Autoestima: como eu descobri a minha – e como você pode descobrir a sua!


Eu me achava feia. Chata. Sem graça. Achava que, apesar de quaisquer qualidades que eu tivesse, sempre seria menor e pior que as outras pessoas. Elas tinham um brilho próprio e eu, bem… Era só eu. A verdade é que demorou um tempo para eu descobrir que todo mundo era “só eu” – ou, pelo menos, todos eram tão iguais a mim, quanto diferentes de mim. Deixe-me explicar: ninguém nasceu de um ovo de ouro ou foi abençoado pelo toque de Midas. Portanto, todos somos iguais e todos temos nossas diferenças. E isso é bom, muito bom!

Imagine só se fossemos todas iguais? Imagine uma fileira de Barbies (a boneca mesmo) peladas. Se eu te falasse pega ali naquela fileira a Barbie que mais combina com a sua personalidade para ser sua melhor amiga. Ops! Como você escolheria? São todas iguais, teoricamente perfeitas… E tão previsíveis. Mas que sem graça!!! O legal de uma pessoa está exatamente onde ela é diferente. E são essas diferenças que combinam com a gente ou não. Certa vez me falaram uma coisa que eu achei tão verdade que resolvi levar pra minha vida: “nós não escolhemos as pessoas pelas suas qualidades, escolhemos pelos seus defeitos” (embora eu nem acredite que existam “defeitos”, acho que existem só coisas que uns gostam e outros não).

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Ok, mas o que isso tem a ver com autoestima?

Bom, uma vez que você descobre quais são suas qualidades e quais são as características que você acha que são defeitos e percebe que você pode muito bem conviver com as duas ao mesmo tempo, percebe que a sua personalidade – e a de todos que você ama – é feita do equilíbrio dessas características e que, sim, vai ter muita gente que vai odiar, mas por outro lado, muita gente vai amar. E as que odiarem, essas não têm nada a ver com você e você não precisa tê-las na sua vida! Por que se preocupar com o que essas pessoas pensam a seu respeito? São elas que pagam suas contas?

Ou seja, uma vez que você aceita que, sim, você tem defeitos, mas todo mundo tem, você resolve cuidar mais das suas qualidades para que essas, sim, se destaquem. Aí, minha cara, você está descobrindo sua autoestima. Porque ter autoestima não é achar que você é perfeita, mas é saber que você tem qualidades excelentes e saber explorá-las. Ter autoestima é saber se enxergar como um todo e saber colocar o que você tem de bom em primeiro plano em todas as situações – seja na conquista, no trabalho, entre amigas, etc.

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Quando comecei a descobrir minha autoestima…

Eu sempre achei minha mãe muito linda e sempre quis envelhecer como ela, até que um dia peguei uma foto de quando ela era jovem – tinha mais ou menos a idade que eu tinha na época – e notei que ela era MUITO parecida comigo. Foi impressionante, levemente chocante e, de repente, comecei a pensar: será que eu sou bonita assim e só eu não vejo? Junto a isso, entrei na faculdade e descobri as pessoas mais diferentes que eu já tinha visto na minha vida, cada uma de um jeito, nenhuma igual em absolutamente nada. Mas eram todas tão incríveis… E eu fazia parte dessa turma! Vai ver eu também era incrível… Aí comecei a reparar em tudo de bom que eu tinha, o que eu mais gostava no meu corpo, o que as pessoas mais elogiavam, as roupas que melhor me caiam, o estilo que mais combinava com a minha personalidade… E acredite, desde então eu só tenho descoberto novas qualidades em mim.

Claro, vira e mexe acho uns defeitos, mas esses a gente tenta consertar ao longo dos anos – ou a gente só se livra das pessoas que fazem questão de nos lembrar deles. Mas te juro que NUNCA na minha vida inteira eu conheci uma pessoa que não tivesse qualidades para serem exploradas. Ou seja, por que você acharia que suas qualidades também não são tão incríveis quanto as minhas ou das pessoas à sua volta?!? Que tal começar a prestar mais atenção ao que você tem de bom?! Fica o desafio de olhar agora para o espelho (ou fechar os olhos) e encontrar 5 qualidades em você (todo mundo tem pelo menos 5, te garanto!).

Qual foi o resultado disso para mim? 

Bom, hoje eu pouco ligo para o que os outros pensam de mim. Aliás, guarde isso: “o que os outros pensam de você é problema deles e não seu!”. Claro que quando um comentário é frequente e de diferentes pessoas (do tipo: “Ju você tem dado mais atenção para o trabalho do que para as pessoas que você ama”) aí eu paro para pensar se aquele comentário tem fundamento e se as pessoas que falaram aquilo realmente sabem dos meus planos e do que eu passo no dia a dia para terem propriedade para comentar aquilo. Eu paro, penso, avalio e me reposiciono, se necessário. Mas sei que cabe a mim, e somente a mim, quaisquer decisões sobre meu corpo ou minha vida. E quem não gostar, que vá para a sessão de terapia, porque eu definitivamente não sou obrigada a agradar todo mundo (e nem você!). Cada um que lide com suas próprias frustrações. 

Ah, mas é difícil ouvir os comentários dos outros…

Bom, só uma última dica: não deixe que as pessoas ao seu redor diminuam as suas qualidades te fazendo lembrar apenas dos seus defeitos. As pessoas também têm problemas com elas mesmas e costumam descarregar isso nos outros. Seja forte! Quem sabe aprendendo a enxergar suas qualidades você não consiga ajudar essas pessoas a enxergarem as delas também e pararem de ver apenas defeitos, hein?!

 

Enfim, gatonas, essa é minha visão de autoestima. Quem conhece minha história, sabe que eu tive uma fase muito trash de ficar sem comer para caber em uma calça 36, mas que eu acabei encontrando a felicidade nas calças 50 porque descobri que a alegria e a vontade de viver nada têm a ver com o tamanho de calça que a gente usa. Eu descobri minha autoestima, descobri meu amor próprio e descobri que tem muuuuito mais em mim do que as pessoas podem realmente ver a “olho nu”. Tenho certeza que você também tem muito mais pra explorar aí, mas quero que você me conte seu caso aí nos comentários e repasse essa mensagem para quem você realmente acha que precisa de um empurrãozinho na autoestima, ok?!

 

 

Por hoje é isso!

HUA HUA

BJÓN

 

 

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