Alguém a quem agradecer

Tem uma pessoa que você deveria realmente conhecer, uma pessoa que tornou possível esse blog e que o torna cada vez melhor com seu bom gosto e disposição. Se tem uma pessoa a quem agradecer, essa pessoa é o Papi. O Papi está comigo desde os primórdios do Entre Topetes e Vinis, ele começou na minha frente e por trás das lentes há 6 anos, quando lhe pedi que apenas apertasse o botão da câmera enquanto eu ficava parada na frente da porta do armário – exibindo mais um dos looks ousados, que colocava orgulhosamente para ir trabalhar. Papi não sabia que aquilo viraria meu emprego. Eu também não. Mas fazíamos de forma divertida, sem obrigação. O nosso maior objetivo era que, com isso, eu que era estagiária pudesse almejar um cargo de repórter quando me formasse. Consegui o cargo. Mas Papi não me abandonou e, o que era apenas um apertar de botão, virou rotina. Papi incorporou o fotógrafo em sua vida – embora seja engenheiro por formação e aposentado por opção. Não passa uma semana sem que ele me lembre: faz tempo que não fazemos fotos, hein?

A verdade é que eu deveria saber desse dom. Desde que nasci lembro do Papi com uma câmera nas mãos. Ele gostava de registrar tudo: desde apresentações no primário, até jogos da Liga Interclubes de Voleibol Feminino. Foi assim na escola, na faculdade, nas viagens e, agora, no trabalho. Nada foge aos olhos do Papi – e o que foge, ele registra em cliques esforçados. Quando elogiam minhas fotos, agradeço, mas sei que o mérito não é meu. Além do olhar por trás das lentes, ele também me cedeu os genes. A verdade é que bem poderíamos trocar de papel vez em quando. Papi não deixaria a desejar com seus dentes grandes, sorriso aberto, cabelo liso e porte elegante. Mas quem nasceu para ser tubarão, não quer ser coral – e ele prefere ficar nos bastidores, de onde dá para ter controle sobre tudo e o resultado é visto antes mesmo de ser criado. E, assim, cada um cumpre seu papel.

Nunca conversamos sobre essa relação de trabalho que temos, porque em 6 anos virou tão natural que é quase como convidá-lo para tomar café da manhã: “Papi, você pode tirar fotos agora? Com manteiga ou requeijão?”… É isso. Algumas coisas com o Papi apenas não precisam ser ditas, já deixamos subentendido que essa é a nossa coisa. Alguns filhos vão pescar com o pai. Eu vou tirar fotos.

Mas no final do dia, você só conhece a Ju Romano. Pois, então, eu gostaria de deixar público o meu agradecimento ao Papi, afinal sem ele não haveria blog. Sem o Papi talvez você nem me conhecesse… Sem o Papi, talvez nem eu mesma me conhecesse.

papi
A genética jamais me deixaria mentir. Amo vocês!

 

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