Olá queridas! Hoje a Dove lançou mais um daqueles vídeos que me pegam pelo coração e me emocionam em um grau absurdo… É a campanha Seu cabelo, sua escolha que mostra que você pode ter o cabelo, o corte, a textura e a cor que bem entender!
Vocês não imaginam minha felicidade ao assistir esse vídeo MARAVILHOSO de Dove, porque como vocês bem sabem, eu AMO mudanças ousadas no cabelo, mas nem sempre foi assim, sabe… Quando eu era mais nova era constantemente bombardeada por comentários sobre o meu cabelo. Eram coisas que a gente está mais do que acostumada a ouvir, do tipo “franja?! Para o seu rosto redondo não vai ficar legal!” ou então “ai menina, corta esse cabelo, parece uma bruxinha” e ainda as pérolas “para afinar seu rosto, você tem que escolher um corte repicado, com franja diagonal, assim disfarça o rosto redondo“.
MAS OI?! Não importava o que eu queria ou achava legal, eu TINHA que disfarçar as bochechas fofas e meu rosto… Que diga-se de passagem, não é redondo! Fica a dica: formato do rosto não depende de gordura, não, minha gente 😉 .
Aí eu fui crescendo (em idade, porque altura não rolou muito… hua hua) e as cobranças em torno do cabelo também começaram a crescer. “Para ser respeitada no mercado de trabalho, você tem que ter um corte/textura assim“… “Para conquistar uns gatinhos, o melhor cabelo é assado“…. “Ahhhhh, não! Se você tiver cabelo colorido, ninguém vai te levar a sério! Só rebeldes sem causa pintam os cabelos“.
Eu fui crescendo acostumada à estranha ideia de que meu cabelo estava na minha cabeça, mas não era meu de fato.
Depois de começar a trabalhar com moda e alimentar o blog, percebi que o cabelo, assim como as roupas ou os acessórios que escolhemos é também uma forma de expressão da nossa personalidade. Percebi que o cabelo, assim como o resto do meu corpo, era MEU e SÓ MEU, portando só eu poderia decidir sobre ele! E tenho que dizer: foi LIBERTADOR!
Imaginem minha felicidade ao ver essa campanha LINDA de Dove, defendendo com amor e muita emoção as nossas próprias escolhas sobre cabelo?! Seu cabelo, sua escolha SEMPRE E COM CERTEZA!!!
Aperta o play e, amiga, se empodera da sua cabeça!!!
♥ Dove inspira com Seu cabelo, sua escolha, aperta o play ♥
https://www.youtube.com/watch?v=2EZnBwEW2g0
De uma forma ou de outra, as pessoas que não te conhecem podem até dar uma julgadinha, mas as que te conhecem sabem MUITO bem como você é e que o seu cabelo não prova que você é “isso” ou “aquilo”. Seu cabelo prova que você é você mesma, com uma personalidade ÚNICA e escolhas PRÓPRIAS!
E se você está na dúvida se um cabelo combina ou não com você, te digo uma coisa: o fato de você desejar ter um outro tipo de cabelo já diz que aquele cabelo vai combinar com você, porque afinal você já gosta dele!
Fica aí o incentivo e se você tem amigas que têm medo de mudar ou até aquelas amigas que ficam criticando algum tipo de cabelo/corte/penteado, manda esse vídeo pra elas, quem sabe você não ajuda a abrir a cabeça delas e fazê-las um pouco mais livres!!!
Agora me contem, curtiram o vídeo? Tem algum cabelo que vocês têm desejo mas AINDA não tinham tido coragem? Quero saber TUDO!
Esqueça os tão desejados solados vermelhos, você vai se encantar especificamente por um batom. E não é porque ele vem na embalagem mais incrível do mercado… É simplesmente porque ele está na boca de Clementine Desseaux. A modelo “plus size” é o novo rosto de Christian Louboutin! (A explicação das aspas no “plus size” já vem logo abaixo… Leia tudo!)
Em entrevista ao Daily Mail a modelo compartilhou como se sentiu a respeito da nova empreitada: “Os padrões de beleza estão mudando e as diferenças que costumavam ser fraquezas agora se tornaram pontos fortes”, disse Christine.
Veja o teaser da campanha no perfil oficial da marca:
♥ Modelo “plus size”na propaganda de Christian Louboutin! ♥
Antes que caiam matando dizendo “ah, mas ela nem é gorda”, vou deixar minha opinião, ok? Mas respeito as visões diferentes e gostaria de ouvi-las/lê-las também aqui nos comentários.
Bom, eu acho que passamos muito tempo sendo bombardeadas por cenas de mulheres magérrimas representando o mercado de moda e beleza. Mulheres que passavam muito longe da realidade de muitas outras mulheres. É verdade que Clementine não é a plus size com a maior numeração do mercado – e talvez tenha sido rotulada de plus size APENAS porque não veste 36/38 como as outras modelos. Mas o fato é que ela é uma mulher com um braço gordinho, com uma silhueta curvilínea, coxas grossas e com furinhos e seios fartos. Ela é uma mulher que poderia ser eu, ou você ou uma conhecida que passa por nós na rua.
Ela é uma mulher que está ali, no meio do caminho, se aproximando em alguns aspectos das mulheres gordas e em outros das mulheres magras. Sua imagem é muito mais abrangente – e, portanto, menos excludente – que a de uma modelo 38. Se ela vestir 44 ela está ali, a um passo de ser plus size, bem como a um passo de entrar para a numeração tradicional. De qualquer forma, ela consegue tocar e criar identificação em um número maior de consumidoras.
Do lado aspiracional, me deixa extremamente feliz e realizada ver uma das marcas mais bem conceituadas de sapatos do mundo deixar de lado os padrões tão batidos para apostar em uma beleza mais natural. Uma modelo curvilínea, ainda que não seja plus size, com certeza é um apoio à diversidade corporal e, com isso, um incentivo ao amor próprio de cada uma de suas consumidoras.
Mas não sejamos inocentes, em tempos de crise, uma marca precisa ampliar seus horizontes de atuação mesmo. Do lado realista é um jeito de se reinventar, fazer notícia e levar o produto de carona na fama da campanha inovadora.
De qualquer forma, essa é uma das primeiras vezes que vejo uma mulher maior que o 36/38 fora do contexto plus size e associada a uma marca de luxo. De um jeito ou de outro – seja para chacoalhar o mercado ou apenas para ganhar mais dinheiro – o efeito será sempre positivo para nós. Acostumar o olhar a diferentes tipos de corpos, faz com que o preconceito, a cobrança e a opressão diminuam.
Querendo ou não, uma modelo “plus size” na propaganda de Christian Louboutinsilenciosamente diz: ei, mulher, você pode ser linda, fina e vestir uma marca de luxo com o tamanho que tiver! E é OK sim, ser quem você é e usar um puta de um batonzão vermelho ou um baita salto caríssimo se você quiser.
Independentemente da gordura corporal da modelo e do apelo comercial da campanha, uma coisa é fato: nós só temos a ganhar com marcas apoiando a diversidade. Um passo por vez é claro, e ainda faltam muitos passos nessa caminhada, mas eu faço o tipo otimista que prefere celebrar quaisquer vitórias por menores ou maiores que sejam.
E vocês, o que acharam da campanha? ME contem TUUUUDO aqui nos comentários. ♥
Olá queridas, não tenho como ser polida, educada, simpática, sensata ou qualquer outra coisa… Porque o que apenas consegui pensar e dizer foi “MAS QUE PORRA É ESSA?!?!” quando li a carta editorial da Mônica Salgado, a última de 2015 e que encerra o ano da revista Glamour. Me desculpe, mas faltou GLAMOUR na minha reação… E com razão! Eu não quero corroborar com a ideia insana de uma ex-gorda, que decidiu por desejo pessoal emagrecer, que toda gorda é, ou deve ser, infeliz. Ok, todo mundo tem uma opinião, inclusive as repórteres, e acho que todo mundo tem que buscar felicidade, mas uma revista apoiar um discurso que OFENDE e OPRIME a liberdade corporal da mulher é GRAVÍSSIMO. Também não acho que o “politicamente correto” é errado ou chato, principalmente quando ele significa RESPEITAR o próximo.
[blockquote author=”Kariny Grativol, produtora-executova da Revista Glamour” pull=”normal”]”Ei, não é OK ser gorda. Não é possível se sentir bem com obesidade. Falo com propriedade: fui obesa infantil e vivi o efeito sanfona por 15 anos, até fazer cirurgia bariátrica. Emgareci 47kg e hoje sou feliz com o meu manequim 44″ [/blockquote]
E vem cá, que merda é essa de dizer como as pessoas devem ou não viver? Que porra é essa de dizer o que é “OK” eu fazer da minha vida e o que não é? O quão legal, incrível e tão melhor que a minha é a vida dessas pessoas da redação pra dizer como EU devo lidar com as decisões sobre O MEU corpo e as consequências que isso terá para a MINHA vida?
Vou dizer o que não é OK: não é bom, não é saudável, não é educado e não é legal uma revista de circulação nacional apoiar – mesmo que indiretamente – discursos de ódio. Apoiar a opinião pessoal de uma repórter que afirma que ser gordo não é legal APENAS E UNICAMENTE aumenta o ódio e a gordofobia.
Vou te contar uma coisa Monica Salgado, a opinião da sua repórter não vai fazer eu entrar em um regime e também não vai fazer com que eu acorde mais magra amanhã. Mas INFELIZMENTE ela pode fazer com que uma série de leitoras da revista passem a me olhar com cara feia, nojo, pena ou que passem a se sentir no direito de julgar meu corpo só porque eu sou gorda – direito que NINGUÉM tem, aliás. Para mim, tudo bem, eu já aprendi a lidar com o meu corpo, a amá-lo e aceitá-lo, mas e para as meninas que ainda estão trabalhando a autoestima? E para as que sofrem bullying no colégio?
Falar que não é legal ser gorda não faz diminuir as doenças decorrentes da obesidade, apenas faz com que aumentem as consequências psicológicas da opressão corporal em quem é gorda.
Agora me diz, cara diretora de redação: A REVISTA GLAMOUR NÃO É FEITA PARA MULHERES? Por que então você está tentado tanto OPRIMIR a mulher com esse discursinho barato e cheio de chorume? Por que você não LUTA PELA mulher, pela sua liberdade e pelo seu bem estar em vez de tentar colocar todo mundo na mesma caixinha da infelicidade e preconceitos?!
Olha só, não é porque eu sou gorda (e talvez eu só entenda isso porque eu sou gorda) que eu tenho que pensar e me sentir como todas as outras gordas. Sem contar que essa repórter sofreu por ser gorda e viveu no efeito sanfona até fazer a cirurgia bariátrica provavelmente porque deixou ser influenciada por opiniões equivocadas sobre alimentação, regimes malucos e porque sempre sofreu pressão de discurso como esse que agora ela está reproduzindo e com o aval de um veículo de comunicação de alto alcance. Ou seja, ela se fudeu quando era gorda (como todas nós) e a agora está replicando o mesmo discurso opressor, que não ajuda e só piora a situação de qualquer gorda.
Sem contar as outras opiniões mesquinhas que eu não tenho tanta propriedade pra falar, mas sei lá, só acho que não é porque uma editora é super workaholic que isso desmerece as donas de casa por opção. Eu sou workaholic e namoro, mas não acho que é o trabalho, a carreira, o casamento OU um certo tipo de corpo que faz uma mulher ser mais mulher – ou ser mais “ok” e, portanto, apresentável.
Veja, é incabível para mim que em pleno século 21, com tamanha liberdade que já conquistamos e com tanto mais que buscamos, que uma revista me diga que o MEU corpo e MINHAS decisões não são aceitáveis. Eu não preciso que essa revista me defenda, porque não sou leitora e nem o público alvo dela, mas acho que o MÍNIMO é que ela não me ataque como mulher!
E eu fico com VERGONHA que alguns amigos jornalistas tenham que se submeter à tamanha humilhação de trabalhar em uma revista tão ATRASADA, MESQUINHA e IGNORANTE.
Sim, eu estou nervosa, inconformada e chocada. Esse é um post EMOCIONAL, porque eu não tenho como ser imparcial nessa questão. Só que as pessoas e os veículos TÊM que entender o poder que tem as palavras, a influência que têm os grandes veículos e como isso gera consequências na formação do pensamento social. Gente, não dá mais pra apoiar ou fechar os olhos para o preconceito e essa maneira simplista e excludente de pensar… E uma diretora de redação deveria ter VERGONHA do pensamento horrível de pessoas que trabalham sob o seu nariz e não apoiar esse tipo de estrume verbal.
Apenas minha opinião sincera, coisa que aparentemente a Monica Salgado valoriza acima de qualquer outra coisa, né?!
OMG! O que são as capas da ELLE de dezembro? Em maio, quando saiu uma capa digital sem Photoshop, com uma gorda mostrando suas dobras na maior revista de moda do mundo eu achei que tinha sido o maior passo das revistas femininas que veríamos esse ano. Um especial de diversidade, com mais de 8 páginas para contar como é estar na pele de quem não se encaixa nos padrões é realmente um grito de liberdade e, acima de tudo, uma das batalhas feministas vencida – e foi abraçado e aclamado nos 4 cantos do mundo. Uma coisa ainda me deixou com a pulga atrás da orelha: embora tenha sido incrível, será que esse posicionamento terá continuidade ou foi apenas mais um “especial”? Não me leve a mal, mas estamos acostumadas a ver veículos bipolares a rodo, ora defendendo diversidade, ora fazendo comentários gordofóbicos…
No mês seguinte, a edição de junho não sótinha a plus size Isabella Trad em um editorial, como tinham mais outras mulheres que não são modelos e não se encaixam nos padrões estampando a capa e as páginas de recheio. Fiquei orgulhosa. Mas confesso que não fui acompanhando mês a mês… Até que esse mês, o último do ano, eu percebi: a ELLE de dezembro realmente ZEROU O JOGO das revistas femiNINAS e começou o novo caminho das revistas femiNISTAS. Aquelas que não têm a função de OPRIMIR a mulher, mas sim as que LUTAM por ela e ao lado dela.
A briga não é por um tipo corpo ou por outro, a luta é para que cada mulher POSSA DECIDIR SOBRE O SEU PRÓPRIO CORPO e seja a única a fazer isso. A ELLE de dezembro fez o que as revistas deveriam fazer há anos: ela vestiu a camisa das mulheres e montou um time de jornalistas e pensadoras FODAS (com o perdão da palavra e no maior bom sentido) para lançar um MANIFESTO FEMINISTA.
Chuiquérrimo, com conteúdo inteligente e que faz cada leitora CRESCER intelectualmente. Porque é ÓBVIO que uma revista de moda fala de moda, mas também deveria ser ÓBVIO que dentro desse discurso deve existir o da valorização da mulher, do empoderamento, da liberdade, entre tantos outros que buscam o respeito e igualdade da mulher na sociedade.
Sinceramente, desde que eu me dou por gente eu leio revistas, mas pela primeira vez eu senti que uma revista era PARA a mulher. Esse ano eu fui surpreendida. Olha, apenas estou orgulhosa e escrevendo com os pés, porque estou aplaudindo com as mãos. ♥
♥ ELLE de dezembro e o Manifesto Feminista:por um corpo seu, que seja realmente seu♥
Embora a temática das capas tenha mais a ver com violência sobre a mulher e não especificamente sobre a diversidade corporal, não se sinta de fora. Se por UM segundo você não se sentiu representada, pode começar a se sentir, porque esse manifesto feminista não privilegia um tipo de corpo ou outro. Ao defender que o corpo da mulher é dela e que cabe APENAS a ela as decisões sobre ele, automaticamente esse manifesto diz que o seu corpo, no tamanho que ele for, com a numeração que tiver, pode vestir, fazer e ser o que VOCÊ quiser.
É o que eu sempre digo,tudo tem que começar de algum lugar, mas se tivermos que entrar na briga, que tenhamos um aliado forte ao nosso lado, não é? 😉
Pessoalmente, eu AMO as convidadas especiais que escreveram para essa edição. Acho que são mulheres muito incríveis que dão a cara a tapa para defender outras mulheres e MERECEM ser ouvidas. Nada melhor que uma gigante da moda para apoiar, não é mesmo?
E francamente, acho que em vez de ficar achando defeitos nas ideias inovadoras a gente tem MESMO que apoiar, para ver se todas as outras revistas se tocam e abandonam o pensamento mesquinho e opressor de sempre. Erro sempre tem, mas é PRECISO apoiar as ideias que fazem o bem e elevam as discussões saudáveis!
Me contem: o que vocês acharam das capas? Qual é a sua favorita? Já foi pras bancas apoiar e ver de perto? ME CONTA TUDO! Ah! E compartilhe essas capas com as suas amigas, quando uma mulher dá apoio e incentivo a outra mulher, coisas incríveis acontecem!
Olá queridas, antes que você comece a ler o texto, deixo bem claro que meu objetivo NÃO é fazer com que você desista do seu sonho de ser modelo plus size, nem te desmotivar na vida. A questão é que eu tenho visto muita, muita mesmo, menina querendo se tornar modelo plus size, mas a maioria (não todas!) nem sabe do que se trata a profissão direito ou acredita que a profissão é só coisa boa, glamour e paparicação. Pois bem, eu NÃO sou modelo plus size, mas convivo com muitas modelos plus size há mais de 7 anos, então resolvi reunir aqui algumas coisas sobre a profissão que ninguém conta para uma mulher que quer ser modelo – e ela acaba passando por essas desagradáveis surpresas.
Eu poderia ser BEM dura e dizer: se você está na dúvida se você pode ou não ser modelo plus size, então provavelmente você não pode, porque nessa profissão não tem muito espaço pra dúvidas e inseguranças. Mas para você entender por que eu digo isso, eu vou explicar em 19 itens para o que você tem que estar PRE-PA-RA-DA antes mesmo de ir procurar uma agência, OK?!
♥ 19 verdades cruéis que ninguém conta para quem quer ser modelo plus size ♥
1. Não existe um casting amanhã e você não precisa mandar as fotos hoje
Essa é a desculpa mais antiga das agências de modelo (magras ou gordas). Com o objetivo de pressionar a aspirante à modelo que ainda está em dúvida, a agência liga dizendo que tem uma seleção para um job muito grande e que vai pagar bem, mas que para você participar é necessário pagar a taxa da agência e fazer o book profissional “ATÉ AMANHÔ (ou alguma data muito próxima) e aí vem o segundo golpe…
2. As fotos de um book profissional não precisam seguir o padrão da agência
A taxa de agenciamento pode até ser baixa, mas a agência vai dar um jeito de tirar mais dinheiro da aspirante a modelo plus size cobrando em outra coisa como o book, por exemplo. Eles fingem que não se importam se você fizer em outro lugar, mas tentam te coagir com frases como: “a senhora pode até fazer com um fotógrafo, mas as fotos têm que ter um padrão profissional que a gente garante aqui, sabe, para você ter mais chances e blá blá blá”, e inventam qualquer desculpa para você acreditar que as fotos que eles farão na agência (e te cobrarão 3X o preço real) é realmente melhor do que a que a sua amiga fotógrafa vai ter fazer por um precinho camarada. E para ser sincera, algumas fotos mais bem tiradas, mesmo que não sejam a coisa mais profissional do mundo, já são o suficiente para a marca ver se quer você ou não em uma campanha, concorda?
3. As agências sérias não saem por aí fazendo casting no Facebook
Embora você ache as selfies no espelho do banheiro e as fotos da balada muito incríveis, uma agência séria não sai atirando para todos os lados nas redes sociais (até mesmo porque é super difícil encontrar uma Fluvia Lacerda no meio de tantos perfis). Pode até acontecer, é claro, mas desconfie ao menor sinal de malandragem e confie nos seus instintos.
4. Não é porque você é bonita que vai funcionar como modelo
Eu sou contra e acho péssimo, mas infelizmente o mercado de modelos (mesmo o de modelos plus size) ainda tem um padrão. Eu, por exemplo, não sou modelo. O mercado pode até contar com diversidade em cor de pele e textura de cabelo, mas, seja como for, todas as modelos têm que ter o corpo proporcional, no formato de ampulheta, sem flacidez, com pouca celulite e, de preferência, com mais de 1,67m de altura. O mercado plus size também considera a modelo um cabide e aparentemente esse é o tipo de corpo que mais se encaixa nas roupas que são produzidas. É claro que eu, que defendo a beleza em todas suas formas, acho um absurdo e por isso que eu fico tão revoltada, mas a verdade é dura e o mercado é assim mesmo. Então, claro que vale lutar pelo seu lugar, porque toda regra tem exceção, mas saiba que AINDA existe um padrão no mercado de modelo plus size e você vai ter que enfrentá-lo.
5. Não é porque você gosta de tirar selfie que você tem aptidão pra fotos profissionais
Eu já disse aqui no blog algumas vezes que ser modelo plus size é uma profissão e que como qualquer outra profissão exige aptidão e uma série de características para ser exercida. Não é só tirar fotos! Você tem que ser pontual, amável, paciente, simpática, educada, agilizada, não pode ter preguiça ou reclamar de cansaço e, peloamordesantocristo, TEM que ter um repertório vasto de poses. Além do corpo dentro do padrão do mercado, ainda tem que ter pele firme, pouca celulite, unhas e cabelos bem cuidados, hidratados, brilhantes e bem pintados, pele sem espinhas, marcas ou manchas e tem que estar SEMPRE com unhas feitas, pele hidratada e depilada. Claro que o Photoshop resolve muita coisa na hora de finalizar a campanha e algumas marcas levam cabeleireiros e manicures para o shooting, mas nem todas as marcas têm verba para bancar um extreme make over. É um absurdo e foge totalmente do propósito da beleza natural, mas é a verdade.
6. As agências não são garantia de trabalho
Você pode ser agenciada, mas isso não quer dizer que você vai se tornar uma modelo plus size – inclusive conheço meninas que são agenciadas há anos e NUNCA tiveram um trabalhinho sequer arranjado pela agência. Ou seja, você pode pagar o que for e acabar nunca trabalhando como modelo.
7. É claro que a agência vai falar que você tem perfil
E você pode ter perfil mesmo, mas pode não ter nada a ver com o que o mercado quer e a agência não vai te contar, afinal ao não te dizer ela leva o seu dinheiro sem o compromisso de te devolver. Ou seja, você paga, ela mantém seu nome na lista de agenciados, mas nunca nenhuma marca pode te chamar pra fotografar. Dessa forma a única que perde é você. Tenha senso crítico, veja se você tem aptidão e se esse é realmente um sonho que vale a pena investir.
8. Por falar em investimento, o salário NÃO é milionário
É claro que se você é uma modelo super top, que já está há anos no mercado e toda marca sonha em te ter no catálogo, você vai poder cobrar um valor mais alto. No entanto, até chegar em patamar avançado da carreira, você vai ter que praticamente pagar para trabalhar – entre fazer as unhas, depilação, pagar condução ida e volta e bancar seu almoço você pode realmente gastar mais do que vai ganhar. Mas calma, porque todo começo de carreira de modelo é assim!
9. Você vai ter que lidar com gente puxando seu tapete
Se você vê as modelos como todas colegas de profissão que se apoiam e se amam, saiba que esse é um dos motivos de decepção com a carreira que eu mais ouço. Por existir muita concorrência e até por formar panelinhas com as pessoas que você mais se identifica, dentro do meio plus size também existem conflitos e também tem gente tentando te sabotar. Quem disse que era um mundo mágico?
10. Você vai ter que lidar com marca mão de vaca e com propostas absurdas
A marca pode ser linda por fora e podre por dentro! Existem marcas que apesar de poderem pagar, oferecem uma mixaria pra modelo, tem que ter malícia e firmeza para bater o pé no seu valor! Outro grande mistério são as marcas que oferecem permuta em roupas no lugar de dinheiro. Cuidado! Apesar de muito legais, as rupas ainda não pagam as contas de água, luz e telefone.
11. Você tem que ter uma carreira com carga horário flexível além de ser modelo plus size
Ou alguém para te sustentar enquanto o sucesso não vem, já que os salários são baixos e você vai ter trabalhos que vão durar longas tardes, é necessário ter tempo e dinheiro. Ou seja, o investimento da carreira não é só ao pagar a agência.
12. Ser modelo plus size não resolve problemas de autoestima
Não sei quantos e-mails já recebi de mulheres incríveis que queriam uma chance de ser modelo plus size para dar um up na autoestima. É verdade que se ver linda em uma campanha famosa é uma grande massagem no ego, o problema é que até chegar lá você vai ter que comer o pão que o diabo amassou, na mão de tudo quanto é gente ignorante e sem noção. E nem estou falando no começo, quando você ainda não é ninguém na fila do pão, estou falando SEMPRE, veja aqui o caso da modelo famosa e super conceituada no mercado, a Alessandra Linder, que foi chamada de gorda, leitoa e arrombada por um booker sem noção.Tem que JÁ ter uma autoestima MUITO fortalecida para conseguir lidar com as críticas pesadas ao seu instrumento de trabalho, que é o seu corpo. Existem mil jeitos de fazer fotos e se sentir diva sem precisar fazer disso uma profissão, ok?! Você pode criar um blog de look do dia ou um Instagram de inspirações, para começar 😉
13. Não basta estourar em uma temporada, você tem que se manter no topo
Vide a primeira modelo plus size transsexual, a Renata Montezine, que foi a sensação do último Fashion Weekend Plus Size e que é uma linda, mas que por conta do preconceito do mercado acabou perdendo muitos trabalhos e campanhas – e que agora infelizmente está quase desistindo da carreira.
14. Não tem tanto glamour quanto parece
Você imagina que a modelo plus size fica sendo abanada naquele cenário maravilhoso de fundo e que antes do ensaio ela ficou comendo frutas, deitada em um SPA, com pepinos nos olhos e 2 gostosões lhe fazendo massagem… SÓ QUE NÃO! Antes do ensaio, provavelmente ela dormiu toda torta em um voô ou em um longo percurso de ônibus até chegar na cidade onde seria o ensaio e nem deu tempo dela ajeitar as costas que já veio alguém da produção lhe arrancando a roupa e lhe metendo um monte de outras para fazer teste de luz e a maquiagem, enquanto outra pessoa puxa seu cabelo em um penteado que não tem nada a ver com você, pouco antes de começar uma longa jornada de 10 horas com adicional de 2 sem multa, em que você vai ficar subindo e descendo de sapatos que não cabem nos seus pés, mas que você tem que entrar mesmo assim, e ainda sair sorrindo e linda em um clique de um fotógrafo mal educado que vai ficar te fazendo caretas. Ufa! Claro que nem todos os ensaios são assim e tem uns que são REALMENTE muito divertidos com uma equipe dedicada e gente muito simpática, mas é sempre bom saber que tem o lado “perigoso” nisso e que você vai ter que aguentar sem reclamar porque esse é o seu trabalho.
15. A concorrência é alta e NÃO tem espaço para todas
Gente, é um fato que metade da população brasileira está acima do peso considerado ideal, mas isso infelizmente ainda não significa que metade das lojas do shopping oferecem tamanhos grandes. O mercado plus size ainda é recém-nascido aqui no Brasil e são poucas marcas que fazem moda boa, com investimento em campanhas bonitas e com modelos profissionais. O que significa que o espaço para modelos plus size é bem pequeno e a concorrência é altíssima com mulheres que já estão no mercado há anos e entendem muito bem da profissão, o que nos leva ao próximo item…
16. Não pode só gostar de tirar fotos, TEM que entender o mercado
Você vai concorrer com mulheres que estão inseridas no mercado há anos, que conhecem donos de lojas e têm relacionamento pessoal com eles. Ou seja, suas chances aumentam MUITO se você entender e acrescentar alguma coisa a mais para a campanha ou para a coleção de alguma marca. Seja interessada, pesquise sobre o mercado, o que falta, como vão as tendências, qual é o histórico da marca, as parceiras, o que os blogs falam dela, o que não falam, etc. É sempre bom provar que além do rosto bonito da campanha, você é uma pessoa esforçada e que entende o que faz.
17. Você tem que ter um bom vocabulário de particularidades da profissão (e um bom inglês)
Shooting, trend, spring/summer, sessão, ensaio, Photoshop, blur, set, booker, casting, produção, prova, BG… Não entendeu metade dessas gírias? Comece a estudar, amiga… Você vai precisar delas pra sobreviver no universo das modelos plus size!
18. Você tem que ter um diferencial
Observe as modelos plus size mais famosas e veja no que elas se diferenciam de outras mulheres que vestem acima de 46. Te garanto que todas elas têm alguma coisa que faz com que se destaquem entre tantas outras, seja o jeito de olhar e sorrir ou o jeito de posicionar o corpo. Pense sozinha: o que te faz diferente de outras mulheres plus size? Não existe uma regra, infelizmente, mas se você não conseguir achar o que te faz diferente, como você vai conseguir mostrar isso pra marca?
19. Você não pode ter vergonha!
Você vai ficar pelada em um estúdio com mais de 20 pessoas, entre mulheres, homens, gays, héteros, bis e trans. Produtores vão tirar sua roupa sem que você perceba e vão acabar esbarrando em uma nádega ou em algum dos seus mamilos. Alguém “das modas” vai te olhar com cara feia de preconceito. Você vai ter que fazer cara de santa ou de sexy conforme a fotógrafa pedir e de um segundo para o outro. Você vai ter que fingir que gosta de rock ou que é uma ginasta se precisar. Você vai suar loucamente e vai segurar a vontade de soltar um pum até sua barriga doer. Alguma peça vai ficar pequena, você vai se sentir a mulher mais gorda do estúdio e isso vai parecer horrível na hora. Você vai ter que superar qualquer tipo de vergonha e ninguém vai te ensinar a fazer isso ou vai ter paciência com você. Se você tem vergonha, esse trabalho não é para você.
Bom, gatonas, é claro que como TODA profissão essa também tem o lado bom e o lado ruim e também, como TUDO na vida, existem exceções, mas como eu recebo muuuuitas perguntas de muitas mulheres a respeito do tema acho legal sempre falar um pouquinho. Eu espero que você fique de olhos abertos e não desista dos seus grandes sonhos! Força, mulher ♥
Conhece alguma amiga que quer ser modelo plus size? Compartilhe a matéria com ela 😉
Olá queridas!!!! FINALMENTE estreou hoje o primeiro episódio do A Gorda e o Gay ♥ O projeto foi concebido (tipo um filho mesmo) por mim – a gorda – e pelo Lucas Castilho – o gay – quando éramos os dois repórteres lá no MdeMulher e passávamos o dia sentados um ao lado do outro caçando tendências novas, analisando a internet, pensando em pautas criativas, discutindo polemicas e falando muita merda, mas MUITA mesmo, de tudo o dia inteiro.
A verdade é que eu e o Lu nem sempre concordamos em tudo, aliás discordamos em muitas coisas e aprendemos muito um com o outro, mas uma coisa que temos em comum é uma curiosidade imensa e pouquíssima vergonha na cara. Ou seja, nossos assuntos mudam de unha do dia para sexo anal como se estivéssemos contando o que colocamos no nosso prato durante o almoço.
Pra gente essas polêmicas saem naturalmente, estamos acostumados a elas e somos, muitas vezes, parte da minoria que protagoniza alguns desses escândalos. Sendo eu uma gorda cara de pau e o Lu um gay bem assumido nos sentimos parte de uma geração de minorias que estão cansadas de serem oprimidas. Então, NÓS QUEREMOS BOTAR A BOCA NO TROMBONE… Ou melhor, no YOUTUBE!
Você não precisa concordar com a gente, mas vamos combinar: alguns assuntos PRECISAM ser mais discutidos – e que mal tem se for com um pouco de humor de pessoas que já passaram por isso, né?!
Convido vocês a assistirem o primeiro episódio de A Gorda e O Gay e se inscreverem no canal do MdeMulher para ficarem por dentro de todas atualizações. Aperta o play!
♥ A Gorda e O Gay: por que a moda ama os gays e odeia as gordas? ♥
Bom, vale dizer também que esse é um MARCO na mídia tradicional brasileira. Além de uma grande editora como a Ed. Abril ceder esse imenso espaço para uma gorda e um gay, eles também estão apoiando e colocando esforços para que essa série seja realmente um sucesso. É incrível ver a grande mídia apoiando minorias, dando espaço para a gente discutir liberdade e falar sinceramente sobre temas que foram tabus durante tantos anos.
Enfim, só tenho a dizer que fiquei muito orgulhosa de realizar essa série, muito feliz de ter apoio e espero que REALMENTE essa série consiga levar os debates e conversas que a gente tem com os amigos a um outro nível. Espero que a gente consiga fazer com que as pessoas enxerguem algumas questões com outros olhos e que dêem uma nova chance para assuntos dados como verdades universais. Bom, no mínimo você vai se divertir com caras e bocas hua hua hua
Espero de verdade que vocês tenham gostado, eu estou TÃÃÃÃO emplogada >.< \o/ ♥
Enfim, termino dizendo que haters, gonna hate, nós já sabemos que comentários negativos virão, mas a coragem está em justamente dar a cara a tapa para falar de assuntos que as pessoas não querem que sejam debatidos publicamente, justamente porque podem ser muito libertadores. Então não deixaremos que comentários amargos nos parem nessa caminhada! VEM COM A GENTE?!?! ♥
Por hoje é isso, espero que você tenha curtido e me conta aí nos comentários!!!!
Olá queridas, sempre que eu vou contar minha história, sobre como eu encontrei minha autoestima e aceitei quem eu sou, eu conto que aos 19 anos eu fui para a terapia por achar que tinha alguma coisa errada em mim. De fato tinha. Eu descobri que o que estava errado em mim era me importar demais com o que as pessoas pensavam ao meu respeito.
Certo dia após eu esbravejar sobre como me incomodava o quanto uma pessoa me criticava a respeito do meu corpo Dona Vera, minha terapeuta, me perguntou:
– Seu corpo tem algum problema? Ele te impede de fazer o que você tem vontade? Você, Juliana, tem algum problema com ele?
E eu respondi:
– Eu não! Pra mim ele está ótimo assim, mas é que as pessoas ficam me criticando e falando uma série de coisas...
Antes que eu pudesse continuar, Dona Ver me cortou e disse:
– Juliana, se as pessoas têm algum problema com o seu corpo, com a sua personalidade ou com o jeito que você encara a vida esse é um problema delas. Não é um problema seu. Portanto, se isso incomoda elas e elas é quem ficam infelizes por você ser assim, por que você acha que é você que tem que vir para a terapia? Por que você acha que o problema é seu? São ELAS que se incomodam pela sua vida que deveriam estar na terapia.
Eu tive uma luz esse dia, porque tudo que eu sempre quisera fazer até aquele momento tinha sido um misto das minhas vontades mais as vontades dos outros. Até aquele momento, todas as decisões que eu tinha tomado tinham sido baseadas em um equilibrio frágil de “o que realmente me faz feliz” + “o que os outros vão pensar” e o resultado dessa equação era uma Juliana incompleta, infeliz e insegura.
Então comecei a me questionar: o que tem de tão ruim em mim, para eu levar a opinião dos outros mais em consideração do que a minha própria opinião?
A resposta, é claro, era NADA. Nada em você é pior ou melhor que em qualquer outra pessoa. Só que quando se trata da sua vida suas decisões têm mais peso porque são elas que vão definir as consequências para você e o rumo que sua vida vai tomar – ao contrário do que qualquer pessoa possa dizer.
Bom, lembrei disso porque assisti esse vídeo MARAVILHOSO no formato de TED, de um escritor canadense, o Shane Koyczan, que sofreu bullying durante a infância e fala muito bem sobre esse processo de autodescoberta e autoconfiança e todas as dificuldades que vêm com isso.
Nesse vídeo ele consegue resumir o quão deturpada é a relação que a gente tem com a nossa própria personalidade, com a nossa autoconfiança e como a sociedade acaba massacrando tudo que a gente tem de original, de único, de especial ao tentar impor um padrão, uma regra…
Bom, eu fiquei absolutamente inspirada e emocionada com o vídeo. Ele começa super bem humorado mas depois vem e VRÁÁÁÁÁ te dá uma voadora moral que você nem vê daonde saiu, mas que pega lá no fundo e faz você se questionar e se identificar.
Vale assistir, então aperta o play!
♥ 11 minutos de autoconfiança por um cara que superou o bullying ♥
Quando eu me questionava a respeito de mim mesma esse tipo de vídeo com esse gênero de mensagem não existia na mídia (aliás, nem o Youtube existia ainda, diga-se de passagem…), mas acho que se eu tivesse assistido isso talvez a luz que a Dona Vera me deu tivesse vindo antes e eu pudesse ter evitado tanto sofrimento… Ou não. Mas espero de coração que funcione para você ou para quem quer que precise de um up na autoconfiança!
Achei bom, achei profundo, achei útil. Espero que tenha sido tão legal pra você quanto foi pra mim e é isso aí. Me conta o que você achou nos comentários!!!
Olá queridas! Quem me acompanha nas redes sociais já sabe que eu vou participar do evento Mulheres Digitais, em uma palestra ao lado das queridonas Paula Bastos, do blog Grandes Mulheres, e da Flávia Durante, do Bazar Pop Plus Size – as duas também jornalistas como eu. Nossa palestra vai ser lá na Cásper Líbero, dia 10 de outubro (tá pertinho! Tem mais infos abaixo), e faz parte desse grande evento constutivo para falar de estratégias para a mulher se posicionar melhor e explorar o mercado de trabalho digital.
Além da nossa palestra sobre estratégias no mercado plus size, outras pessoas incríveis como a Jessica e a Ariane, do Indiretas do Bem, a Publicity Manager da Sony Pictures Entertainment, Viviane Mansi, Gerente Global de Comunicação do Grupo Votorantim entre outras, também vão representar a força feminina no mercado de trabalho que é tão machista (veja a programação mais pro final do post).
Segundo uma pesquisa realizada em 2015, pelo Trampos.co em parceria da Alma Beta, as mulheres representam 56,5% da força de trabalho no segmento de social media. Mas a pesquisa também mostrou que, de 2014 até 2015 o salário delas reduziu. Diante deste cenário e convencidos de que a maioria dos eventos de comunicação digital são liderados por homens, o #SocialGroup, com o apoio da Fundação Cásper Libero, resolveu fazer a primeira edição do “Mulheres Digitais”, que foi idealizado para discutir estratégias e ideias criativas para o mercado digital, realizada por mulheres.
[blockquote author=” Ricardo Maruo, um dos idealizadores do Mulheres Digitais.” ]Espero que este evento possa dar início a uma equalização no cenário atual dos eventos de comunicação liderados só por homens. Existem muitas mulheres no mercado digital realizando projetos incríveis e elas precisam ser ouvidas.[/blockquote]
Esse evento, inclusive, também nasceu inspirado na campanha HeforShe, lançada em 2014 pela ONU Mulheres, um movimento de solidariedade que une homens e mulheres pela igualdade de gênero em todas as atividades sociais e econômicas, a partir da conscientização sobre a importância do empoderamento feminino.
Bom, é um dia de discussão de estratégias e apresentação de cenários onde a mulher pode se sobressair sem ter que sacrificar sua feminilidade ou sem temer o colega masculino. É um evento para mostrar que SIM, as mulheres podem e devem ser o que quiserem e devem lutar para terem as mesmas condições e as mesmas recompensas que os homens.
Vale a pena assistir, agora anota aí:
♥ Mulheres digitais: evento para empoderar as mulheres no mercado de trabalho ♥
PROGRAMAÇÃO E PALESTRANTES
O evento começa com a apresentação de Viviane Mansi, Gerente Global de Comunicação do Grupo Votorantim e professora da Pós-Graduação da Faculdade Cásper Líbero, mostrando como as mulheres atuais podem tomar posse das oportunidades que o mercado digital oferece.
Em seguida uma palestra bem humorada com a professora da ESPM e curadora do Evento Share, Liliane Ferrari, que relembra como eram as estratégias digitais em uma época em que não existia o Facebook.
Às 10h30 a gerente de produtos de Buscofem, Michelle Machado, explica como é possível tornar uma marca de medicamento em uma LOVE BRAND com uma estratégia bem feita.
Ainda antes do almoço a jornalista Ariane Freitas e a publicitária Jessica Grecco, do Indiretas do Bem, contam como foi a estratégia de transformar uma simples página do Facebook em algo muito maior, espalhando o “bem” por toda web, gerando uma série de produtos.
→ Após o almoço, às 13h30, as jornalistas e blogueiras, Ju Romano, Paula Bastos e Flávia Durante mostram o crescimento do mercado plus size e contam quais estratégia digitais são interessantes para um mercado que movimenta mais de R$4,5 bilhões ao ano.
Uma hora depois, às 14h30, A Publicity Manager da Sony Pictures Entertainment, Mariana Laviaguerre, mostra as estratégias digitais que vão muito além dos filmes.
Após o coffee break as publicitárias Cris Bartis e Juliana Wallauer vão gravar, pela primeira vez, uma edição do Mamilos para portal B9 com a participação da plateia.
APOIO
O Evento Mulheres Digitais ainda tem o apoio das marcas Café 3 Corações, Cacau Show, Trampos.co, Plano Feminino, Buscofem, a fotógrafa Adriana Líbini, Indiretas do Bem e Podcast Mamilos.
QUANDO, COMO, ONDE E QUANTO
O evento acontece no dia 10 de outubro, no teatro da Faculdade Cásper Líbero. Os ingressos tem um valor único de R$120 e as compras podem ser feitas através do site: www.eventomulheresdigitais.com.br.
Mulheres Digitais
Onde: Auditório da Faculdade Cásper Líbero Data: 10 de outubro/2015 Endereço: Avenida Paulista, 900 – 1º andar – São Paulo Horário: Das 8h10 às 17h30 Ingressos: R$ 120 através do site www.eventomulheresdigitais.com.br
Bom gatonas, sei que o preço é um pouco alto, mas é um evento bacana voltado para a mulher que trabalha ou que quer trabalhar com o mercado digital e precisa ou quer conhecer mais sobre estratégias e como se posicionar.
Olá queridas, esse post é rapidinho, só para chamar vocês para verem o novo vídeo lá do meu canal (se inscreve lá > https://www.youtube.com/juromano ) no Youtube, onde eu falo de gorda no verão, como lidar com esse momento da sua vida, como eu superei meus traumas e botei a pança no sol, além da minha mensagem de incentivo para você realmente curtir esse verão gorda, magra, alta, baixa, com celulites ou sem, com estrias ou sem e tudo mais (ou menos) que você tiver aí.
Também gostaria de deixar aqui nesse post, minha querida gorda no verão, uma reflexão para você fazer quando estiver com medo de botar sua roupa de banho e ir ser linda na praia: pense que VOCÊ pode servir de inspiração e encorajar outras mulheres que também estão com medo de tirar a roupa na piscina ou na praia, mas que ao verem VOCÊ de maiô/biquíni podem pensar que o verão também pertence a elas.
Enfim, fiquem com o vídeo e se gostarem não esqueçam de dar um jóinha em baixo e de compartilhar com as suas amigas…. Tia Ju agradece muito, sua linda! ♥
Bom gatonas, fiz esse vídeo com todo carinho para inspirar você e outras mulheres a se amarem como são, então espero que vocês tenham curtido o vídeo e que vocês realmente tenham MUUUUUUITAS alegrias nesse verão!
Essa semana eu fui bombardeada de matérias sobre uma coisa – que chamam de projeto – chamada Project Harpoon e logo virou Operation Harpoon. Basicamente o ser por trás dessa “operação” suuuuper revolucionária (sinta a ironia) quer mostrar que ser magro é bonito, indo contra o padrão estético gordo – e para isso transformando gordas que superaram seus traumas e hoje se acham bonitas em… Bem, MAGRAS. OIIII??????
Segundo a pessoa que faz:
“Essa é uma página dedicada a mostrar os dois lados da beleza moderna. No atual momento da sociedade, surgiu uma nova tendência “pró-obesidade” e “aceitação da gordura” que pavimentaram o caminho para muitas pessoas renunciarem os exercícios e os cuidados pessoais com a saúde em geral. Essa página apenas tem o objetivo de mostrar que ser magro é OK! E que ter vergonha de ser magro não é OK 🙂 “
Mas gente! Essa pessoa vive no mesmo mundo que eu? Pera um pouco, acho que dormi e acordei em outro planeta…. Só pode ser!
Primeiro de tudo, onde começa a ignorância: o movimento de aceitação não é a mesma coisa que pró-obesidade.
Segundo: se aceitar só faz cada um gostar mais do seu corpo e cuidar dele COMO JULGAR NECESSÁRIO (decisão que só cabe a cada um mesmo, afinal ninguém é dono do corpo de ninguém!).
Terceiro: fazer ou não exercícios não faz com que as pessoas fiquem magérrimas. Eu por exemplo vou pra academia todo dia e continuo no tamanho 50, obrigada, mas não são todas as pessoas magras que vão à academia e você não vê nenhum movimento modificando o corpo delas… E nem tem que ter! Afinal o corpo é delas e de mais ninguém.
Quarto: criar um corpo COMPLETAMENTE irreal baseado em modificações do Photoshop só ajuda a reafirmar um esteriótipo inalcançável e impossível, que não ajuda a mulher a cuidar de sua saúde (como afirma o projeto). Pelo contrário! Só massacra a autoestima feminina e contribui para a infelicidade com o corpo, que leva a mulher a ficar descuidada e se esconder com VERGONHA de ir à academia, ao parque ou a qualquer outro lugar. Ou seja, em vez de ajudar e incentivar a mulher, esse projeto só consegue ACABAR com qualquer propósito que ela tenha.
POR FIM, tenho que comentar sobre a última parte da descrição, que pra mim mostra o quanto ignorante, sem percepção e rasa é essa criadora do Project Harpoon. Até ontem, quando eu fui dormir, nós éramos bombardeadas de imagens de mulheres magras e photoshopadas, nos dizendo 24/7 que se a mulher não se encaixar nesse corpo sua vida jamais poderá ser completa e ela jamais poderá ser feliz, ter um relacionamento, ser bem sucedida ou sequer respeitada. E não o contrário…
Até ontem, o movimento de aceitação (não, não é um projeto e nem uma operação, é um movimento de seres humanos que olham na mesma direção, mesmo) não era dividido entre gordas e magras, pelo contrário, o movimento de aceitação é A FAVOR DE GORDAS E MAGRAS E QUALQUER OUTRO TIPO DE CORPO. É a favor da mulher e de que ela se sinta bem em seu corpo como ele é. Que ela se sinta dona de suas próprias decisões e decida por si só o que fazer com o SEU corpo. E isso significa que sendo ultragorda ou hipermagra ela tem o DIREITO de ir na academia sem vergonha (ou não ir também) e saiba que SUAS decisões afetam apenas o SEU corpo. E que o futuro do SEU corpo, será uma consequência de SUAS decisões. Mas que ela não precisa ser magra, gorda, bolada ou o que seja para isso.
Por que o movimento de aceitação é representado por mulheres com gorduras, então? Umas mais, outras menos, mas essas mulheres foram EXCLUÍDAS da sociedade por muito tempo. Por que essas mulheres NUNCA foram aceitas. O fato delas serem gordas, no entanto, não exclui as magras… Dizer para aceitar seu corpo é diferente de dizer que todo mundo tem que engordar!
Meus caros do Project Harpoon ou Operation Harpoon, cresçam e percebam que o movimento de aceitação corporal pouco tem a ver com a aparência do corpo em si, e muito tem a ver com a LIBERDADE.
E se eles realmente estivessem preocupados com a saúde de alguém, teriam feito um tumblr sobre esportes, academia, alimentação saudável… E não um de imagens photoshopadas tentando provar que ser magro é ser mais bonito, porque afinal a gente nem vê e revê essa afirmação em tudo que aparece na nossa frente, não é mesmo?!? Que original… (sinta, de novo, a ironia).
Sem contar que, spoiler: vai rolar denúncia de preconceito, não é toda gorda que é doente e nem toda magra que é saudável. Assim como tem gordas doentes e magras saudáveis, óbvio, e por isso não dá pra colocar todo mundo fisicamente parecido em uma caixinha. E tem gorda que vai, SIM, pra academia!
Bom, agora minha impressão pessoal é que esse tumblr e projeto é feito por uma criança/inicio de adolescência que aprendeu a mexer no Photoshop e na internet cedo demais pra perceber que suas ações têm consequências e cedo demais para poder estudar, ler e refletir com clareza sobre as questões que quer colocar. Acho, inclusive, que essa pessoa fez esse tumblr por ter questões pessoais com o seu próprio corpo e não saber lidar com elas.
Aí que eu digo que é muito doentio querer impor o seu padrão sobre os outros. É achar que você é melhor que alguém. Por quê? Por acaso você nasceu de um ovo de ouro e foi abençoada pelos 7 céus? Só porque você acha mais bonito ser magro (e isso é ok, é só uma questão de opinião) não quer dizer que quem é gordo é feio ou que todo mundo tenha que se encaixar na sua opinião e muito menos que você tem o direito de ofender quem é diferente de você. Só porque você é/gosta/quer/está tentando ser magra não quer dizer que o mundo todo deva querer também, entende?! Achar que sua opinião deve prevalecer sobre a de qualquer outra pessoa é muito doentio e isso sim é uma ideia que deve ser rebatida, não com Photoshop mas com clareza e informação.
Por fim, eu realmente acho que em todas as imagens a foto original é tão bonita quanto a photoshopada seria se fosse de verdade. Porque eu aprendi a ver beleza no que é real, palpável, existente e não ficar criando expectativas a respeito do corpo dos outros. Existem diferentes tipos de corpos e eles não têm que ser iguais. Existem corpos gordos bonitos e existem corpos magros bonitos. Inclusive, tenho certeza que se as mulheres representadas naquelas fotos emagrecessem de verdade, pouco se pareceriam com a imagem photoshopada, mas continuariam bonitas.
Ou seja, que tal a gente ignorar a existência desse projeto e continuar lutando ao lado das pessoas que têm o mesmo objetivo e a mesma visão de corpo que a gente? Que tal a gente continuar lutando para a INCLUSÃO e não pelo padrão? Que tal continuarmos lutando para que TODO TIPO DE BELEZA seja reconhecido (magro, gordo, bolado…) e seja aceito sem preconceitos?!
Enfim, fica aqui minha opinião sobre o tal do Harpoon Project / Operation Harpoon, e a Marixxx do Tamanho P, a Paulinha Bastos do Grandes Mulheres e a Mari do Moda Plus Size Brasil também deram suas opiniões a respeito, vou deixar os links abaixo. Vale a leitura!