7 momentos do dia a dia que você sofre discriminação por ser gorda

discriminação
dis.cri.mi.na.ção
sf (lat discriminatione) 1 Ato de discriminar. 2 O que se acha discriminado. 3Psicol Processo pelo qual dois estímulos que diferem em algum aspecto resultam em reações diferentes.

discriminatório
dis.cri.mi.na.tó.rio
adj (discriminar+tório) Que implica ou que estabelece discriminação.

 

Pois veja bem, esse é apenas um post de desabafo. Passo por algumas (várias) situações no meu dia que parecem simples e corriqueiras, mas fazem questão de me lembrar que eu não me encaixo na sociedade. Seja no metrô, no trabalho ou apenas indo me divertir na balada, não dá apenas para esquecer que eu sou gorda por um dia. E não é que eu queira esquecer que eu sou gorda porque eu sou gorda, eu só quero esquecer que eu tenho que ter uma definição por um dia e me sentir igual a todo mundo, com os mesmos direitos e obrigações. Mas, veja, não é isso que acontece, porque estou sendo constantemente e inconscientemente lembrada do contrário.

Por isso – e pra provar que nossa sociedade é realmente feita para magros e isso não é uma coisa só da nossa cabeça – resolvi listar algumas situações discriminatórias que as gordas passam em sua rotina, todas com um toque de humor, porque, afinal, é melhor rir do que chorar!

 

1. Catracas

Oi? Você realmente acha que eu consigo passar de frente em uma catraquinha dessas? JAMAIS. Meus quadris batem nas laterais e na pressa acabo de machucando. Me sinto bem assim:

A solução: eu uso a catraca de deficientes, que é maior e BEM mais confortável.

A dúvida: por que já não fazem todas do jeito das de deficiente, assim não precisam mais discriminar os deficientes e os gordos!

2. Portas de elevador

Aff, essa ai não precisa nem ser muito gorda. É só ter um ombro um pouco mais largo e aí você já tem que imitar uma lombriga convulsionando para sair de lado, com todas as sacolas, mochila, bolsas, carrinho de bebê AND a sua barriga. Num tá fácil ser gorda…

A solução: não tenho, saio de lado imitando uma lombriga mesmo.

A dúvida: por que não fazem umas portas maiores, meu Deus?! Aquelas antigas que a porta abria inteira, pelo menos, deixava a gente passar com tranquilidade.

3. Portas de banheiros coletivos (vale para banheiro de avião também!)

Sério… SÉRIO! No banheiro do trabalho tem UMA cabine que é maior – e ÓBVIO que todas magras e gordas vão nela. As outras a gente basicamente tem que subir no vaso para fechar a porta, depois descer levantar a tampa e fazer xixi se equilibrando, o que facilita já que a nossa cabeça está apoiada na porta porque não tem mais espaço!

A solução: ir na cabine maior  quando está livre – de pessoas e de “presentinhos”.

A dúvida: não era melhor colocar 3 cabines confortáveis, do que 4 apertadas?!

4. Cinto do carro

Olha, o meu fecha ali no talo – e as vezes quando saio da macarronada da nonna fica bem apertadinho. Então eu fico pensando: e uma pessoa que tem mais barriga que eu?! Será que era por isso que o Seu Barriga sempre cobrava o aluguel a pé?!

A solução: mantenho o banco do carro mais perto do cinto possível para não ter que puxar mais ainda e fico tentando alcançar o pedal com a pontinha do pé.

A dúvida: gente, quanto custa um metro a mais de cinto de segurança? Dá pra incluir na conta estratosférica que eu JÁ vou pagar quando comprar o carro?

5. Banco de transporte público

(catracas inclusive, mas entram lá no 1º item)

Devo admitir que nunca tive problemas com os ônibus, já que na linha que eu pego os bancos não têm divisão. MAS no metrô já são outros quinhentos… Quem teve a maldita ideia de dividir o banco ao meio com um plástico em alto relevo, deveria andar apenas sentadinha ali no meio, para entender a sensação que é ficar com uma nádega na superfície lisa e confortável e a outra nádega parecendo que tem uma lâmina cortando-a ao meio.

A solução: vou de pé ou, quandoestá vazio, sento na pontinha do banco do corredor com as pernas viradas para o corredor e, portanto, de costas para a divisão.

A dúvida: não dava para fazer a divisão apenas com cores, pintando o banco?!

6. Banco do cinema

Não tem NADA que eu odeie mais que as cadeiras do Cinemark! E digo do Cinemark, porque todos os cinemas são ruins (menos a sala 10 do Cinema do shopping Bourbon e algumas salas especiais mais caras que um Rolex), mas eles são TÃO gananciosos que parecem que contatam o mínimo espaço que uma pessoa precisa para sobreviver, só para conseguir socar mais pessoas em uma sala. O fato é que não fica só desconfortável para quem é gordo, mas para todas as pessoas que ficam com os braços tensos a sessão inteira por “medo” de roubar o espaço do braço do outro no apoiador de copos. E olha que é MUITO bem pago para toda essa tortura!

A solução: pagar ainda mais caro para ir em salas mais confortáveis ou esperar chegar no Netflix

A dúvida: gente, vocês já não são ricos o suficiente para pensar em coisas mais prazerosas para seus clientes?

7. Cadeiras com braços

Não sei o que é pior: quando o braço e vazado e consequentemente seus culotes vazam pelas laterais da cadeira; ou quando os braços são inteiriços e parece que você está tentando se encaixotar. (E ainda há quem diga que é fácil ser gorda!)

A solução: cadeiras sem braço ou sempre prefiro a opção 1: deixar os culotes vazando pelo buraco lateral e quando não tenho essa possibilidade, faço a princesa e sento bem na pontinha da cadeira, meio de lado – pareço fina, mas estou só salvando minha busanfa.

A dúvida: para o bem geral da nação, por que não fazem cadeiras um pouquinho mais largas?!

 

 ATENÇÃO: os gifs são meramente ilustrativos e NÃO tem só gordas, OK? Não me venha com essa”ééé mas quem disse que essa menina X/Y/Z é gorda?!?!?!”… NINGUÉM colega, ninguém disse…

 

Enfim, tenho certeza que você passa por essas e muitas outras que eu esqueci na de colocar aqui. Acho importante a gente levar tudo com bom humor, porque se for chorar por tudo que tá errado no mundo a gente ia morrer afogada em lágrimas. Mas me conta aí nos comentários se você já passou por situações como essa e quais outras que eu deixei de fora!!!!

Ah! E fica o meu recado, se você já passou por isso, relaxa, eu também e mais de 48,5% da população brasileira que está acima do peso também. Então não precisa ficar envergonhada ou com “medo” de ir nesses lugares… Vá já sabendo que eles não são “adaptados” para o seu corpo, mas que com jeitinho e humor tudo se resolve!  

 

HUA HUA

BJÓN

Plus size na dança: conheça o projeto Nothing to Lose

“O que realmente significa quando você coloca pessoas gordas em um palco e as chama de profissionais da dança?” Foi a pergunta a ser respondida pela diretora artística da Force Majure, Kate Champion, em seu último trabalho antes da aposentadoria.  O projeto que chama Nothing to Lose, coloca uma equipe inteira de pessoas plus size na dança.

A sua verdadeira inspiração veio das baladas, quando ela via pessoas comuns (não profissionais) dançando na pista e seus olhos eram automaticamente puxados para as mais gordas, então ela passou a se questionar: “por que nós não vemos isso nos palcos? Quando isso foi proibido?”. Ela começou a pensar como seria ter um grupo inteiro de dançarinos gordos. Aí ela encarou a primeira dificuldade: por ser magra, precisava de uma coreógrafa que sentisse na pele como era ser gorda, para que o resultado final não ficasse pejorativo ou abusivo. Foi quando Kate encontrou a artista, cineasta e ativista plus size Kelli Jean Drinkwater, que a ajudou desconstruir os preconceitos acerca dos gordos e realmente levar ao público o prazer de ver um corpo fora dos padrões se mexer de acordo com a música.

Sua segunda dificuldade foi se deparar com as diferenças entre um corpo plus size e o de uma bailarina magra. Aprender a lidar psicológicamente e fisicamente com a limitação de seus bailarinos foi um grande desafio, por outro lado trabalhar com novos movimentos por conta do excesso de carne e formas foi o lado positivo e de grande aprendizado da diretora artística, já que as plus size na dança tinham muito mais o que chacoalhar – de forma positiva, é claro.

Essa produção destemida teve como objetivo investigar as experiências das vida real e histórias que desafiam os padrões estéticos e recuperam um espaço performativo perdido pelas pessoas de corpos grandes. As plus size na dança representam o abandono dos velhos esteriótipos e a mudança das expectativas nas performances.

O vídeo está em inglês, mas vale o play 😉

♥ Plus size na dança com o projeto Nothing to Lose ♥

 

Foto: Toby Burrows
Foto: Toby Burrows
Foto: Toby Burrows
Foto: Toby Burrows
Foto: Toby Burrows
Foto: Toby Burrows
Foto: Toby Burrows
Foto: Toby Burrows
Foto: Toby Burrows

 

 

Bom, gostando ou não do resultado final, o importante é sempre ter respeito, né, meu povo? Eu gostei bastante (me lembrou eu nas aulas de dança hua hua hua). Acho que projetos como esse são importantíssimos para “reacostumar” o olhar de todas pessoas (magras e gordas) e para tornar cada vez mais comum ver corpos grandes em lugares onde eles foram, incoscientemente, proibidos. Achei corajoso e sensível

Sua primeira apresentação ao vivo deve rolar dia 11 de março de 2015, no Merlyn Theatre, Malthouse Theatre, na Austrália. Fica a dica se estiver por lá!

 

Por hoje é isso, curtiram? Então compartilhem com as amigas plus size para mostrar que SIM, TODAS PODEM FAZER TUDO O QUE QUISEREM – inclusive ser dançarina profissonal. Beijinho-no-ombro

 

HUA HUA

BJÓN

 

 


	

Psiu! 1 minuto de silêncio contra a gordofobia

Eu não ia falar sobre o caso das 4 modelos plus size que fizeram um protesto em Brasília, porque não acredito nessa forma de protesto – tirando a blusa para chamar atenção, reafirmando a associação da mulher plus size com sexo -, mas essa é apenas uma questão pessoal e acho que o protesto é válido, sim, mesmo que tenha sido de uma maneira que eu não faria. No entanto, hoje esse protesto tomou proporções muito maiores ao meu ver – e por isso resolvi escrever sobre ele por aqui.

Um resumo rápido pra você entender: depois que essas 4 moças lindas se sentiram humilhadas em um hotel, quando a recepcionista disse em tom irônico que 2 delas não caberiam em uma cama de casal, elas resolveram fazer um protesto em frente ao Congresso. Claro que a imprensa não deixou passar e se aproveitou da situação para ganhar muita audiência. Até aí, ok. As reportagens ouviram o lado das meninas e apoiaram a causa contra a gordofobia.

O problema é que, depois de aparecerem em diversos jornais, elas saíram na TV e uma pessoa, que aparentemente é da Polícia Militar, escreveu um “pequeno desabafo” xingando as plus size de “saco de toicinho” entre outras frases que nós, gordas, já ouvimos muito. Um ato covarde, que incita claramente violência e dissemina diversos pensamentos preconceituosos. Isso tudo vindo de um P.M. que, teoricamente, está lá para garantir nossa segurança.

A imagem foi apagada do perfil pouco depois, mas tiraram um print

Não sei se começo pelo “a pior obra de engenharia que Deus lançou” ou pela “solução” incrível que esse ignorante deu de banir gordos de transporte público. Sei que o texto todo é um absurdo sem fim.  Como a gente comentou aqui ele abriu a torneira de asneiras no começo da publicação e não fechou nunca mais, vomitou palavras horrorosas e o pior, ele é uma pessoa instruída, já que tem pouquíssimos erros de português… Pra você ver que IGNORÂNCIA, FALTA DE EDUCAÇÃO E RESPEITO não depende de instrução…

 

Não sofra calada!

Aí depois desse absurdo a advogada Vanuza Lopes, que não tinha contato com as misses, compartilhou indignada esse print e foi procurada por elas para representá-las no tribunal contra esse homem. “Vamos ingressar com uma ação penal por crime de injúria e difamação e, certamente, pedido de indenização para as próprias modelos”, disse em entrevista ao G1. “Qualquer mulher que se sinta gorda e que tenha se sentido ultrajada pelas agressões pode entrar na Justiça contra ele, porque ele já começa o texto dizendo que a pior obra de engenharia de Deus foi a mulher gorda.”

Mais que merecido, não? A parte interessante dessa história é que, além de gerar o maior auê nas mídias, ainda se esse homem for penalizado de forma justa, como deve acontecer, isso inibirá outros tantos atos iguais ou piores ao dele. É o nosso maior passo em direção ao fim da gordofobia! Imagina só se toda mensagem gordofóbica fosse levada aos tribunais ou, pelo menos, fosse penalizada de alguma forma? Então atos como o desse PM tenderiam a diminuir cada vez mais. Porque é o que eu sempre digo, você não precisa gostar de uma ou de outra coisa, corpo, comida, música, etc, mas TEM SIM que respeitar os outros. Faz parte do convívio em sociedade. Faz parte de ser respeitado também.

Depois de alguma apuração mais afundo, alguns veículos (não sei qual descobriu primeiro) descobriram que esse mesmo cara que compartilhou a mensagem gordofóbica tem uma doença muscular degenerativa. Agora eu queria saber como ele iria se sentir se as pessoas compartilhassem falando que ele é uma falha de Deus, que deveria ficar sem transporte público para ver se seus músculos voltariam a funcionar e um monte de outras baboseiras sem cabimento, iguais às que ele escreveu em seu depoimento.

 

PSIU!

Na foto, as modelos aparecem com o dedo na frente da boca, com o símbolo de silêncio, meio querendo dizer “sou linda e não quero ouvir seu preconceito” (minha interpretação é essa), mas esse símbolo tomou outras proporções e os internautas começaram a postar fotos com o dedinho na boca em apoio ao ato e contra a gordofobia – esse sim é um tipo de protesto que acho mais interessante, sem um mártir e com a possibilidade de envolver uma nação. O resultado é ÓTIMO e você pode ver com a hashtag #psiu no Instagram. Pesquei umas abaixo, só para ilustrar.

 

Chega de tanto #preconceito, diga não a #Gordofobia . Respeito é fundamental. #Respeito #Amor #Igualdade Uma foto publicada por Viviane Ferreira (@25vivi) em

#Psiu #SilêncioAoPreconceito #ForaPreconceito.

Uma foto publicada por Junior Carneiro (@jhunyorcarneiro) em

 

Acho que o que fica dessa história é a esperança de que atos como esse sejam punidos, de que as pessoas se unam contra todo e qualquer preconceito e que apenas parem de achar que a gorda é diferente ou pior só porque usa um tamanho maior de calça… E a reflexão sobre  compartilhamento irresponsável de ideias preconceituosas. Tais pensamentos não deveriam nem existir dentro da cabeça, mas já que existem, as pessoas deveriam se envergonhar e evitar ao máximo colocar pra fora! #fikadik

 

Então, fica o convite, vamos nos unir para dar um grande PSIU no preconceito e na gordofobia!!! E me conta aí o que você achou dessa história, como você reagiria? Se quiser falar mais, vamos pro meu Face ou no Instagram @ju_romano

 

HUA HUA

BJÓN

 

 

Por que a palavra gorda é ofensa?

Eu bem já estava sentindo falta de uma polêmica (estávamos sem desde a da Abercrombie, lembra?), mas polêmica boa é aquela que nos faz pensar e não só aquela que faz a gente ficar revoltada com o mundo sem sair do lugar. Pois com a polêmica de hoje eu proponho uma discussão e uma grande reflexão: por que a palavra gorda é ofensa? Por que quando alguém diz que uma roupa é “para gordas” isso é negativo?

O motivo do debate é que semana passada rolaram várias discussões e revoltas no mundo com o Walmart lá da gringa, porque eles nomearam a seção de fantasias plus size como “Fat Girl Costumes“, que em tradução é fantasias para garotas gordas. É claro que meio mundo ficou ofendido com a forma como foi colocado e usuários do Twitter compartilharam com ironias, reclamações, indignações… Até que a rede Walmart se desculpou publicamente e trocou o nome da seção para “plus size costumes”. O porta-voz da empresa se retratou “Isso nunca deveria ter estado no nosso site. É inaceitável, e pedimos desculpas. Estamos trabalhando para removê-lo o mais rápido possível e garantir que isso nunca aconteça novamente.”

Bom, acho que, sim, o pedido de desculpas é válido uma vez que ofendeu alguém e por causa da revolta que causou, mas na minha opinião o problema vai muito além da empresa que usa a palavra gorda para se referir a uma mulher plus size. Eu vejo o preconceito em TODOS os lados dessa história e acho que temos muitas discussões para fazer em volta desse único fato:

1ª reflexão: o preconceito está além da palavra

Você não acha que o preconceito maior não vem da palavra gorda, mas parte da marca que separa a numeração “plus size” ou “para mulheres gordas” das outras seções? A marca nomeia essa seção com um nome “especial”, porque simplesmente mulheres gordas são um universo á parte na sociedade ou porque mulheres que vestem acima de um certo número não podem se encaixar na normalidade (sintam a ironia no meu texto, ok?!). Então, teoricamente chamando de gorda ou de plus size, só o fato de separar com um nome especial já é um preconceito, o que nos leva ao 2º item… ↓

2ª reflexão: o emprego dos termos na vida real

Sim, nós também usamos a palavra aqui no blog e usamos o termo moda plus size, moda para gorda, moda GG… Mas veja, quando eu estou fazendo um blog pessoal é claro que eu vou falar sobre a minha vida e os meus dilemas (que também são os dilemas de muitas outras meninas como eu), então se eu sou uma mulher gorda ou plus size é claro que eu vou falar da moda que me serve, que no caso é a moda acima do tamanho 46. E, sim, eu estou segregando a moda no meu blog porque de verdade no meu armário só entra o que está do 48 para cima e a minha realidade é comprar em lojas cuja a seção se chama “plus size” e eu tenho que lidar com isso no dia a dia. Eu aceito a situação, o que não quer dizer que eu deva me acomodar e não achar que o cenário deveria mudar. Eu sempre digo que meu maior sonho é que não exista mais o “plus size” e sim uma grade grande o suficiente para abranger todos os números

3ª reflexão: gorda não é ofensa

Quando eu uso a palavra gorda ou plus size para me definir estou falando de uma característica física minha, da mesma forma que quando eu descrevo algumas amigas minhas e falo “a Amanda é magra, alta, loira…”. Por que isso é pejorativo? Por que nós, gordas, ficamos toda hora reafirmando que a palavra gorda é ruim e a magra é boa? Por que a gente tem que achar ofensivo alguma característica física nossa??!?!? Por que eu não posso me definir como gorda se, sim, meu corpo é muito diferente e tem muito mais gordura do que o das minhas amigas magras?! Afinal, qual é o problema?! Eu não sou uma pessoa melhor, pior, mais ou menos capaz, apenas por ser gorda…

4ª reflexão: devemos renovar os nossos conceitos

Quem se ofendeu e se revoltou com a palavra gorda, não se revoltou com a segregação e, sim, com o uso dessa palavra. Mas é fácil desapegar de conceitos que nos são ensinados desde criança? Não, não é fácil e nós sabemos. Mas e se fizéssemos um esforço coletivo para que a palavra “gorda” fosse riscada da lista proibida de palavras?! E se fizéssemos um esforço para que essa palavra, que foi usada durante tantos anos para ofender e maltratar, começasse a ser apenas mais uma palavra? Eu, que sou bem resolvida com a questão e já me desapeguei dessa palavra como ofensa, sempre que sou chamada de gorda viro com um sorriso e respondo “obrigada, sou mesmo, é tão difícil que as pessoas nos vejam como realmente somos né?!” ou quando me falam “você engordou?” eu respondo “não, não, acho que é impressão. Eu já sou gorda”. O que sempre acontece? A outra pessoa fica sem resposta, porque é isso que acontece quando uma pessoa tenta te ofender e não consegue. Que tal não deixarmos mais que as pessoas usem a palavra gorda como ofensa, hein?! Com certeza se os pais ensinassem suas crianças que a palavra gorda não é ruim, teríamos muito menos bullying nas escolas e menos adultos traumatizados… 

5ª reflexão: associação da palavra gorda com falta de saúde

E como eu sei que VAI TER uma pessoa (ou mais)  que vai falar que “ser gorda é uma questão de saúde”, já vou adiantando: essa é uma desculpa que as pessoas usam para encobrir a gordofobia!!! Existem gordas doentes e gordas saudáveis, da mesma forma que existem magras saudáveis e magras doentes. A diferença é que ninguém finge estar preocupado com a saúde da magra, já na saúde da gorda todo mundo acha que tem o direito de se meter. Ah! Faça me o favor, alguém aí tem um banco de dados na cabeça que armazena todos os exames de todas as pessoas que vê, por acaso!?!? Não. Então como pode dizer quem é saudável ou não? Duvido que essas pessoas virem para outras pessoas magras no meio da rua, na fila do banco, na loja de roupa e do nada falem: “mas sabe, você tem que cuidar da sua alimentação, é uma questão de saúde”. DU-VI-DO. É claro que você pode querer emagrecer porque seus exames deram alterados, mas quem decide isso é você – não eu e muito menos um fulaninho que nem te conhece!

 

Enfim, essas foram as MINHAS 5 discussões internas depois que eu li essas matérias sobre a indignação com o Walmart.  Como a discussão é longa, é obvio que eu ainda não cheguei a muitas conclusões ou soluções… Então por enquanto acho válido a gente ir pensando a respeito dessas questões que nos rodeiam a todos os momentos e passamos as vezes sem nem se dar conta.

 

Agora me conta, o que você achou!?? O que acha dos 5 pontos que coloquei na roda? Conta tuuuudo aí nos comentários e vale lembrar: a gente só consegue crescer e evoluir em uma discussão quando temos diferentes pontos e todos se respeitam, então por favor, sem ofensas! Grata!

 

Bom gatonas, por hoje é isso. Se tiver alguma coisa para me falar em particular vamos lá pro meu Facebook e não deixe de me acompanhar no Instagram @ju_romano

 

HUA HUA

BJÓN

#EMBRACE: documentário passa a mensagem “ame seu corpo”

 

Esses dias li um comentário que revirou o meu estômago. Em uma galeria de fotos de um desfile plus size de um site grande, o primeiro comentário era de uma menina que dizia: “ridículo. Não encontro outra palavra para descrever a hipocrisia da situação. Essas mulheres que supostamente, se aceitam gordinhas, se amam como são, estão mentindo! Querem morrer quando vêem uma mulher magra e linda passar em sua frente e dariam um rim por um corpo magro e bonito. É triste tentarem nos vender a idéia de que ser gordo é bonito, é bom. Essas mulheres devem sofrer pacas para amarrar um sapato, abotoar uma calça. Gente, se aceitar é muito diferente de mentir“. (Só tive vontade de responder na hora: não, sua ignorante, eu sou plus size e nunca sofri para amarrar o sapato e também não sofro para abotoar minhas calças 50 que me fazem mais feliz que a tamanho 36, beijos. Mas tive preguiça…)

Esse não é o primeiro comentário que ouço do tipo e até eu já fui até atacada com esse tipo de julgamento (de acharem que meu amor era hipocrisia). A verdade, querida leitora, é que, como você pode ver pelo comentário acima e outros semelhantes, se você não gosta do seu corpo, você não é a única. A real é que uma pessoa que faz um comentário desses, na verdade está falando do próprio corpo. E pouco importa se ela é magra ou gorda, importa só que claramente essa pessoa não consegue aceitar que alguém ame o que vê no espelho, pelo simples motivo que ela mesma não consegue – daí a crença na impossibilidade de tal situação. Sinto pena e acho recalque…

Mas, como a vida é justa, aconteceu que, EXATAMENTE no mesmo dia, uma leitora me apresentou essa pessoa incrííííível….

O antes e depois do avesso: Taryn teve mais de 3 milhões de likes nessa foto

Então, não vamos transformar o caso todo em um exemplo infeliz, vamos trazer a discussão para o lado positivo. A verdade é que não importa como é a sua imagem na frente do espelho e, sim, o que você tem dentro da cabeça. A prova disso é a Taryn Brumfitt (a moça da foto acima), uma fotógrafa que odiava com todas as forças o seu corpo plus size e que, um dia, resolveu mudá-lo. Começou a emagrecer, fazer academia, entrou até para concursos de beleza … E nada, absolutamente nada, mudou! Ela continuou odiando o seu corpo magro, da mesma forma que odiava o gordo.

Certo dia ela estava em uma praia e uma completa desconhecida levantou ao seu lado e gritou: “Oh! Olha lá! Tem uma outra mulher com só um peito, igual a mim!”. Quando Taryn olhou as duas mulheres haviam perdido um peito e elas estavam lá felizonas na praia, amando seus corpos. E foi aí que ela se deu conta de que as mulheres são sempre levadas a acreditar que elas não são bonitas o suficiente, são levadas a acreditar que têm que ter mais peito, menos celulite, menos gordura, mais bunda, mais cabelo, menos estrias, etc. As mulheres sempre são instigadas a ficarem infelizes consigo mesmas – e propagam esse tipo de pensamento, como visto no inicio do post o comentário desagradável.

Pensando nisso ela resolveu criar um movimento chamado The Body Image Movement e entrevistou mais de 100 mulheres pedindo para que elas descrevessem seus corpos em uma só palavra. O resultado? Triste. A maioria escolheu uma palavra pejorativa.

Para mudar a mentalidade das pessoas e mostrar que SIM VOCÊ PODE SER FELIZ COMO VOCÊ É, ENTÃO AME SEU CORPO ela resolveu fazer um documentário chamado #EMBRACE. A fotógrafa fez um teaser onde mostra um pouco das entrevistas, de sua vida e de suas inspirações, assista:

 

 

Eu achei emocionante, primeiro porque eu passei pela mesma situação (já fiquei magra e continuei odiando meu corpo, só fui me amar depois de gorda) e segundo porque me dói o coração ver pessoas lindas e perfeitas, achando seus corpos “nojentos”, “imperfeitos” e outras coisas absurdas que apareceram no vídeo. Mas a verdade é que a maioria das pessoas acha seu corpo feio e eu pergunto, por quê?!?! Meninas magras, gordas, altas, baixas e tantas outras acham que são imperfeitas, acham que têm muito para melhorar, mas nunca se dão conta que o ideal não existe e que elas já são lindas. 

Existem meninas como a pessoa que fez o comentário do início do post, pessoas que não acreditam que é possível amar seu corpo do jeito que é. Mas, gente, é possível, sim! E se você é gorda e acha que se amaria mais se fosse magra, eu te digo uma coisa: você não vai se amar mais se emagrecer! Você pode se amar mais porque começou a se cuidar mais, começou a ter mais vaidade, começou a se sentir mais confiante, mas isso não tem NADA a ver com o peso que tem na sua balança. Se você se prestar mais atenção às suas qualidades do que aos seus defeitos, vai começar a se amar do jeitinho que é (magra ou gorda). Enquanto se ficar aí, esperando emagrecer para se achar bonita, só vai ficar cada vez mais infeliz.

Por isso acho importante falar e compartilhar esse tipo de projeto, esse tipo de vídeo e esse tipo de post, porque É NOSSA OBRIGAÇÃO ajudar todas as nossas amigas a se enxergarem como elas são: lindas e perfeitas. E não importa o que digam…

 

Como eu posso ajudar?

Se você gostou da ideia do documentário, a Taryn está arrecadando doações nesse site aqui para conseguir finalizar as gravações e edições do seu projeto. Se não puder doar uma quantia, já ajuda muito compartilhando a ideia para amigas e pessoas que se interessam pelo assunto!

 

Por hoje é isso meninas, o texto ficou enooorme mas acho o assunto super sério e muito válido. O que você achou? Me conta tudo aí nos comentários e vamos lá pro meu facebook conversar mais

 

HUA HUA

BJÓN

 

#everyBODYisflawless novo projeto das modelos plus size

 

Estava descendo meu feed do Instagram (me segue aí @ju_romano) quando me deparei com a tag everyBODYisflawless no Instagram da Gabi Gregg, blogueira americana e musa plus size. Corri logo no blog dela para descobrir do que se tratava e achei TÃO legal…

A Gabi conta que mesmo sendo musa plus size, ainda sofre com o preconceito por ser uma mulher gorda e negra, que as pessoas a olham diferente e ela recebe mensagens de ódio até hoje (como, meu Deus!?). E não é só ela, nós mulheres somos repreendidas em todos os momentos e qualquer artifício é usado para nos controlar – desde a roupa que a gente usa, até o que a gente deve ou não colocar no nosso prato. Então ela teve uma ideia brilhante e criou o movimento (já posso chamar assim?) everyBODYisflawles, algo como “todo mundo/corpo é impecável”. Gabi chamou a modelo plus size e também blogueira, Nadia Abulhousn e outra modelo plus size, a Tess Munster, para fazer o “remake” de um clipe da Beyoncé chamado “Flawless”  (a letra você confere traduzida abaixo).

O resultado do vídeo que é um mix de crítica social com “tamo sambando na cara da sociedade“, que já virou viral e deveria ser assistido e compartilhado por todas as meninas do mundo – não só as plus size.A música escolhida, inclusive, é uma crítica ao machismo e a forma como as mulheres são criadas, desde pequenas ensinadas que devem ser submissas aos homens. Nas palavras da própria Gabi, “Eu queria mostrar que você não precisa ter um certo tamanho para reivindicar sua perfeição. Gordura não é uma imperfeição. Esse é um vídeo dedicado à grande mídia, à indústria da moda, a quem faz bullying na internet e para qualquer outra pessoa que acha que está no direito de tentar fazer a gente se sentir menor, por causa das inseguranças deles. #everyBODYisflawles“, disse a blogueira. Mais que apoiada!

Bom, dá o play aí no vídeo #everyBODYisflawless e tire suas próprias conclusões:

 

Impecável (Beyoncé feat Chimamanda Ngozi Adiche)

Suas desafiantes são um grupo de jovens de Houston
Bem-vindas Beyoncé, Lativia, Nina, Nicky, Kelly e Ashley
As rappers do Girls Tyme
Estou em Houston, chegando, chegando
Estou chegando Chamando atenção por onde eu passo
H-H-Houston, estou chegando, chegando
Chamando atenção por onde eu passo
Eu sei que quando vocês eram garotinhas
Vocês sonhavam estar no meu mundo
Não se esqueçam disso, não se esqueçam disso
Me respeitem, curvem-se, vadias (coroada)
Eu tirei um tempo pra viver minha vida
Mas não pensem que sou só a mulherzinha dele
Não se confundam, não se confundam
Essa merda é minha. Curvem-se, vadias
Curvem-se, vadias (4X)
Houston domina, Houston domina
Eu estou coroada, curvem-se, vadias
Estou em Houston, chegando, chegando
Estou chegando. Chamando atenção por onde eu passo
H-Houston, estou chegando, chegando
Chamando atenção por onde eu passo
Nós ensinamos as meninas a se retraírem
Para diminui-las. Nós dizemos para as garotas
“Você pode ter ambição mas não muito
Você deve ser bem sucedida, mas não muito
Caso contrário, ameaçará o homem”
Porque eu sou uma fêmea, esperam que eu deseje me casar
Esperam que eu faça as minhas próprias escolhas na vida
Sempre tendo em mente que o casamento é o mais importante
O casamento pode ser uma fonte de alegria, amor e apoio mútuo
Mas por que nos ensinam a aspirar ao casamento e não ensinam a mesma coisa aos meninos?
Educamos as garotas a se verem como concorrentes, não por emprego ou por realizações
O que eu penso que pode ser uma coisa boa
Mas pela atenção dos homens
Nós ensinamos as garotas que não podem ser seres sexuais da mesma forma que os garotos são
Feminista – a pessoa que acredita na igualdade social, política e econômica entre os sexos
Você acorda, impecável, Vai pra rua, impecável
Anda por aí, impecável, Exibindo, impecável
Este diamante, impecável, O meu diamante, impecável
Esta rocha, impecável, Minha rocha, impecável
Acordei assim, Acordei assim
Somos impecáveis, garotas, conte a eles
Acordei assim, Acordei assim
Somos impecáveis, garotas, conte a eles
Digam “me sinto muito bem esta noite”
Caramba, caramba
Digam “me sinto muito bem esta noite”
Caramba, caramba
Mamãe me deu uma boa formação em casa
Meu pai me ensinou a amar os meus inimigos
Minha irmã me ensinou que eu deveria falar o que penso
O meu homem me fez sentir tão perfeita
Você acorda, impecável, Vai pra rua, impecável
Anda por aí, impecável, Exibindo, impecável
Este diamante, impecável, O meu diamante, impecável
Esta rocha, impecável, Minha rocha, impecável
Acordei assim, Acordei assim
Somos impecáveis, garotas, conte a eles
Acordei assim, Acordei assim
Somos impecáveis, garotas, conte a eles
Digamos que eu me sinto muito bem esta noite
Caramba, caramba
Digamos que eu me sinto muito bem esta noite
Caramba, caramba
Os juízes dão 4 estrelas e declaram campeão o grupo Skeleton Groove
Uma pontuação perfeita
As desafiantes do Girls Tyme recebem 3 estrelas
Skeleton Groove são campeões mais uma vez
Parabéns, vejo vocês na próxima semana

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Enfim, você pode gostar ou não da Beyoncé, se identificar ou não com a realidade da Gabi Gregg, mas uma coisa que não dá para negar é que elas são exemplos mulheres fortes, que lutam pela nossa independência e pela quebra dos preconceitos.

 

Mas me conta aí, o que você achou do vídeo? Curtiu? Então compartilha com as amigas e vamos lá pro meu facebook conversar mais!

 

HUA HUA

BJÓN

Fabiana Karla, a Perséfone de Amor à Vida, fala sobre moda plus size, preconceito e seu papel na novela

Entre todas as modelos e fashionistas magérrimas, era de se esperar que Fabiana Karla, a Perséfone de Amor à Vida, chamasse atenção. A atriz, claro, causou frisson não porque é uma plus size bem servida, mas sim porque sua beleza e simpatia conquistaram todos os jornalistas e transeuntes da edição de inverno 2014 do SPFW.

Com seu look P&B e detalhes em vermelho, chiquérrima, Fabiana falou ao Entre Topetes e Vinis um pouco do que mais gosta no seu armário, sobre seu estilo e o impacto de sua personagem. Confira!

Como você escolhe suas roupas? 

Ah! Eu uso a moda a meu favor! Meu princípio básico é elegância. Não sou escrava das roupas, gosto de roupas confortáveis e amo cores. [ela elogia a roupa que estou usando, toda colorida] Eu uso preto, porque acho chique, mas tudo depende muito do meu humor. Tem dias que eu acordo e me visto inteira de roupa clara, com aquela cor de palha, sabe?! Digo que é a roupa de aeroporto [risos].

E você tem aquela preocupação com roupas claras porque “engordam”? 

Eu não ligo para nada disso! Esses dias eu tinha duas opções de calça para ir ao Faustão, escolhi a branca e quando apareci na televisão fiquei enooorme [para quem não sabe, a TV engorda cerca de 5 kg]. Mas sabe que eu nem liguei?! Eu tinha gostado mais da branca e estava me sentindo muito bem com ela ao vivo.

Tem alguma coisa que você não use de jeito nenhum?

Salto só uso tamanho 7, porque é o limite do conforto e eu não uso roupas justas, porque acho desconfortável. Prefiro peças fluidas e esvoaçantes sabe?!

Quais são suas peças favoritas?

Eu gosto muito de calças de alfaiataria, vestidos bonitos e femininos e saias lápis.

E para fazer a personagem Perséfone de Amor à Vida, como são escolhidas as roupas?

Eu tive todo um trabalho de conversar e escolher o que a minha personagem vai usar junto à Labibe Simão, a figurinista responsável – e ótima diga-se de passagem. E não sei se você sabe, mas o figurino da Perséfone bate recorde de pedidos na Central de Atendimento ao Telespectador da Globo, viu?!

Por falar em Perséfone, o que você achou da repercussão da sua personagem? 

Deixando as polêmicas de lado, me diz quando o Brasil inteiro parou para ver o casamento de uma gorda – e virgem? Eu acho que as pessoas estão se revelando todos os dias. Estamos vendo que tem muita gente bacana, é uma mudança no país. As pessoas ficam do lado da Perséfone, defendem ela.

Na vida real, você já sofreu preconceito? 

Olha, eu vou estar mentindo pra você se eu disser que já. Nunca sofri preconceito. Eu vim de um lar superestruturado, meu pai sempre me disse que eu era linda, sou casada e tenho filhos. E olha que eu tenho todos os motivos pra sofrer preconceito aqui: sou mulher, gorda e nordestina. A verdade é que eu nunca fiquei parada pensando se tinha alguém me xoxando. Se algum dia alguém já me menosprezou por eu ser gorda, eu nunca percebi porque simplesmente não me atento a esse tipo de coisa. A vida tem muitas outras coisas mais significativas, para ficar se ligando a coisa ruim. Essa ligação eu não atendo, meu amor! [risos]

Para finalizar, uma dica que você daria para todas as leitoras do Entre Topetes e Vinis?

Só você é responsável pela sua felicidade, por isso, se ame! Vocês são lindas, acreditem, e todo mundo pode ser o que quer. #everybodyisfree

 

Muito simpática, Fabiana também contou que é mega vaidosa e que não fica sem perfume, hidratações quinzenais no cabelo e protetor solar. Brincando ela disse, “gasto um carro por mês, na cara”, de tanto que ela se cuida. Justo, não!?

Bom, o que dizer? Eu acho ela linda e pessoalmente é mais maravilhosa ainda. Cada pedacinho de sucesso totalmente merecido! Arrasa, Fabi!

 

Curtiram a entrevista? Me contem tudo nos comentários e vamos lá pro meu Facebook conversar mais

 

HUA HUA

BJÓN

Depois da polêmica Abercrombie perde a credibilidade

Depois da polêmica absurda envolvendo a Abercrombie & Fitch (não lembra? Clica AQUI) a marca parece perder cada vez mais a credibilidade, levando junto para o buraco as outras duas marcas do grupo dos “3As”: a Aeropostale Inc e a American Eagle Outfitters. A Aeropostale teve queda de 15% nas vendas do último trimestre e a American Eagle teve de reduzir sua margem de lucro, para abaixar os preços das peças.

#CHATIADOS

Para os analistas, essas marcas parecem ter saído da moda para seu público alvo, que prefere investir dinheiro em eletrônicos e comprar roupas em lojas mais baratas, como na H&M, Uniqlo e Zara – que só cresceram no último trimestre.

Sinceramente, não me dá nem um pouco de dor no coração. Aqui se faz, aqui se paga. O Sr. Mike Jeffries não queria só os populares, as loiras, altas, magras e ricas?! Pois é, meu filho, então agora lide com o fato de quase ninguém ser assim.

HUA HUA

BJÓN

Abercrombie e a polêmica plus size

Olá queridas, vocês já devem estar familiarizadas com a infeliz polêmica sobre o Mike Jeffries, presidente da Abercrombie, certo? Bom se você não está, é o seguinte: Robin Lewis, co-autor do livro The New Rules of Retail (As Novas Regras do Varejo, em tradução livre), contou ao site Business Insider que o presidente da Abercrombie se nega a produzir tamanhos grandes e é uma escolha que ele deixa claro: “Ele não quer pessoas ‘grandes’ comprando em sua loja, ele quer pessoas bonitas e magras”, disse Lewis. No livro ele ainda explica que Jeffries quer passar a imagem de que a marca só é usada por pessoas ‘gostosas’, populares e com boa aparência.

Bom, meu querido Mike Jeffries (#soquenão), as pessoas populares na escola não eram as mais cool. Aliás, normalmente quem usa Abercrombie (e estou generalizando mesmo) é um bando de gente que não tem a menor personalidade ou noção de moda e usa somente porque os coleguinhas estão usando (porque nem bonitas as roupas são). E também, vamo lá, colocar uma roupa pra dizer “eu sou legal” é muita insegurança, não!?!? Dito isso, vamos nos revoltar um pouquinho com a polêmica…

Escolher a numeração que sua loja vai ter, pode ser uma estratégia de negócio. De repente, seu público é mesmo as mais magrinhas e aquelas roupas GG ficam encalhadas no seu estoque, dando prejuízo. O.K. Entendo você não produzir. Agora partir do princípio que as pessoas acima do peso não são legais, não são populares, não podem se vestir bem e outros tipos de julgamento que algumas pessoas (cegas) ainda fazem,beira o absurdo. Logo hoje, que vivemos uma época tão rica para as plus sizes. Logo hoje, que temos Fluvia Lacerda, dando um tapa na cara da sociedade com seu corpão,  Stéphanie Zwicky dando um show de moda em cima de saltos Chanel, Adele estraçalhando com mil e um prêmios… Sabe? Isso só mostra como o presidente e a marca comandada por ele estão defasadosFicaram para trás, atrasados. E, pior de tudo, burros. Porque o público plus é um mercado imenso a ser explorado, coisa que as próprias concorrentes da Abercrombie – como H&M, American Eagle, GAP, Banana Republic, Old Navy, entre outras – já perceberam e já passaram a produzir roupas do GG para cima.

Legal mesmo, meu filho, é aceitar as diferenças entre as pessoasNão é ser magra, é ser você mesma. Fico triste de ver a dificuldade das pessoas em acharem que só a aparência te torna legal. Você pode ser a Barbie, mas se for insuportável, não há grupo que te queira. Ou melhor, pode até ter… O grupo das pessoas que usam Abercrombie.

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Por hoje é isso. Mas conta aí a sua opinião, o que você achou da declaração?

HUÁ HUÁ

BJÓN

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