puta” Disso para xingamentos e mais xingamentos aos gritos, como se eu merecesse apenas o pior e nada mais.

Na época a pressão era tanta que eu não conseguia entender que de todas as pessoas do mundo era ele quem tinha a MAIOR obrigação de me defender e me ajudar, mas a única coisa que ele conseguia fazer era me atacar... E eu, presa na rede, não conseguia sequer olhar a situação de fora e perceber o quanto absurda ela era. Eu estava me afogando.

Uma noite, pouco depois, eu estava em casa me arrumando para encontrá-lo e minha melhor amiga me ligou, muito tensa, falando que estava vendo ele de mãos dadas com uma outra menina, subindo uma das ruas mais badaladas de São Paulo.

Confrontei, ele me contou mentiras, tentou me colocar contra minha amiga e disse que o mundo estava contra nós, mas que eu que não era forte o suficiente para encarar de frente e lutar pelo nosso “amor”. Escolher entre minha melhor amizade e um crápula não deveria ser difícil, mas era.

Cheguei a um ponto que eu só conseguia sentir raiva, repulsa, ódio, nojo e todos os sentimentos negativos quando estava com ele, mas ainda assim não conseguia terminar. Ele fazia todos os tipos de chantagem, desde “você é a única coisa que eu tenho na vida, você não pode me deixar, pelo amor de deus” até as pérolas como “você quer mesmo é terminar pra sair dando pra todo mundo”.

Cada dia eu me sentia pior, mal, triste, com uma agonia no peito e uma falta de ar que conscientemente eu não sabia explicar. Eu não achava que o culpado era ele, achava que EU é quem tinha problemas e eu tinha a OBRIGAÇÃO de ficar ao lado dele.

Foram alguns meses de terapia até que eu finalmente entendesse que o meu corpo era meu. Que o meu comportamento era um traço único de personalidade. Que eu não precisava carregar a culpa do mundo nas costas e que, assim como ele tinha sobrevivido sem mim até o começo do namoro, ele sobreviveria depois do fim… E eu também sobreviveria sem ele!

Consegui terminar com ele uma tarde, antes de uma viagem da faculdade que ele foi até a minha casa tentar impedir. Não sei se teria conseguido se eu não tivesse ido para outra cidade, rodeada dos meus amigos, com respaldo da terapia, mas eu consegui. Eu tive ajuda e hoje eu vejo que não há problema algum nisso, apesar da vergonha na época.

Na viagem, conheci o Gabriel, que ficou comigo pelos últimos 6 anos e restaurou minha fé na humanidade e nos relacionamentos. Meu namoro com o Gabriel também terminou, no começo desse ano, mas não foi por violência ou abuso, pelo contrário, terminamos amigos, que se respeitam imensamente e nutrem um carinho eterno um pelo outro. Terminamos com orgulho de dizer que durante 6 anos nunca sequer nos xingamos ou proferimos palavras agressivas um para o outro.

Durante esses 6 anos cresci profissionalmente, amadureci emocionalmente, descobri como é ser feliz plenamente, desenvolvi as minhas melhores habilidades e aprendi que, de fato, um bom relacionamento é aquele que te leva pra frente, que está embaixo para te segurar quando você cai e que te dá asas quando você quer voar.

É melhor estar sozinha do que mal acompanhada, mas que se estiver bem acompanhada a vida é muito mais gostosa. E isso, aprendi que é um relacionamento saudável e não como no anterior que só me deixou feridas e traumas. Um relacionamento que eu quero ter com a pessoa que vou casar e formar uma família, porque com um grau de entendimento e respeito mútuo  é possível que os envolvidos em uma relação evoluam e cresçam.

E por que estou contando essa história? Compartilho pouco da minha vida pessoal aqui no blog, mas hoje descobri que a ONG Artemis vai lançar a campanha #tambéméviolência (saiba mais AQUI) com o apoio da marca ativista LUSH. Há diferentes tipos de violência que calam e aprisionam milhões de mulheres diariamente no Brasil: violência psicológica, moral, patrimonial, física e sexual. Ainda não existem maneiras efetivas de denunciar agressores por violências silenciosas, que nem sempre deixam marcas visíveis, como foi minha história que carrego traumas até hoje. O ato é amanhã das 12hs às 14hs na Praça da Sé e às 19hs rola uma mesa de debates na LUSH Jardins, em SP.  

 

Quero convidar a todas as leitoras, para que venham fazer parte dessa discussão. Ao contar essa história tão pessoal, quis compartilhar com vocês algo que aprendi na marra: violência pode acontecer com qualquer mulher, não é uma vergonha, você não está errada e não precisa carregar isso sozinha. Um relacionamento não define quem você é nem todos os outros que você vai ter na vida. Existe esperança e com ajuda é possível sair de um relacionamento que te faz mal. Não se cale, você não está sozinha e nunca estará! 

 

BJÓN

15 medo REAIS de morar sozinha

Olá queridas! Me mudei da casa dos meus pais esse ano, para morar sozinha-sozinha, tipo sem nenhuma amiga ou namorado… Só eu, eu mesma e Ju Romano. Aí que percebi que existem alguns medos REAIS em morar sozinha.  Eu achei que ia me sentir cada dia mais adulta, sabe? Mas a verdade é que em alguns momentos eu me sinto exatamente como o Kevin McCallister, em Esqueceram de Mim, fazendo travessuras e falando sozinha para espantar algum inconveniente.

Sem contar que alguns desses medos reais eu nem sequer achei que faziam algum sentido… Algumas coisas você nunca achou que fossem te assustar de verdade e que eram só neurose de mãe, ou outras você só descobre passando pela experiência de estar sozinha à noite, no escuro, no silêncio… Bom, já deu pra imaginar, né!? hua hua hua

Então olha aí minha listinha – que diga-se de passagem, cresce todos os dias – e depois me conta quais são os seus! Ahhhh!!! Se não carregarem os GIFS espera um pouquinho, porque tudo fica mais engraçado com eles huahuahua 😉

 

♥ 15 medo REAIS de morar sozinha ♥

1. Perder o celular pela casa

E aí você tem que instalar um telefone fixo, só para poder achar o celular…

 

2. Chegar ao último rolo de papel higiênico

Medo real do constrangimento de ligar pro papai vir aqui com a chave extra e me trazer um rolinho…

 

3. Descobrir um inseto enorme na cozinha

Sai da frenteeeee, tem um MONSTRO NA COZINHA!!!!

 

4. Apagar as luzes antes de dormir (principalmente depois de assistir um filme de suspense/terror)

E só a gente sabe o alívio que é chegar ao quarto \o/

 

5. Abrir a última garrafa de coca cola

Me sinto a última pessoa na face da Terra, abandonada no altar, sem ter o que vestir… Volta pra mim, Coca!

 

6. Ter no mínimo 8 contas fixas (celular, água, luz, gás, internet, TV a cabo, telefone, condomínio) e o medo de não conseguir pagar no final do mês

Alegria #SQN

 

7. Esquecer as roupas molhadas dentro da máquina de lavar – e encontrar depois com aquele cheiro de mofo

Aí tem que lavar tudo de novo, de preferência com um amaciante bem cheiroso…

 

8. Botar fogo na casa tentando assar uma torta

Ou fazer torradas, ou fritar um ovo… Basicamente qualquer coisa que envolva comida e calor!

9. Escorregar e cair no chão molhado e não ter pra quem pedir ajuda

(por isso sempre lavo o chão com o celular por perto)

10. Esquecer as janelas abertas antes de sair – e correr o risco de chegar com a casa alagada caso chova

Tenho uma poltrona inflável que comprei já pensando em usar como bote salva vidas…

 

11. Ralos entupidos

Nem sei o que dizer sobre isso…

 

12. Comer comidas estragadas que você podia jurar que ainda estavam boas

Espero que ainda tenha papel higiênico no banheiro…

 

13. Engasgar sozinha em casa

ME-DO

 

14. Colocar uma coisa no lugar e voltar e ela estar fora

Se não fui eu quem mexeu de lugar, QUEM FOI?!!?!?!

 

15. Ouvir barulhos da cozinha quando você já está deitada

A eterna dúvida: checar o que é ou se esconder bem quietinha embaixo do edredom!??!

 

 

Bom, quem nunca teve nenhum desses medos reais, que atire a primeira pedra, né non?! Mas me conta aqui nos comentários quais são os SEUS medos reais se você já mora ou morou sozinha, ou quais são os medos reais se você ainda não mudou! 

 

 

HUA HUA

BJÓN

Mulher, me promete respeito, que eu te prometo liberdade!

Quando eu comecei a escrever um blog de moda, fiz isso porque sou a favor de que a mulher pode usar o que ela quiser. Pouco tem a ver com a passarela da última estação, e muito tem a ver com a expressão de cada mulher dentro do seu estilo, independente do seu formato de corpo. Eu acredito que a mulher é dona de seu próprio corpo e que ninguém pode lhe dizer como se vestir, como se comportar e como ela deve viver sua vida a não ser ela mesma – e ninguém tem nada a ver com suas escolhas pessoais. E se você está lendo esse texto, nesse blog, acredito que você também seja a favor dessa ideia.

Então me diz, como você quer ter liberdade para usar um top cropped e botar a pancinha plus size de fora, se quando uma menina usa saia curta você pensa “aff que vagabunda”?!? Quando vê uma menina com decote e peitão e pensa: “essa quer dar”. Como você quer que as pessoas respeitem seu estilo e suas escolhas, se você mesma não consegue olhar outra pessoa sem julga-la?!? Me diz por que você acha que as pessoas devem respeito a você enquanto você mesma não respeita a decisão delas?!? Como você pretende parar de ser julgada, se nem você mesma para de julgar a outra?!?!

Eu pensei muito sobre os acontecimentos trágicos dessa semana, pensei muito sobre como as pessoas falam sobre a mulher, pensei muito sobre o que falamos por aqui. Infelizmente vi na minha timeline pipocarem várias opiniões de mulheres plus size bem resolvidas que querem ter suas escolhas respeitadas, mas esbravejaram opiniões invasivas sobre a maneira que outra mulher vivia sua vida, se vestia, se comportava, como se ela fosse culpada por uma decisão que ela não tomou.

Alguém me explica: a gorda sempre foi excluída, limitada nas suas escolhas de roupa e comportamento por conta de julgamentos e preconceitos alheios, mas não é justamente disso que a gente quer se libertar? Não queremos e lutamos todos os dias para que as pessoas PAREM de nos julgar pelo nosso corpo e escolhas e possamos finalmente tomar nossas decisões como SÓ nossas e com a maior liberdade possível?

Então fiquei pensando, a gente tem mesmo que parar é de ser hipócrita e fingir que lutamos pela liberdade, enquanto formos egoístas a ponto de acreditar que a liberdade só é válida para um grupo de mulheres ou, pior, só para nós mesmas.

A gente tem que desconstruir TODO E QUALQUER julgamento que a gente cresceu ouvindo, porque não é o que as pessoas olham por fora que define você. Não é seu corpo que define sua personalidade. Não é sua roupa que define suas vontades sexuais. Não é seu comportamento que dá liberdade para alguém invadir sua privacidade e seu corpo.

Compartilhei uma frase na minha página esses dias e acredito que esqueci de completar o pensamento:

Mulher, SEU CORPO É SÓ SEU, E NINGUÉM TEM O DIREITO DE OPINAR SOBRE ELE, TOCÁ-LO OU TOMÁ-LO COMO PÚBLICO. ASSIM COMO O CORPO DA OUTRA NÃO CABE A MAIS NINGUÉM, TAMPOUCO A VOCÊ.

 

Acho que antes de pedir respeito, a gente tem que começar a exercer o que desejamos. Não olhe outra mulher como uma inimiga, ela não é. Ela é sua irmã, ela sofre as mesmas dores que você, ela tem as mesmas pressões sociais que você, ela luta ao seu lado e suas conquistas beneficiam sua vida também. 

A gente faz parte de um grupo plus size, mas antes fazemos parte de um grupo muito maior chamado MULHERES. Se uma lutar pela outra, todas nós saímos ganhando.

Eu luto há 9 anos por vocês, mulheres, para que vocês enxerguem a beleza única de cada uma, para que vocês tenham cada vez mais liberdade. Nessa luta, criando empatia pelos problemas de mulheres que nunca conheci ao vivo, já vi e vivi muitos avanços. Eu acredito porque vi com os próprios olhos que quando as mulheres se ajudam, vidas são mudadas para melhor. VIDAS.

Imagem do movimento She For She

Fica aqui minha reflexão, meu posicionamento e minha promessa de que SEMPRE, sempre mesmo, eu vou lutar pela liberdade de cada mulher. Pela liberdade de que cada mulher possa ser o que, como e quando quiser, sem ter medo sem precisar se calar. Vou lutar sempre por mais respeito e gostaria muito que você fizesse parte dessa reflexão comigo e se juntasse a mim e outras mulheres nessa luta. A (r)evolução começa dentro de cada mulher.

 

Vem comigo?!? 

 

 

 

Férias na China e Myanmar | Diário da Ju

Eu tinha prometido a mim mesma: essa não é a hora. Tantas coisas aconteceram no último ano. Apartamento, fim de namoro, reviravolta na carreira, descoberta de mim mesma… Li na Susan Miller: “esse será o ano em que você vai redescobrir sua espiritualidade”. Não é do meu costume, mas ignorei a voz da astróloga mor pelo menos uma vez. Não teria dinheiro nem tempo para gastar em coisas que não fossem absolutamente necessárias, palpáveis e tangíveis.

Mas aí começou o ano turbulento, para mim e para todos os outros mortais que conheço. Minha irmã e melhor amiga tem um dom: ela te faz esquecer. Não como as bruxas da Disney, mais como uma fada encantada mesmo. Ela chega com um sorrisinho, com uma malícia infantil, com a beleza estonteante e uma superficialidade inocente. Ela te faz esquecer de qualquer problema, dúvida ou conflito apenas com a sua empolgação natural para viver.

“Vamos fazer uma viagem para o Caribe? Um resort, com tudo incluso, 10 dias de sol e vida boa?” – ela disse

Assim, como se nada mais importasse, como se a gente pudesse esquecer tudo da vida e se dar ao luxo de viver uma vida milionária sem pensar duas vezes. Nem consegui internalizar o que aquilo significava, só por estar hipnotizada com seus olhos verdes escuros brilhantes me encarando.

“Vamos!” 

Respondi surpresa com empolgação, obviamente sem pensar em como pagaria pelas férias. Antes que eu pudesse repensar, o furacão Marina entrou em ação. Comecei a ser bombardeada por e-mails de cotação, opções de resort, passeios incríveis pelas dunas de não sei aonde. Entrei no jogo. Aceitei a derrota e descobri que o desfalque bancário nem seria tão grande… Aparentemente as agencias de turismo estão implorando para que você seja trouxa e gaste seu dinheiro em ano de crise.

Ela ficou em silêncio durante uns dias… Opa! Isso nunca é bom. Minha irmã é o tipo de pessoa que parece ter enfiado o dedo na tomada de manhã e passa o dia inteiro eletrizada, como se estivesse tentando botar pra fora todos aqueles 220V recebidos. Um dia ela quebrou o silêncio misterioso e me ligou:

“Temos um problema. Aninha quer se demitir e ir embora, é a última chance que tenho de ir encontrá-la por lá…” – ela disse em tom de pesar…

Aninha é a amiga mais antiga da minha irmã, que acabou ficando minha amiga também por motivos de: passamos a vida toda juntas. Só tem um detalhe: Aninha se mudou para China há 5 anos a trabalho. P-A-R-A-A-C-H-I-N-A. Pelo menos ela fala fluentemente o  mandarim. Então em uma mistura de ímpeto protetor pela minha irmã e um surto de curiosidade geminiana eu disse:

“Esquece o Caribe… VAMOS PARA A CHINA!!!!!!”

Era nossa última chance de conhecer a China com a Aninha, com alguém que fala mandarim, com a nossa amiga de infância. Era a última chance que teríamos de passar um perrengue louco, comer o pão que o chinês amassou e mesmo assim dar risadas. Eu bem devia ter imaginado que seria A morte mais cruel para a Mari passar 10 dias deitada, quietinha, tomando sol no Caribe, enquanto ela bem poderia me fazer caminhar 40km por dia em lugares muito mais exóticos.  E assim, Furacão Marina entrou em ação pela segunda vez no ano.

O bom da Mari é que a mesma magia que te convence a fazer coisas absurdas, também é a magia com que ela faz planilhas, controle de gastos e roteiros minuciosamente calculados.  Esses dias ela me ligou:

“Eu to desesperada (é normal, ela sempre está). Dessa vez eu só tenho um mês pra fazer nosso roteiro…”

Bom, tivemos um mês pra calcular as cidades que visitaríamos dentro de um valor aceitável. Chegamos a um roteiro de 20 dias + ida e volta – ao total dá uns 22 dias. A princípio íamos para a China, Tailândia, Myanmar e Laos, mas é preciso um visto cada vez que a gente entra na China e ficaria super complicado o roteiro, com vistos e tudo, e além das chances de alguma coisa dar errado crescerem e muito. Então no final vamos para China e Myanmar, em um roteiro mais enxuto, porém cheio de paisagens lindas e muitas comidas exóticas.

No final das contas, virou uma viagem cheia de templos e lugares que inspiram a espiritualidade. E tive que lembrar de Susan Miller: talvez, com tudo que aconteceu comigo no último ano uma viagem com a internet parcialmente bloqueada e muitos lugares religiosos e inspiradores seja mesmo o que eu preciso, mesmo que não tenha sido o planejado… A vida é assim, te leva pra onde você tem que ir, sem que você perceba, mesmo que você não tenha nem sequer imaginado um dia seguir por aquele caminho.

Por enquanto meu roteiro da China-Myanmar está assim:

 

Mas considerando o furacão Marina, tudo ainda pode mudar 😉 

 

Bom, vale dizer que o roteiro foi todo montado e calculado pela Mari, com ajuda da Aninha e com uns pitacos meus (porque pra mim, qualquer lugar tá bom huahuahua). A gente não pegou agência de turismo nenhuma, e foi tudo na raça pesquisando e mandando e-mails em inglês/mandarim pros hotéis e hostels.

Para entrar e sair da China, precisamos de um visto, que tiramos aqui no consulado Chinês e eu vou buscar na quarta-feira. Nosso visto é de 2 a 6 entradas, porque depois do Myanmar a gente volta pra Xangai. Para tirar o visto, como vamos passar os dias da China com a Aninha, precisamos de uma carta dela dizendo que ia nos receber (sim, é a maior complicação), então não sei como deve ser feito quem vai apenas para hotéis.

Mas por enquanto é isso, eu to super empolgada e quero já fazer vários posts pra publicar quando voltar!!! E um antes, com o que eu vou levar na mala… Claro, porque eu também estou MEGA nervosa, já a viagem pode ser o maior perrengue e já que no trânsito interno entre cidades só podemos carregar uma malinha de 15 kg (alô, onde eu vou colocar todas as roupas e makes?!) e vamos passar MUITO tempo com a mala nas costas, mas né?! Ninguém disse que seria fácil ir para o outro lado do mundo, conhecer e experimentar uma cultura completamente diferente da nossa. Tenho mesmo que aceitar Susan Miller no meu coração e elevar meu espírito… Meu espírito aventureiro!!!! huahuahua

 

E é isso… Por enquanto… Vocês têm alguma indicação? Alguma curiosidade? Já foram pra China ou para o Myanmar?

Me contem TUDO!

 

HUA HUA

BJÓN

Vai… E se der medo, vai com medo mesmo!!!

Esses dias eu estava pensando, a gente nunca consegue adivinhar o futuro, por mais que tentemos. Quando a gente imagina daqui 10 anos é obvio que imaginamos errado, porque afinal, olhamos com os olhos de hoje para um mulher 10 anos mais madura. São os tombos do dia a dia que nos fazem crescer, amadurecer e expandir nosso pensamento. Então, por que temos tanto medo desses tombos?

Foi uma reflexão baseada em trabalho mesmo, mas depois percebi que se aplica a tudo na vida. A gente tem essa mania péssima de dizer “eu nunca…”. Eu nunca vou conseguir me achar bonita. Eu nunca vou conseguir crescer na carreira. Eu nunca vou encontrar a pessoa da minha vida. Eu nunca vou conseguir me livrar desse amor meia boca. Eu nunca vou me reconciliar com a minha família. Eu nunca vou ser eu mesma… Eu nunca vou ser completamente feliz.

E por esse falta de visão de futuro, afinal não temos bola de cristal, acabamos nos convencendo durante anos. Ignoramos a experiencia de se levantar e ficamos só com a memória do tombo. Deixamos de tomar atitudes drásticas e medidas imediatas, por puro medo do depois. Nem nos damos conta de que o depois é hoje, o depois foi ontem e anteontem. E a gente continua vivendo uma vida que poderia ser, mas nunca será.

Fico me perguntando: o que estamos esperando? Por quem estamos esperando para tomar as rédeas da nossa própria vida? Por que esperamos o tempo passar sem dar uma chance ao inédito?

Se a gente não fizer nada hoje, amanhã tudo continuará igual. Daqui a 10 anos, olharemos para trás e veremos o que poderíamos ter sido, mas jamais fomos. Por medo e por não sabermos o que o futuro nos reserva ficamos na segurança e conforto do já conhecido e ignoramos a chance de algo melhor. Nos prendemos a pequenos detalhes do hoje e ignoramos a imensidão do amanhã.

Temos medo do tombo. Pela possibilidade de passar por momentos de turbulência, nem sequer entramos no avião. Vivemos uma vida incompleta por pura covardia de quebrar a cara.  Por preguiça de magoar os outros, seguimos em frente magoada. Por não compreendermos o que vem depois do perdão, continuamos rancorosas.

Tive esse momento de reflexão e me senti uma covarde pessimista. Como eu poderia acreditar que o amanhã seria pior?! Como eu posso ser prepotente a ponto de achar que entre todas as pessoas do mundo, eu sou a única que pode prever o futuro? Não posso, ninguém pode. Porque o futuro é baseado nas escolhas que fazemos hoje e construído em cima das experiências que vivenciamos com o passar dos dias, tanto as boas quanto as ruins.

Experiências ruins fazem parte do jogo, a gente tem que ter a coragem e a perseverança de não olhar para o próprio joelho ralado depois do tombo, mas sim erguer a cabeça e olhar para o fim da rua que nos aguarda. E se tivermos que levar mais tropeções para chegar lá, que pelo menos saibamos que temos a capacidade de nos levantarmos e cada vez ficamos mais espertas para desviar dos buracos.

No final das contas, cheguei à conclusão que até os pequenos momentos da vida são de fato muito importantes. E aquela frase de Nelson Mandela, comum nas redes sociais, é a mais pura verdade: “coragem não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele”. Ou como eu gosto de colocar de um jeito menos profundo: “vai… e se der medo, vai com medo mesmo!“. Sempre falo que do chão não passa, em todos os aspectos da vida.

E aí volto para a reflexão la do início. O que me espera daqui a uma década? Não sei. Há 5 anos jamais imaginei que estaria aqui hoje e esse cenário com certeza é muito melhor do que qualquer coisa que eu poderia sequer ter sonhado. Então por que essa ansiedade de querer programar e esse medo de sair da rota traçada? Coragem, Juliana. Coragem, Maria. Coragem, Joana, Paula, Renata, Bárbara, Julia, Marcia, Tatiana, Ana…

Não coragem só para encarar os tombos do dia a dia, mas coragem para acreditar que mesmo com eles o futuro pode ser incrível. Coragem para tomar a decisão hoje do que você sonha para amanhã.

Uma vez minha diretora no trabalho me cutucou: “Juliana, como você se imagina daqui a 10 anos? Onde você está? Que roupa está usando? Como é seu relacionamento? Como é o lugar onde você mora?“. Eu parei para pensar e antes que eu pudesse responder ela continuou: “então, amanhã mesmo eu quero te ver com essas roupas, procurando esse tipo de relacionamento e investindo seus esforços para realizar o lifestyle que você imaginou. Isso tudo agora, porque esses são seus desejos hoje e não daqui a 10 anos. Daqui a 10 anos seus sonhos serão outros”.

Ela tinha toda razão, caso contrário viveria uma vida sempre pela metade, frustrada por alguém que eu queria ser mas ainda não era. Na semana seguinte me demiti e hoje, um ano depois minha vida teve uma reviravolta em todos os aspectos. Não é como eu imaginei, é melhor.

Então, querida leitora, gostaria de te fazer esse favor que minha diretora me fez:

COMO VOCÊ SE IMAGINA DAQUI A 10 ANOS? SEM MEDO DO QUE POSSA ACONTECER OU DO TOMBO QUE VOCÊ VAI LEVAR, O QUE VOCÊ VAI FAZER HOJE PARA REALIZAR ESSE SONHO?

 

Porque afinal, só nunca caiu quem nunca sequer ficou de pé.

 

 

 

 

 

HUA HUA

BJÓN

O bendito dia que eu tive que entrar para uma academia nova

Olá queridas! Já falei algumas vezes que sou uma gorda, mas que isso não muda o fato de eu me exercitar bastante e curtir MUITO fazer atividades físicas. Eu não fico falando disso nas minhas redes ou aqui no blog porque foge um pouco do tema (mas se tiverem curiosidade podem pedir 😉 ). É que esse mês me aconteceu uma coisa “engraçada”…

Mês passado recebi uma triste notícia: a unidade que eu fazia da Runner ia fechar! O dono do terreno quis  aumentar o aluguel e o dono da academia não quis pagar.

Conclusão: tive que sair em busca de uma academia nova na região que me agradasse e eu não precisasse fazer parte da turma força-foco-fé. Não me leve a mal, mas ficar se autoseduzindo no espelho, contando caloria por caloria e tirando selfies com #força #foco #fé não faz muito o meu tipo de atividade predileta.

Encontrei uma Monday perto da minha casa com um ambiente mais familiar e resolvi fazer. Dessa vez convenci minha mãe a ir comigo, assim nós duas já teríamos a nossa turma. Só que eu já tinha me esquecido como era ser gorda e entrar em uma academia onde ninguém te conhece!

Resolvemos começar com atividades mãe-filha: alongamento, depois pilates, seguido da aula de abdominal, um intervalo e por fim aula de Zumba. Veja, qualquer pessoa dentro de uma academia que olha uma mulher gorda automaticamente pensa 2 coisas:

  1. Ela quer emagrecer
  2. Ela deve ser uma sedentária

E óbvio que o professor não deve ter pensado diferente, mas o fato é que ele já ficou surpreso nos 5 minutos do primeiro tempo… Por ter feito anos de aula de dança quando era criança (balé inclusive), todos os esportes possíveis e ter vindo de outra academia, meu alongamento é excelente. No primeiro exercício eu já estiquei as mãos nos pés e meti a testa no joelho, fazendo dobrar todos os meus 3 pneus laterais sem nenhuma dificuldade. Pude sentir lá do final da sala os olhos arregalados de surpresa do professor.

Tadinho, ele é um amor, mas como eu sempre digo o preconceito com o gordo é forte e está até nas pessoas mais legais porque fomos ensinados que o gordo é sempre o gordo e não pode ser o atleta ou a bailarina… ¬¬ Aff! Quando penso até me dá um segundo de raiva, afinal por que é tão surpreendente que eu consiga encostar a testa no joelho ou saiba fazer os passos sincronizados da aula de zumba? Será que é tão impressionante eu gostar tanto de exercícios e ainda assim não ser magra e/ou malhada?

Talvez sejamos ensinados que, para facilitar as nossas escolhas na vida, é melhor colocar as pessoas em caixinhas e depois escolher em qual caixinha você quer entrar. Dessa forma ou você está na caixinha dos gordos sedentários, ou você está na caixinha das pessoas que gostam de se exercitar e por isso ficam magras. Bom, em um ponto eu tenho que concordar: a vida seria mais fácil. Mas quem disse que a vida é fácil, não é mesmo?

E então em vez de ficar com raiva eu fico é feliz da vida de conseguir provar que eu não estou em uma caixa ou em outra, porque não importa em qual delas você esteja, sua liberdade sempre será limitada por paredes de conceitos pré fabricados. E aí me deixa muito realizada conseguir mostrar que cada um é muito mais do que os outros esperam e julgam à primeira vista.

Bom, passados os primeiros dias de choque, comecei a reparar em outras mulheres da academia. Fato que tem umas megamalhadas – o que eu acho super ok também, cada uma pode fazer sua escolha – mas percebi que tinham outras tantas bem no meu estilo… E por isso não quero dizer que elas eram gordas, mas quando digo que eram no meu estilo quero dizer aquelas pessoas que fazem exercícios sem a obrigação necessária de emagrecer, definir e trincar. São apenas pessoas que tiraram a parte chata da obrigação e ficaram com a melhor parte do exercício que é a diversão.

E como é divertido, viu?! Precisam me ver tentado subir na bola de Pilates…

A maior beneficiária é a minha mãe que morre de rir – na verdade nós duas morremos porque ver adultos magros ou gordos brincando com uma bola gigante é realmente engraçado. 

 

Enfim, só queria compartilhar esse meu momento e deixar aí um incentivo: se você ficar com preguiça de se matricular em uma academia por medo do que as pessoas vão pensar de você, fica aqui meu incentivo para você provar que elas estavam erradas!!!! 😉

 

Por hoje é isso, mas vcs já passaram por isso em alguma academia nova? Me contem aqui nos coments

 

HUA HUA

BJÓN

“Mulher só gosta de dinheiro…” | O dia que eu dei um esporro no taxista

Olá queridas! Sexta-feira passada ganhei 2 convites para ir ao show da Katy Perry (valeu Shopping Market Place!) e foi um rolê super SEM machismos. O Gabi meu namorado, que é um santo, topou ir de primeira, ficou mega empolgado com o show e cantou e filmou tudo, mais que eu, sem medo de ser feliz. A gente comprou cervejas para os dois, hot dogs para os dois e tomamos chuva os dois juntos, porque queríamos continuar a noitada em algum bar de Pompéia enquanto esperávamos o trânsito passar para voltar pra casa.

Sentamos no bar onde encontramos uma turma de infância dele, caras que vieram me cumprimentar e passaram a noite inteira conversando comigo de boas, contando histórias da infância do Gabi e fazendo eu me sentir parte da turma composta por 8 homens. Todos bebemos e rimos e falamos besteiras como iguais que somos, independentemente de sermos homens ou mulher.

Lá pelas tantas resolvi chamar um táxi, via meu aplicativo, no meu celular. Táxi que eu ia pagar, porque o Gabi já tinha pagado o da ida e eu não queria que ficasse pesado para ele. No nosso relacionamento a gente não fica contando centavos, mas temos bom senso e dividimos as contas o máximo para o nosso dinheiro render mais – tipo ele pagou a cerveja então eu pago a comida e assim vai… A gente faz isso desde que se conheceu, há mais de 5 anos, nós dois estagiários, que juntando os salários não dava nem a metade de um salário decente. Ou seja, quando nos conhecemos, estávamos os dois na pindaíba e aprendemos a dividir para poder sair juntos mais vezes.

Bom voltando à sexta-feira… O taxista chegou e a conversa começou SUPER agradável. Eu, com essa minha mania de perguntar tudo, quis saber detalhes sobre como eram feitas as transações via aplicativo e ele com toda paciência do mundo me explicou. O Gabi até provocou, falando do UBER e o taxista manteve a compostura e respondeu de forma sensata. Já quase chegando em casa (um looongo caminho da Pompéia) ele estava conversando super descontraído com o Gabi e soltou:

“SABE, SEM OFENSAS, MOÇA, ME DESCULPA MAS MULHER SÓ GOSTA DE DINHEIRO…. HOMEM É QUE GOSTA DE HOMEM! “

OOOOOOOOO QUÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ?!?!??!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!? Você consegue imaginar minha cara?! Bom, meu namorado com certeza já sabia o que viria porque assim que o taxista terminou a frase o Gabi já ficou quieto e ficou olhando para mim com aquela cara de líder de torcida esperando pelo meu chute ao gol. Eu não sabia o que era pior, esse machismo generalizado ou o fato de ele ter me pedido “desculpas” antes de me soltar tamanha merda. Bom, EU não tive dúvidas e respondi com voz firme e um tom acima do normal, logo na lata:

“OLHA NÃO DESCULPO NÃO! ESSA FOI A COISA MAIS MACHISTA QUE VOCÊ PODERIA TER ME FALADO E MACHISMO É IGNORÂNCIA, BURRICE E PRECONCEITO. É BAIXO E MESQUINHO. EU SINTO PENA DA SUA MULHER. NÃO REPITA ISSO NUNCA MAIS NA SUA VIDA E NÃO ME PEÇA DESCULPA, APENAS NÃO FIQUE REPLICANDO ESSE TIPO DE INFORMAÇÃO IGNORANTE”

E eu ainda fiquei com vontade de dizer, e olha aqui, quem tá pagando essa sua corrida sou EU, porque eu estou pouco me fudendo para o dinheiro que o meu namorado tem ou não, posso conquistar o meu sozinha muito obrigada! Só fiquei quieta porque o taxista ficou MUUUUUITO constrangido com a primeira parte da resposta, que obviamente ele não estava esperando, e começou a tentar explicar por que ele tinha dito aquilo – deixando a situação PIOR AINDA!

Bom, resumindo a história ele replicou um ditado que as pessoas falam “por humor”, “de brincadeira”, mas que é extremamente pejorativo para as mulheres. É claro que todo mundo quer dinheiro, não precisa ser mulher para isso, e ser ambiciosa não é um erro. Agora dizer que a mulher SÓ quer dinheiro é de cair o cu da bunda, se fosse assim não tinham tantas mulheres sustentando lares, criando filhos sozinhas, se posicionando no mercado de trabalho quando ele ainda é desfavorável às mulheres… Meu filho, caia na real!

Acho que o mais importante dessa história, que foi o que me fez ficar pensando depois e vir compartilhar com vocês, é que talvez NUNCA ninguém tenha dado uma voadora moral nesse cara e que, por essa falta de freios, ele continue repetindo essa besteira. Pensei que talvez depois da bronca que eu dei ele possa pensar 2 vezes antes de falar essa merda machista para outra pessoa. E talvez, se todas as mulheres parassem de compactuar com essas brincadeiras de mal gosto e frases prontas cheias de preconceito e respondessem com uma bela cortada mostrando desgosto, a gente pode até salvar a próxima geração de ter que ouvir asneiras desse tipo. Quem sabe os pais não PAREM de repassar esse tipo de informação mesquinha para os filhos e PAREM de ensinar a eles coisas bizarras como que mulheres só gostam de dinheiro?

 

Bom, pelo constrangimento do taxista me pareceu que ele nunca mais vai ter coragem de falar isso de novo. Espero que de fato ele não tenha e comece a repensar suas opiniões a respeito das mulheres.

 

Enfim, quis compartilhar aqui para incentivar todas as mulheres a não ficarem caladas diantes de uma situação como essa. BOTEM PARA FORA MULHERES, SEJAM FORTES! Vocês são muito mais, muito maiores e muito melhores do que o pensamento machista pinta 😉 

 

Por hoje é isso, vocês já passaram por situação parecida? Como reagiram? Me contem aí nos comentários!

 

HUA HUA

BJÓN

Ciclo de inspiração: você pode ser a força de outras mulheres

Olá queridas, quem me acompanha no Instagram (@ju_romano) sabe que eu estive de férias essa última semana. Resumindo, fui com a minha família para um hotel pequeno em Serra Negra (interior de SP) e passei por cidades perto como Monte Sião e Pedreira. Lá, apesar de ser frio, de manhã e no começo da tarde faz um calor gostosinho e dá super para ir à piscina. Ou seja, bom momento para colocar os maiôs e biquínis em prática e mostrar ao mundo as curvas que essa vida me deu hua hua hua.

Acho que já contei alguma vez por aqui que quando comecei a desencanar das minhas neuras (coisas do tipo evitar usar vestido por causa do joelho gordo) eu me inspirava MUITO ao ver uma menina plus size que trabalhava na mesma empresa que eu e nem sequer ligava para o fato de ter coxas grossas, gorduras e tal e se vestia SUPER fashion, com shortinhos, coletes, transparências, decotes… Eu olhava ela passando e pensava: “cara, que mulher incrível” e nem sequer reparava em seu joelho assim ou assado. Olhar essa menina fazia eu me sentir super confortável com a roupa que eu estivesse. Essa menina sem saber me dava mais forças e me inspirava todos os dias.

Eu contei isso porque nessas férias eu tive uma visão concreta do que eu passei a chamar de “ciclo de inspiração” que é quando você se sente inspirada por uma mulher, cria força para usar/fazer/ser o que quiser e acaba inspirando outras mulheres, que inspiradas por você inspiram outras mulheres e assim vai. Vou contar:

[blockquote author=”” pull=”normal”]”Ciclo de inspiração” é quando você se sente inspirada por uma mulher, cria força para usar/fazer/ser o que quiser e acaba inspirando outras mulheres, que inspiradas por você inspiram outras mulheres e assim vai em um eterno ciclo de liberdade e libertação.[/blockquote]

Eu estava na piscina do hotel e tinham outras várias mulheres com corpos mais dentro do padrão, mais magrinhas e com “menos tudo”. Apesar de me sentir super bem com o meu corpo eu me peguei umas 2 ou 3 vezes pensando em como eu tinha engordado com o passar dos anos… Esse pensamento raramente me vem à cabeça e tampouco me incomoda, mas nesse dia me surpreendeu. Por que eu estava criando essa insegurança em mim??? Eu já tenho bem claro para mim o quanto estúpido é colocar um corpo ou outro como “perfeito” sendo que todos os corpos são diferentes e perfeitos, eu já tenho as questões da minha saúde e da minha beleza muito bem resolvidas e uma série de outros questionamentos que já estão solucionadas para mim… Eu sei exatamente como e por que eu engordei com o passar dos anos e já sei como eu prefiro viver, então daonde veio essa insegurança?

Foi então que olhei para a outra piscina e estava lá uma outra menina plus size se divertindo na cachoeira da piscina, se deliciando com o sol e a água, parecendo realmente uma propaganda de shampoo… Ela estava ótima! E apesar de ter o corpo bem diferente do meu, era o que mais se aproximava – diferente das outras mais magrinhas. Eu fiquei muito feliz por ela, porque não importa se ela estava ou não de regime, se ela estava ou não cuidando de sua saúde, se ela estava ou não querendo mudar… Independentemente de qualquer coisa ela estava lá, aproveitando o momento com seu corpo do jeito que é. Ela não perdeu as férias se escondendo em baixo de uma roupa ou com vergonha de seu corpo, que do jeito que é pode lhe proporcionar tantos momentos prazerosos.

Aí que me dei conta DE NOVO quão irracionais eram as minhas inseguranças. Só porque eu sempre fui bombardeada com a ideia de que eu tinha que ser magra para poder vestir um maiô ou biquíni e me divertir no verão quase ignorei o fato de que eu já estava de maiô/biquíni, eu já estava no verão e eu já poderia estar me divertindo se não fosse a ideia TOSCA de que eu precisava ser magra pra isso!!!

Conclusão: Aí mandei tudo pra puta que o pariu e fui eu mesma na cachoeira… Claro, me faltou glamour para fazer a propaganda de shampoo, mas me diverti MUITO!!!!

Esse maiô é da Upsy 

Esse biquíni é o velho, da C&A (uma coleção bem antiga)

E aproveitei para ir na cidade comprar biquínis novos porque os meus estavam todos arregaçados e velhos… hua hua hua

Esse biquíni é de uma marca que descobri nas férias a Rivanna Moda Praia

E como eu falei que tudo é um ciclo de inspiração, com essa minha atitude consegui convencer minha irmã (que estava insegura porque engordou um pouco) a tirar o vestido e até a tirar fotos de biquíni. Ou seja, me senti inspirada pela outra hóspede plus size e depois consegui inspirar minha irmã, que pode ser que tenha inspirado outras amigas dela que a seguem no Instagram e assim vai… Entendeu onde eu quero chegar? Quero chegar no fato de que VOCÊ, com a SUA coragem, pode ser a inspiração e força de tantas outras mulheres incríveis. Você pode ser o momento de epifania de uma mulher que está insegura!

 

Bom gatonas, acho que fica aqui então a moral da história: quando bater aquele momento de insegurança, pense que você pode ser a força das mulheres à sua volta! Você pode ser o grande exemplo pra elas, sem sequer conhecê-las. E daí você pode tirar forças desse pensamento para ser uma pessoa mais livre, leve e solta \o/

 

E por hoje é isso! Vocês se sentem inspiradas por alguma mulher? Já se sentiram inspiradas por uma total desconhecida? Me contem TUDO!

 

HUA HUA

BJÓN

Sair da versão mobile