Instagram baniu a hashtag curvy e gerou polêmica | #bringcurvyback

Wooow está rolando o maior bafafá na gringa depois que o Instagram baniu a hashtag CURVY. Segundo o aplicativo, o sumiço da #curvy foi uma tentativa de impedir as fotos com nudez que apareciam sob o chapéu da hashtag.

Maaaas as gringas plus não perderam tempologo se uniram e começaram a postar com outras 2 novas hashtags e fotos maravilhosas. Em protesto surgiu a #curvee e a #bringcurvyback, hashtags que você também pode fazer parte! É só postar uma foto linda, mostrando suas curvas – vestida normal, de biquíni, de top cropped, de burca ou como quiser – e marcando suas fotos com a hashtags.

Eu já bem postei a minha com o último look com decotão:

 

Tirei até um print do que aconteceu ao clicar em cima da hashtag curvy depois que eu postei: 

 

ATENÇÃO: Se não quiser ver nudez, cenas de sexo, etc, não clique nos links! Em uma pesquisa rápida (de literalmente 2 minutos), eu achei a hashtag #toplesstuesdays (aqui) e #titsfordays (aqui), a primeira com MUITOS peitos de fora e a segunda com cenas realmente de sexo e até vídeos.

Então, agora, fico me perguntando: por que a hashtag curvy foi REALMENTE tirada do ar? Será que era para banir as cenas de nudez do aplicativo ou será que é porque um movimento de mulheres amando seus corpos incomoda TANTO que esse movimento sofre boicote de todas as formas? Se é para tirar a tal da nudez do a aplicativo, por que não começar com palavras e termos óbvios em vez de fazer a inquisição com um movimento tão bonito quanto o da autoaceitação?!

Fica a reflexão e o convite para entrar nesse protesto e taguear as fotos que você curte com #curvee #curvy e #bringcurvyback e a gente pode criar a nossa brasileira: #VOLTACURVY

 

Enfim, vocês tinham reparado a ausência da hashtag curvy? O que acharam? Me contem tudo nos comentários

 

 

Por hoje é isso

 

HUA HUA

BJÓN

13 coisas que ninguém fala para uma adolescente gorda

Esses dias me peguei pensando sobre como teria sido bom ter referências plus size quando eu era adolescente. Não é um papo de tia velha, mas é que acho que ter uma imagem corporal diferente – e mais próxima da minha realidade – em uma fase tão difícil teria sido muito mais esclarecedor para mim e teria evitado muita tristeza, diga-se de passagem. Na minha época (tia velha!) não só não tínhamos referências de corpos diferentes, como também não tínhamos mulheres que debatiam/lutavam contra os padrões, ou seja, nunca ninguém se preocupou em me falar algumas coisinhas que poderiam ter me poupado muitas lágrimas e suor (literalmente). Acabei descobrindo na marra e comendo (ou não comendo) o pão que o diabo amassou.

Por essas e outras, para que a próxima geração de mulheres não seja tão traumatizada, para que as meninas tenham uma outra forma de encarar a vida e para que as pessoas sejam mais felizes, resolvi juntar 13 coisas que ninguém conta para uma adolescente gorda. Olha só:

Coloquei a Fluvia Lacerda aqui, porque ela foi a primeira mulher que eu realmente achei maravilhosa e mais perto da minha realidade. Obrigada Flu, por sem querer ter mudado a minha vida! <3

1. O colégio vai acabar

E as pessoas que estudaram com você vão sumir da sua vida para sempre. Sim, minha querida, fique tranquila! As pessoas que você não gosta, que fazem da sua vida um inferno ou que você inveja secretamente, depois da última badalada do sino do último dia de aula do 3º colegial, desaparecerão da sua vida como mágica! Ou seja, pare de se desgastar e perder seu precioso tempo de juventude, achando que elas têm razão e que você é a errada. Não tem nada de mal em ser quem você é, afinal depois do colégio, cada um segue o seu sonho e você pre-ci-sa saber qual é o SEU sonho – e não o de mais ninguém.

2. Os meninos te zoam porque você não zoa eles de volta.

Lembro até hoje do dia que um moleque veio me chamar de gorda-mulher-macho e eu, que estava muito brava no dia, virei pra ele e falei com uma voz séria e beeem alta: “ah ééé porque seu nome é que é bonito né Zé Rodolfo?!?”. O cara nunca mais mexeu comigo. Vejam, eu sou totalmente contra humilhar os coleguinhas em público, mas se mostrar forte, de vez em quando, tira você da posição de coitadinha que todo mundo pode zoar.

3. Você não precisa do amor de todo mundo

Se dar uma de forte e inabalável não der certo e, mesmo assim, algumas pessoas continuarem a te zoar… Amiga, desencana! Nem a pessoa mais querida de todas as queridas tem o amor e a admiração do mundo inteiro. Você não precisa que todos gostem de você, nem que todos te achem legal. Você é o que você é e se essas pessoas não gostam o problema é delas!

4. Você não vai morrer sozinha

Já recebi um monte de e-mails de meninas que não conseguem namorar porque são gordas. Primeiro: se você não consegue namorar, isso não tem NADA a ver com o seu peso – vide que eu e mais um monte de mulher gorda já namoramos muito e algumas são até casadas. Você não consegue ter desenvoltura na hora do xaveco porque fica achando que tem alguma coisa errada com a sua aparência, só por isso. Se você parar de pensar que as pessoas não vão te querer porque você é gorda, tudo vai mudar, você vai ver. Segundo: cada relacionamento tem sua hora. Tenho amigas magras solteiras, amigas gordas casadas, amigas gordas solteiras e magras casadas e o peso delas nunca teve absolutamente nada a ver com o relacionamento. Pessoas se apaixonam por pessoas e você não encontra uma pessoa incrível que combine com você em toda esquina.

Porque ser sexy vai muito além de qualquer padrão!

5. Você não precisa ser a gostosa da balada pra ter cara a fim de você e aproveitar um momento a dois

Meu bem, cada pessoa tem um gosto diferente. Tem cara que gosta de magrinha, tem cara que gosta de mina malhada e tem cara que gosta de mina macia (tipo eu, tipo você). Meu namorado é um dos que gosta de maciez. O amigo mais bonito da minha turma só cola em mina gordinha na balada. Ou seja, relaxa! Você não precisa ser a Sabrina Sato da balada pra ter um encontro legal ou só dar umas pegadas sem compromisso e se divertir muito.

6. Você pode emagrecer um dia, mas se isso não for acontecer de hoje para amanhã, comece a viver sua vida

Ficar adiando TUDO para quando você emagrecer é a maior burrice da adolescência. Aquela viagem com as amigas pra praia? Aquela festinha cheia de gatos? Aquele vestido dos sonhos? Amiga, aprenda a lidar com o que você tem no momento. Você pode querer emagrecer no futuro e isso é OK, mas você não pode deixar de viver os melhores momentos e deixar oportunidades passarem por um ideal de corpo que você nem sabe se vai mesmo conquistar.

7. Você não precisa emagrecer a não ser que isso seja um desejo seu e só seu – e não para agradar os outros.

Depois que você começar a aceitar e viver e conviver com o corpo que você tem, você vai perceber que muitas “certezas” que você tinha cairão por terra. Uma delas é a ideia de que você TEM que emagrecer para ser alguém, para ser feliz. Essa é uma ideia MUITO errada. Ser feliz vem de dentro e não de fora, viu?! No entanto, se você escolher emagrecer, faça isso por você, nunca por um menino, por um ideal de corpo ou por acreditar que isso fará alguma outra diferença além do tamanho das suas calças.

8. Dê mais valor a outras qualidades além da aparência.

Você vai perceber mais pra frente que essas qualidades internas é que te levarão aos lugares mais incríveis – na profissão, no relacionamento, na família, etc. Essa eu coloquei porque é praticamente uma autocrítica. Quando eu olho para trás, penso em todo o tempo que eu mesma gastei pensando no meu corpo. E hoje penso que poderia ter ouvido mais músicas, lido mais livros, escrito meu blog antes, feito TANTAS coisas com esse tempo que eu perdi me odiando no espelho… Sério. Pense nisso: será que perder tanto tempo pensando no corpo não é muito pouco perto da mulher incrível que você é ou da mulher incrível que você pode ser?!?

9. Não há gosto certo – ou errado

Se você gosta de um tipo de música, livro, filme, etc, não precisa ter vergonha. Se alguém escreveu ou produziu esse tipo de conteúdo, você já não está sozinha no mundo. Pronto! Está tudo bem gostar de ler mangá e ser fã de rock nacional. Quem não gosta, que te respeite. Da mesma forma que você não gosta de funk, eu posso gostar e vice-versa. Nem por isso eu ou você somos pessoas mais ou menos interessantes.

10. Junte-se a pessoas que gostem das mesmas coisas que você.

Não adianta passar seus maravilhosos anos de juventude tentando se encaixar em um grupo que não tem nada a ver e, de novo, perder preciosas horas tentando disfarçar quem você é. Busque pessoas que têm a ver com você. E lembre-se do item 1, no colégio não tem nem 10% das pessoas que você vai conhecer ao longo da vida. Procure em outros lugares também. Lembro que minha turma de amigos de verdade na adolescência era formada pelo pessoal que morava no mesmo prédio que eu e UMA amiga do colégio apenas.

11. Quem te ama, te ama do jeito que você é.

Gata, se uma pessoa gosta de você ela gosta de tudo que diz respeito a você. Desde o seu nome, até o seu peso…. Mas na verdade ela não vai nem ligar pro nome ou pro peso, porque ela vai estar mais interessada na sua companhia mesmo – e nas risadas, nas conversas, nos conselhos…

12. Quem não te ama, você não precisa ter na sua vida.

Já se a pessoa se preocupa muuuuito com o que você aparenta, com como você se comporta, o que você faz, do que as pessoas pensam de você, aí vale reconsiderar essa relação. Você não nasceu colada com nenhuma amiga e não vai morrer se ficar sem ela – principalmente se ela não for uma amiga que vai estar lá pra te apoiar em qualquer situação.

 

13. Emagrecer não resolve seus problemas.

Por fim, vou ser bem franca com você: adolescência é uma merda. Mas a boa notícia é que não é uma merda só pra você, é para todo mundo. Adolescente tem muito tempo de ócio, muitas dúvidas sobre a vida, sobre relacionamentos, sobre dinheiro, sobre trabalho e pouquíssimas respostas ou certezas. Ou seja, você está sempre insegura porque lhe faltam experiências para se apoiar.  Mas passa, viu?! E o mais importante é que você não deixe que essas inseguranças consumam o melhor de você. Todo mundo tem uma beleza, todo mundo tem coisas legais demais para algumas pessoas e chatas demais para outras, todo mundo tem dúvidas, todo mundo tem algo no corpo que não gosta. Veja, eu também sou gorda e sou legal, e tenho namorado, e sou bem sucedida dentro do que eu quero…. Me diz, por que você acha que será diferente com você?

 

Enfim, gatonas, acho que esse texto não é só para adolescente gorda, né? No final, tem muita coisa aí que a gente carrega há mais de 10 anos e nem se dá conta, não é? Enfim, se você tiver uma filha, sobrinha, afilhada, amiga, prima, irmã, ou qualquer pessoa que precise ouvir coisas diferentes sobre seu corpo, compartilhe com ela essas 13 coisas, quem sabe você não faz com que a vida dela fique menos traumatizada, não é?!

 

Bom, por hoje é isso. Me conta, se você pudesse voltar no tempo e te dar um conselho na adolescência qual seria?

 

HUA HUA

BJÓN

 

 

 

 

5 lugares do corpo que a gente tem que disfarçar… SÓ QUE NÃO!

Uma coisa é fato: a gente cresceu ouvindo que a gente tinha que usar isso, para valorizar aquilo e tem certos lugares do corpo que a gente tem que disfarçar. Nos acostumamos tanto com a ideia de que disfarçar era algo bom, que hoje quando alguma pessoa não disfarça a gente acha feio – me incluo no meio, porque sou humana e também fui criada nesse mundão de preconceitos, sendo que, às vezes, também me pego falando umas asneiras.

Mas aí que fiquei pensando, a função principal do que chamam de “disfarçar” normalmente é “tentar fazer com que pareça mais magro” e quando apenas não dá a solução é tapar. Isso por si só já um baita problemão, mas fica ainda maior quando uma pessoa – como eu e talvez como você – tem vááááárias partes do corpo que não são bem o exemplo de magreza. E aí, o que fazer? Vestir um saco de batatas? Usar capas para tapar tudo? Montar um guarda-roupa gótico porque preto “disfarça” tudo?! Eu digo uma coisa: SÓ QUE NÃO!

Pensando nisso, fiz essa lista de incentivo, para a gente refletir juntas a origem de nosso desespero e ansiedade por disfarçar tudo que vemos no nosso corpo. Olha só…

 

1. Braços

Não foi 1, nem duas, nem 3 as vezes que ouvi mulheres de todos os pesos reclamando de seus braços. Se é gorda é porque ele é roliço. Se é magra é porque ele é flácido. Se é velha é porque é pelancudo. Resultado: mulheres lindas passando calor com o braço mumificado em mangas 3/4. Veja bem, quem disse que existe apenas 1 tipo de braço bonito? (E se alguém disse, certamente era para te vender algum pacote de academia ou pra te fazer comprar um suplemento para deixar tudo durinho). Já ouvi mulheres dizendo: “escondo meu braço para tirar foto porque pareço mais gorda com ele aparecendo” ou ainda pessoas que apenas se recusam a tirar fotos de lado. Gente, vou contar um segredo: quando o braço encosta no corpo a gordura se espalha para os lados. Agora vou contar uma coisa revolucionária: ACONTECE COM TODO MUNDO! E pensa bem, por que e para que você quer parecer mais magra? Ao vivo as pessoas te veem como você é, então por que na foto você quer parecer outra coisa? Seja você mesma, com braços como eles são. Nenhuma pessoa é igual a outra e o seu braço roliço/flácido/pelancudo/bolado/magro faz parte de você. Você realmente acha que colocar uma manga vai fazer as pessoas te acharem menos gorda, magra ou velha? Não vai. Colocar empecilhos na hora de se vestir pode reduzir muito suas possibilidades e bloquear sua expressão criativa por meio das roupas. Seja livre! Arregace essas mangas e bote os bracinhos de fora!!! E faça um exercício: saia na rua e veja como cada braço de cada pessoa que passa é diferente um do outro. Pronto, se não tem um modelo certo ou errado, por que você acha que o seu é ruim?!

 

2. Joelho gordo

Já ouviu a expressão joelho de porco? Eu já em inúmeros e-mails que recebo de mulheres que não conseguem usar vestidos ou meias-calças com peças curtas por causa daquela gordurinha atrás do joelho. Posso dizer com propriedade sobre esse drama, já que eu mesma o vivi há uns 5 anos. Eu usava vestido com calça ou com meia-calça fio 80 não importa se estivesse frio ou calor. Isso porque eu não conseguia admitir o fato de ter uma bolotinha de gordura na parte interna das pernas e na altura dos joelhos e com o tempo – e os quilos – ainda por cima apareceram estrias! Passei um tempo tentando esconder aquilo. Mas aí chegou um dia que eu pensei: se eu tenho ou não gordura atrás do joelho isso é um problema pra quem? Oi? Só para mim mesma – isso se for um problema né?! Porque a minha gordura não atrapalha a vida de ninguém e eu não preciso que as pessoas achem meu JO-E-LHO bonito para que eu possa viver e ser feliz. Aí resolvi ser feliz e comecei a usar vestidos curtos. Nos primeiros dias, tive a impressão de que estava TODO mundo olhando minhas pernas e me julgando (que pensamento idiota… E se tivessem? E daí? O que eu tenho a ver com o preconceito dos outros?), mas um dia uma colega de trabalho virou pra mim e disse: ai você fica tão bonitinha de vestidinho, parece uma bonequinha. E lembrei que nossas bonecas também tinham ~joelhinho de porco~. Aí cheguei à conclusão: nada como uma referência diferente da sua para fazer você repensar a sua opinião. Depois, tinha uma menina plus size MUITO estilosa que trabalhava na mesma empresa que eu e eu comecei a reparar que ela usava tudo sem medo e eu achava lindo, aí comecei a pensar: e se eu usar e as pessoas também me enxergarem assim e só eu que não?! Tava na hora de mudar. Hoje uso tudo (e uso até nada… heheh) porque aceitei que meu joelho é o meu joelho e ele não precisa parecer o de nenhuma outra pessoa.

 

3. Quadris largos


Gente, só vou lembrar uma coisa: quadril é osso, tá?! Ele pode vir revestido de uma boa camada de gordura, como é o meu caso, mas a formação do seu quadril é uma coisa genética e não tem nada a ver com o fato de você ser gorda ou magra. Eu passei ANOS ouvindo que tinha que disfarçar os quadris largos, para anos depois chegar a Nadia Aboulhosn e a Kim Kardashian e sambarem na cara da sociedade com salto 15 e muito orgulho de suas raízes. Aí tem como você ficar se negando, se escondendo? Não, né! É claro que você está no seu direito de fazer o que quiser da sua vida, mas se você resolver esconder os quadris porque sempre te falaram que isso é preciso e apenas por isso, meu bem… Bota essa bunda no sol sem medo de ser feliz!

 

4. Falta de quadris

Outro grande problema que muuuuitas mulheres passam. Como eu sou o contrário, não posso dizer que senti na pele, mas amigas muito próximas já sofreram muito pelo famoso corpo triângulo invertido. Agora me diz, onde é que está escrito que só um tipo de corpo é bonito? Cadê a referência bíblica dizendo que a mulher só será um ser divino se tiver um corpo ampulheta?! Não tem, não existe! Eu sempre digo que cada corpo tem sua particularidade e, da mesma forma como as popozudas de quadris largos fazem questão de usar calças justas e blusas curtas para acentuá-los (eu inclusive), você de ombros largos também PODE, SIM, usar um blazer com ombreira, por exemplo. E daí que não vai ficar proporcional? E daí que você vai ficar com ombro de jogador de rugby? A moda é cheia dessas de desconstruir os velhos pensamentos e trazer novos olhares, então comece por você mesma!

 

5. Gorduras laterais

Eu tenho e na maioria das roupas está disfarçada. Mas não faço isso por imposição ou porque me disseram que eu não podia ter. Eu uso calças de cintura alta porque além de achar muito mais confortável, elas ainda deixam meus quadris mais bonitos. Na hora de usar um vestido, também coloco calcinhas altas, porque não gosto que a gordurinha atrapalhe o caimento do vestido, deixando o tecido marcado. Mas isso é uma questão minha e só minha. Tanto que na hora de ir para a praia (já falei sobre isso aqui) eu não to nem vendo e taco um biquininho com as gorduras laterais de fora e é isso aí. Quem não gostar que não olhe! Ó, pensa assim: “se você não gosta da forma como eu aparento, o problema é seu e não meu, queridinho(a)”. E essa frase, se usada como um mantra diário, tem a capacidade libertadora de mudar a nossa vida.

 

 

Enfim, como já disse no texto, a decisão sobre o seu corpo deve ser sua e somente sua, mas me deixa triste ver que algumas mulheres já desistiram e se renderam a alguns pensamentos que não fazem o menor sentido. Eu acho que esses 5 lugares do corpo que a gente tem que disfarçar SÓ QUE NÃO! é só pra abrir a cabeça e gerar a discussão (boa tá?), porque afinal quero muito ouvir a opinião de vocês: vocês têm outros lugares que não estão na lista? O que mais incomoda vocês na hora de usar uma roupa? Você já parou para pensar por que você se limita em alguns aspectos? Me contem tudo e vamos abrir esse coração!!!

 

HUA HUA

BJÓN

Plus size na ELLE Brasil de maio com gorduras e sem Photoshop | Sim, SOU EU!

GAME OVER! Finalmente uma plus size na ELLE Brasil mostrando gorduras AND sem Photoshop – e logo em numa das maiores revistas de moda do mundo, morri!!!  (Sem Photoshop no meu corpo, para arrumar luz e essas coisas, deve ter tido, né…) Sempre esperei ansiosamente por esse momento, não achei que essa gorda seria eu, mas estou honrada, orgulhosa e feliz de estar viva para presenciar esse momento da mídia feminina brasileira. Veja, não é sobre a gordura em si, é sobre a LIBERDADE de tomar as próprias decisões sobre o nosso corpo, sobre esquecer a ideia irreal de “perfeição corporal”, sobre DIVERSIDADE – sendo gorda, magra, alta, baixa, etc. (Vale dizer: NUNCA enhuma revista desse porte no mundo tinha tido a coragem de mostrar uma foto assim, sem Photoshop para alisar as gorduras \o/)

É uma das maiores revistas de moda do mundo entrando nessa briga com a gente e ajudando a reafirmar a ideia de que o que diz respeito ao corpo de cada pessoa é de única e exclusiva responsabilidade daquela pessoa. É mostrar que todas nós temos dobras (umas mais, outras menos), rugas, celulite, pintas, manchas, fatores genéticos, mas você não precisa passar 23 horas por dia tentando mudar tudo sobre você. Você já é linda!

Você é tão linda que na edição mais especial do ano – a de aniversário de 27 anos da revista – a capa é você! A capa não tem modelo, porque ao olhar para ela você vê o seu rosto refletido. Sim, você pode ser sempre o seu maior exemplo e sua maior fonte de inspiração. A revista até lançou uma campanha nas redes, você tira uma foto refletida na capa da ELLE e tagueia #vocênacapa o resultado está super divertido!

Aliás, a edição inteira é sobre diversidade e autoestima. Além do ensaio que você vê abaixo, tem outra matéria maravilhosa sobre mulheres que estão revolucionando a internet da Sandra Soares que, pra quem não sabe, foi quem viabilizou e incentivou meu blog lá na GLOSS, e hoje está no Studio Ideias. Tem MUITA coisa legal. Quando me falaram que seria uma edição histórica não dei muita bola, mas depois desse ensaio e dessa capa, não tem muito como duvidar hehehe.

Bom, vamos às minhas fotos do ensaio e à uma das capas da ELLE de maio no iPad. Uma coisa a dizer: QUEBRA, INTERNET!!!

Enrolada apenas em um casaco Prada e sobre sapatos Miu Miu, meu bem! Pode roubar a produção?!??!

AI QUE EMOÇÃO!!!!!! Bom, o que eu mais ouvi dos meus amigos e parentes foi “Uau! Que coragem!”… Mas vejam, eu não preciso de coragem para ser eu mesma! Por que eu tenho que ter coragem de mostrar algo que eu já vejo todo dia? Por que eu tenho que ter coragem de mostrar o meu corpo, se todo mundo tem um diferente e cada um a sua maneira? Não é coragem mostrar seu corpo só porque ele tem curvas a mais do que o que a gente está acostumada. E se a gente visse mais imagens como essas acima, pararíamos de ficar tão chocadas quando uma mínima gordura aparecesse na vida ou no espelho.

Enfim, fica aí uma foto de mim como você nunca me viu antes, pra você parar de achar que só você tem pochete, pra você parar de achar que só você tem a gordura lateral do peito e para você parar de achar que você não pode ser LINDA tendo tudo isso, OK?! hua hua hua ♥

Ah! Antes que digam qualquer coisa sobre ser saudável, sobre ser bonito, sobre ser qualquer coisa, quero deixar APENAS UM recado: O CORPO É MEU E EU FAÇO O QUE EU QUISER COM ELE E NINGUÉM TEM NADA COM ISSO! (não me leve a mal, é só para a patrulha gordofóbica entender que aqui não é lugar para comentários preconceituosos e que dos meus exames entendo eu, ok?)

 

Por hoje é isso meninas, mas eu não tenho nem palavras para expressar o que é viver esse momento da mídia feminina, o que é ver essa edição da ELLE e como é sentir uma imensa satisfação depois de 6 anos brigando por isso aqui no blog e na vida!!! Apenas agradeço a toda equipe da ELLE e deixo meu pedido: comprem essa revista! Provem que a gente quer mais, a gente quer ver diversidade SEMPRE. Não só com plus size, mas com todo tipo de mulher.

 

E não esquece de compartilhar, vamos fazer um escândalo mundial como fizeram com a capa da Rebel Wilson hehehe #juambiciosa

 

HUA HUA

BJÓN

Escolha Bonita: uma campanha da Dove pela autoestima

Olá queridas! Aqui a gente sempre fala muito de autoestima, como esse é um processo diário de se sentir bonita na frente do espelho e como cabe a cada uma de nós descobrir a beleza em nós mesmas. Mas o que aconteceria se alguém te perguntasse o que você é e te desse duas opções “comum” ou “bonita”, sem pensar muito, com um monte de gente em volta… Você teria autoconfiança para entrar de cabeça na resposta “bonita”? Pensando nisso a nova campanha da Dove, a Escolha Bonita, ficou muito linda e emocionante – caiu até uma lágrima aqui. Ela levou a 5 cidades bem cosmopolitas (São Francisco, Xangai, Delhi, Londres e São Paulo), onde as mulheres realmente são pressionadas em relação à beleza e à perfeição, 2 portas com placas em cima. Uma dizia “comum” e outra “bonita” e ficou observando qual era a reação das mulheres na hora da escolha de qual porta entrar. Você vai assistir o filme abaixo, mas a mensagem principal é que, SIM, você pode se sentir bonita independentemente de qualquer coisa!

E é assim que todo mundo deveria abordar o tema beleza: relembrando a mulher de que, não importa o quanto ela é diferente, isso continua fazendo ela linda do jeito que é. Porque, acredite se quiser, 96% das mulheres NÃO usa a palavra bonita para se descrever, mas por outro lado 80% das mulheres realmente tem algo que elas consideram bonito. Então, por que a gente acaba se classificando como comum, quando a gente realmente sabe que tem coisas muito bonitas?!?

Esse questionamento levou à campanha da Dove Escolha Bonita, que você confere no vídeo aí embaixo, aperta o play:

 

♥ Campanha da Dove Escolha Bonita ♥

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Eiiiii, gatinha, não tem problema nenhum você se achar bonita, viu??!??!? Eu sei que a gente passou boa parte de nossas vidas ouvindo que a gente tinha que mudar para ser bonita, que a gente tinha imperfeições… Mas esqueça esse pensamento e a partir de hoje comece a passar pela porta bonita da vida! Porque você merece, porque você é linda, porque não importa o que digam… Eu e você sabemos que você tem MUITO mais qualidades do que defeitos. E sabe por quê? Autoestima e autoconfiança fazem bem para a sua saúde mental! Olha só, o Paul Dektor, diretor do filme da Dove, revelou uma percepção sua muito sensível de quando estava gravando a campanha: “Ficou tão claro que as mulheres que escolheram se sentir bonitas brilhavam com uma perspectiva positiva e desafiadora. Todos nós temos a capacidade pessoal e poderosa para superar os estereótipos e o ponto de vista das outras pessoas, e espero que o filme Dove Escolha Bonita inspire as mulheres de todo o mundo a reconsiderar a forma como elas vêm a sua própria beleza.”  Ahá! Arrasou, Senhor Paul! Outra coisa que eu amo é que no site da Dove tem uma frase que eu levo sempre pra minha vida: “Beleza é um estado de espírito”, eu não poderia concordar mais…

Desde aquela primeira campanha com diversidade corporal e um grito pela real beleza já deu pra perceber que a Dove quer realmente ajudar a criar um mundo onde a beleza é uma fonte de confiança, não de ansiedade. A marca acredita que quando as mulheres reconhecem a sua beleza própria, elas têm a poderosa capacidade de impactar positivamente a próxima geração. O objetivo com essas campanhas é atingir 15 milhões de jovens com a programação de autoestima até o final de 2015 e até agora já atingiu mais de 14 milhões (eu estou ajudando a próxima geração \o/ e você?)

 

Enfim, gatonas, espero que vocês tenham ficado inspiradas com esse filme (eu sei que eu fiquei) e vamos todas lutar contra esses esteriótipos. No site dovechoosebeautiful.tumblr.com você pode escolher como você se sente, “comum” ou “bonita”, e aumentar essas estatísticas femininas. Escolha várias vezes, e compartilhe-as com o mundo. Saiba mais sobre a experiência mundial Dove Escolha Bonita seguindo @Dove no Tumblr.

 

E por hoje é isso, mas me ajude a compartilhar essa ideia, empodere uma amiga fazendo-a refletir sobre os padrões, ajude as mulheres à sua volta a se enxergarem de uma maneira positiva. Sim, você pode ser a mudança que você espera no mundo!

 

HUA HUA

BJÓN

 

 

 

 

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Princesas da Disney plus size | Rapidinhas da Ju

Já imaginou as princesas da Disney plus size? Pois, depois de uma polêmica sobre a barriga da atriz que fez a Cinderela nos cinemas ter sido alterada no Photoshop e a própria atriz ter admitido usar corset durante as gravações, várias questões a respeito da influência das princesas na formação emocional de uma criança e na relação que ela terá com o seu corpo. “Não podemos nos esquecer de que esse filme é principalmente divulgado para uma audiência muito jovem, garotinhas bem impressionáveis”, diz Nikki Gloudeman, blogueira no Huffington Post Women. “Até quando elas vão fantasiar sobre o dia em que a barriga delas desaparecerá e, assim, receberão o Príncipe Encantado da melhor maneira possível?”.

Pensando em mostrar mais diversidade, o pessoal da edição de imagens do The Huffington Post UK resolveu usar o Photoshop em algumas princesas também, veja o resultado:

 

♥ Princesas da Disney plus size ♥

 

>>> Veja a entrevista com o Edull que também desenha princesas e super-heroínas plus size

 

Hahahah eu gostei muito!!!! A Pocahontas apenas virou uma índia brasileira, né? Acho a discussão muito válida, porque é bem nessa fase que a gente fica se projetando no futuro, se imaginando, e alimenta esse sonho durante os próximos anos. Ou seja, se a gente não realiza esse “objetivo” de corpo quando adolescentes, isso pode desencadear uma série de frustrações que levamos para o resto da vida. A responsabilidade deve existir em todos os sentidos quando falamos de mensagens para crianças.

 

Enfim, gatonas, foi só uma rapidinha, mas quero saber o que vocês acharam das princesas da Disney plus size e o que vocês acham dessa ideia?

 

HUA HUA

BJÓN

7 momentos do dia a dia que você sofre discriminação por ser gorda

discriminação
dis.cri.mi.na.ção
sf (lat discriminatione) 1 Ato de discriminar. 2 O que se acha discriminado. 3Psicol Processo pelo qual dois estímulos que diferem em algum aspecto resultam em reações diferentes.

discriminatório
dis.cri.mi.na.tó.rio
adj (discriminar+tório) Que implica ou que estabelece discriminação.

 

Pois veja bem, esse é apenas um post de desabafo. Passo por algumas (várias) situações no meu dia que parecem simples e corriqueiras, mas fazem questão de me lembrar que eu não me encaixo na sociedade. Seja no metrô, no trabalho ou apenas indo me divertir na balada, não dá apenas para esquecer que eu sou gorda por um dia. E não é que eu queira esquecer que eu sou gorda porque eu sou gorda, eu só quero esquecer que eu tenho que ter uma definição por um dia e me sentir igual a todo mundo, com os mesmos direitos e obrigações. Mas, veja, não é isso que acontece, porque estou sendo constantemente e inconscientemente lembrada do contrário.

Por isso – e pra provar que nossa sociedade é realmente feita para magros e isso não é uma coisa só da nossa cabeça – resolvi listar algumas situações discriminatórias que as gordas passam em sua rotina, todas com um toque de humor, porque, afinal, é melhor rir do que chorar!

 

1. Catracas

Oi? Você realmente acha que eu consigo passar de frente em uma catraquinha dessas? JAMAIS. Meus quadris batem nas laterais e na pressa acabo de machucando. Me sinto bem assim:

A solução: eu uso a catraca de deficientes, que é maior e BEM mais confortável.

A dúvida: por que já não fazem todas do jeito das de deficiente, assim não precisam mais discriminar os deficientes e os gordos!

2. Portas de elevador

Aff, essa ai não precisa nem ser muito gorda. É só ter um ombro um pouco mais largo e aí você já tem que imitar uma lombriga convulsionando para sair de lado, com todas as sacolas, mochila, bolsas, carrinho de bebê AND a sua barriga. Num tá fácil ser gorda…

A solução: não tenho, saio de lado imitando uma lombriga mesmo.

A dúvida: por que não fazem umas portas maiores, meu Deus?! Aquelas antigas que a porta abria inteira, pelo menos, deixava a gente passar com tranquilidade.

3. Portas de banheiros coletivos (vale para banheiro de avião também!)

Sério… SÉRIO! No banheiro do trabalho tem UMA cabine que é maior – e ÓBVIO que todas magras e gordas vão nela. As outras a gente basicamente tem que subir no vaso para fechar a porta, depois descer levantar a tampa e fazer xixi se equilibrando, o que facilita já que a nossa cabeça está apoiada na porta porque não tem mais espaço!

A solução: ir na cabine maior  quando está livre – de pessoas e de “presentinhos”.

A dúvida: não era melhor colocar 3 cabines confortáveis, do que 4 apertadas?!

4. Cinto do carro

Olha, o meu fecha ali no talo – e as vezes quando saio da macarronada da nonna fica bem apertadinho. Então eu fico pensando: e uma pessoa que tem mais barriga que eu?! Será que era por isso que o Seu Barriga sempre cobrava o aluguel a pé?!

A solução: mantenho o banco do carro mais perto do cinto possível para não ter que puxar mais ainda e fico tentando alcançar o pedal com a pontinha do pé.

A dúvida: gente, quanto custa um metro a mais de cinto de segurança? Dá pra incluir na conta estratosférica que eu JÁ vou pagar quando comprar o carro?

5. Banco de transporte público

(catracas inclusive, mas entram lá no 1º item)

Devo admitir que nunca tive problemas com os ônibus, já que na linha que eu pego os bancos não têm divisão. MAS no metrô já são outros quinhentos… Quem teve a maldita ideia de dividir o banco ao meio com um plástico em alto relevo, deveria andar apenas sentadinha ali no meio, para entender a sensação que é ficar com uma nádega na superfície lisa e confortável e a outra nádega parecendo que tem uma lâmina cortando-a ao meio.

A solução: vou de pé ou, quandoestá vazio, sento na pontinha do banco do corredor com as pernas viradas para o corredor e, portanto, de costas para a divisão.

A dúvida: não dava para fazer a divisão apenas com cores, pintando o banco?!

6. Banco do cinema

Não tem NADA que eu odeie mais que as cadeiras do Cinemark! E digo do Cinemark, porque todos os cinemas são ruins (menos a sala 10 do Cinema do shopping Bourbon e algumas salas especiais mais caras que um Rolex), mas eles são TÃO gananciosos que parecem que contatam o mínimo espaço que uma pessoa precisa para sobreviver, só para conseguir socar mais pessoas em uma sala. O fato é que não fica só desconfortável para quem é gordo, mas para todas as pessoas que ficam com os braços tensos a sessão inteira por “medo” de roubar o espaço do braço do outro no apoiador de copos. E olha que é MUITO bem pago para toda essa tortura!

A solução: pagar ainda mais caro para ir em salas mais confortáveis ou esperar chegar no Netflix

A dúvida: gente, vocês já não são ricos o suficiente para pensar em coisas mais prazerosas para seus clientes?

7. Cadeiras com braços

Não sei o que é pior: quando o braço e vazado e consequentemente seus culotes vazam pelas laterais da cadeira; ou quando os braços são inteiriços e parece que você está tentando se encaixotar. (E ainda há quem diga que é fácil ser gorda!)

A solução: cadeiras sem braço ou sempre prefiro a opção 1: deixar os culotes vazando pelo buraco lateral e quando não tenho essa possibilidade, faço a princesa e sento bem na pontinha da cadeira, meio de lado – pareço fina, mas estou só salvando minha busanfa.

A dúvida: para o bem geral da nação, por que não fazem cadeiras um pouquinho mais largas?!

 

 ATENÇÃO: os gifs são meramente ilustrativos e NÃO tem só gordas, OK? Não me venha com essa”ééé mas quem disse que essa menina X/Y/Z é gorda?!?!?!”… NINGUÉM colega, ninguém disse…

 

Enfim, tenho certeza que você passa por essas e muitas outras que eu esqueci na de colocar aqui. Acho importante a gente levar tudo com bom humor, porque se for chorar por tudo que tá errado no mundo a gente ia morrer afogada em lágrimas. Mas me conta aí nos comentários se você já passou por situações como essa e quais outras que eu deixei de fora!!!!

Ah! E fica o meu recado, se você já passou por isso, relaxa, eu também e mais de 48,5% da população brasileira que está acima do peso também. Então não precisa ficar envergonhada ou com “medo” de ir nesses lugares… Vá já sabendo que eles não são “adaptados” para o seu corpo, mas que com jeitinho e humor tudo se resolve!  

 

HUA HUA

BJÓN

A gorda e a magra na novela Alto Astral

Hoje uma leitora querida veio me contar que rolou um a gorda e a magra na novela Alto Astral ontem! Confesso que não assisto essa novela por motivos de: eu trabalho a noite e perco TODAS as novelas. Mas essa me parece muito interessante para nós, já que a personagem Bia é uma gordinha que sofre bullying dentro de casa, assim como muitas de nós.

Bom, além da relação psicologicamente abusiva do seu irmão, a história parece ser legal e muito semelhante a de muitas outras gordinhas do Brasil, provando que o autor está realmente ligado no universo plus size para escrever a história da personagem. Quer uma prova? Então vou te dar 2:

1. O avô de Bia a inscreve em um concurso de beleza e ela resolve participar. Qualquer semelhança com a Vanessa Braga, do Garota Verão, me custa a acreditar que seja mera coincidência.

2. No episódio de ontem, Bia sai para fazer compras com sua irmã Laura que a convence de provar roupas mais modernas e bonitas. Dado momento elas saem do provador com a mesma roupa: a gorda e a magra! Então, elas começam a tirar fotos com o celular, quase senti no ar a hashtag #agordaeamagra hua hua hua. Pode não ser por causa da nossa campanha, mas que foi muita coincidência, ahhh foi!

♥ A gorda e a magra na novela Alto Astral ♥

 

Pontos de atenção (me corrijam se eu estiver errada, porque afinal não acompanho a novela diariamente):

É um grande passo para teledramaturgia brasileira tratar a gorda decentemente, de forma mais próxima da realidade, porém vale lembrar que a Bia, na Novela Alto Astral, só entrou no concurso de beleza para provar pro seu irmão – o bullyier – que ela pode ser linda. Ei, na vida real nós não precisamos provar a ninguém que somos lindas! A gente tem é que se sentir linda e os outros que lidem com isso, pois definitivamente não importam. E também, a melhor maneira de combater um bullyier é mostrar que você é forte e que não aceita aquela opinião e não achar formas de provar-lhe o contrário. Tipo, uma pessoa me chama de gorda e eu vou provar que não sou ficando magra? Vou perder horas da minha vida tentando provar um babaca que a opinião dele é idiota fazendo justamente o que ele quer? OIIIII???

Outro ponto é o provador do a gorda e a magra que, embora tenha sido MUITO legal colocar as duas irmãs com a mesma roupa, ainda assim, a roupa não era NADA bonita, nem fashion, nem moderna… O que prova que a gorda ainda tem opções muito limitadas, infelizmente. E que, sim, a gente ainda precisa lutar por peças bonitas e que acompanhem a moda dos tamanhos menores.

Mas enfim, não vamos negar que já é um baita avanço ♥

 

Dito isso, queria saber o que vocês acharam da cena?? Acompanham a história da Bia? Me coloquem por dentro dos bafões plus size que rolam na novela!!!

Ahhhh e não deixem de participar da campanha #agordaeamagra já que até a Globo apoia (huahauha poderia ser verdade), se quiser saber mais sobre a campanha a gorda e a magra, veja aqui. 

 

Por hoje é isso,

HUA HUA

BJÓN

Andressa Urach: até onde as mulheres vão atrás dos padrões?

O Brasil que acompanha a vida dos famosos está dividido: metade preocupado com o estado da Andressa Urach – a vice Miss Bumbum – e outra metade crucificando a menina por ter aplicado o tal do hidrogel nas coxas – procedimento que agora levou a “modelo” ao estado grave na UTI. Só se fala disso no universo das celebridades. Mas ninguém está apontando a verdadeira discussão: até onde a mulher é levada para atender certos padrões?! Até onde ela vai – e tem o caminho livre para isso – para agradar os outros, chamar atenção para si, ser vista?! 

Há 5 anos Andressa Urach fez um procedimento de preenchimento nas coxas, para que elas ficassem mais grossas, claramente indo contra a formação natural de seu corpo, que apesar de toda a musculação, não ficou com coxas ultramusculosas. Aí não contente com o resultado máximo da academia, ela resolveu se submeter a um processo cirúrgico, invasivo e perigoso, com uma substância que é permitida apenas para pequenas correções (em até 2 ml) e não para “preencher” grandes áreas como glúteos, coxas e seios. Mas e aí, de quem é a culpa? É do médico sem ética. É minha. É sua. É da Urach. É de todas as mulheres e de todos os homens que ficam babando nesses corpos claramente antinaturais, conquistados a base de muitas cirurgias e muitas dietas malucas. A culpa é de todo mundo que é conivente com ditadura estética de corpos perfeitamente esculpidos custe o que custar.

Achei difícil achar uma imagem em que ela não estivesse hiper sexualizada. Até onde as mulheres irão para se tornarem apenas um símbolo sexual? Vale a pena?

O que aconteceu com Andressa Urach poderia ter acontecido com você

Sim, em escala menor o que aconteceu com essa moça acontece todos os dias nas casas de milhares de pessoas. Mulheres se submetendo a situações ridículas para entrar nos padrões, se encaixar em uma “turma”, aparecer. Meninas parando de comer, vomitando, fazendo mais exercícios que os seus corpos aguentam, prejudicando o seu crescimento na adolescência atrás da dieta da moda e mais um monte de outras situações que não só podem destruir a autoestima delas para o resto de suas vidas, como também pode prejudicar a saúde de forma irreversível.

O perigo existe a partir do momento em que se perde a noção do que é real e possível e se passa para o nível da fantasia em busca de um ideal surreal. A pessoa que não é brecada e aconselhada nesse caminho (como Andressa não foi por seus parentes, nem pelos médicos irresponsáveis que fizeram o procedimento com hidrogel) perde a noção de racionalidade e passa a viver emocionalmente seus desejos estéticos, em busca sempre de um ideal além do que já existe. Essa pessoa sai da realidade, então tudo que aqui já existe não é e nunca será o suficiente, em um ciclo eterno de modificações até que algo mais grave aconteça – como ir parar na UTI ou até ficar tão plastificada a ponto de ser irreconhecível.

Alguém precisa intervir por essas pessoas. É preciso reeducar as mulheres, fazer com que elas tenham mais racionalidade sobre os seus atos, mais responsabilidade em cima de suas decisões e, por favor, fazer com que elas reflitam sobre tudo que influencia os seus corpos. Nós somos e sempre fomos condicionadas a tratar o nosso corpo como se ele fosse um objeto que as pessoas têm que admirar, gostar, desejar e nossa responsabilidade mínima é fazer com que ele esteja sempre nos trinques. Sempre fomos condicionadas a permitir que o nosso corpo fosse objeto de avaliação. Mas o que queremos para a próxima geração de mulheres? Queremos ver nossas filhas deitadas em uma cama de UTI ou chorando em frente ao espelho? Queremos que nossas filhas tenham vergonha de serem o que são? Queremos que elas percam mais tempo cuidando do que tem por fora do que alimentando o que tem por dentro (que é muito mais rico e cheio de possibilidades)? Eu não quero ver minha filha rodeada de futilidades, crianças que só pensam em seus corpos, que não conseguem se concentrar no aprendizado porque falta açúcar no sangue… Eu não quero ver minha filha crescendo com meninas que querem ser “gostosas” para “arranjar um bom marido”. Ao contrário. Eu quero uma próxima geração de mulheres que tenham suas próprias conquistas, que ganhem seu próprio dinheiro, tenham poder sobre seus corpos e que, se casarem, que o façam porque encontraram um parceiro(a) que vale ter do lado para o que der e vier, um amigo que dá apoio suporte e compartilha os seus medos e desejos e que, acima de tudo, não cobre dela ser nada além do que ela é e como ela é.

 

Parece impossível agora? Pois é… Mas se a gente começa a luta e espalha isso aos 4 cantos, as coisas começam a mudar. Eu ouço relatos de meninas que passaram a pensar diferente sobre seus corpos depois de começarem a ler o blog. Perderam encanações, melhoraram autoestima, voltaram a sorrir em frente ao espelho. Então, essa luta é minha, é sua e de todas as mulheres, porque queremos uma geração de mulheres evoluídas e não de escravas dos padrões vigentes (sejam eles quais forem).

 

Enfim, falei muito nesse texto, mas acho que é uma discussão muito válida e que deveríamos espalhar para que todas as mulheres lessem e refletissem sobre o que as motiva de verdade quando elas olham e odeiam seus corpos. Eu espero que você esteja nessa luta comigo e vamo que vamo 😉

 

 

Por hoje é isso e desejo, de verdade, melhoras a Andressa Urach que é apenas uma borboleta presa no furacão desordenado de cobranças e padrões que vivemos hoje.

 

BJÓN

 

 

Chega de Fiu Fiu!

Olá queridas, quando as meninas do Think Olga lançaram a campanha Chega de Fiu Fiu eu acabei perdendo o timing de falar aqui no blog e nunca postei nada sobre. Mas agora vale trazer isso de volta porque é um projeto MUITO importante para nós mulheres, que foi criado para lutar contra o assédio sexual em locais públicos e que está crescendo sempre a favor da segurança da mulher em todas as formas. O nome da campanha vem principalmente daquelas coisas horrorosas que a gente é obrigada a ouvir de alguns homens na rua, nos transportes públicos e em outros lugares. É sobre o que nos deixa com medo de sair de saia na rua. É sobre a falta de respeito nos olhares maliciosos e nas palavras dos famosos “xavequeiros”, que acham que só porque eles são homens e nós somos mulheres, eles têm o direito de expor seus desejos sexuais e têm direito sobre nosso corpo.

Além de todas as pesquisas incríveis que as meninas do Think Olga já realizaram e tantas histórias encorajadoras sobre a violência contra a mulher compartilhadas, agora elas querem fazer um documentário para crescer essa discussão e conseguir chegar com o tema ainda mais longe. A ideia do documentário é filmar assédios com uma micro-câmera espiã presa em um óculos nas ruas do país e criar o documentário Chega de Fiu Fiu para discutir e conscientizar sobre a cantada e os direitos da mulher no espaço público. Me lembrou o caso da americana que foi assediada na rua mais de 100 vezes durante uma gravação de 10 horas e que conseguiu levar o tema a muitas discussões sobre a segurança da mulher e a falta de respeito conosco (assista o vídeo 10 Hours of Walking in NYC as a Woman AQUI)

Para arrecadar dinheiro para esse projeto elas colocaram o projeto no Catarse e o interesse foi tanto que em menos de 24 horas o Chega de Fiu Fiu bateu um recorde e arrecadou 20 mil reais. O objetivo é chegar aos 50 mil para dar conta de toda a produção, então se você quiser ajudar nessa luta contra a violência é só entrar AQUI ir do lado direito do vídeo, clicar em e escolher o valor, a recompensa, preencher os dados e selecionar a forma de pagamento.

Assista o vídeo da Campanha Chega de Fiu Fiu para entender melhor:

Bom, se você não puder ajudar com dinheiro, pode sempre ajudar compartilhando o projeto, já que a quanto mais pessoas chegarem essa ideia, maior é a chance de encontrar patrocinadores.

Enfim, fecho o post com uma das ilustrações do projeto, que vale levar para a vida:

 

Lembre-se que esse tipo de projeto luta para que nós, mulheres, tenhamos a liberdade de sair de casa com a roupa que quisermos, da forma que quisermos e na hora que quisermos, sem que precisemos ter medo ou vergonha de comentários nojentos por aí. Então, ajude como puder, mas ajude 😉

 

Por hoje é isso, se quiserem saber mais os contatos das idealizadoras desse projeto segue abaixo:

Juliana de Faria – olga@thinkolga.com
Fernanda Frazão – contato@fernandafrazao.com
Amanda Kamanchek – amandaklemos@gmail.com
Camila Biau – biau@brodagemfilmes.com.br

 

 

HUA HUA

BJÓN

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