Preta Gil conta como foi se aceitar Plus Size e posa para nova campanha da C&A

Pelo segundo ano consecutivo a Preta Gil será a estrela da da linha Plus Size Special For You, da C&A (que infelizmente só tem no dia das mães, #chatiada OPA! A coleção fica ao longo do ano, é só a campanha que rola no dia das mães). Então, fui perguntar para ela o que ela estava achando do mercado plus, como é sua relação com o corpo (pasmem, ela é encanada até hoje com braço gordinho!) e como foi se aceitar plus size. Nosso papo você confere abaixo:

JR: Você vai estrelar mais uma vez a coleção Special for You da C&A, como você espera contribuir para melhorar o cenário plus size brasileiro?

PG: A primeira coleção foi um sucesso, essa também será! Fico muito honrada de poder ser a estrela da coleção e saber que muitas mulheres reais se inspiram em mim e podem ser mais felizes por isso. Acredito que através de mim, muitas mulheres se sentem representadas. Espero poder continuar nessa luta e que isso ajude o mercado a ver a importância da moda plus size no país.

JR: O que você acha do mercado plus size atual?

PG: Acho que ainda precisa crescer muito e ser mais aceito, até pelas mulheres gordinhas. Mas, acho que as roupas de tamanhos maiores devem existir nas araras de todas as lojas. A mulher tem que ter o direito de entrar nas lojas e encontrar roupas de todos os tamanhos. A C&A saiu na frente, no ano passado. lançando coleção de tamanhos entre 46 e 56. Roupas lindas por sinal!

JR: O que você acha que falta no mercado para as plus size? 

PG: Faltam mais lojas e estilistas que tenham coragem de entrar no mercado plus size. Mas, aos poucos isso está caminhando.

JR: Você se assume plus size, mas você sempre lidou bem com essa questão? Quando e por que você começou a se aceitar?

PG: Nem sempre me aceitei, já fiz dietas mirabolantes, lipos, fiquei magra, mas não fui feliz por isso. Depois de um tempo, cheguei à conclusão que seria mais feliz se me aceitasse como sou. Hoje, sou feliz com o meu corpo do jeito que é.

JR: Você acha que a mulher gordinha tem que parecer mais magra?

PG: Não! Acho que ela tem que se sentir bonita do jeito que é. A beleza de cada mulher é diferente, a mulher não tem que ser magra pra ser bonita.

JR: O que você acha que tem alguma coisa que gordinha não pode usar?

PG: Não existe um padrão, acho que cada mulher tem que achar aquilo que lhe veste bem. Eu por exemplo, não gosto de usar roupas muito largas, braços de fora e roupas muito fechadas, sem decote! Mas, isso é o que acho que não fica bem no meu corpo.

JR: Você acha que existe um limite na ousadia fashion?

PG: O limite é o nosso espelho. Se a pessoa se sente em bem com o look, vá em frente!

JR: Tem alguma peça que você não usa de jeito nenhum? Por quê?

PG: Camisetas sem manga, não favorecem meu corpo. Gosto sempre de roupas que tapam o braço.

JR: Qual é a maior dificuldade que você tem ao comprar roupa?

PG: A maioria das lojas só fabrica roupas até o numero 46 e, muitas vezes, o 46 é menor do que deveria ser. Já conheço as marcas que me vestem bem,  mas mesmo assim, passo por dificuldades quando vou às lojas. Comigo as coisas funcionam de maneira um pouco diferente, pois tenho estilistas amigos que fazemroupas sob medida, para eu usar em shows e ocasiões especiais. Isso facilita a minha vida!

JR: Quais são seus truques na hora de se vestir?

PG: Cada mulher tem que descobrir a sua própria forma de se vestir, conhecer seu corpo e colocar roupas que valorizem o que tem de mais bonito. Meu truque é conhecer bem meu corpo.

JR: Qual é a peça que sempre tem no seu armário e que, não importa a moda, você sempre usa?

PG: Sempre tenho uma boa calça jeans, apesar de ser uma peça que nunca sai de moda!!!

JR: Quais são suas marcas de estilo?

PG: Visto roupas que fazem eu me sentir bem. Gosto muito de decote, acho que valoriza o meu corpo. Essa é uma marca minha!

JR: Qual dica você daria para as meninas gordinhas que não se aceitam?

PG: Acho que a mulher tem que buscar sempre ser feliz. Mulheres reais devem se valorizar e cuidar da saúde em primeiro lugar! Estando com a saúde em dia, seja feliz com o corpo que tem!

 

A coleção conta com 28 modelos, que vão do 46 ao 56, e varia de R$ 39,90 à R$ 79,90. Confesso que está ficando cada vez melhor e já destaquei até umas peças desejo, como a blusa mullet de couro fake, a camiseta com animal face (ma-ra-vi-lho-sa) e a com uma cruz. A cartela de cores traz o preto, azul cobalto, vermelho e off white.

Confira a coleção que estará nas lojas a partir do dia 23 de abril:

 

E aí?! Curtiram?

Contem tudo nos comentários <3

Gordinha de roupa listrada

Olá queridas, não é segredo que eu amo listras (horizontais e verticais) então essa tendência listrada está me fazendo muito feliz. Agora, o que me deixou surpresa é que pela primeira vez, eu achei uma peça listrada no mundo Plus Size antes mesmo de achá-la nas lojas de departamento, etc. O que me faz pensar: sim, nós ainda temos esperanças!

O meu é da Chica Bolacha (já falei dela aqui), mas se você veste tamanhos menores, fiz uma matéria com várias opções (AQUI). E vamos ao look:

 

Curtiram? Vocês também aderiram às listras?!

Jaqueta militar, sapato metalizado e delineador com risco duplo

Olá queridas, confesso que sempre que ouço “tendência militar“, me lembro daquela nebulosa fase dos 12/13 anos, quando eu usava uma calça “bag” de algodão, com estampa camuflada cinza, uma sandália de plataforma, uma regatinha branca e me achava praticamente uma Spice Girl. ¬¬

Graças a Deus, essa fase passou e estamos aqui hoje, firmes e fortes (com a auto-estima levemente abalada pela lembrança, mas viva). Enfim, imaginem só o meu pânico, ao ouvir que esta tendência estava voltando… A parte boa é que, ao contrário das estampas camufladas, eu sempre me dei bem com tons de verde. Eu os amo e acho que caem bem na minha pele – você tem que saber quais cores funcionam pra você, tudo fica mais fácil.

Pois não é que encontrei no meu armário este casaco, que por incrível que pareça, nunca tinha postado aqui no blog. Ele é de uma loja Plus Size, chamada Lunender (site de vendas online AQUI), e é um conforto só e – ahá – é da cor “verde da moda“. Achei uma boa ocasião para postar, já que agora ele é fashion (#ironia, pra quem não notou).

Para mim, sempre será um mistério a combinação de cores entre as roupas, mas acho que se o verde é meio apagado, o vermelho tem que seguir a mesma linha, por isso coloquei a blusa nesse tom. O sapato é um xodó, ganhei há umas duas semanas e acho que ele transforma qualquer look em uma coisa mais legal… Acho que é o brilho. Como uma querida leitora de GLOSS falou, o metalizado não deixa o mocassim parecer sapato de velha. Achei um fato.

 

Enfim, todo o militarismo à flor da pele

 

 

 

O Sapato é da Mundial, a Jaqueta da Lunender, a bolsa da Marisa, os acessórios comprei em Embu das Artes

Ah! Pra quem não sabe fazer o traço duplo (eu também não sabia até hoje de manhã), experimenta pegar um lápis beeeeeem macio, fazer um traço rente aos cílios superiores, depois outro rente aos inferiores. Finalize alongando o traço em direção à lateral, um paralelo ao outro. Não é difícil!

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HUA HUA

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BJÓN

Plus Size é toda e qualquer mulher que vista a partir de 46

Se tem uma coisa que me deixa reflexiva é quando ouço alguém dizer “Essa mulher é PLUS SIZE, onde?! Nem GORDA ela é!”. Pois é, ouço isso frequentemente. E com a mesma frequência ouço comentários do tipo “como assim você tem um blog plus size? Você não é gorda o suficiente” ou “Ahhhh! Mas você não é plus size, plus size mesmo, sabe?!” (não, eu não sei…). A mesma coisa acontece – e já entrei em várias discussões fervorosas por causa disso – quando uma pessoa olha uma modelo plus size e diz: “ah, que absurdo, mas essa modelo é magra. Ela só é grande!”.

OI? Alguém me explica, o que seria ”ser gorda o suficiente”? É como se, já que eu não me encaixo no padrão da magreza, eu tivesse que me encaixar em outro padrão. Mas e se eu não quiser me encaixar em padrãonenhum?!!?

Acho engraçado (pra dizer o mínimo) quando as meninas querem medir o “quanto você é plus size”, por quanto “você aparenta suas gorduras”. A verdade, sem preconceitos e sem julgamentos, é que plus size é toda e qualquer mulher que vista acima de 46 (onde acaba a numeração “comum” e começa a numeração plus size, que na tradução para nossa lingua, vira números maiores e não tem nada a ver com peso). É isso e não tem discussão. Quem disse como uma plus size deve ser? Logo nós, que sabemos bem que o corpo tem suas diferenças e que dá para pesar a mesma coisa, mas usar numerações diferentes… E não tem problema você ser gorda, eu sou e gosto, mas se a gente não gosta de ser julgada por nossas gorduras, não é justo julgarmos a magreza (ou não) das outras, certo?

Com o tempo, percebi que preconceito não é um “direito” de ninguém e que está cravado nos corações até das pessoas que lutam contra ele (neste caso nós, as plus size). Mas é um exercício diário, de parar e pensar antes de falar qualquer coisa, se aquilo que você está dizendo tem fundamento ou não. No caso de “avaliar” uma plus size, pesquise e veja quanto ela veste. Se for acima de 46, pouco importa como é a aparência dela, ela é plus size, sim, e pode se orgulhar disso, não é?!

Bom, a primeira parte do post de hoje foi só uma reflexão  Agora a segunda parte é porque fotografei um look durante a SPFW e não postei, aí como publiquei a calça na seção “A Gorda e a Magra” na página do Face, e a galera quis saber onde comprei. Aí tá o look e logo abaixo os créditos das lojas:

 

Serviço:

Blusa Peplum e Bolsa > C&A

Calça estampada > Renner

Sapatilha > Martinez

Pulseiras > Juv&You

Brinco > Hypinôse Bijoux

Anel > Embu das Artes

Batom > Contém 1g

Casaco > KWi

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Por hoje é isso bonitonas, mas me conta se você concorda ou não com o preconceito com as plus e vamos conversando lá pela página do blog no Facebook.

HUA HUA

BJÓN

Look 2º dia SPFW: camisa, paletó, creeper e acessórios

Olá querida, ontem rolou o segundo dia de SPFW e eu tava numa correria tão grande que só consegui postar o look hoje. Mas também, não tinha nada de mais na roupa em si, coloquei uma camisa, um paletó e me enchi de acessórios.

Conclusão: cheguei lá já com a camisa toda amassada e descabelada. Mas tudo bem, usei a camisa mesmo assim, porque finalmente encontrei uma que me coubesse e fechasse desde a gola até o botão mais baixo! E o que vale é a intenção, né?! Hua hua hua

Bom, a Mari Pekin fez as fotos e olha o resultado aí:

SERVIÇO:

Camisa > Renner

Calça > C&A

Creeper > Lilly’s Closet

Pulseiras > Juv&You

Prendedor de cabelo > 25 de Março

Anel de pedra grande > comprei em Embu das Artes (beijo grande pras leitoras que moram lá)

Paletó, bolsa, anel do dedo do meio e broche de gola > acervo pessoal (acervo pessoal = roubei da minha avó ou ganhei de parentes e amigos)

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Bom gatonas, mais tarde posto o look de hoje

HUA HUA

BJÓN

Look 1° dia de SPFW: vestido com estampa de galáxia e creeper

Olá queridas, estou um pouco ausente, mas essa semana tudo vai melhorar! Teremos um look por dia, para comemorar (#not) o início das semanas de moda brasileiras. 

E já comecei bem, com o vestido mullet de estampa de galáxia. Sim, eu sei que falei que odiava vestido com corte mullet, mas não resisti a essa estampa e acho que temos que ser assim sempre, sabe?! A gente constrói uma opinião em cima de um assunto, mas se rolar um contra-argumento (no caso, a estampa LINDA) pode mudar de opinião. Por que não!?

Mari Pekin, a fotógrafa que está acompanhado nossa saga fashionista, clicou tudo olha só como ficou:

 

E aí gatonas, curtiram? Bom, eu amei, porque conforto é meu nome do meio, então, tô ótima para passar o dia correndo nessa Bienal. Beijões.

Serviço:

Vestido > Emme

Creeper > Lilly’s Closet

Bolsa > Renner (mas pode ser Marisa também, não me lembro direito)

Casaco > KWi

Anéis > acervo pessoal (acervo pessoal = não sei onde comprei)

Colar > comprei de um hippie em Embu das Artes

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Por hoje é isso, mas essa semana vai ter um look por dia! Aliás, acompanhem o Instagram da Gloss(@revistagloss), porque sou eu que estou alimentando com as quentinhas do SPFW.

A gente se vê amanhã

HUA HUA

BJÓN

Criador da dieta Dukan prefere as gordinhas

Confesso que passei a última semana um pouco apreensiva. Eu, a gordinha assumida, iria fazer uma entrevista com o Dr. Pierre Dukan. O francês é o criador de uma das dietas mais famosas do mundo, que leva seu sobrenome. O tal regime, quase militar, é o responsável pelo corpão da J-Lo, da Beyoncé e conquistou até a duquesa de Cambridge, Kate Middleton, que perdeu 10 centímetros para entrar no vestido do casamento real. Logo imaginei um médico que me olharia com aquele ar de preconceito e tentaria me “catequizar”.

Dei a sorte de encontrá-lo durante o almoço – ambientes que têm comida sempre me dão mais segurança. Um senhor magro, com feições simpáticas, empunhando um garfo à frente do 2º prato, com peixes, saladas e legumes. Pareceu um almoço normal, que eu faria com prazer. Durante a entrevista, não rolou nenhum olhar de repreensão, mas eu não pude deixar de perguntar o que ele achava de pessoas que se aceitavam e não queriam fazer regimes. A resposta foi uma surpresa: o dr. Dukan, o “senhor da dieta”, não acredita no padrão de beleza da mulher magra! Pensamento que ele deixa bem claro em seu outro livro, “Os homens preferem as cheinhas”. Óbvio que este não fez tanto sucesso quanto o “Eu não consigo emagrecer”, onde ele ensina os passos da dieta Dukan. Mas, afinal, qual a explicação que ele dá para esta contradição?

 

Antes de te contar, vou explicar a minha surpresa com a resposta. A dieta Dukan é famosa por ser super restritiva. Resumindo muito, durante a primeira fase, que dura de 3 a 7 dias, você só pode consumir água e proteínas magras (peixe, frango, carne sem gordura, leite, etc).  Na segunda fase você reintroduz verduras e alguns legumes, ela dura uma semana para cada quilo perdido na primeira. Na terceira fase, você pode acrescentar duas fatias de pão por dia e massa duas vezes por semana. Nesta fase, você também tem o dia deenfiar o pé na jaca (ufa!) e pode comer uma refeição por semana no Outback, por exemplo. A quarta e última fase, você leva para o resto da vida. Já mais magra você come normalmente todos os alimentos e só se compromete a ingerir três colheres de farelo de aveia por dia, abandonar os elevadores e, às quintas-feiras, comer só proteínas.

 

Dito isto, dá uma olhadinha nas respostas, mais que surpreendentes, que ele me deu durante a nossa conversa:

O movimento de aceitação vem crescendo, mas você acha que dá para ser feliz estando acima do peso?

Sim, com certeza! Os homens preferem as mulheres mais cheinhas, é biológico, é normal que uma mulher tenha bunda, coxa, etc. Uma mulher reta e sem forma é que não é normal. Para todos os mamíferos, quanto menor a fêmea é em relação ao macho, mais atraído ele fica por ela. A mulher muito grande e muito magra perde a feminilidade, e para um verdadeiro homem isso não atrai. É sobre isso que falo no meu livro “Os homens preferem as cheinhas”. Já a mulher que aceita seu corpo é mais segura e tem muito mais sex appeal, portanto é mais atraente para o sexo oposto.

 

Como você explica essa vontade das mulheres de serem tão magras, quando teoricamente os homens preferem as mais gordinhas?

É uma questão social e mercadológica. Existe um motor do consumo, em que a mulher tem que ser melhor, tem que entrar nos padrões de beleza, para dar mais dinheiro. A mulher é mais rentável quando está infeliz. Uma mulher que se aceita, que se acha sexy e o outro gosta dela como é, é de graça, não precisa gastar nada.

 

Isto que te levou a escrever o livro “Os Homens preferem as cheinhas”?

Sim, porque na França vivemos um verdadeiro terrorismo com as mulheres. É uma pressão muito grande para que elas sejam magras, e muitas vezes nem magras, só pele e osso mesmo. A maioria das francesas queria ter, no mínimo, 1,70m e pesar 52 quilos. É abaixo do saudável!

 

No seu livro, você diz que a dieta é para as pessoas que estão em sobrepeso ou têm tendência a engordar. Mas você recomenda sua dieta para qualquer pessoa, mesmo que ela já seja magra?

Não, temos sempre que respeitar o índice de massa corporal da pessoa. Eu nunca recomendo regimes quando a pessoa quer ficar mais magra do que o ideal para a sua altura e estilo de vida. Por isso, a dieta é ajustável. No meu site, tem uma série de 11 perguntas, que definem quanto você precisa emagrecer e em quanto tempo, dentro do saudável. O que acontece é que muitas vezes as pessoas querem emagrecer mais do que o necessário e, nesses casos, eu não trato o paciente.

 

 

 

 

Como a gente descobre que tem que emagrecer?

Em minha opinião, você só deve se submeter a um regime quando isso prejudica a sua saúde ou quando você começa a perder as formas do corpo (neste momento, ele faz o formato do corpo violão com as mãos e diz “Você, por exemplo, é gordinha, mas tem um corpo lindo, não precisa emagrecer”. Obrigaaada, Seu Dukan, vou ali me acabar no quindim e já volto!). Enquanto isto não te incomoda de alguma forma, não precisa fazer regime.

Mas se eu quiser emagrecer, por que devo optar pela sua dieta?

Você pode passar a vida sem querer e, de repente, você tem um clique e uma vontade de emagrecer, mas essa motivação não dura muito tempo. Minha dieta não tem restrição de quantidade e dá resultados rápidos, já na primeira semana. Aí você não desiste. Isso é essencial, principalmente para quem está muito acima do peso.

 

Se uma pessoa fizesse a caminhada de 30 minutos diários, sem comer a mais, ela não emagreceria mesmo assim?

(Ele para… Faz contas…) Se ela caminhar 30 minutos por dia, em 10 dias ela terá gasto 1500 kcal. Em 100 dias, 15000, e em um ano 45.000 kcal. Ou seja, ela vai perder 5 quilos, a mesma coisa que ela perderia em 2 semanas do regime. Um ano é longo, 5 quilos não são nada para quem precisa perder 20 quilos, por exemplo. Quanto tempo ela teria que caminhar, sem pular nenhum dia e sem comer nada a mais?

 

Como é uma dieta que reduz muito o carboidrato, as pessoas não podem ficar prejudicadas na vida social e amorosa?

Os carboidratos impedem a gente de ser infeliz. Quando temos uma situação de stress ou dificuldade e consumimos o carboidrato, nos sentimos melhor. O stress é negativo e o carboidrato é positivo, então eles se anulam. Digamos que, dentre os meus pacientes, as pessoas que emagrecem têm uma recompensa muito maior que aquela que o açúcar dá. O fato de emagrecer deixa as mulheres muito mais felizes do que o açúcar deixaria.

 

Você não acha que uma dieta tão restritiva pode levar a pessoa a entrar em depressão ou anorexia?

A restrição aos carboidratos é durante um período muito curto. Ela pode ficar mais mal-humorada, mas depois da primeira semana os legumes já são reinseridos. Já a questão de anorexia e depressão, isso não vem do que você se alimenta, é uma questão psicológica, que o paciente teria de qualquer forma, com ou sem regime.

Depois da dieta, você não acha que comer vira um grande tabu?

O regime é estruturado nas duas primeiras fases e, mesmo que você tenha que perder muitos quilos, são fases relativamente curtas. Depois, nas duas últimas, é para você ir comendo naturalmente como todo mundo. Você come frutas, pão, queijo, massas e ainda pode se alimentar com duas refeições de gala por semana. Não tem frustração. Na última fase você come normalmente, como todo mundo, e não menos.

 

Se a pessoa se condicionasse a fazer só a última fase (sem o sofrimento das primeiras), ela não emagreceria?

As três regras (às quintas-feiras comer só proteínas, adicionar 3 colheres de farelo de aveia por dia e esquecer os elevadores) são para manter o que a pessoa perdeu e estabilizar no peso atual. Não funcionam para emagrecer.

 

Então ela não precisaria necessariamente abandonar o elevador, ela poderia fazer qualquer exercício?

Não, porque é parte de um ritual, subir as escadas é um reflexo de mudança na sua vida. Diante dessa escolha, subir de elevador já é perder. É para você não esquecer. A mesma coisa com a 5ª feira proteica, é uma vez por semana para você nunca perder o foco.

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Bom, nossa conversa terminou por aqui, mas fui surpreendida de uma maneira muito boa pelo Dr. Dukan. Achei que discordaria totalmente dele, mas concordei em tudo. Acredito que não é necessário emagrecer, mas que se você precisa mesmo, é melhor que o resultado venha rápido. Lá no site dele, você pode fazer uma avaliação gratuita de quanto você precisaria emagrecer, o link é www.dietadukan.com.br. A última recomendação do doutor? Procure sempre um médico para te acompanhar e faça exames antes, durante e depois de mudar radicalmente sua alimentação. E, claro, não precisa emagrecer só para se encaixar em um padrão!

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E aí, curtiram a entrevista? Me contem o que acharam nos comentários e vamos lá para o Facebook conversar mais

 

 

Como se vestir para trabalhar no calor

Olá queridas, sempre recebo dúvidas de “como se vestir bem para ir trabalhar com conforto” e sei que às vezes é difícil escolher uma roupa que fique ligeiramente séria, sem perder a pegada moderna.  Então eu pensei em alguns elementos que uma roupa poderia ter, para ficar decente e fashion e juntei tudo no mesmo look. Eu dei uma exagerada no dourado, mas você pode ficar com uma peça ou outra só 

Algumas dicas para sempre acertar na roupa do trabalho:

1º Vestidos: o comprimento deve ser curto o suficiente para você não morrer de calor, mas comprido o suficiente para você não distrair os colegas de trabalho com as coxas. Na altura do joelho ou, no máximo, quatro dedos acima é perfeito! (use, de preferência, com um short por baixo, porque aí ninguém é obrigado a ver sua bunda caso bata um vento, experiência própria  )

2º Salto alto machuca o pé e nada mais deselegante que tirar os sapatos por baixo da mesa “para descansar”. Uma sapatilha pode cair muito bem. Opte por tons neutros e formatos mais “adultos”, como o bico fino.

3º Para dar uma pegada moderna e mais chique, nada como acessórios dourados. O cinto metalizado, o bracelete e um colar grandão são ótimas opções. Se você for mais discreta, pode usar um por vez.

4º Uma boa maquiagem e um bom penteado. A roupa pode ser a mais básica ever, mas se você estiver bem maquiada e com um penteado legal, tudo fica muito mais elegante! No trabalho, eu evitaria Carnavais e optaria por chamar atenção só para uma região do rosto, ou seja, olho ou boca.

Tem várias outras opções para se vestir legal no trabalho sem deixar o estilo de lado. Selecionei alguns looks que eu já usei aqui no blog como ESSEESSE e ESSE (um pouco mais invernal), que também funcionam em um ambiente corporativo.

Mas se tiverem alguma dúvida específica e quiserem compartilhar, comentem aí e vamos abrir uma discussão construtiva: o que você acha que não rola usar no trabalho de jeito nenhum e por quê?!?! 

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SERVIÇO:

Vestido > Renner

Cinto > Rery

Colar > Bibelot Bijoux

Anéis > Balonè

Prendedor de cabelo e bracelete > 25 de março

Sapatilha > Martinez (uma das que eu paguei R$ 29,90 S2 )

Bolsa > Mixed para C&A Collection

Delineador > Kryolan (em creme)

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Gatonas, por hoje é isso, mas curte a minha página lá no Facebook para a gente conversar mais!!!

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HUÁ HUÁ

BJÓN

Camisa amarrada, calça estampada e delineador colorido

Olá queridas, bem no final do verão eu resolvi usar uma roupa toda colorida. Mas a verdade é que o blog estava tão cheio de preto de que achei uma boa variar com uma calça estampada, uma camisa com nó e uma sandália (de salto, pasmem).

Acho bem fácil combinar as peças, quando uma delas (no caso a calça) é toda colorida. Sempre procuro blusa e sandália de cores neutras ou de cores que já tenham na estampa. Escolhi azul e verde.

O delineador colorido apareceu bastante nas últimas semanas de moda e continua sendo uma grande aposta. Eu testei o lápis verde água, porque combinava com a roupa e não ia chamar tanta atenção (confesso que ainda tenho que me acostumar com a ideia de usar maquiagens coloridas no lugar do delineador preto).

Bom, gatinhas, por hoje é isso. Ah! Você já curtiu a página do blog?!?! Então clica AQUI e vamos lá pro Facebook conversar mais 

BJÓN

Estilista da RERY conta a verdade sobre as roupas plus size

Olá queridas, entrevistei a Natália Magalhães, estilista da Rery. Ela é uma das lindas que desenha as roupas da linha Class, a linha Plus Size da loja (minha favorita do ramo plus, que já usei AQUI, AQUI e AQUI). Quando me encontrei com ela, Nati me contou as dificuldades e as delícias de desenhar moda de verdade para as mulheres com curvas acentuadas (nós \o/). Ela me falou tudinho sobre o processo de criação, modelagem, escolha de tecido e fabricação de uma peça e revelou (finalmente) por que as peças Plus Size são mais caras. E adivinha? A Nati me garantiu que é mais fácil pensar em uma roupa tamanho 54 e depois passar a modelagem para o 38 do que o inverso. Ou seja, marcas, alôw!? Vamos inverter o processo, vamos?!?

Olha aí nosso bate-papo:

JR: Como você foi parar no mundo Plus Size? (vale dizer que a Nati é super magrinha!)

NM: Entrei em contato com o mundo plus size em 2008, na primeira empresa que trabalhei. Atuei como assistente de estilo e produzia modelos até o tamanho 50. Sempre percebi as dificuldades e limitações da criação de um modelo focado para tamanhos maiores. Quando entrei na RERY, identifiquei uma proposta diferente, porque a empresa não é segmentada, apenas para tamanhos maiores. Lá tem modelos desde o tamanho 38 até o 50, e isso é um grande trunfo!  Percebo que muitas mulheres, que vestem tamanhos maiores, não se sentem a vontade em entrar em lojas especializadas, só para plus size.

 

JR: Mas na faculdade você teve alguma matéria relacionada à moda Plus Size? Você acha que as faculdades preparam os alunos para lidar com esse segmento?

NM: Apesar das aulas de modelagem, onde aprendemos a fazer as ampliações, nos anos que passei na faculdade não houve nenhuma matéria que desse um direcionamento para moda plus size, As faculdades preparam os alunos para a criação e desenvolvimento do produto, mas infelizmente até hoje não dão nenhum direcionamento ou suporte, para que eles se sintam preparados para atender esse público. Quando você vai para o mercado, e se depara com essa necessidade de desenvolver modelos para tamanhos maiores, se torna um grande desafio.

 

JR: Como é seu envolvimento com o processo de produção das roupas?

NM: Na RERY sou eu e mais uma estilista. Ao desenvolver as peças, sempre tenho a preocupação de fazeralgo que esteja dentro da moda e tendências atuais. A maioria dos modelos é pensada para o plus size e só depois que a peça fica pronta é que definimos se será Rery Class (a linha do tamanho 44 ao 50) ou RERY(do tamanho 38 ao 42). Se já desenvolvemos tudo pensando em vestir tamanhos maiores, fica mais fácil o processo de criação. Se a criação é pensada para uma manequim 38, por exemplo, ao ser ampliada para a Rery Class pode não ficar legal. Já um modelo que veste bem uma mulher plus, na hora que for passado para um tamanho menor também ficará bom.

JR: E qual a maior dificuldade, em sua opinião, ao fazer uma roupa de tamanho grande?

NM: A principal dificuldade em desenvolver modelos para tamanhos grandes é se preocupar realmente com o caimento da peça. Prestar atenção se está valorizando o corpo da plus e não escondendo – que é o que muitas marcas fazem, elas tentam esconder. Ver se a roupa fica confortável, também é um ponto a ser levado em consideração. Alguns detalhes podem até prejudicar a venda, como algum tipo de cava, que não valorize os braços, roupas muito justas que acabam marcando a barriga, comprimento das blusas e vestidos, por exemplo. Essas são algumas das preocupações e cuidados que temos durante todo o processo de criação.

 

JR: Quais são as diferenças entre produzir uma roupa Plus e uma da grade “comum”? 

NM: A preocupação vem desde a escolha dos tecidos, compramos tudo pensando no conforto, resistência, qualidade e estampas. A compra inteira é pensada como se fosse sempre vestir a mulher plus. As diferenças aparecem na hora de definição de comprimento, cava e shape, mas cada vez temos menos limitações para plus size. O decote, por exemplo, para a plus gostamos de fazer peças um pouco mais decotadas, para valorizar o colo, que tende a ser uma região bonita. No corte, onde uma grade do 38 ao 42 tem um melhor aproveitamento do tecido, é possível encaixar mais peças para cortar, já para a roupa plus tem mais desperdício. Por isso, as peças Plus muitas vezes são mais caras (por causa da quantidade bem maior de tecido que é utilizado para cortar os tamanhos maiores).

 

JR: Me explica melhor essa questão do preço…

NM: Muitas vezes o preço para uma roupa plus é mais alto principalmente pela quantidade de tecido que é utilizado no processo de produção. Na hora de cortar um modelo plus size, acabamos tendo desperdícios de tecido. Imagine que o tecido é retangular e nele você encaixa 4 moldes tamanho 38, por exemplo. Já um tamanho 48, no mesmo espaço, você vai conseguir encaixar 2 moldes, no máximo (por causa das curvas na hora de cortar mesmo). Então, por não conseguir encaixar mais peças para serem cortadas juntas, a quantidade de tecido para fazer a mesma quantidade de peças é muito maior. Ou seja, quanto mais gasto em tecido, mais cara fica a roupa.

JR: O que dá para “aproveitar” da grade normal e passar para o Plus Size e o que não dá para copiar em uma roupa Plus de jeito nenhum?

NM: Como tentamos trabalhar com o processo inverso – fazer tudo pensado para o Plus size e depois passar para a grade normal – o único motivo ainda de fazer poucos modelos do tamanho 38 ao 50, é por causa da diferença do preço para o produto plus. As poucas coisas que não costumamos fazer para plus, são modelos com silhueta muito justa, peças muito cavadas e mini-saias. No caso dos tomara-que-caia também temos a preocupação de fazer modelos que deem segurança para as mulheres. Então eles vêm com elástico na parte interna do vestido, que fecha nas costas como um sutiã, dando uma sustentação melhor aos seios.

 

 JR: Na sua opinião, por que algumas roupas Plus Size não são modernas? 

NM: Acredito que algumas roupas plus size não sejam modernas, mais pela falta de pesquisa e de atualização da marca, que por qualquer outra coisa. Algumas marcas pararam no tempo, quando só bastava fazer peças de roupas em tamanhos grandes que já vendia. Hoje não! As pessoas querem MODA nos tamanhos grandes. Também ainda tem a associação (errada) de tamanho grande com mulheres mais velhas e senhoras, o que acaba contribuindo para a roupa ficar com cara de antiga.

 

JR: O que você leva em consideração ao desenhar um modelo para as gordinhas? 

NM: Na hora da criação, levo em consideração principalmente o corpo das mulheres. Penso nos pontos fortes a serem aproveitados, para que a roupa valorize quem a vestir. Por isso também gosto muito de ouvir a opinião de clientes, amigas que vestem tamanhos maiores, vendedoras, para ajudar a aguçar essa percepção e cada vez desenvolver modelos que agradem mais.

 

JR: O que você, como estilista, faz para deixar as roupas Plus mais fashion? 

NM: Para deixar as roupas mais fashion estou sempre pesquisando, além das tendências de moda, blogs de meninas que vestem tamanhos maiores, principalmente blogs internacionais, onde se encontra muito mais moda mesmo. A compra do tecido é um processo muito importante para acertar a “cara” do produto e conseguir inserir os modelos plus size dentro das tendências. Tenho a preocupação de inserir também as formas da moda, as vezes apenas com algumas adaptações para que vista melhor as mulheres plus.

 

JR: Quais são as maiores reclamações das consumidoras Plus Size?

NM: As maiores reclamações das consumidoras são que elas querem usar as mesmas roupas que uma pessoa que veste tamanho 38, que são pessoas jovens e querem usar roupas modernas, e que não querem ser mais associadas as pessoas mais velhas. Elas querem peças estampadas, plissadas, com decote, etc. Se a moda for calça estampada, elas querem achar uma para o seu tamanho!

 

 JR: Como você vê a evolução da moda Plus Size nos últimos anos? O que você ainda sente falta nesse mercado?

NM: Acredito que a evolução desse mercado está acontecendo, ainda que lentamente e tendo muito para melhorar, mas eu sou otimista. Só o fato de começar a ver MODA PLUS SIZE e não apenas roupas plus size, como era há alguns anos atrás, já é um avanço gigantesco. As lojas de departamento também vêm me surpreendendo, estão começando a entender que mais de 48% da população está acima do “peso ideal” e que também têm desejos e necessidades, que muitas dessas pessoas são jovens, gostam de moda, e também querem usar as tendências que aparecem. Ainda sinto falta de mais investimento nesse mercado, porque para conhecer as lojas especializadas você tem que procurar em blogs plus size, comunidades em midias sociais, ainda não tem muita divulgação, o que acaba prejudicando o consumidor.

 

 

Se você ficou curiosa para saber mais dela, a Nati tem 25 anos (garota prodígio), estudou Design de Moda na Belas Artes e concluiu este ano sua especialização em Estética e Gestão de Moda. E o mais legal, o tema de seu trabalho de conclusão de curso foi “O consumidor plus size como um novo padrão estético para a moda contemporânea”. Suuuuper apoiada Nati!

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E aí, curtiram a entrevista? Me contem tudo o que acharam nos comentários e vamos lá pro Facebook conversar mais

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HUA HUA

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BJÓN

 

 

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