Psiu! 1 minuto de silêncio contra a gordofobia

Eu não ia falar sobre o caso das 4 modelos plus size que fizeram um protesto em Brasília, porque não acredito nessa forma de protesto – tirando a blusa para chamar atenção, reafirmando a associação da mulher plus size com sexo -, mas essa é apenas uma questão pessoal e acho que o protesto é válido, sim, mesmo que tenha sido de uma maneira que eu não faria. No entanto, hoje esse protesto tomou proporções muito maiores ao meu ver – e por isso resolvi escrever sobre ele por aqui.

Um resumo rápido pra você entender: depois que essas 4 moças lindas se sentiram humilhadas em um hotel, quando a recepcionista disse em tom irônico que 2 delas não caberiam em uma cama de casal, elas resolveram fazer um protesto em frente ao Congresso. Claro que a imprensa não deixou passar e se aproveitou da situação para ganhar muita audiência. Até aí, ok. As reportagens ouviram o lado das meninas e apoiaram a causa contra a gordofobia.

O problema é que, depois de aparecerem em diversos jornais, elas saíram na TV e uma pessoa, que aparentemente é da Polícia Militar, escreveu um “pequeno desabafo” xingando as plus size de “saco de toicinho” entre outras frases que nós, gordas, já ouvimos muito. Um ato covarde, que incita claramente violência e dissemina diversos pensamentos preconceituosos. Isso tudo vindo de um P.M. que, teoricamente, está lá para garantir nossa segurança.

A imagem foi apagada do perfil pouco depois, mas tiraram um print

Não sei se começo pelo “a pior obra de engenharia que Deus lançou” ou pela “solução” incrível que esse ignorante deu de banir gordos de transporte público. Sei que o texto todo é um absurdo sem fim.  Como a gente comentou aqui ele abriu a torneira de asneiras no começo da publicação e não fechou nunca mais, vomitou palavras horrorosas e o pior, ele é uma pessoa instruída, já que tem pouquíssimos erros de português… Pra você ver que IGNORÂNCIA, FALTA DE EDUCAÇÃO E RESPEITO não depende de instrução…

 

Não sofra calada!

Aí depois desse absurdo a advogada Vanuza Lopes, que não tinha contato com as misses, compartilhou indignada esse print e foi procurada por elas para representá-las no tribunal contra esse homem. “Vamos ingressar com uma ação penal por crime de injúria e difamação e, certamente, pedido de indenização para as próprias modelos”, disse em entrevista ao G1. “Qualquer mulher que se sinta gorda e que tenha se sentido ultrajada pelas agressões pode entrar na Justiça contra ele, porque ele já começa o texto dizendo que a pior obra de engenharia de Deus foi a mulher gorda.”

Mais que merecido, não? A parte interessante dessa história é que, além de gerar o maior auê nas mídias, ainda se esse homem for penalizado de forma justa, como deve acontecer, isso inibirá outros tantos atos iguais ou piores ao dele. É o nosso maior passo em direção ao fim da gordofobia! Imagina só se toda mensagem gordofóbica fosse levada aos tribunais ou, pelo menos, fosse penalizada de alguma forma? Então atos como o desse PM tenderiam a diminuir cada vez mais. Porque é o que eu sempre digo, você não precisa gostar de uma ou de outra coisa, corpo, comida, música, etc, mas TEM SIM que respeitar os outros. Faz parte do convívio em sociedade. Faz parte de ser respeitado também.

Depois de alguma apuração mais afundo, alguns veículos (não sei qual descobriu primeiro) descobriram que esse mesmo cara que compartilhou a mensagem gordofóbica tem uma doença muscular degenerativa. Agora eu queria saber como ele iria se sentir se as pessoas compartilhassem falando que ele é uma falha de Deus, que deveria ficar sem transporte público para ver se seus músculos voltariam a funcionar e um monte de outras baboseiras sem cabimento, iguais às que ele escreveu em seu depoimento.

 

PSIU!

Na foto, as modelos aparecem com o dedo na frente da boca, com o símbolo de silêncio, meio querendo dizer “sou linda e não quero ouvir seu preconceito” (minha interpretação é essa), mas esse símbolo tomou outras proporções e os internautas começaram a postar fotos com o dedinho na boca em apoio ao ato e contra a gordofobia – esse sim é um tipo de protesto que acho mais interessante, sem um mártir e com a possibilidade de envolver uma nação. O resultado é ÓTIMO e você pode ver com a hashtag #psiu no Instagram. Pesquei umas abaixo, só para ilustrar.

 

Chega de tanto #preconceito, diga não a #Gordofobia . Respeito é fundamental. #Respeito #Amor #Igualdade Uma foto publicada por Viviane Ferreira (@25vivi) em

#Psiu #SilêncioAoPreconceito #ForaPreconceito.

Uma foto publicada por Junior Carneiro (@jhunyorcarneiro) em

 

Acho que o que fica dessa história é a esperança de que atos como esse sejam punidos, de que as pessoas se unam contra todo e qualquer preconceito e que apenas parem de achar que a gorda é diferente ou pior só porque usa um tamanho maior de calça… E a reflexão sobre  compartilhamento irresponsável de ideias preconceituosas. Tais pensamentos não deveriam nem existir dentro da cabeça, mas já que existem, as pessoas deveriam se envergonhar e evitar ao máximo colocar pra fora! #fikadik

 

Então, fica o convite, vamos nos unir para dar um grande PSIU no preconceito e na gordofobia!!! E me conta aí o que você achou dessa história, como você reagiria? Se quiser falar mais, vamos pro meu Face ou no Instagram @ju_romano

 

HUA HUA

BJÓN

 

 

Por que a palavra gorda é ofensa?

Eu bem já estava sentindo falta de uma polêmica (estávamos sem desde a da Abercrombie, lembra?), mas polêmica boa é aquela que nos faz pensar e não só aquela que faz a gente ficar revoltada com o mundo sem sair do lugar. Pois com a polêmica de hoje eu proponho uma discussão e uma grande reflexão: por que a palavra gorda é ofensa? Por que quando alguém diz que uma roupa é “para gordas” isso é negativo?

O motivo do debate é que semana passada rolaram várias discussões e revoltas no mundo com o Walmart lá da gringa, porque eles nomearam a seção de fantasias plus size como “Fat Girl Costumes“, que em tradução é fantasias para garotas gordas. É claro que meio mundo ficou ofendido com a forma como foi colocado e usuários do Twitter compartilharam com ironias, reclamações, indignações… Até que a rede Walmart se desculpou publicamente e trocou o nome da seção para “plus size costumes”. O porta-voz da empresa se retratou “Isso nunca deveria ter estado no nosso site. É inaceitável, e pedimos desculpas. Estamos trabalhando para removê-lo o mais rápido possível e garantir que isso nunca aconteça novamente.”

Bom, acho que, sim, o pedido de desculpas é válido uma vez que ofendeu alguém e por causa da revolta que causou, mas na minha opinião o problema vai muito além da empresa que usa a palavra gorda para se referir a uma mulher plus size. Eu vejo o preconceito em TODOS os lados dessa história e acho que temos muitas discussões para fazer em volta desse único fato:

1ª reflexão: o preconceito está além da palavra

Você não acha que o preconceito maior não vem da palavra gorda, mas parte da marca que separa a numeração “plus size” ou “para mulheres gordas” das outras seções? A marca nomeia essa seção com um nome “especial”, porque simplesmente mulheres gordas são um universo á parte na sociedade ou porque mulheres que vestem acima de um certo número não podem se encaixar na normalidade (sintam a ironia no meu texto, ok?!). Então, teoricamente chamando de gorda ou de plus size, só o fato de separar com um nome especial já é um preconceito, o que nos leva ao 2º item… ↓

2ª reflexão: o emprego dos termos na vida real

Sim, nós também usamos a palavra aqui no blog e usamos o termo moda plus size, moda para gorda, moda GG… Mas veja, quando eu estou fazendo um blog pessoal é claro que eu vou falar sobre a minha vida e os meus dilemas (que também são os dilemas de muitas outras meninas como eu), então se eu sou uma mulher gorda ou plus size é claro que eu vou falar da moda que me serve, que no caso é a moda acima do tamanho 46. E, sim, eu estou segregando a moda no meu blog porque de verdade no meu armário só entra o que está do 48 para cima e a minha realidade é comprar em lojas cuja a seção se chama “plus size” e eu tenho que lidar com isso no dia a dia. Eu aceito a situação, o que não quer dizer que eu deva me acomodar e não achar que o cenário deveria mudar. Eu sempre digo que meu maior sonho é que não exista mais o “plus size” e sim uma grade grande o suficiente para abranger todos os números

3ª reflexão: gorda não é ofensa

Quando eu uso a palavra gorda ou plus size para me definir estou falando de uma característica física minha, da mesma forma que quando eu descrevo algumas amigas minhas e falo “a Amanda é magra, alta, loira…”. Por que isso é pejorativo? Por que nós, gordas, ficamos toda hora reafirmando que a palavra gorda é ruim e a magra é boa? Por que a gente tem que achar ofensivo alguma característica física nossa??!?!? Por que eu não posso me definir como gorda se, sim, meu corpo é muito diferente e tem muito mais gordura do que o das minhas amigas magras?! Afinal, qual é o problema?! Eu não sou uma pessoa melhor, pior, mais ou menos capaz, apenas por ser gorda…

4ª reflexão: devemos renovar os nossos conceitos

Quem se ofendeu e se revoltou com a palavra gorda, não se revoltou com a segregação e, sim, com o uso dessa palavra. Mas é fácil desapegar de conceitos que nos são ensinados desde criança? Não, não é fácil e nós sabemos. Mas e se fizéssemos um esforço coletivo para que a palavra “gorda” fosse riscada da lista proibida de palavras?! E se fizéssemos um esforço para que essa palavra, que foi usada durante tantos anos para ofender e maltratar, começasse a ser apenas mais uma palavra? Eu, que sou bem resolvida com a questão e já me desapeguei dessa palavra como ofensa, sempre que sou chamada de gorda viro com um sorriso e respondo “obrigada, sou mesmo, é tão difícil que as pessoas nos vejam como realmente somos né?!” ou quando me falam “você engordou?” eu respondo “não, não, acho que é impressão. Eu já sou gorda”. O que sempre acontece? A outra pessoa fica sem resposta, porque é isso que acontece quando uma pessoa tenta te ofender e não consegue. Que tal não deixarmos mais que as pessoas usem a palavra gorda como ofensa, hein?! Com certeza se os pais ensinassem suas crianças que a palavra gorda não é ruim, teríamos muito menos bullying nas escolas e menos adultos traumatizados… 

5ª reflexão: associação da palavra gorda com falta de saúde

E como eu sei que VAI TER uma pessoa (ou mais)  que vai falar que “ser gorda é uma questão de saúde”, já vou adiantando: essa é uma desculpa que as pessoas usam para encobrir a gordofobia!!! Existem gordas doentes e gordas saudáveis, da mesma forma que existem magras saudáveis e magras doentes. A diferença é que ninguém finge estar preocupado com a saúde da magra, já na saúde da gorda todo mundo acha que tem o direito de se meter. Ah! Faça me o favor, alguém aí tem um banco de dados na cabeça que armazena todos os exames de todas as pessoas que vê, por acaso!?!? Não. Então como pode dizer quem é saudável ou não? Duvido que essas pessoas virem para outras pessoas magras no meio da rua, na fila do banco, na loja de roupa e do nada falem: “mas sabe, você tem que cuidar da sua alimentação, é uma questão de saúde”. DU-VI-DO. É claro que você pode querer emagrecer porque seus exames deram alterados, mas quem decide isso é você – não eu e muito menos um fulaninho que nem te conhece!

 

Enfim, essas foram as MINHAS 5 discussões internas depois que eu li essas matérias sobre a indignação com o Walmart.  Como a discussão é longa, é obvio que eu ainda não cheguei a muitas conclusões ou soluções… Então por enquanto acho válido a gente ir pensando a respeito dessas questões que nos rodeiam a todos os momentos e passamos as vezes sem nem se dar conta.

 

Agora me conta, o que você achou!?? O que acha dos 5 pontos que coloquei na roda? Conta tuuuudo aí nos comentários e vale lembrar: a gente só consegue crescer e evoluir em uma discussão quando temos diferentes pontos e todos se respeitam, então por favor, sem ofensas! Grata!

 

Bom gatonas, por hoje é isso. Se tiver alguma coisa para me falar em particular vamos lá pro meu Facebook e não deixe de me acompanhar no Instagram @ju_romano

 

HUA HUA

BJÓN

Mulheres preferem um barrigudinho – e ele não tá nem aí!

 

Uma pesquisa feita no Reino Unido, concluiu que 3 em cada 4 mulheres preferem um barrigudinho – e você aí achando que a galera ia na academia paquerar hein?! O número, que explica o sucesso de azaração nos bares e cervejadas, é resultado de um levantamento feito para o filme “Vizinhos”, estrelado pelo Zac Efron, boladinho, e pelo Seth Rogen, gordinho.  Além do preferencial de 75% da população feminina, o estudo também mostrou que 96% das mulheres acham que caras obcecados por malhação são chatos durante encontros (veja, eu disse OBCECADOS, não só quem vai para fazer um exercício e manter a saúde em dia, ok?!?! Não confunda…). E alguém duvida?

Além dos papos repetitivos sobre supino, whey protein, suplemenzzzzzzz… Opa! Acordei! Uma das hipóteses levantadas é que a falta de paciência das mulheres com caras fanáticos por musculação pode ser um reflexo de suas próprias inseguranças com o corpo. Para as entrevistadas, é mais provável que um cara obcecado pelo corpo também repare nos defeitos do corpo de sua parceira – e consequentemente aumente as cobranças a respeito disso. Ai, já viu, né!? Vai rolar toda uma insegurança da parte da mulher na hora das intimidades e diminuir a autoconfiança dela.

E aí, vem a conclusão BOMBÁSTICA do estudo:  a pesquisa concluiu que os efeitos da aparência física sobre o desejo sexual são bem maiores para mulheres do que para homens. PAH! TAPA NA CARA! 

AHÁ! Tá vendo minha fia, e você aí com vergonha de tirar essa blusa na frente do boy porque não quer que ele veja suas estrias. Não tá a fim de sair com ninguém “agora” porque está 5 quilos mais gorda que o de costume. Não quer encontrar o ex porque engordou desde a época em que terminaram… Sabe o pior de tudo? SÓ VOCÊ LIGA PRA ISSO! O bofe não tá nem aí se a sua calça jeans te aperta nas laterais, se você tem as coxas cheias de celulite ou se você é mais gorda que ele. Se o cara já está saindo com você ele já se interessou por você, ele já sabe que você é gorda e, se a coisa pegar fogo e vocês resolvem dar um passo a mais, ele já estará com tanto tesão quanto você, ou seja, não vai nem ligar se sua barriga não é negativa (capaz, inclusive, de gostar mais), se você era 10 quilos mais magra ou se você tem uma cicatriz de apendicite.

É fato que tem homens que gostam de mulheres gordas e homens que gostam de mulheres magras (assim como você pode gostar de um barrigudinho ou de um malhadinho), mas se o cara já está lá todo cheio de amor para dar pra você, por que você vai ficar encanando com coisas do seu corpo que nem ele está ligando, me diz?!?

E eu sempre acho que, na verdade, as pessoas enxergam em nós o que nós enxergamos em nós mesmas. Então, se você se vê como uma fracassada, as pessoas te verão assim também. Já se você se vê como uma pessoa linda e cheia de qualidades, digna de ser adorada, as pessoas simplesmente nem ligarão para os seus defeitos… Ou seja, mais autoestima e amor, por favor!

 

Nossa! Peguei o bonde do estudo e fui looonge, mas esse é um assunto que eu sempre tenho vontade de abordar aqui no blog porque  ouço muitos relatos de mulheres e amigas que travam emocionalmente com o sexo oposto depois de engordarem. O que, francamente, é um absurdo, porque a maioria dos homens que eu conheço não está nem aí ou engordaram junto com o passar dos anos de casado/namoro (aliás, uma pesquisa realizada aqui no Brasil, com  mais de 3,5 mil pessoas, comprovou que cerca de 91% dos casais relataram estar mais gordos depois de trocarem as alianças, mulheres E homens). Então, me responde uma coisa, se você não liga para o fato do seu namorado/marido/ficante ter engordado, por que você acha que ele deveria ligar para isso em você!? 

 

Fica aí o questionamento para você se lembrar sempre que pensar em negar uma linda noite de prazer apenas por estar encanada com as gorduras. 

 

HUA HUA

BJÓN

Trilha Sonora do dia e reflexão sobre padrões

Esses dias várias leitoras queridas me indicaram uma trilha sonora que ouço todo dia no repeat. É a All About That Bass, da Meghan Trainor, uma cantora americana que está fazendo o maior sucesso por criticar os padrões em sua música (ver tradução abaixo). A verdade é que eu amei a batida da música, a empolgação e a parte em que ela defende o corpo “violão” com unhas e dentes… Mas, opa, pera lá! Sim, eu acho muito legal a crítica em relação às mulheres irreais criadas pelas revistas, a crítica ao Photoshop e a parte que ela diz, empolgada, “Se você tem beleza, beleza, eleve-a. Pois cada pedacinho de você é perfeito. Lá de baixo até o topo”. Mas olhando a letra, fico chateada com uma coisa: o fato dela criticar as meninas magras com frases até agressivas para o meu gosto.

É muito comum (e eu até já falei sobre isso por aqui) ouvir frases do tipo “homem gosta de ter onde pegar” ou, no caso da música, “homem gosta ter onde pegar à noite”. Mas, gente, isso não é legal. Ninguém precisa diminuir os outros para se mostrar melhor. Nós, gordas ou apenas meninas fora dos padrões, fomos diminuídas durante anos – e somos até hoje – e sabemos que isso não faz bem para autoestima de ninguém, sabemos que isso nos destruiu psicologicamente, então por que dizer exatamente o que não gostaria que fosse dito a você?

Eu sei que é um jeito de se rebelar, de dizer chega, de falar que você é dona de um corpo lindo e desejado tanto quanto de uma menina magra… Mas francamente, você não precisa negar um padrão impondo outro! Além disso, da mesma forma que não gostamos de ser generalizadas, não vamos generalizar também. Homem não gosta disso ou daquilo. Tem homens que gostam disso e homens que gostam daquilo. Tem homem que gosta de gorda, tem homem que gosta de magra e independentemente do que eles gostem, somos nós que temos que gostar do nosso corpo.  

Eu adorei a música e recomendo. É uma música “empoderadora” para nós que não nos encaixamos nos padrões. Mas não se deixem levar pela ideia de diminuir as meninas diferentes de você. Fiquem apenas com a ideia principal: você é linda com o corpo real que você tem – seja ele magro, gordo, grande, pequeno, alto, baixo… – e aprenda a aceitar o que é diferente.

Agora aperta o play na trilha sonora de hoje, levanta da cadeira e vá rebolar… Você merece, tem um corpo lindo e é tão sexy quanto qualquer outra pessoa 😉

 

 

All About That Bass – Meghan Trainor

 

Because you know I’m all about that bass (Porque você sabe, eu sou mais um corpo violão)

‘bout that bass, no treble (Um corpo violão, não um tipo flauta)

I’m all ‘bout that bass, ‘bout that bass, no treble (Sou mais um corpo violão, um corpo violão, não tipo flauta)

I’m all ‘bout that bass, ‘bout that bass, no treble (Sou mais um corpo violão, um corpo violão, não tipo flauta)

I’m all ‘bout that bass, ‘bout that bass (Sou mais um corpo violão, um corpo violão)

 

Yeah it’s pretty clear, I ain’t no size two (Sim, está muito claro, eu não uso 38)

But I can shake it, shake it like I’m supposed to do (Mas posso rebolar, rebolar, rebolar, como devo fazer)

Cause I got that boom boom that all the boys chase (Pois tenho aquela performance que os meninos procuram)

All the right junk in all the right places (Todas as gostosuras nos lugares certos)

I see the magazines working that Photoshop (Eu vejo as revistas abusando daquele Photoshop)

We know that shit ain’t real (Sabemos que essa porcaria é uma ilusão)

Come on now, make it stop (Fala sério, faça isso parar)

If you got beauty beauty just raise ‘em up (Se você tem beleza, beleza, eleve-a)

Cause every inch of you is perfect (Pois cada pedacinho de você é perfeito)

From the bottom to the top (Lá de baixo até o topo)

Yeah, my momma she told me don’t worry about your size (É, minha mãe me disse “não se preocupe com seu peso”)

She says, boys they like a little more booty to hold at night (Ela diz “meninos gostam de ter o que apertar à noite”)

You know I won’t be no stick-figure, silicone Barbie doll (Você sabe que não vou ser uma vara pau, Barbie siliconada)

So, if that’s what’s you’re into (Então, se é isso que você prefere)

Then go ahead and move along (Saia daqui e parta para outra)

 

Because you know I’m all about that bass (Pois você sabe, eu sou mais um corpo violão)

‘bout that bass, no treble (Um corpo violão, não um tipo flauta)

I’m all ‘bout that bass, ‘bout that bass, no treble (Sou mais um corpo violão, um corpo violão, não tipo flauta)

I’m all ‘bout that bass, ‘bout that bass, no treble (Sou mais um corpo violão, um corpo violão, não tipo flauta)

I’m all ‘bout that bass, ‘bout that bass (Sou mais um corpo violão, um corpo violão)

 

I’m bringing booty back (Estou trazendo as bundas de volta)

Go ahead and tell them skinny bitches Hey (Vá e diga a essas vadias magrelas ‘e aí’)

No, I’m just playing I know you think you’re fat (Não, estou brincando, sei que você se acha gorda)

But I’m here to tell you that (Mas estou aqui para te dizer que)

Every inch of you is perfect from the bottom to the top (Cada pedacinho de você é perfeito, lá de baixo até o topo)

Yeah, my momma she told me don’t worry about your size (É, minha mãe me disse “não se preocupe com seu peso”)

She says, boys they like a little more booty to hold at night (Ela diz “meninos gostam de ter o que apertar à noite”)

You know I won’t be no stick-figure, silicone Barbie doll (Você sabe que não vou ser uma vara pau, Barbie siliconada)

So, if that’s what’s you’re into (Então, se é isso que você prefere)

Then go ahead and move along (Saia daqui e parta para outra)

 

Because you know I’m all about that bass (Porque você sabe, eu sou mais um corpo violão)

‘bout that bass, no treble (Um corpo violão, não um tipo flauta)

I’m all ‘bout that bass, ‘bout that bass, no treble (Sou mais um corpo violão, um corpo violão, não tipo flauta)

I’m all ‘bout that bass, ‘bout that bass, no treble (Sou mais um corpo violão, um corpo violão, não tipo flauta)

I’m all ‘bout that bass, ‘bout that bass (Sou mais um corpo violão, um corpo violão)

 

 Por hoje é isso, mas me conta aí nos comentários o que você achou da música! (Sem contar o clipe foooofoooo!) 

 

HUA HUA

BJÓN

Modelo photoshopada se revolta e causa na internet

A polêmica do dia é sobre a modelo Meaghan Kausman, uma australiana que foi convidada para posar para a Fella Swim, uma marca de biquínis. O problema é que quando ela viu o resultado da foto ficou assustada e revoltada: a modelo photoshopada e com a barriga e pernas bem mais finas que as suas reais – detalhe: ela já é magra!

Inconformada, compartilhou a foto do antes e depois com Photoshop em seu Instagram e deixou o recado: “esta manhã eu fiquei extremamente chocada ao ver que a Fella Swim tinha compartilhado uma versão photoshopada da foto original do Pip (fotógrafo especializado em fotos embaixo d’água) em sua página do Instagram. Meu corpo foi drasticamente modificado, afinando minha barriga e coxas em uma tentativa de me encaixar no ideal cultural de beleza. Acima é a versão da marca, abaixo é a versão real. Meu corpo é um tamanho 8, não é um tamanho 4. Esse é o meu corpo! Eu me recuso a ficar quieta e permitir que qualquer empresa ou pessoa perpetue a crença de que “mais fino é melhor”. Todas as mulheres são bonitas e têm diferentes formas e tamanhos! Esta indústria é louca!!!! Não está certo alterar o corpo da mulher para fazê-la parecer mais magra. NUNCA!

 

Veja a foto da modelo photoshopada:

 

 

O que Meaghan Kausman fez é digno de aplausos e motivo de orgulho, porque enquanto muitas mulheres escolhem justamente as fotos em que saem mais magras para publicar ou ficam bem felizes em saírem mais magras em um ensaio, esta modelo – que vive do corpo, vejam – se levantou contra uma marca que admirava e botou a boca no trombone contra essa indústria louca, que sobrevive por fazer as mulheres acreditarem que não são bonitas o suficiente para serem felizes.

Nós bem sabemos que é uma prática comum no mercado fazer o que a marca de biquínis fez e photoshopar todo o corpo das modelos até que elas se tornem irreconhecíveis até para elas mesmas. Porque não basta ser magra, ser modelo… Tem que ser impossível, irreal. Mas o que aconteceria se TODAS as modelos que são drasticamente modificadas resolvessem se rebelar?

O que aconteceria se todas as mulheres resolvessem se revoltar (como nós fazemos as vezes por aqui)?  Será que se as mulheres parassem, pensassem e realmente desejassem, assim como essa modelo, ver seus corpos reais estampados nas fotos, será que as marcas continuariam a fazer esse absurdo?

Se a maioria das mulheres não estivesse tão cega nessa inércia maluca dos padrões de beleza e realmente acreditasse que elas podem ser felizes com o corpo que têm, aí marcas como a Fella Swim só atrairiam publicidade negativa (lembram da Abercrombie?). Mas enquanto as pessoas ainda escolherem “aquela foto em que meu braço saiu mais fino” e deixarem de lado aquela “foto ótima mas que eu saí com papo” de lado, as marcas vão, sim, se aproveitar dessa inércia para montar em cima e ganhar dinheiro por conta das inseguranças da mulher que sempre teve sua autoestima, naturalidade e beleza massacrada pelos padrões.

Por isso meninas, é o meu grito aqui, o da Meghan na austrália e o de tantas outras mulheres ao redor do mundo: AME-SE! Ame seu corpo como ele é, ame suas curvas, aceite as suas diferenças e a dos outros, aceite que nós somos únicas e cada uma com as suas particularidades. Mudar é bom, sim, quando você deseja, mas desde que isso parta de dentro e não da exigência de um mercado ou da cobrança alheia. 

Bom, acho que falei demais, mas me contem aí, o que vocês acharam desse caso? Fariam o mesmo?

 

Por hoje é isso

 

HUA HUA

BJÓN

 

O dia em que eu virei um botijão de gás

Semana passada dei uma entrevista para uma jornalista muito ética e sensível sobre como usar body plus size. A matéria saiu no site da CARAS e o resultado ficou lindo. A repórter não colocou palavras que eu não disse na minha boca, deu um serviço bacana para quem tem dúvidas e, o melhor de tudo, passou a mensagem pela qual nós lutamos que é a de “você pode usar o que quiser”.

Pois bem, o que me assustou, pela primeira vez, não foi uma matéria em um grande veículo sobre plus size (porque essa foi otimamente executada). Não! O que me assustou foram os comentários agressivos abaixo da matéria (que eu reproduzi na imagem a seguir). Como eu sempre digo aqui e nas redes sociais, há muito tempo eu parei de me importar com comentários negativos de pessoas que não me conhecem, não sabem pelo que eu já passei e o que já sofri, porque elas simplesmente não fazem a MENOR diferença na minha vida e no curso que eu caminho. Mas o que me deixou PASMA é ver como além de extremamente mal educadas (desculpa, mas eu não fui educada para chamar ninguém de botijão de gás) e ignorantes – duvido que qualquer um desses seres estudou QUALQUER coisa sobre moda para poder opinar de forma construtiva – elas são absolutamente doutrinadas pelos padrões de magreza impostos pela mídia e pela sociedade ao longo dos anos. Impressionante como elas são tão cegas a ponto de achar que só porque uma gorda preenche uma saia de modo mais voluptuoso do que uma modelo magra, aquilo não pode ser bonito (e na verdade, nenhuma delas sequer parou para refletir, elas só reagiram de modo impulsivo ao ver uma gorda em uma matéria de moda). Acho impressionante como chega a ser até burrice e com certeza falta de raciocínio alguém ter a capacidade de falar que “para obesos é preciso alongar o corpo com os vestidos camisões, ou presos logo abaixo do busto, sem marcar” (alooow de onde você tirou essa informação totalmente equivocada?!?).

Tirando isso, tem mais um outro fator que me fez refletir. Por que raios as pessoas acham que podem falar o que quiserem na internet sem punição? Por que as pessoas acham que podem ofender outras só porque estão protegidas por trás de seus computadores? Olha, não é por nada não, mas da mesma forma que eu estou exposta na matéria, qualquer pessoa que comente com o perfil do Facebook está tão exposta quanto eu. Se você comenta coisas horríveis com a desculpa de que uma “pessoa pública” tem que “engolir”, fique sabendo que a partir do momento que você deixa a usa carinha logada com o seu perfil do Facebook, você também se torna uma pessoa tão pública quanto qualquer outra. O que me dá o direito de falar aqui (no meu site, sem invadir a vida de ninguém) o que eu acho sobre a falta de educação, falta de sensibilidade, falta de respeito e falta de inteligência de quem comenta coisas do tipo “você parece um botijão de gás”. Eu acho que todo mundo está no direito de não gostar das peças, de achar que a combinação não funcionou e ter uma opinião sobre o look. O.K. Agora, sair falando besteira como se fosse a dona da verdade e o pior, ofendendo com palavras baixas e sem argumentos é um pouco demais para eu entender… Minha educação e amor ao próximo não permitem admitir coisas desse tipo.

Sei lá, lembrei da mesa que eu participei no YouPix esse ano justamente sobre isso e achei a discussão muito válida. Eu não me importo com os comentários, eles realmente não mudam a minha vida (e se você já ouviu algum desses, também não se deixe abalar, viu?!), mas eu fiquei chocada como as pessoas ainda têm o pensamento tão atrasado. Fiquei triste por essas mulheres que são tão bloqueadas para o novo e para o diferente, o que me leva à conclusão do TANTO que é importante o trabalho que nós fazemos por aqui e que outros blogs feministas, plus sizes e de moda séria também fazem. Essas pessoas PRECISAM sair da inércia de burrice e padronização que elas foram criadas para viver. Nós precisamos tirar essas mulheres do ciclo vicioso em que se encontram, onde elas são sempre levadas a acreditar que existe uma verdade única e que ela vem na embalagem de uma mulher branca,loira, magra, alta e com as roupas de grife. É por essa causa que eu trabalho e é isso que me dá forças e mais vontade ainda para continuar. Então, vem comigo!?

Vale lembrar: a gente é muito mais do que o que essas pessoas pequenas enxergam, a gente é muito mais do que o que qualquer pessoa poderia julgar baseada numa foto. E definitivamente se você, assim como eu, já ouviu comentários maldosos pare e pense: a opinião dela não é melhor ou mais importante que a sua, então não deixe que ela tome muito espaço na sua vida, ok? Quanto a mim, bom, o look com o body continua sendo um dos meus favoritos. Quem não gosta, que lide com isso…

 

HUA HUA

BJÓN

Dançarina plus size surpreende a todos os jurados do Britain’s Got Talent

Ao som de Firework, da Katy Perry, a britânica Emma Haslam provou que é possível fazer o que você quiser, com o corpo que você tem. Sim, nesse vídeo maravilhoso a dançarina plus size surpreende a todos os jurados do  Britain’s Got Talent ao subir ao palco super segura de si, usando uma roupa mega recortada, com as gordurinhas saltando e mostrando seu corpo fora dos padrões, para fazer um número no poledance – essa dancinha SUPER difícil, que exige uma puta preparação física.

A princípio os jurados fizeram aquela cara de desdém, como quem não acredita que uma pessoa supostamente “fora de forma” possa fazer uma boa performance, mas Emma já avisa antes de iniciar a apresentação: “estou tentando promover a ideia de que um modo de vida saudável não é só para os tamanhos padrões, obviamente eu sou uma mulher grande. Espero que todo mundo veja que eu sou boa no que eu faço“, diz.

O resultado você confere no vídeo abaixo, aperta o play:

Quer prova maior de que você pode ser o que, como e fazer o que quiser com a sua vida exatamente com o corpo que você tem?!?! Eu sempre digo isso e volto a bater nesta tecla… Ninguém está dizendo que você não pode mudar, não pode melhorar coisas que você não gosta. O que eu estou dizendo apenas é que você pode ser como quiser e fazer o que tiver vontade – e fazer muito bem, por sinal!

 

Que esse vídeo sirva de inspiração para nós e para todas as mulheres do mundo. Yes, we can!

 

HUA HUA

BJÓN

#EMBRACE: documentário passa a mensagem “ame seu corpo”

 

Esses dias li um comentário que revirou o meu estômago. Em uma galeria de fotos de um desfile plus size de um site grande, o primeiro comentário era de uma menina que dizia: “ridículo. Não encontro outra palavra para descrever a hipocrisia da situação. Essas mulheres que supostamente, se aceitam gordinhas, se amam como são, estão mentindo! Querem morrer quando vêem uma mulher magra e linda passar em sua frente e dariam um rim por um corpo magro e bonito. É triste tentarem nos vender a idéia de que ser gordo é bonito, é bom. Essas mulheres devem sofrer pacas para amarrar um sapato, abotoar uma calça. Gente, se aceitar é muito diferente de mentir“. (Só tive vontade de responder na hora: não, sua ignorante, eu sou plus size e nunca sofri para amarrar o sapato e também não sofro para abotoar minhas calças 50 que me fazem mais feliz que a tamanho 36, beijos. Mas tive preguiça…)

Esse não é o primeiro comentário que ouço do tipo e até eu já fui até atacada com esse tipo de julgamento (de acharem que meu amor era hipocrisia). A verdade, querida leitora, é que, como você pode ver pelo comentário acima e outros semelhantes, se você não gosta do seu corpo, você não é a única. A real é que uma pessoa que faz um comentário desses, na verdade está falando do próprio corpo. E pouco importa se ela é magra ou gorda, importa só que claramente essa pessoa não consegue aceitar que alguém ame o que vê no espelho, pelo simples motivo que ela mesma não consegue – daí a crença na impossibilidade de tal situação. Sinto pena e acho recalque…

Mas, como a vida é justa, aconteceu que, EXATAMENTE no mesmo dia, uma leitora me apresentou essa pessoa incrííííível….

O antes e depois do avesso: Taryn teve mais de 3 milhões de likes nessa foto

Então, não vamos transformar o caso todo em um exemplo infeliz, vamos trazer a discussão para o lado positivo. A verdade é que não importa como é a sua imagem na frente do espelho e, sim, o que você tem dentro da cabeça. A prova disso é a Taryn Brumfitt (a moça da foto acima), uma fotógrafa que odiava com todas as forças o seu corpo plus size e que, um dia, resolveu mudá-lo. Começou a emagrecer, fazer academia, entrou até para concursos de beleza … E nada, absolutamente nada, mudou! Ela continuou odiando o seu corpo magro, da mesma forma que odiava o gordo.

Certo dia ela estava em uma praia e uma completa desconhecida levantou ao seu lado e gritou: “Oh! Olha lá! Tem uma outra mulher com só um peito, igual a mim!”. Quando Taryn olhou as duas mulheres haviam perdido um peito e elas estavam lá felizonas na praia, amando seus corpos. E foi aí que ela se deu conta de que as mulheres são sempre levadas a acreditar que elas não são bonitas o suficiente, são levadas a acreditar que têm que ter mais peito, menos celulite, menos gordura, mais bunda, mais cabelo, menos estrias, etc. As mulheres sempre são instigadas a ficarem infelizes consigo mesmas – e propagam esse tipo de pensamento, como visto no inicio do post o comentário desagradável.

Pensando nisso ela resolveu criar um movimento chamado The Body Image Movement e entrevistou mais de 100 mulheres pedindo para que elas descrevessem seus corpos em uma só palavra. O resultado? Triste. A maioria escolheu uma palavra pejorativa.

Para mudar a mentalidade das pessoas e mostrar que SIM VOCÊ PODE SER FELIZ COMO VOCÊ É, ENTÃO AME SEU CORPO ela resolveu fazer um documentário chamado #EMBRACE. A fotógrafa fez um teaser onde mostra um pouco das entrevistas, de sua vida e de suas inspirações, assista:

 

 

Eu achei emocionante, primeiro porque eu passei pela mesma situação (já fiquei magra e continuei odiando meu corpo, só fui me amar depois de gorda) e segundo porque me dói o coração ver pessoas lindas e perfeitas, achando seus corpos “nojentos”, “imperfeitos” e outras coisas absurdas que apareceram no vídeo. Mas a verdade é que a maioria das pessoas acha seu corpo feio e eu pergunto, por quê?!?! Meninas magras, gordas, altas, baixas e tantas outras acham que são imperfeitas, acham que têm muito para melhorar, mas nunca se dão conta que o ideal não existe e que elas já são lindas. 

Existem meninas como a pessoa que fez o comentário do início do post, pessoas que não acreditam que é possível amar seu corpo do jeito que é. Mas, gente, é possível, sim! E se você é gorda e acha que se amaria mais se fosse magra, eu te digo uma coisa: você não vai se amar mais se emagrecer! Você pode se amar mais porque começou a se cuidar mais, começou a ter mais vaidade, começou a se sentir mais confiante, mas isso não tem NADA a ver com o peso que tem na sua balança. Se você se prestar mais atenção às suas qualidades do que aos seus defeitos, vai começar a se amar do jeitinho que é (magra ou gorda). Enquanto se ficar aí, esperando emagrecer para se achar bonita, só vai ficar cada vez mais infeliz.

Por isso acho importante falar e compartilhar esse tipo de projeto, esse tipo de vídeo e esse tipo de post, porque É NOSSA OBRIGAÇÃO ajudar todas as nossas amigas a se enxergarem como elas são: lindas e perfeitas. E não importa o que digam…

 

Como eu posso ajudar?

Se você gostou da ideia do documentário, a Taryn está arrecadando doações nesse site aqui para conseguir finalizar as gravações e edições do seu projeto. Se não puder doar uma quantia, já ajuda muito compartilhando a ideia para amigas e pessoas que se interessam pelo assunto!

 

Por hoje é isso meninas, o texto ficou enooorme mas acho o assunto super sério e muito válido. O que você achou? Me conta tudo aí nos comentários e vamos lá pro meu facebook conversar mais

 

HUA HUA

BJÓN

 

11 melhores motivos para amar o seu corpo

1. Ele é único

Esse talvez seja o maior e melhor motivo para amar o seu corpo: ele é único! Sabe quantas coisas existem no mundo que nunca foram copiadas ou reproduzidas? Quase nenhuma! E sabe como é difícil criar alguma coisa que ainda não existe? MUITO! Então, pare de se achar feia e comece a ver o seu corpo como uma obra de arte, porque é isso que ele é. Uma peça única, que não dá para reproduzir nem copiar!

2. Ele carrega histórias da sua vida

Sabe aquela cicatriz no joelho que você vive tentando esconder? Ou aquela estria na lateral do quadril que você adquiriu durante o ano do vestibular?! Então, essas marcas não são merecedoras da sua vergonha, pelo contrário! Cada pedacinho do seu corpo – as estrias, celulites e cicatrizes – contam um pouco de quem você é e o que você já fez na sua vida. Encare-as com carinho! E, olha, ninguém está dizendo que você não precisa fazer nada para melhorar a aparência delas ou é obrigada a se orgulhar, mas não tenha vergonha do seu passado. Negar pedaços da sua vida é negar quem você é, e vamos lá, tão linda assim, por que você vai querer negar alguma coisa aí?!?

3. Ele te permite viver

Tem tesouro maior que a vida? O seu corpo é o recipiente de tudo de bom que você pode oferecer ao mundo e às pessoas à sua volta. Não odeie ele! É o seu corpo que permite com que você realize as atividades do dia a dia, que te leva para onde você precisa ir, que faz você se divertir, trabalhar, estudar… Enfim, é seu corpo que te dá a vida! Seja grata por ele

4. Ele tem defeitos, mas todos têm

Não existe perfeição e, se ela existisse, alguém colocaria um defeito. Sabe por quê? Porque a sua avó já dizia: “o que seria do azul se todos gostassem do amarelo, minha filha?”. É a mais pura verdade, vovós do mundo. Sempre (SEMPRE!) vai ter alguém que acha que o seu defeito, na verdade, é uma das suas maiores qualidades – e vice-versa. E, vamos combinar, a personalidade de uma pessoa é formada pela combinação de suas qualidades e seus defeitos e cada pessoa só tem graça por causa disso. Imagina que chata uma pessoa perfeita? Bleh! Super sem sal… (pronto! Já achei um defeito…)

5. No final do dia, ele é seu melhor amigo

Pode ser a amiga, a irmã ou o namorado que for e de quantos anos for, mas no final de um longo dia de trabalho, depois de ouvir caraminholas da sua chefe, bater perna por metade da cidade, ouvir cobranças dos clientes ou ficar horas esperando na fila do banco, só as suas pernocas (magras, gordas, roliças, com celulites, só o osso ou etc) sabem o que você está sentindo! E só elas aproveitarão tanto quando você aquele momento maravilhoso ao chegar em casa, deitar na cama e colocar os pés para o alto… Precisa de mais?

6. Você vai atrair mais gente

Pessoas que amam o seu corpo têm mais confiança e conseguem desenvolver melhor uma conversa, com mais jogo de cintura e mais coragem para ser natural e sincera. Ou seja, as pessoas realmente se sentem mais confortáveis ao lado de quem está confortável.

7. Você vai se divertir mais

Se sentir confortável com o que você vê no espelho e amar o seu corpo pode ser a grande porta de entrada para a diversão. Isso mesmo! Se sentir confiante permite que você faça tudo o que tiver vontade sem se preocupar se os outros vão achar bobo ou não. Você pode dançar do jeito que quiser, rir do jeito que quiser, usar as roupas, o cabelo e a maquiagem que quiser… Saber que você é linda faz parte da diversão.

8. Sua saúde vai melhorar

Quem disse que se amar e se aceitar é sinônimo de ser conformada? Não, não, não! A partir do momento que você fica bem consigo mesma e começa um caso sério de amor com o corpo é que você quer ter saúde, se cuidar, etc. Exercícios, exames regulares, boa alimentação e uma série de hábitos que antes pareciam um drama, podem realmente ser prazerosos.

9. Vai ser mais fácil comprar roupas

Acredite, conhecer o seu corpo é essencial na hora de puxar os cabides das araras. Mas, para conhecer o que cai bem ou não, você precisa analisar com precisão seu corpo na frente do espelho. Ou seja, saiu do banho vá para o espelho e se olhe. Repare nos pontos positivos, depois vista a sua roupa favorita e veja os pontos que você gosta que ela destaque. Tudo fica mais fácil quando você aceita que nem tudo cai bem, mas nem tudo cai mal. É só uma questão de se conhecer e de fazer boas escolhas.

10. Você vai ficar mais corajosa

Chega de evitar entrar em lojas com medo de não ter seu tamanho! Chega de ter medo de encontrar com o gatinho porque ele vai te achar gorda/magra/alta/baixa/feia/estranha/dentuça/etc demais! Chega de desistir de ir às festas por medo de não ter o que vestir! Já imaginou dizer chega pra um monte de medos bobos? Pois é, quando você ama seu corpo não precisa (e nem quer) ficar dando satisfações para os outros e também está pouco ligando para a opinião alheia, o que te deixa bem mais à vontade para fazer o que desejar.

11. Você será mais feliz!

Sim, depois de ler toda essa lista, você realmente acha que seria mais triste? A verdade é que a partir do momento que você começa a amar o seu corpo, você realmente fica mais positiva, deixa o medo de lado, começa a ver coisas além das aparências e se torna até uma pessoa mais profunda.

 

Bom, esse é um post colaborativo, então por favor deixem aí nos comentários os melhores motivos para amar o seu corpo para vocês e vamos lá pro meu Facebook conversar mais!

 

HUÁ HUÁ

BJÓN

Top 6: os links que você precisa ver e ler sobre corpo, aceitação e preconceito

Olá queridas, venho reunindo há algum tempo bons links que falam sobre corpo, aceitação e preconceito, enfim, links que eu gostei de ler e assistir e acho que seria bacana para quem visse também. Alguns já falei por aqui, outros ainda não. Então, divirtam-se ou “reflitam-se” heheh.

1. Como ter um corpo perfeito para o verão, do Gluck Project

 

Escrito por Karin Hueck, uma brasileira morando em Berlim, o texto fala com uma naturalidade linda sobre sua experiência adulta em uma praia de nudismo. Vale muito a pena ler, para pensar em como a gente se prende a algumas coisas culturais que não fazem o menor sentido. Um trecho ótimo “Em algum momento entre minha infância e o verão passado, a minha percepção do que é um corpo bonito ou feio, ou de que tipo de corpo deve ser exposto ao sol, mudou. Alguém me ensinou que só pode tirar a roupa quem tiver “um corpo perfeito para o verão”. Aprendi onde deve haver muita carne, onde não deve haver nenhuma carne; onde deve ter muitos pelos (spoiler: só no alto da cabeça), onde não deve haver pelo nenhum (no resto do corpo). Aprendi até mesmo a identificar conceitos estranhos como estrias, celulites, rugas e flacidez, como se a pele – esse órgão imenso que nos embrulha de alto abaixo – não pudesse guardar nenhuma marca da passagem do tempo. O que será que deu errado?“. Leia o texto na íntegra AQUI.

2. A “mulher mais feia do mundo” e sua lição de vida, por Lizzie Velásquez

 

 

O vídeo da Lizzie é tocante demais, ela tem uma doença raríssima que não permite que ela engorde e, com isso, várias outras deficiências físicas. Ela sofreu muito bullying na vida, mas deu a volta por cima. Apesar dos médicos terem dito que ela não chegaria à adolescência, hoje ela é uma adulta lindíssima e bem resolvida que dá palestras motivacionais e realmente faz muita gente refletir sobre a vida. Sua pergunta principal é “o que te define?”. Aperta o play aí, o vídeo é longo, mas vale cada segundo. 

 

3. Ser gorda é…, por Jéssica Lopes

 

 

Hahahah se não fosse triste, seria muito cômico. Mas a Jéh fala umas boas verdades sobre como é ser gorda, lembrando situações que todas nós já passamos, e no final do vídeo ela deixa pra gente uma reflexão linda. Achei o vídeo bem humorado e digno do play! Veja mais vídeos da Jéh aqui.

 

4. Espelho Torcido, por Luiza Ribeiro

 

 

Eu já falei desse curta AQUI, mas como eu acho ele super tocante, resolvi falar de novo. Nesse curta, sensível e emocionante, Luiza “contesta a definição de um corpo belo mostrando que o sublime se encontra até em corpos esteticamente grotescos”, como define a própria autora. Se você ainda não viu, aperta o play!

 

5. Professores obesos são impedidos de darem aulas, por Keka Demétrio

 

Esse foi o tema que rondou o mundo (plus size ou não) esse mês e gerou muita, mas muita polêmica – e com razão. Caso você não tenha ouvido, professores altamente gabaritados foram e continuam sendo proibidos de dar aulas por causa do IMC (índice de massa corporal) elevado. Como se o nosso ensino público já não fosse ruim o suficiente, ainda os melhores professores (uma passou em 2º lugar no concurso) são proibidos de assumir o seu cargo por puro preconceito. Muita gente pediu para eu comentar o caso, mas eu não conseguiria explicar melhor ou colocar em melhores palavras do que a Keka Demétrio colocou nesse texto AQUI. Também convido você a se juntar à campanha #nuncasoubeoimc.

 

6. “Eu não mereço ser estuprada”: mulheres reagem a dados de pesquisa sobre assédio, por MdeMulher

O texto da Bruna Petean explica o que é o “Eu não mereço ser estuprada” que vem pipocando nas nossas redes sociais e como está sendo a repercussão. Vale a pena ler para entender o panorama geral. Veja o texto na íntegra AQUI.

 

Bom, gatonas, é isso. Espero que gostem dos links tanto quanto eu. Se tiver mais coisas interessantes, manda aí nos comentários ou lá na minha página no Facebook

 

HUÁ HUÁ

BJÓN

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