Sabe quando você está namorando, mas tem aquela sensação de que algo não vai bem? A pessoa diz que te ama, mas te força a mudar, não gosta quando você sai com os amigos, questiona os seus gostos e parece querer que você seja diferente do que é. Pois é, isso é um relacionamento abusivo. E quando a gente tem a autoestima baixa, estamos vulneráveis para entrar nesse tipo de relação. Entenda mais abaixo e veja dicas de como fugir dessas situações e aumentar sua autoestima!
Entenda melhor a relação autoestima baixa x relacionamento abusivo
O que significa autoestima baixa? É um sentimento de menos valia, que cai diretamente na insegurança consigo mesma, fazendo com que a pessoa se veja sempre de forma negativa. Em casos mais extremos é uma das origens da depressão, principalmente quando a pessoa deixa de sair, socializar e prefere ficar sozinha.
Então qual a relação com relacionamentos abusivos? Quando a pessoa está nesse estado de autoestima baixa, ela se torna vulnerável para qualquer tipo de sentimento amoroso e carinhoso. Se alguém a trata com afeto, a chance de se apegar é grande. É fácil entender com essa comparação: é como ainda é, hoje em dia, para comprar roupa plus size em loja de departamento. Quase não tem nenhuma do seu tamanho. Quando tem, a gente compra a que serve, por que precisamos, certo? É mais ou menos isso.
Quando alguém se interessa, vai atrás, fica em cima de você, você se apega em dois segundos naquela pessoa, muitas vezes sem nem avaliar se ela é boa ou não para a sua vida. Eu não estou falando que TODO MUNDO que tem baixa autoestima entra em relacionamento abusivo, mas apenas que há grandes chances disso acontecer.
Saiba como identificar um relacionamento abusivo
A primeira coisa que você precisa saber é: nem toda violência é física. Aliás, a grande maioria das que são começa na agressão psicológica. Veja, abaixo, uma lista de situações para você identificar se está ou não em uma relação abusiva.
- Se você acha que seu relacionamento é abusivo, há grandes chances de realmente ser. Onde há fumaça, há fogo;
- É comum ele te fazer sentir que está sempre errada, dando a impressão de você nunca fala nada de bom, que é burra e não sabe o que diz;
- Ele controla a sua vida e acha que isso é um direito dele, impedindo que use certas roupas, maquiagens, não veja seus amigos, nem tenha amigos homens, e quer validar até a forma como você gasta seu dinheiro;
- Ele fala constantemente que ninguém vai te amar como ele e faz chantagem dizendo que se você não fizer do jeito que ele quer, ele vai embora e te larga;
- Se você não concorda com ele, é chamada de louca. Ele questiona sua sanidade e acha que tudo é “drama” seu;
- Você faz coisas contra a sua vontade por medo da reação dele, inclusive no sexo;
- Ele não fica feliz com as suas realizações e sempre dá um jeito de te colocar pra baixo, mesmo quando você está feliz e quer compartilhar com ele;
- Ele te isola dos amigos e da família e odeia que você faça qualquer tipo de programa sem ele;
- Ele te culpa pela agressividade dele com você, dizendo que você “pediu” ou que o “tirou do sério”;
- Ele não bate em você, mas quando brigam ele soca paredes, mesas, quebra coisas;
- Ele grita com você;
- Ele te bate;
- Depois de ser agressivo e violento, pede desculpas e diz que não vai mais fazer isso, mas repete.
Dicas de como sair de um relacionamento abusivo
Se você identificou que está em um relacionamento abusivo, a primeira coisa que você precisa saber é: a culpa não é sua! Para sair disso, converse com pessoas de sua confiança e fale tudo que está acontecendo. Você também pode ligar pra Central de Atendimento à Mulher (180), que funciona 24h, e até mesmo a Delegacia da Mulher.
E vale lembrar que eu falei tudo de forma heteronormativa, mas não é apenas em relacionamentos heterossexuais que existe abuso. E, sim, as mulheres também podem ser abusivas, apesar de ser uma taxa incrivelmente menor em relação aos homens.
Como aumentar a autoestima?
A principal dica é: autoconhecimento é tudo. Mas nesta matéria aqui (clica aqui, amiga) você vai ter 9 dicas incríveis de como iniciar o processo de amor-próprio e desenvolver sua autoestima! Lembre-se, sempre: você não está sozinha!